A não filosofia da educação e a inquisição escolar



A não Filosofia da Educação e a Inquisição Escolar

 


Nossa inútil ‘apreciação’ se pautará em resumidas reflexões no que fere aos conselhos de classes escolares. Seria um ‘conselho de classe’ ou, uma Inquisição? Qual a ‘filosofia’?

Todos os finais de bimestres o núcleo escolar representado por diretores, professores e coordenadores, se reúnem para finalizar o tal período que pode se resumir em: primeiro bimestre, segundo, terceiro e quarto bimestre. Os alunos que faltaram demasiadamente e, ou, não conseguiram a média necessária que geralmente o mínimo é cinco, (5.0) passam por ‘análises’.

Burrocracia nº1: aluno que no final do ano o conselho teve que intervir para aprová-lo, bom discente não era.

Burrocracia nº2: pai que defende tal aluno, bom pai não é. Pouco sabe da vida escolar do filho.

Burrocracia nº3: escolas que seguem a lei federal e, acabam por meio dela, aprovando alunos que não conseguiram atingir a média, boa Escola não é.

Burrocracia nº4: em outras palavras, foi inventado o ‘habeas corpus’ da educação; reprova o ano se, e, somente se, reprovar em quatro matérias (Ensino Médio). Portanto, nem tente reprovar, caro aluno, a lei e o ‘conselho’ atuam como Cristo, revigoram até mesmo os ‘mortos’. Era uma vez a autoridade dos Professores! Atualmente existem Escolas diferentes? Não há no Estado nem no Município. Este é um problema a ser resolvido para o bem da Educação (itens 3 e 4).

Diante desta inadequada instrução, todo conselho de classe não passa de uma piada e perda tempo para com os Docentes. Em si, é uma verdadeira Inquisição burrocrata, por onde professores se sentem pressionados a doar notas á discentes que não adquiriram as habilidades e competências necessárias para serem aprovados. A direção como um todo participa impiedosamente nesta empreitada ridícula. O que ajuda tal ‘doação’? A falta de senso crítico e competência de inúmeros diretores, docentes etc., aliados a Lei, fazem com que a ‘Inquisição’ seja uma comédia ainda maior, exemplos: ‘ele (aluno) não conseguiu nota, mas, é tão bonzinho!Passa ele… ’ ‘tome cinco’. O que ‘bondade’ tem haver com competência, habilidade e, conhecimento em meio às notas? ‘Ele só ‘ficou’ com você! (matemática) ah, então eu dou sete!’ (não irei citar inglês e Filosofia, pois, dizem algumas línguas que não são matérias de ponta. Claro que nunca perguntei o que é uma ponta). Em Inquisição é bom não fazer perguntas difíceis! Esqueçam da Filosofia.

Muitas das análises em Inquisição são pessoais. O que não deveriam ser. Falta personalidade e objetividade ao corpo docente. Isto, não se aprende em curso superior. Muito pelo contrário, a graduação pode nos desaprender. Aliás, com esses cursos rápidos que tem saído, a intenção é emburricar ainda mais alunos e educadores. Não há necessidade de ser intelectual para perceber que a palavra Conselho, implica Diálogo, Democracia, Respeito, Responsabilidade, Análises e Questionamentos, enfim, bom senso.  Tudo que um conselho de classe escolar (ou seja, uma Inquisição) não tem.

O que tivemos como intenção foi simplificar mais um momento errôneo de nosso insuficiente padrão educacional. Deixo uma dica despretensiosa: a lei federal (ver, progressão continuada e outros aspectos que estão estabelecidos em conjunto. Regras do Fundamental diferentes do Médio ou, pior, em nosso entender), enquanto prevalecer, pouco ajudará a Educação brasiliana. A Municipalização, por exemplo, de nada adiantará se continuar a seguir as regras federais. No Ensino Fundamental é preciso criar leis Educacionais de cunho municipal. Caso contrário, pouca diferença fará das escolas do Estado. Não citamos as diretorias de ensino e seus supervisores, pois, ambos não têm merecido uma mísera linha. Afinal, quem merece críticas é quem Realmente Existe. Não dou conselhos, faço reflexões.



Autor: Bessani, Dinaldo


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