TURISMO EM BANANEIRAS: Análise do Potencial Turístico no Município de Bananeiras ? PB





SÉRGIO REIS NEVES DA SILVA













TURISMO EM BANANEIRAS:
Análise do Potencial Turístico no Município de Bananeiras ? PB







Monografia apresentada ao Curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Estadual da Paraíba, em cumprimento dos requisitos necessários para obtenção do Grau de Licenciatura em Geografia.


Orientadora: Profª. Ms. Maria Aletheia Stedile Belizário











Guarabira ? PB
2007
SÉRGIO REIS NEVES DA SILVA





TURISMO EM BANANEIRAS: Análise do Potencial Turístico no Município de Bananeiras ? PB




BANCA EXAMINADORA




Profª Ms. MARIA ALETHEIA STEDILE BELIZÁRIO
Mestre em Geografia ? UECE
Profª Departamento de Geografia e História ? CAMPUS III ? UEPB
(PRESIDENTE ? ORIENTADORA)



Prof.ª Ms. ANA GLÓRIA DA SILVA MARINHO
Mestre em Geologia Sedimentar - UFPE
Professora do Departamento de Geografia e História - CAMPUS III - UEPB
(Examinadora)



Prof.ª Esp. CLÉOMA MARIA TOSCANO HENRIQUES
Especialista em Análise Ambiental ? UEPB
Professora do Departamento de Geografia e História - CAMPUS III - UEPB
(Examinadora)




Aprovada em, _______ de _________________ de 2007.






Guarabira - PB
2007





























DEDICATÓRIA




Dedico em especial aos meus pais Heleno Soares da Silva e Maria do Livramento Neves da Silva, os quais não mediram esforços para me educar e que sempre estiveram me incentivando para eu não desistir dos meus estudos. A minha esposa, Jeilza Romão da Silva Neves, pelo apoio, incentivo, carinho e compreensão. As minhas filhas Vitória Maria (in memorian) e Jade Nayara Romão Silva Neves por ser motivo da minha força e coragem para estudar.








AGRADECIMENTOS



Em primeiro lugar, agradeço a Deus, pois sem Ele eu não estaria fazendo este trabalho agora.


Agradeço a minha esposa, Jeilza Romão da Silva Neves, por sempre estar pronta a me ajudar e me compreender nos momentos difíceis e comemorar, junto a mim, nos momentos felizes.


A minha filha, Jade Nayara Romão Silva Neves, por fazer companhia à sua mãe, enquanto eu saía a noite para estudar.


Aos meus irmãos (Sandro, Severino, Suzi, Ana Lúcia, Janúbio, Vinícius e Geine) pelo incentivo que a mim dedicaram.


Ao meu amigo Melqui, por me ajudar na organização, digitação e me tirar algumas dúvidas nos momentos que eu precisei.


Aos colegas, amigos e familiares que juntos torceram por mim e me ajudaram direto ou indiretamente.


A professora e orientadora Maria Aletheia Stedile Belizário pela paciência, dedicação e informações a mim repassadas.


Enfim, a todas as pessoas que de forma direta e indireta contribuíram para a realização deste trabalho.


A todos, meus sinceros agradecimentos.























































As grandes coisas da vida são coisas tão pequenas que não conseguimos vê-las nem tocá-las, apenas senti-las: os bons sentimentos.

(Sérgio Reis Neves da Silva)




043 ? GEOGRAFIA


TURISMO EM BANANEIRAS: Análise do Potencial Turístico no Município de Bananeiras ? PB


Autor: Sérgio Reis Neves da Silva
Orientador (a): Ms. Maria Aletheia Stedile Belizário
Examinadores: Prof.ª Ms. Ana Glória da Silva Marinho
Prof.ª Esp. Cléoma Maria Toscano Henriques






RESUMO


Nas últimas décadas, o turismo vem se transformando numa grande ferramenta para alavancar a economia de muitos países. Os órgãos governamentais estão investindo cada dia mais nos potenciais turísticos de suas regiões e isso contribui para melhorar sua economia. Em Bananeiras/PB não é diferente, o governo municipal, nos últimos anos, vem investindo consideravelmente no que seu município tem de melhor e mais bonito para atrair cada vez mais turistas e, com isso, desenvolver seu município turística e economicamente. Nesta monografia tratamos de um estudo nos pontos turísticos mais importantes do município de Bananeiras e, através deste trabalho queremos divulgar seu turismo, mostrando, através de textos e fotos, a nossa análise do turismo deste município. Dentre os procedimentos metodológicos adotados estão a pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo com fotografias e descrições de lugares muito bonitos, além de documentação fotográfica e visitas a órgãos públicos importantes para o tema, como é o caso da Secretaria Municipal de Divulgação e Turismo. Foram trabalhadas algumas questões como o desenvolvimento do turismo no Brasil nos últimos anos. Os resultados dessa pesquisa foram de grande importância para o município de Bananeiras/PB, onde além de valorizar a região, estamos divulgando o que ela tem de mais bonito.












Palavras-chave: Turismo, População e Lazer.
043 ? GEOGRAFIA


TURISMO EN BANANEIRAS: Analiza del potencial de Turístico en el Municipio de Bananeiras/PB



Autor: Sérgio Reis Neves da Silva
Orientadora: Ms Maria Aletheia Stedile Belizario
Examinadores: Prof.ª Ms. Ana Glória da Silva Marinho
Prof.ª Esp. Cléoma Maria Toscano Henriques




EL RESUMEN


En ti los acaba los decadas, el turismo viene si transforma en una gran herramienta a alavancar la economía de muchos paises. El están gubernamental de los orgãos que invierte cada día a más en los potenciales de los turisticos de sus regiones y de éste contribuye para mejorar su economía. En Bananeiras/PB no es diferente, el gobierno municipal, en él nosotros los años de los ultimos, viene consideravelmente que invierte en de lo que tiene su municipio y un más bonito mejor atrayendo cada vez a más turista y, con esto, para desarrollar su municipio del turistico económicamente y. En esta monografía nos ocupamos de un estudio en los puntos más importantes de los turisticos del municipio y, los atraves de este trabajo que deseamos divulgar su turismo, de nosotros de plátano demostrar, los atraves de textos y las fotos, las nuestras analizan del turismo de este municipio. Entre metodologicos los procedimientos adoptaron están la investigación del bibliografica e investigación del campo con las fotografías y los descriciones de lugares bonitos de si consideraron, alem del fotografica del documentacion y las visitas los orgaos importantes de los publicos para el tema, como y el caso del departamento de la ciudad de Divulgacion y de Turismo, habían sido trabajadas algunos questiones como el desarrollo del turismo en el Brasil en ellos nosotros los años de los ultimos. Los resultados de esta investigación habían estado de gran importancia para el municipio de Bananeiras/PB, donde alem valorar región, nosotros están divulgando lo que tiene de más bonito.










Palabra-llave: Turismo, población y ocio.

LISTAS

Lista de Figuras
Figura 1 ? Localização Geográfica do Município de Bananeiras 14
Figura 2 ? Entrada da cidade de Bananeiras ? PB 37
Figura 3 ? Centro da cidade de Bananeiras ? PB 37
Figura 4 ? Túnel do trem encravado na rocha 47
Figura 5 ? Vista do Cruzeiro de Roma 50
Figura 6 ? Igreja presente no local onde está situado o Cruzeiro de Roma 50

Lista de Tabelas
Tabela 1 ? Destino do Financiamento do PNC (Us$ Mil) 21

Lista de Quadros
Quadro 1 ? Calendário anual das festas da cidade de Bananeiras ...........................................44

Lista de Siglas
AL ? Alagoas
BA ? Bahia
BID ? Banco Interamericano de Desenvolvimento
BNB ? Banco do Nordeste do Brasil
BNDES ? Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
CE ? Ceará
CEFET ? Centro Federal de Ensino Tecnológico
EMBRATUR ? Empresa Brasileira de Turismo
MA ? Maranhão
OMT ? Organização Mundial do Trabalho
PB ? Paraíba
PI ? Piauí
PNC ? Programa Nordeste Competitivo
PNT ? Programa Nacional de Turismo
PNMT ? Programa Nacional de Municipalização do Turismo
PRODETUR ? Programa de Desenvolvimento do Turismo
RN ? Rio Grande do Norte
SE ? Sergipe
UFPB ? Universidade Federal da Paraíba




























SUMÁRIO



1 INTRODUÇÃO 11

2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 13

3 LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO MUNICÍPIO DE BANANEIRAS ? PB 14

4 O TURISMO E O CONSUMO DA PAISAGEM 16
4.1 O Desenvolvimento do turismo Brasileiro de 1980 aos dias atuais 19
4.2 Ações Governamentais Direcionadas ao Turismo 20

5 TURISMO NA PARAÍBA 24

6 BANANEIRAS: SUA HISTÓRIA, SUA GENTE 28
6.1 Perspectivas para o Turismo no Município de Bananeiras ? PB 36

7 O TURISMO EM BANANEIRAS 42

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS 52

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 54

10 ANEXOS 56







1. INTRODUÇÃO

O turismo é uma atividade onde o homem dispõe da paisagem para o seu lazer. Durante muitos anos a atividade turística ficou restrita apenas às classes mais abastadas da sociedade. Com o passar dos anos e o avanço das tecnologias, essa atividade se difundiu por todas as camadas sociais.
Assim, o turismo ganha respaldo como um dos principais agentes modeladores da paisagem, já que o homem humaniza o meio de forma que este venha atender às suas necessidades. O interesse em estudar o Turismo em Bananeiras, vem da necessidade, enquanto geógrafo, de um conhecimento mais aprofundado daquela paisagem
A presente monografia tem por objetivo analisar os potenciais turísticos do município de Bananeiras, com o objetivo de divulgar a beleza turística deste lugar. Serão mostradas fotografias dos principais pontos turísticos e o percurso de alguns deles.
A divulgação desses potenciais turísticos faz desenvolver o turismo na cidade e, conseqüentemente, desenvolver também outros aspectos, como economia e lazer.
Bananeiras é uma cidade do Brejo Paraibano que conquistou lugar de destaque por conter um grande número de lugares com belezas naturais exuberantes. Bananeiras também contém construções centenárias que se transformaram, com o tempo, em pontos importantes e atraentes para os turistas.
O trabalho está desenvolvido em dez capítulos. O primeiro e o segundo introduzirão o tema em tela e mostrará os procedimentos utilizados na condução da pesquisa. No terceiro capítulo tem-se a localização geográfica do Município de Bananeiras, bem como os seus limites.
O quarto capítulo trará a base teórica para o desenvolvimento do trabalho, com conceitos e autores que tratam do tema paisagem e turismo. Ainda neste capítulo, traz-se a evolução do turismo no Brasil da década de 1980 até os dias atuais, bem como as ações governamentais direcionadas ao seu desenvolvimento.
O quinto capítulo abordará o turismo no Estado da Paraíba, seu desenvolvimento e as principais políticas públicas direcionadas a ele. No sexto capítulo, faz-se um resgate da História do Município tratando de como utilizar o patrimônio e as riquezas presentes na região para desenvolver o turismo.
O sétimo capítulo traz os resultados da pesquisa de campo, onde observamos os diferentes aspectos do turismo em Bananeiras.
Por fim, serão feitas algumas considerações finais, seguidas das referências bibliográficas e dos anexos com algumas figuras que enriquecerão a pesquisa.














2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para elaboração deste trabalho monográfico, inicialmente foram realizados levantamentos bibliográficos como subsídios para leituras sobre o turismo e o consumo da paisagem, facilitando o entendimento acerca deste assunto, na região Nordeste, no Estado da Paraíba, tendo como área de estudo a cidade de Bananeiras.
Esse levantamento bibliográfico serviu como base teórica e informativa sobre o tema em estudo. Foram realizadas também pesquisas de gabinete em determinadas instituições como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE e Secretaria Municipal de Bananeiras.
Após os procedimentos destacados, realizaram-se as pesquisas de campo para a coleta de dados, que iriam fornecer as diferentes formas de consumo da paisagem. Nessa etapa foram visitados, descritos e fotografados a maioria dos centros de potencial turístico de Bananeiras.
Finalizando o processo em estudo foi efetuado o registro documental por meio de fotografias do local que compõem o assentamento Tanques e caracteriza a população que habita a área.








3 LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DA ÁREA
Bananeiras, um município com 20.800 mil habitantes, segundo o último censo, está situado a 130 km a oeste de João Pessoa e faz limites com os seguintes municípios: ao norte com Dona Inês e Campo de Santana, ao Sul com Pilões e Borborema, ao Leste com Belém e Pirpirituba e a Oeste com Solânea.


Bananeiras situada na região Nordeste, no Estado da Paraíba, na microrregião do Agreste Paraibano e possui as seguintes coordenadas geográficas: 6º39?6" de latitude Sul e 38°6?30" de longitude Oeste. Segundo o Atlas Escolar da Paraíba, Bananeiras que é a mais brejeira dentre as cidades paraibanas, possui uma estrutura geológica com uma parte sedimentar e outra cristalina, com uma pequena amostra de minerais metálicos, uma hipsometria de 200 a 400 metros, uma vegetação de agreste, taxa de crescimento demográfico abaixo de 0 (zero), comparando os dois últimos censos, uma densidade demográfica de 50 a 100hab/km² com o predomínio de população rural, com a utilização das terras em predominância para as pastagens e seguido pelas lavouras, uma cultura de consumo interno de 5 a 8% e lavouras comerciais (percentual da área colhida) de 5,01 a 10%.
















4 O TURISMO E O CONSUMO DA PAISAGEM

A natureza, sozinha, forma paisagens naturais variadas, mas o ser humano, ao ocupar essas paisagens, modifica-as pela sua atividade. Por exemplo, ele derruba florestas e, em lugar delas, faz plantações; escava o solo para extrair minerais; represa a água dos rios para produzir energia elétrica, e assim por diante.
De acordo com Santos (1999), podem-se observar dois tipos de paisagem, a natural ou primeira natureza, que não foi alterada pela ação antrópica e a cultural ou segunda natureza, onde o homem imprime suas marcas.
A natureza conhece um processo de humanização cada vez maior, ganhando a cada passo elementos que são resultado da cultura. Torna-se cada dia mais culturalizada, mais artificializada, mais humanizada. (SANTOS, 1997: p. 89)


A ação do homem sobre a natureza tem sido tão intensa que, hoje em dia, quase não existem paisagens naturais puras, ou seja, que não tenham sofrido a interferência humana. As paisagens são cada vez mais o resultado da ação humana em quase toda parte, como maior ou menor intensidade.
Assim, denomina-se paisagem geográfica o conjunto de elementos naturais, modificados com menor ou maior intensidade pelo homem, e de elementos culturais.
A ação humana não é individual, pois o ser humano vive em conjunto, formando a sociedade. Por isso, dizemos que a paisagem geográfica é uma criação ou um produto do trabalho realizado pela sociedade.
As modificações feitas na natureza variam de uma sociedade para a outra. No passado, em muitas sociedades, os seres humanos utilizavam a natureza apenas para retirar dela os meios necessários a sua sobrevivência: alimentos, material para a construção de casas, fibras para tecido, etc. por isso, a natureza era pouco modificada.
Atualmente, em muitas sociedades, o objetivo de produção crescente de mercadorias faz com que as pessoas aumentem e diversifiquem suas necessidades por novos produtos, o que contribui para acelerar o processo de transformação da natureza, destacando-se atualmente o turismo como uma das principais práticas de consumo da paisagem. Assim, dentro da natureza modificada pelo homem os níveis de organização são tão diversos quanto os níveis de humanização da natureza.
É sabido que o turismo é uma prática antiga, mas seu desenvolvimento como área científica de seu estudo só apareceu recentemente em vários países do mundo e vem se desenvolvendo de forma notável.
É importante assinalar que o turismo no século XIX tinha como fonte de incentivo o espaço urbano. O século XIX é o século da urbanização. No século XIX 23 cidades tinham mais de 100 mil habitantes e somente Paris e Londres abrigavam mais de 5000 mil pessoas; um século depois eram 49 as cidades desse porte e subiram para 135 as que possuíam mais de 100 mil pessoas.
A visão do espaço urbano ainda, no século XIX, propicia diferentes leituras ao evidenciarmos o aspecto econômico e social: a cidade industrial era um mundo de misérias para as camadas pobres, mas para industriais, financistas e para as camadas médias a cidade era a fase progressista, elementos subjacentes ao turismo.

A urbanização ganha, assim, novo impulso e o espaço do homem, tanto nas cidades como no campo, vai tornando-se cada vez mais instrumentalizado, culturalizado, tecnificado e cada vez mais trabalhado, segundo os ditames da ciência." (SANTOS; 1997: p. 43)


O fantástico incremento do fenômeno turístico nos últimos trinta anos, notadamente do turismo de massa, tem despertado o interesse do seu estudo tanto em nível teórico, nas chamadas ciências sociais, como nas Ciências Aplicadas, em setores do planejamento, do marketing e da publicidade.
Seguindo a mesma tendência multiplicam-se os cursos destinados à formação de bacharéis em turismo, os cursos de especialização, os eventos congressos, simpósios, seminários. Observa-se um crescimento no mercado edito¬rial de livros e nas publicações em periódicos especia¬lizados.
Para o grande público diversificam-se as revistas editadas pelas companhias aéreas e outras empresas, os suplementos turísticos nos principais jornais, os folhetos promocionais, alguns com edição de alto padrão de qualidade gráfica. No âmbito mercadológico aumenta o número das operadoras e das agências de viagem com ofertas fantásticas e tentadoras, atraindo consumidores de diversos segmentos sociais, colocando a viagem ao alcance de todos.
Ouve-se com freqüência a afirmação de que o turismo hoje representa o terceiro produto do comércio internacio¬nal, colocando-se após o petróleo e os armamentos. Parece que entramos na era da civilização do lazer e, por exten¬são, do turismo, como preconizara Jofre Dumazedíer, no início dos anos sessenta, na sua obra Vers Une Civilisation du Loisir (1962).
Recuando-se um pouco mais no tempo tem-se no panfleto de Paul L. Ifargue ?O Direito à Preguiça? (1980) lançado em 1883, onde ele condenava ferrenhamente a labuta excessiva, enfatizando que o proletariado estava embrutecido pelo dogma do trabalho difundido pela ideologia burguesa. Para Lafargue bastaria que o ho¬mem trabalhasse apenas três horas por dia para sua manu¬tenção, "só festejando pelo resto do dia e da noite" (p. 29).
Um século transcorreu-se e, embora longe de se atingir o patamar defendido por Lafargue, a diminuição da jornada de trabalho diária, semanal e anual aliada a outras conquistas sociais da classe trabalhadora ampliou, sobremaneira o tempo livre, o que se refletiu diretamente na multiplicação e diversificação das atividades de recrea¬ção e, por extensão, do turismo de massa. As razões dessa expansão são complexas e derivam de fatores que atuam não de forma linear, mas de maneira interativa no processo global, situando-se nos campos econômico, social, psico¬lógico, político, cultural, ideológico, além de outros.
Indubitavelmente foi injetada na mente dos indiví¬duos uma nova necessidade a do lazer e da recreação, esportes e turismo, no sentido mais restrito. Expressão dessa ideologia é a apologia da viagem turística como uma necessidade.

4.1 O Desenvolvimento do Turismo Brasileiro de 1980 aos dias atuais

A situação geográfica privilegiada do Brasil junto à crescente entrada de divisas a cada ano leva-nos a crer que a indústria do turismo é a alternativa para o crescimento e desenvolvimento regional, impactando de maneira considerável os segmentos produtivos da economia.
Sua função sócio-econômica de criar pólos ou corredores em regiões é de suma importância, pois apesar de serem menos desenvolvidas dispõem de belezas naturais capazes de atrair visitantes oriundos dos grandes centros nacionais e de outros países, proporcionando a redistribuição das divisas captadas e geração de empregos.
Nesse ponto, vale salientar que três tipos de empregos são decorrentes dessas indústrias: primeiro os trabalhos diretos oferecidos por hotéis, motéis, pousadas, spas e pensões. Em segundo lugar, os empregos gerados pelos negócios da atividade turística e finalmente, os trabalhos oferecidos pelos residentes locais (artesanatos, ambulantes, etc). Com isso, promove o desenvolvimento regional e induz a realização de novos investimentos com benefícios sociais.
O turismo receptivo é um dos alvos da política governamental para os próximos anos. O país já reconhece que as ações implantadas pelas atividades turísticas podem desencadear oportunidades econômicas superiores a de qualquer outro setor. A performance alcançada nos últimos quatro anos serviu para orientar e aprimorar as ações a serem implementadas no período 1999-2002 de maneira que os benefícios econômicos e sociais advindos da política adotada sejam uniformemente distribuídos na sociedade brasileira.

4.2 Ações Governamentais Direcionadas ao Turismo

O Governo Federal traçou os objetivos e metas da Política Nacional de Turismo e o Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR), vem disseminando e implementando junto aos setores públicos e privado a nova cultura turística.
Com a criação do Programa Nordeste Competitivo (PNC), O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ampliou, a partir de 1993, sua participação na região. Acerca de 48% do total dos recursos para o programa forma direcionados para o turismo com financiamentos para a construção de hotéis, parques temáticos, restaurantes e lanchonetes.
Segundo o BNDES, Julho/1997, os investimentos totalizaram cerca de US$ 252 milhões, destinados aos Estados da Bahia, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Ceará, Piauí e Sergipe. Vale salientar que as operações foram realizadas, na sua maioria, por bancos públicos (90%), dentre eles o DesenBanco, Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e o Banco do Brasil.
O Programa de Ação para o Desenvolvimento do Turismo (PRODETUR), concebido em 1991, pelos governos Federal e Estaduais, visa financiar com recursos internos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) a implantação de infra-estrutura necessária ao turismo em regiões previamente identificadas como capazes de captar investimentos privados. Vários locais foram selecionados como: Alcântara (MA), Anthares (PI), Costa do Sol Poente (CE), Rota do Sol (RN), Cabo Branco (PB), Costa Dourada (PE), Costa Dourada (AL), Pólo Aracajú/São Cristóvão (SE), Costa do Desenvolvimento (BA).

Tabela 1 ? DESTINO DO FINANCIAMENTO DO PNC (US$ MIL)
Setores

Financiamentos
Investimentos

Participação do Financiamento no Investimento (%)
Participação no Investimento Total (%)

Restaurantes 7.268 14.345 51 5,7
Parques Temáticos 24.689 39.314 63 15,6
Hotéis 109.705 198.473 55 78,7
Total 141.662 252.132 56 100,0
Fonte: BNDES, Julho/1997 ? texto RENOR ? Avaliação do PNC

O Programa Nacional de Turismo objetiva a modernização dos complexos turísticos ora existentes, além de estender as condições do PNC ás demais regiões do País. Contempla empreendimentos voltados para acomodação, hospedagem, bares, restaurantes e pólos de lazer.
O Programa Nacional de Municipalização do Turismo (PNMT) trilhando orientação da Organização Mundial do Turismo (OMT), está voltado para a ampliação do mercado de trabalho, aumento da oferta de emprego e melhor distribuição de renda nos municípios com vocação turística. Para isso a Empresa Brasileira de Turismo (EMBRATUR), realiza workshops com o intuito de conscientizar os dirigentes e a população da importância do turismo para as comunidades.
Os mecanismos utilizados pelos Governos Federal, Estadual e Municipal para incentivar e "fomentar" a indústria do futuro ou a indústria sem "chaminés" são claros e essenciais para vencer as desigualdades sociais do País, gerando mais emprego, mais comércio e mais qualidade de vida.
São programas que trarão mudanças significativas para o setor, que embora em crescimento, necessita de mais recursos e agressividade no marketing. Segundo a OMT, a verba para divulgação do País deverá ser em torno de 2% das receitas obtidas com turismo. No Brasil foram gastos US$ 3 milhões e US$ 24 milhões em 1996 e 1997, respectivamente, próximos ao patamar recomendado pela OMT.
Mesmo sendo considerado um dos grandes destinos do turismo mundial o País necessita investir em marketing no exterior, bem como fortalecer o turismo interno, não só o de lazer, mas também o turismo de negócios e eventos. Nesse sentido muitos estabelecimentos acreditam nesse segmento emergente e estão investindo na reforma e ampliação de suas instalações.
Conforme a EMBRATUR o número de turistas que visitaram o Brasil em 1998 quase dobrou, passando de 2.955 milhões, em 1997, para 5.530 milhões em 1998. Agora, com uma metodologia mais detalhada as estatísticas incluem também o número de turistas que entram por via terrestre. Na acepção da EMBRATUR o estrangeiro que permanece no país pelo menos uma noite é considerado turista.
Uma nova modalidade de turismo ganha espaço, é a exploração dos parques temáticos, com infra-estrutura capaz de atender as mais diversificadas necessidades dos turistas, havendo uma tendência mundial para a criação desses parques.
No Brasil, a implantação dessa indústria traz perspectivas de sucesso pela capacidade comprovada de crescimento acelerado nos últimos anos, prova disso é a entrada de grandes grupos estrangeiros no negócio, alguns com parques já funcionando e outros ainda em construção. Por não atender somente aos turistas, tais empreendimentos garantem maior receita e um retorno do investimento diferenciado do obtido no setor de hospedagem.
Subsetor de grande potencial para o país, a exploração de parques temáticos é caracterizada por empreendimentos de diversões fixos que utilizam temas diferenciados na ambientação física de suas atrações e têm como objetivo mercadológico o estímulo da atividade turística.
A definição é apropriada aos parques de entretenimento com assuntos específicos, tais como Beto Carrero Wold e Turma da Mônica, os aquáticos, como o Beach Park e o Went?n Wild, e os parques de diversão, descartando-se o PlayCenter.
Boa parte da indústria do entretenimento localiza-se nos centros urbanos, pela proximidade do mercado consumidor a que se destina. A totalidade dos parques temáticos (específicos e de diversões) encontra-se na cidade. As áreas de lazer aquático distribuem-se igualmente pelas cidades, praias e campos.














5 TURISMO NA PARAÍBA

Abrahan Maslow, já no início da década de 40, no artigo "A Theory of Human Motivation", publicado na Psychological Revieiv (1943), aponta a viagem turística como uma das necessidades do homem, fundamental para a sua preservação é para o reconhecimen¬to e administração do grupo social no qual está inserido.
A condenação do despender um tempo livre em pura contemplação fundamenta no mesmo princípio, defen¬dido pela ideologia capitalista de que "tempo é dinheiro", No pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, co¬nhecido popularmente como Aurélio, "ociosidade'' é defi¬nida como o "vício desgastar o tempo inutilmente".
Difun¬de-se certa forma a obrigação do preenchimento do tempo livre com atividades que acabam incorporando-se às novas necessidades do homem, criadas pela sociedade de consumo de massa, fenômeno magistralmente abor¬dado por Jean Baudrillard (1991), na sua clássica obra la Societé de Consoniniation. D. Partzsch, citado por KarI Ruppert (1978), era trabalho realizado em 1964, aponta a recreação como uma das sentenças, compreendidas por habitar, trabalhar, manter-se instruir-se, descolar e viver em comunidade todas elas, segundo o autor, com importantes repercussões es¬paciais.
Com base neste trabalho é que KarI Ruppert: (1978) apresenta um esquema procurando ilustrar o sistema es¬pacial da Geografia Social, cujo modelo se fundamenta em mecanismos perceptivos para explicar o comportamento ambiental.
O domingo na praia ou em alguma estação de montanha com o ônibus de excução é prazerosamente desfrutando pelas camadas sociais menos favorecidas da população, vulgarmente e pejorativamente conhecida entre nós como « farofeiros. «
O turismo é uma fonte de divisas que contribui para o desenvolvimento de uma região, de forma mais ou menos intensa, conforme sejam os recursos disponíveis, naturais e culturais, além da infra-estrutura montada para este fim. Na Paraíba, esta atividade vem se desenvolvendo principalmente devido às suas potencialidades, pois ela apresenta uma diversidade de paisagens que varia desde praias de águas mornas e areias brancas, onde "o sol nasce primeiro" até as serras e depressões sertanejas, pontilhadas de "inselbergs". Em todas as regiões do Estado, a atividade turística pode ser desenvolvida, não apenas por seus recursos naturais, riqueza cultural, como também pela promoção de eventos atrativos.
João Pessoa e Campina Grande já investem muito no setor de serviços e infra-estrutura para o turismo: estrutura viária, hoteleira e de lazer. A construção do Hotel Tambaú, na década de 70, veio dar de impulso ao turismo da Capital, atraindo investimentos para este setor e ampliando as possibilidades de desenvolvimento comercial na orla marítima.
João Pessoa, além das belezas naturais, possui um acervo cultural dos mais importantes do país, são construções do XVIII como o Conjunto de São Francisco (Igreja, Convento/claustro ' Cruzeiro), Mosteiro de São Bento, Igreja do Carmo, Casa de Pólvora, entre outros.
Obras mais recentes também ganham destaque no município de João Pessoa, datando do final do século XIX, o atual Teatro Santa Roza, Palácio da Justiça, Hotel Globo, local de grandes acontecimentos políticos e sociais antiga João Pessoa, cercado pelo conjunto arquitetônico composto da Igreja de São Pedro Gonçalves, de casas de famílias de época e que agora estão sendo recuperadas, tornando-se acessível para o deleite dos paraibanos e turistas, um recanto de lazer, com bares, exposições permanentes e lojas de artesanato. No centro da cidade, o Parque Solon de Lucena (Lagoa) é um dos recantos mais bonitos e pitorescos da Capital.
Costuma-se dizer que, em João Pessoa, o antigo e o moderno convivem harmonicamente. Ao lado das relíquias históricas, o turista pode ser atraído também por construções modernas como o Espaço Cultural José Lins do Rego, onde são freqüentes os eventos sociais e culturais. Ainda na mesorregião da Mata Paraibana, no município de Lucena, a Igreja da Guia é uma grande atração pela originalidade do barroco que apresenta, nos seus detalhes arquitetônicos, frutos tropicais, único exemplo de barroco Tropicalista do Brasil.
No mesmo município, contrastando com o antigo, foi construído o Victory Marine Resort, na bonita praia do Holandês, com 162 Bangalôs e várias opções de lazer, todas presentes num contraste arquitetônico onde há convivência harmônica entre as novas e as velhas estruturas que povoam a região.
Alem da beleza das praias, existem outras atrações turísticas na região. No Município de Cabedelo, a Fortaleza de Santa Catarina (Forte de Cabedelo) é grande importância histórica, o único existe dentre os outros tantos construídos. Atualmente, servem de palco para as apresentações folclóricas, peças de teatro exposições, etc.
No Município de Conde, além de Tambaba, famosa praia pelas suas belezas naturais e campo de nudismo, existe uma igreja Ortodoxa oferecendo semanalmente o culto como todo o ritual. Em Pitimbu encontram-se as famosas areias coloridas. No Município de Baia da Traição, alem das belezas das praias, existem em reduto indígena com aldeias. No Brejo, a paisagem serrana e o clima ameno favorecem o desenvolvimento do turismo.
O município de Campina Grande funciona como importante pólo turístico com grandes eventos de repercussão nacional e internacional como: o Maior São João do Mundo, as feiras da Ciência e Tecnologia, o Festival de Inverno, o Encontro da Nova Consciência, além do Museu de Arte Assis Chateaubriand com um importante acervo, que atraem um grande número de turistas, acarretando um crescimento dos setores comercial e de serviços.
Nos contrafortes da Serra da Confusão, entre os municípios de Araruna e Tacima, está a Pedra da Boca, cuja configuração lembra um sapo gigante prestes a abocanhar um colossal pirilampo. Lá é praticado o alpinismo, salto de pára-quedas e asa-delta.
No município de Ingá, encontram-se as Itacoatiaras (Pedras do Ingá) na fazenda de Pedra Lavrada, considerada uma das inscrições pré-históricas mais importantes da terra, objeto de estudo para cientistas do país e exterior. No município de Areia, o Museu Pedro Américo é de grande importância turística, por conter quadros e desenhos do grande pintor, filho da terra.
A Mesorregião da Borborema é rica em artesanato de couro, bordados e renda renascença, além de relíquias arqueológicas com inscrições rupestres. Uma grande atração dessa região é o Sítio de Pai Mateus, lajedo moldado pela ação dos ventos e das chuvas escassas. O Município de Boa Vista e Cabaceiras têm outros atrativos: o banho do rabo do Pavão no Congo; as tradicionais águas magnesianas em Monteiro, o famoso São João da cidade de Santa Luzia.
No sertão, o turista além de desfrutar da paisagem bucólica, poderá visitar, em Sousa, a Estação Termal de Brejo das Freiras, usufruindo dos benefícios das águas magnesianas ali existentes. Ainda, no município de Sousa, tem-se uma espetacular atração: o Vale dos Dinossauros, sítio paleontológico mundialmente conhecido.
O Vale abriga pegadas de 130 milhões de anos. Pode ainda o turista visitar a fazenda Acauã, séc. XVIII e a Igreja Nossa Senhora da Conceição (1757), local onde foi aprisionado Frei Caneca. No município de São Bento, a indústria da rede encanta os visitantes, não só pela quantidade de indústrias caseiras, mas também por sua superior qualidade.
Ao lado dessa variedade de recursos é prioridade, no Estado, a consciência ecológica, que permeia toda a política direcionada ao turismo, sendo objetivo maior a interação harmoniosa entre turismo, preservação ambiental e a melhoria da qualidade de vida dos paraibanos.


6 BANANEIRAS: SUA HISTÓRIA, SUA GENTE.

Segundo o Dicionário Cartográfico do Estado da Paraíba, de Coriolano de Medeiros, publicado em 1950, citado na Revista Era Nova-2000, a colonização de Bananeiras começou nas primeiras décadas do século XVII, cuja tarefa coube aos desbravadores Domingos Vieira e Zacarias de Melo que provenientes de Mamanguape, obtiveram uma Sesmaria, em 1716, nas proximidades de uma Lagoa, situada no fundo de um vale, em cuja área de intensa floresta existia um extenso bananal de espécie diferente, produzindo minúsculos frutos imprestáveis, na opinião deles, para o consumo humano. A descoberta levou os donos da Sesmaria a denominar de Bananeiras a povoação que ali já se formava, e que em 1796, já tinha características de um arraial.
O Historiador Novais JUNIOR, em seu livro de memórias sobre a história de Bananeiras, citado pela Revista Era Nova-2000, afirma que se pode considerar um milagre os fatos que determinaram a escolha do local para o inicio da povoação, através da construção de uma pequena capela em homenagem a Nossa Senhora do Livramento, erguida por Gregório da Costa, um aventureiro que saíra da Serra de Cuité, sua terra natal, em busca de caças nas matas inexploradas do Brejo.
Perdeu-se dos seus companheiros nos contrafortes da Serra da Cupaóba, onde foi feito prisioneiro pelos nativos da região. Temendo a morte, invocou a proteção de Nossa Senhora do Livramento e uma noite ele foi libertado por uma desconhecida que no dia seguinte descobriu-se tratar-se de uma índia Tapuia, jovem e bonita, que logo depois tornou-se sua esposa.
Com o tempo, a capela erguida por Gregório desaparece e no mesmo local o missionário Herculano Vieira da Cruz, com a ajuda do padre Ibiapina e o apoio financeiro do poder público e dos proprietários rurais da região, construíram um novo templo que foi inaugurado em 1861.
A demora na consolidação e desenvolvimento do povoado de Bananeiras, segundo ainda o historiador Novais JUNIOR, citado pela Revista Era Nova, devem-se a uma serie de circunstancias, principalmente as lutas travadas entre colonizadores e os índios, tanto que em 1721 não passava de uma pequena aldeia, à margem de uma lagoa.
A partir daí foi crescendo paulatinamente até em 1827, a povoação passou a ser reconhecido e a pertencer a jurisprudência da Vila de São Miguel da Baia da Traição, cujo território ia do litoral, passando pelo o que é hoje o município de Guarabira e indo até as terras de Nossa Senhora das Mercês da Serra da Cuité.
Anos depois passou a pertencer a Vila Real do Brejo de Areia, situação que perdurou por seis anos. Bananeiras passou à condição de vila no dia 10 de outubro de 1983, por conta de uma Resolução assinada por Antonio Joaquim de Melo, presidente da Província da Paraíba.
Foi, no entanto, a Lei 690, de 16 de outubro de 1879, assinada pelo presidente José Rodrigues Pereira Junior, que deu a Bananeiras Foro de Cidade e Sede de Município. Portando, hoje, a cidade tem 125 anos de emancipação. Antes, porém, em 1835, a capela de Nossa Senhora do Livramento foi elevada à condição de Freguesia da Paróquia da Parahyba do Norte. A Lei Provincial de 19, de 10 de outubro de 1857, criou a comarca de Bananeiras e Araruna, depois se juntando a vila de Serraria.
A partir do momento em que Bananeiras emancipou-se, os seus principais líderes determinaram providências para fazê-la representada na Assembléia da Província, o que já ocorria em 1880, com a eleição do Coronel Antonio Targino Candido das Neves e o padre Manuel de Souza Correia Lima. Depois foram surgindo outras figuras exponenciais na política paraibana, a exemplo do Barão de Araruna, Sólon de Lucena, Odon Bezerra Cavalcante, Alcides Bezerra, Severino Albuquerque Lucena, Major Augusto Bezerra, Pedro de Almeida e mais recentemente Clóves Bezerra, Humberto Lucena e tantos outros.
Ao saudar a passagem do primeiro centenário de emancipação política de Bananeiras, o professor Iveraldo Lucena, um também ilustre filho da terra, citação da Revista "A Mudança Continua", assim resumiu a história da sua gente:

"Nos traços da Borborema, na grota da Capuóba banhada pelas águas de um regato cristalino, brejeiramente deslizando nas várzeas virgens da serra, terra dos janduis, nasceu Bananeiras, a mais brejeira das cidades paraibanas. Sua certidão de nascimento tem sabor de lenda, onde o amor e a aventura mesclam-se. São protagonistas o algoz "bandeirante" Gregório da Costa Soares e uma brasíndia apaixonada, os quais se juntaram animados pela linguagem do amor, que lhes ensinou a fala universal do sentimento e plantaram uma nova idéia à sombra amena das bandeiras, e em oração prometida a Nossa Senhora do Livramento."(Autor desconhecido.)

Bananeiras é uma das poucas cidades da Paraíba reconhecida nacionalmente como cidade turística. Famosa por seu clima de montanha, o município dispõe de belezas naturais formadas por serra e cachoeiras inexploradas. A cidade é rodeada por serras que permitem uma visão privilegiada dos seus pontos mais altos.
Outra característica de Bananeiras é a sua tranqüilidade, com um pequeno número de ocorrências policiais além do pequeno tráfego de veículos devido ao pequeno tamanho da mesma.
Além das belezas naturais, também chama a atenção de quem visita Bananeiras a arquitetura de suas construções antigas, a exemplo da Igreja Matriz, do Prédio dos Correios e do Colégio Sagrado Coração, um colégio de freiras onde residem atualmente as Carmelitas.
Conhecer Bananeiras, no Brejo Paraibano, é misturar lendas, fatos e tradições. A própria história do município dá exemplo de que a colonização de Bananeiras iniciou na segunda ou terceira década do Século XVII.
Entre seus pioneiros desbravadores, o historiador cita Zacarias de Melo e Domingos Vieira, procedentes da Vila de Monte-mor (a Mamanguape e atual). Eles obtiveram sesmarias na região em 1716, escolhendo glebas nas proximidades de uma lagoa, que corria no fundo de um vale. Ali, existiam ocorrências de pacoveiras, uma bananeira rústica, que produzia frutos inadequados para o consumo humano, daí surgiu o nome Bananeiras, que passou a denominar o município.
Em 7 de abril de 1763, o tabelião Vicente Ferreira Serrano lavrou escritura de uma parte de terras doadas por Gregório, para a construção da Capela de Nossa Senhora do Livramento. Depois de seguidas reformas, a capelinha de taipa transformou-se na atual Matriz de Bananeiras, um templo de formas arquitetônicas interessantes, que desperta a curiosidade dos turistas.
A partir de 1624 a região de Bananeiras já estava sendo ocupada por donatários, que adquiriam terras para a criação de gado e a implantação de engenhos movidos à água. A região da Serra da Cupaóba, por essa época, já possuía glebas ocupadas por Ambrósio Brandão, André Dias de Figueiredo, Duarte Gomes da Silveira e outros pioneiros, segundo a Revista Era Nova, 2000.
Em 1974, quando chegou a Bananeiras, para instalar o quartel-general de uma campanha de combate à esquistossomose, o então ministro da Saúde, Paulo de Almeida Machado, fez um comentário elogiável: "No coração do Nordeste encontrei uma cidade de clima e relevo europeu". As peculiaridades climáticas desta cidade impressionaram o cidadão paulista.
Localizada ao Norte do Estado da Paraíba, Bananeiras integra a micro-região do Brejo, com superfície de 284 quilômetros quadrados. Está a 300 metros acima do nível do mar. Cortada por estratégicas rodovias estaduais, que se interligam a rodovias federais, liga-se a João Pessoa, Natal, Recife e Campina Grande, em poucas horas de viagem. O município possui um clima muito parecido com clima europeu, com temperaturas que oscilam entre 12 e 31 graus. Córregos perenes integram a rede hidrográfica do município, tributária dos rios Mamanguape e Curimataú.
Bananeiras foi o maior produtor de café da Paraíba e o segundo do Nordeste. Em 1852, o café de Bananeiras rivalizava em qualidade e aceitação com o de São Paulo. Aqui, produziam-se um milhão de sacas ao ano. O transporte era precário, para fazer o produto chegar aos principais centros consumidores. O trem só chegaria 72 anos depois.
As edificações do Período colonial (séc.18), neoclássico, ecléticos, art-decô e protomodernistas, que ainda existem na cidade, são o resultado da opulência vivida pela aristocracia rural. O dinheiro do café permitia a construção de palacetes, com ladrilhos importados. O fausto do café acabou em 1923, com a praga Cerococus paraibensis (praga que devastava as lavouras de café) que contaminou as plantações. A cana-de-açúcar, o fumo, o arroz e, posteriormente, o sisal, passaram a figurar como produtos estratégicos da economia regional.
O patrimônio arquitetônico (casario) do Município é muito rico (mais de 80 edificações catalogadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Arquitetônico do Estado da Paraíba ? IPHAEP), sendo que a grande maioria desse patrimônio encontra-se em bom estado de conservação e em 2005 foi assinada uma carta de intenções entre a Prefeitura Municipal e o IPHAEP, no intuito de desenvolver a recuperação, preservação e tombamento da cidade com patrimônio histórico Estadual.
Correios e Telégrafos ? É um a construção de 1835. Tem 170 anos de existência. Foi um dos primeiros estabelecimentos do Nordeste a empregar o serviço do "escravo carteiro". Assim era chamado o negro cativo encarregado de conduzir os malotes postais para diversos lugares.
Igreja de Nossa Senhora do Livramento ? Sua construção durou em torno de 20 anos. Foi concluída em 1 de janeiro de 1861. O padre José Antônio Maria Ibiapina incentivou a sua construção, com apoio do Monsenhor Hermenegildo Herculano. A antiga capela de taipa havia desmoronado. Bananeiras não tinha mais que mil habitantes. Em 1919, foi calçada a primeira rua, com pedras irregulares, também chamadas "pé de moleque" ou "imperiais".
Colégio das Dorotéias (Carmelo) ? Foi construído em 1917. Mantém as linhas arquitetônicas originais. Educou "a elite feminina" de boa parte da Paraíba e do Nordeste, até os meados da década de 1960, quando ainda funcionava como internato. Hoje é da diocese e alugada para um Cursinho Pré Vestibular.
O Trem chegou a Bananeiras em 22 de setembro de 1922, após a construção do túnel da serra da Viração. Foi no Governo de Solon de Lucena, um ilustre filho da terra, na época governador da Paraíba. Este homem dizia que "o trem chegaria a Bananeiras nem que fosse por baixo da terra". Profecia? Quase. A tecnologia anglo-brasileira teve de perfurar um túnel de 202m, na pedra maciça, para que o trem atingisse Bananeiras, após passar pela vila de Camucá (a atual Borborema).
A antiga estação de trens foi transformada no Hotel Pousada da Estação. Não houve modificação arquitetônica externa. O prédio foi construído pela Great Western of Brazil. O telhado da plataforma guarda o estilo arquitetônico anglo-francês, por se apoiar sobre vigas de ferro comumente chamadas "mãos francesas". Mesmo sendo inglesa, a Great Western of Brazil empregava operários franceses. O conjunto Arquitetônico da Antiga Estação é tombado pelo IPHAEP ? Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba.
O Túnel do Trem ? Construído em 1922 permitiu que a estrada de ferro chegasse a Bananeiras. Antes, o trem só ia até a Vila de Camucá (Borborema), a 12 Km de distância. Durante o São João, o Túnel é transformado em Salão de Forró e é um dos pontos turísticos mais visitados da cidade.
O Cruzeiro de Roma ? Surgiu em 1899, construído em homenagem a Sagrada Família, por um proprietário rural, que, após ter alcançado uma graça, como pagamento de uma promessa, e, depois do consentimento do Papa em Roma, na passagem do Século XIX para o Século XX. A capelinha e a construção anexas têm 106 anos de existência e situam-se a 507m de altura, no topo de um chapadão intermediário do Planalto da Borborema. Ocupa o epicentro das caminhadas dos peregrinos em demanda do roteiro "Nos Passos de Pe. Ibiapina".
Também é parada obrigatória dos peregrinos que se dirigem a pé para o Memorial de Frei Damião, em Guarabira, ou que seguem em direção ao monumento de Padre Cícero, em Juazeiro do Norte (CE), dizem que o próprio Padim Cícero autorizava aos romeiros que tinham dificuldades de pagarem suas promessas em Juazeiro que as fizessem no Cruzeiro de Roma.
Existe um pequeno Albergue para Peregrinos anexo à Igreja, e a família que toma conta do lugar serve refeições (café da manhã e jantar) aos peregrinos. Em 2000, ano do Jubileu da Fé Cristã, foi construída uma porta Santa, também com autorização e registro do Vaticano. No topo do cruzeiro é possível avistar 05 municípios da Paraíba, além da Estatua de Frei Damião em Guarabira.
Cachoeira do Roncador - É um lençol d?água que desaba de uma altura de 45m, graças a uma depressão formada no curso médio (com mais de 10 pequenas quedas d?água nas pedras) do rio Bananeiras que nasce na mata da UFPB de Bananeiras. A flora nativa em redor da cachoeira mostra uma natureza exuberante, onde permanecem angelins, sucupiras, pau d?arcos, sapucaias e pirauás. O local é adequado para caminhadas ecológicas e a prática de camping selvagem. Tem um restaurante de comida regional bem próximo ao local, exatamente onde fica o estacionamento que dá acesso a Cachoeira. Fica situada exatamente no limite dos Municípios de Bananeiras e Borborema, no Sítio Angelim.
Energia elétrica ? Foi instalada em 1919, graças a mini-hidrelétrica construída por José Amâncio Ramalho, no distrito de Boa Vista (Borborema). Amâncio aproveitou o potencial do Salto da Boa Vista, um desnível natural do rio Canafístula, para gerar a energia elétrica que abastecia Serraria, Borborema, Bananeiras, Vila do Moreno (atual cidade de Solânea) e Pilões. O nome da empresa era Codebro.
O primeiro rádio ? Segundo a Revista Era Nova, 2000, pertenceu ao vigário José Pereira Diniz, pároco de Bananeiras a partir de 1930. Era um Phillips holandês. A população lotava a casa paroquial para ver o aparelho e ouvir as novidades irradiadas.
Estrangeiros? O português Tomás de Aquino Freire Andrade foi o primeiro cidadão estrangeiro residente em Bananeiras a adotar a cidadania brasileira, em 1837. Três anos depois o italiano Michel Martorano, que explorava a profissão de mascate, imitou o exemplo de Aquino.
Não à palmatória - O professor Francisco Xavier Junior, autor da gramática "Língua Materna", era um bananeirense evoluído para a época em que viveu. Foi ele quem aboliu a palmatória das escolas. Esse instrumento de tortura era permitido por lei, a fim de punir alunos que não eram aplicados nos estudos. Xavier ocupou o cargo de Diretor da Instrução Pública na Paraíba, o equivalente ao atual Secretário Estadual da Educação.
A economia do município de Bananeiras é firmada na agricultura e na pequena pecuária. Nos dias atuais, Bananeiras vêm revelando sua vocação para o turismo. Nos limites da área urbana situa-se o Centro de Formação de Tecnólogos, órgão da Universidade Federal da Paraíba. Neste complexo universitário se destacam os cursos de Engenharia de Alimentos e de Ciências Agrárias. Professores do CEFET extraem o óleo da citronela e da erva doce, utilizado por empresas do Sudeste do País na fabricação de cosméticos e repelentes.
Um professor do CEFET destacou-se ao ganhar prêmio internacional, nos EUA, por estudar o comportamento das abelhas. Outro técnico do órgão universitário acaba de criar um método de cultivo em mandalas, adequado para as agriculturas familiares, que está sendo implantado em assentamentos do município.
Outra atividade econômica é o artesanato. Artesãos locais são peritos para manipular a madeira, bambu, cabaças e derivados da Bananeira, a exemplo de Pedro e Santo Herculano. O senhor Antonio Fernandes é o mágico construtor de rabecas, guitarras e violões. Professoras de artesanato do CEFET, Diva e Rejane, trabalham magistralmente com a palha da bananeira, na produção de bolsas, escarcelas, pastas, caixas, cadernetas para anotações e bandejas, que já são vendidas no Sudeste do Brasil e no exterior. Os doces caseiros (de frutas variadas) são famosos na região, assim como o crochê, fuxico e bordados.
Na zona rural, a dez minutos de carro da cidade, existem três florestas que formam a ARIE - Área de Relevante Interesse Ecológico de Goiamunduba. São os 100 hectares de matas nativas do Cumbre, da Bica e Boqueirão, onde existem árvores que já foram extintas em outros redutos da Mata Atlântica. Aqui, são comuns os "olhos d?água" perenes, de boa potabilidade e até mineral. No centro da Mata da Bica é formada a "Lagoa do Encanto".
Conta-se que no início do Século XIX, a lagoa teria engolido um carreiro, os bois e o carro. Moradores antigos falam das ruínas de um cemitério de escravos, nas proximidades. Uma lenda conta a história de um pássaro noturno, chamado de "Sou eu", além da crença da existência de figuras da mitologia brasileira a exemplo de "Cumadre Fulôzinha". É muito interessante ouvir as estórias contadas pelos moradores locais, depois de uma bela trilha na mata.

6.1 Perspectivas para o turismo no município de Bananeiras

Bananeiras é uma cidade centenária e reconhecida pelas suas belezas naturais e seu potencial turístico. Como já disse outros autores, Bananeiras é privilegiada pelo clima parecido com o europeu. Isso faz chamar a atenção das pessoas e, conseqüentemente a faz um lugar bastante visitado. (ver figuras 2 e 3)










Esse município vem se destacando na Paraíba pelo seu potencial turístico, a alguns anos o poder público vem investindo em anúncios e divulgação dos pontos turísticos mais importantes dessa cidade, por esse motivo essas potencialidades estão sendo admiradas por grande parte dos turistas.
Esses potenciais turísticos já existiam há muito tempo, muitos deles são conhecidos desde a fundação de Bananeiras, porém, as pessoas não tinham o interesse de mostrar, ou melhor, não tinham interesse de vende-los.
O povo bananeirense tem o prazer de pertencer a um município brejeiro bastante conhecido e de paisagens naturais tão belas, além de ser um povo hospitaleiro e pacato, onde são fatores bastante contundentes para a preservação de sua imagem e, com isso, atrativos ainda maiores para os turistas.
As pessoas estão, a cada dia, fazendo aumentar o turismo em Bananeiras, e um fator contribuinte para isso é a construção de vários bangalôs em local de visão privilegiada, local esse que, além de mostrar toda a cidade, é capaz de aguçar outro sentido importantíssimo nas pessoas: o tato. Lá, as pessoas sentem, dependendo da época do ano, um friozinho que pode chegar a 10°C ou menos.
Bananeiras é um município privilegiado pelo fato de que existem lugares belos tanto no espaço urbano quanto no espaço rural. As antigas construções que estão localizadas na cidade fazem da zona urbana uma cidade de destaque nessa região e as belezas da zona rural também são fascinantes, onde trazem paisagens belíssimas da natureza bananeirense.
O clima serrano do município de Bananeiras atrai os turistas principalmente no mês de junho, onde além do clima agradabilíssimo a cidade proporciona o São João melhor do mundo para seus munícipes e visitantes.
A exemplo dos passos do Padre Ibiapina que é uma trilha bastante conhecida e seguida por muitos turistas, essa trilha, além de ser um atrativo religioso para as pessoas que seguem o catolicismo, mostra as belezas naturais de boa parte do município, e isso acontece pelo fato de que ela atravessa o município de Bananeiras, onde o Cruzeiro de Roma é visitado com esse percurso.
A igreja matriz de Nossa Senhora do Livramento é um ponto turístico muito importante, principalmente para os seguidores dessa religião católica. A igreja possui uma estrutura secular e por dentro, traz belezas monumentais do barroco. Suas paredes esculpidas guardam marcas antigas que deslumbram a visão dos visitantes, além de serem recobertas de folhas de ouro.
O que tornou Bananeiras uma cidade de importantes potenciais turísticos foi basicamente a época em que ela foi construída. Suas casas são de construções antigas que trazem modelos do início do século XX. Um ponto importantíssimo e bastante notório de que as casas são do início do século XX é que elas foram construídas sem lugar para guardar carros, esse é um fato visível. Naquela época em que essas casas foram construídas, as pessoas, mesmo pertencendo à classe rica da cidade não possuíam carros, por isso a ausência de garagens nessas casas.
Nós bananeirenses, temos o dever de zelar pelo turismo de nossa cidade, porque fazemos parte de uma sociedade privilegiada que herdou pontos turísticos de grande importância para o município, sabemos também que a exploração desse setor é de grande valor na contribuição para o desenvolvimento da região, mas somos obrigados a conscientizar os turistas a explorar nossas belezas com consciência a fim de contribuir para um uso sustentável.
É importante lembrar que a Cachoeira do Roncador, com sua beleza natural exuberante, onde guarda resquícios da vegetação original da região. Sua trilha é bastante percorrida e cuidada pela população que ali vive. Lá existem placas de conscientização e lugares apropriados para os lixos serem colocados.
O município de Bananeiras possui algumas trilhas importantíssimas para a ampliação do turismo da cidade. São trilhas onde quem faz seu percurso é levado a sentir uma sensação de tranqüilidade e paz inexplicável, pelo fato delas possuírem um clima, um relevo e uma vegetação de inigualável beleza.
Essas trilhas são percorridas pela maior parte dos bananeirenses, trazendo-lhes a paz e a tranqüilidade perdidas na rotina do dia-dia.
Ponto turístico importantíssimo para o município e que recebe turistas o ano inteiro, com mais freqüência nos meses de setembro a janeiro (período da seca) é o Cruzeiro de Roma. O Santo Cruzeiro, como é caracterizado pelos romeiros, foi construído no início do século passado, no topo de uma montanha, onde lá, pode-se ter uma visão bastante privilegiada. O Cruzeiro de Roma recebe visitantes de todos os recantos da Paraíba e de estados vizinhos.
O turismo religioso no município de Bananeiras é um potencial importantíssimo para a contribuição com o desenvolvimento turístico religioso dessa cidade. O ano inteiro há festas religiosas, onde além de mostrar a fé católica do povo bananeirense, atrai pessoas também da religião católica para visitar nossas potencialidades turísticas religiosas.
Começando pelo mês de janeiro, temos logo de início, no dia 06, uma das maiores festas religiosas da região: a Festa de Reis, como é conhecida pela população bananeirense. Essa festa é uma homenagem à padroeira Nossa Senhora do Livramento. Também no mês de janeiro há a festa de São Sebastião, especificamente no dia 20 no Distrito da Chã do Lindofo. No mês de março, 19 é a data que comemora a Festa de São José no distrito de Vila Maia. Nos dias 23 e 24 de junho é festejado a Festa de São João, onde em todos os recantos do município existem Festas Juninas para comemorar os três Santos desse mês: Santo Antônio, São João e São Pedro.
Essas festas são de grande valor para o resgate da nossa cultura, onde são realizados grandes forrós pé-de-serra, quadrilha, comidas típicas e tudo isso é apresentado na sede do município no final do mês. No mês de dezembro, Nossa Senhora da Boa Viagem é homenageada no Distrito de Roma no dia 03 e na comunidade do Jatobá no dia 09. Festas essas que recebem pessoas de todo recanto do município e cidades vizinhas. No mesmo mês de dezembro há no Distrito do Taboleiro, a Festa de Santa Luzia no dia 13 para homenagear essa Santa protetora das visões como é conhecida por essa população.
Queremos lembrar que todas essas festas religiosas, após a realização das missas em homenagem aos santos padroeiros existem as festas profanas onde são convidadas bandas de forró para animar o povo.
Além dessas festas demarcadas já no início do ano existem também festas religiosas durante o ano inteiro. Na época da quaresma (quarenta dias antes da Paixão de Cristo) as pessoas rezam diariamente, fazendo suas procissões e deixando uma imagem nas casas das pessoas que desejam ter a Santa em sua residência, ela passa uma semana em cada casa e de um ponto a outro essa imagem é carregada em procissão.
No mês da Paixão de Cristo, especialmente na Sexta Feira Santa é representada, através de peça teatral e no pátio da Igreja Matriz Nossa Senhora do Livramento, toda Paixão de Cristo. No mês de maio, desde o dia 1° é rezado o terço para homenagear a mãe de Jesus: Nossa Senhora. Todos os dias acontecem esses terços e as flores que são usadas para a realização dos mesmos são acumuladas para serem queimadas no último dia do mês de maio, com um ritual interessantíssimo após a realização da Santa Missa e a coroação de Nossa Senhora.
É importante salientar que no município de Bananeiras está aumentando o número de adeptos a outras religiões, onde, para eles, essas festas em homenagem a seus santos são exagero, erro e até pecado da igreja católica.












7 O TURISMO EM BANANEIRAS

Situada no Brejo paraibano, Bananeiras revela roteiros que unem história e beleza natural. Com um clima super agradável que não raro chegar abaixo dos 18ºC,a cidade é uma excelente opção para quem procura tranqüilidade aliada a belíssimas paisagens.
Com um cenário preservado, herdado da época da colonização, Bananeiras atrai ainda pelos interesses roteiros que esconde em sua zona rural, a exemplo da cachoeira do Roncador, localizada entre a cidade e os municípios de Borborema e Pirpirituba.
Outra atração bastante visitada por ali é o Cruzeiro de Roma, encravado no alto da Serra do Cupaóaba, lá e visitante pode conhecer a capela construída por um padre e que hoje é ponto de peregrinação religiosa. O local serve ainda como um mirante natural, possibilitando uma visão geral da região.
O clima, a alegria e a desenvoltura do povo de Bananeiras constituem-se em fatores preponderantes para o desenvolvimento de atividades turísticas, esportivas e de lazer no município, que enveredou por esses caminhos a partir de ações desenvolvidas pelo poder público e filhos da terra.
Bananeiras tornou-se um dos principais pólos de turismo de eventos do estado, com a realização de uma festa de São João muito animada e concorrida, que ao longo dos anos se consolida cada vez mais, reunindo na cidade milhares de pessoas vindas de vários quadrantes do Nordeste, que dançam nas ruas e nos clubes da cidade, embalados pelos conjuntos musicais da região.
As condições necessárias do crescimento do turismo de ventos são de tal envergadura que a TV Cabo Branco, a emissora líder da principal rede de televisão do Estado, elegeu a cidade de Bananeiras para realizar, anualmente, uma das etapas do ForróFest, o maior festival de música regional do Nordeste, reunindo em cada região os cantores e compositores da própria área, cujas músicas, em número previamente estabelecido, são escolhidas para a etapa final do festival. A classificação das músicas ocorre em meio a uma grande festa, com muitas atrações e milhares de pessoas.
As festas profanas e religiosas também são constantes e têm recebido muitos turistas. Essas festas, além da cidade, também são realizadas nos povoados ou distritos, cada qual com suas datas programadas.
Bananeiras tem realizado atividades que envolvem tanto o povo do município como de outras regiões e cidades circunvizinhas, através de ventos culturais e religiosos, onde a população direta e indiretamente absorve os conhecimentos e ensinamentos transmitidos pelos promotores, como também proporciona movimentação de diversas com a venda de comidas típicas da região, aluguel de residência, aumento no fluxo de turistas na época.
Bananeiras, sendo um município turístico, tem como fator fundamental a sua localização privilegiada, clima agradabilíssimo, prevalecendo o frio nos meses de maio a agosto. Assim é sempre convidativa para que o turista possa usufruir dos momentos de lazer e visitação aos diversos recantos que a natureza preservou.
Em Bananeiras, o principal objetivo da Secretaria Municipal de Eventos e Turismo é a conscientização da sociedade para a importância do setor como instrumento econômico, de geração de empregos e de melhoria da qualidade de vida da população.
Como forma de atender a esses objetivos, ligação de eventos religiosos e ecológicos. Os principais acontecimentos da cidade obedecem ao calendário, como nos mostra o quadro 01.



CALENDÁRIO ANUAL DAS FESTAS DA CIDADE DE BANANEIRAS
JANEIRO Festa de Nossa Senhora do Livramento (Padroeira do município); 18 a 20 ? Festa de São Sebastião no povoado de Chã de Lindolfo.
MARÇO Festa de São José, no Distrito de Vila Maia.
ABRIL Encenação da Paixão de Cristo.
MAIO Dia do Trabalho com competição desportiva e prova de Jep Fora de Estrada
JUNHO Eliminatória do Forró Fest e realização da Festa de São João com características predominantes profanas
SETEMBRO Competições desportivas, desfile cívico e Evento Ciclístico.
OUTUBRO Comemoração do Dia da Criança e da emancipação política do município; Realização do Fest Banda.
DEZEMBRO Tradicional Girândola (Show Pirotécnico); e Festa da Santa Luzia, no Distrito do Taboleiro








Quadro 01 ? Calendário Anual da das Festas da Cidade de Bananeiras ? PB.
Fonte: Pesquisa de Campo. 2007.




Potencialidades turísticas de Bananeiras

ATRATIVOS TURÍSTICOS:
Ø Conjunto Arquitetônico
Ø Ruas /Solon de Lucena, Barão do Rio Branco, Castro Pinto e Cel. Antônio Pessoa
Ø Sobrado das Meninas
Ø Casa de Solon de Lucena (Distrito de Roma)
Ø Conjunto Arquitetônico Sagrado Coração de Jesus (Carmelo)
Ø Centro Cultural Isabel Burity (Acervo Histórico Municipal e Biblioteca)
Ø Engenho Goiamunduba ? fabricação da famosa cachaça Rainha
Ø Igreja de Nossa Senhora do Livramento
Ø Colégio Agrícola Vital de Negreiros ? UFPB Campos III
Ø Túnel Ferroviário (Serra da Viração)
Ø Igreja de S. José e Casario de Vila Maia
Ø ARIE (Área de Relevante interesse ecológico) de Goiamunduba
Ø Lagoa do Encanto
Ø Casa de Farinha
Ø Engenho de Fogo Morto
Ø Estação Ferroviária (Hotel Pousado da Estação)
Ø Cachoeira do Roncador
Ø Sítio Mijônia
Ø Bica dos Cocos
Ø As Canoas (possível sítio paleontológico em estudo)
Ø Sítios Arqueológicos
Ø Umarí ? aberto à visitação
Ø Gruta dos Morcegos ? turismo científico
Ø Pedra Preta ? turismo científico


TRILHAS
Prepare-se para viver aventuras fantásticas nos exuberantes cenários naturais da região de Bananeiras, cidade localizada na Serra da Borborema.
Famosa por seu clima de montanha, ela dispõe de belezas naturais formadas por serras, áreas de preservação ambiental, inscrições rupestres, trilhar e cachoeiras ainda inexploradas. A arquitetura de suas construções seculares a exemplo a igreja matriz, do prédio dos Correios e do Colégio Sagrado Coração de Jesus (O Carmelo) também chama a atenção de quem visita a cidade.

TRILHA DO RONCADOR
A Trilha do Roncador tem o marco zero na Igreja Matriz, seu percurso é de 32 km pelo Sítio Angelim (28 km de carro e 6 km a pé) de ida e volta (opção túnel Samambaia caminhada de 9 km).
Temos atrativos no percurso como: um pouco da história da cidade incluindo parte do casario, a Cachoeira do Roncador, paisagens, nascentes, plantações, frutas da época (manga, banana, caju, araçá, cajá, etc) e vegetação serrana.

TRILHA ECOLÓGICA DE GOIAMUNDUBA
Essa trilha possui o marco zero na Igreja Matriz e seu percurso é de 12 km (carro ou a pé) de ida e volta, entrada para o Engenho da Cachaça Rainha.
Os atrativos do percurso são: História da cidade incluindo parque do casario, plantações, vegetação densa dos fragmentos de mata atlântica e serrana, relevo da região, nascente do Rio Goiamunduba, a Lagoa do Encanto, frutas da época, ruínas da casa do senhor de engenho e casa de farinha.

TRILHA DA CACIMBA E BICA DAS ALMAS
Marco zero na Igreja Matriz, seu percurso é de 5 km ida e volta (a pé). Em seu percurso encontramos atrativos como a história da cidade incluindo parte do casario, um dos afluentes do Rio Bananeiras, relevo, resquícios de mata serrana e lendas do local.

TRILHA DO TREM
Ponto zero também na Igreja Matriz com percurso de 7 km de ida e volta (a pé). Para chegar até lá podemos nos promover com a história da cidade incluindo parte do casario, história do túnel, Antiga Estação (hoje, Hotel Pousada da Estação).
Mirante com vista parcial da cidade, fábrica de fumo, vegetação, criações da UFPB (gado, galinhas, porcos, abelhas, rãs), rapel > 27m, frutas da época (caju, manga, jaca, cajá) e nascente do Rio Bananeiras. Ver figura 4.








TRILHA DO UMARÍ (INSCRIÇÕES E PINTURAS RUPESTRES)
Ponto zero na Igreja Matriz com percurso de 48 km ida e volta, mas 600m a pé. No seu percurso encontramos atrativos como: histórias da cidade incluindo parte do casario, passagem no Distrito do Tabuleiro, passagem pelas Canoas (possível sítio paleontológico), frutas da época (caju, pinha, castanha, torrada, umbu) e pedra do letreiro (inscrições e pinturas rupestres).

TRILHA DAS ÁRVORES CENTENÁRIAS
Ponto zero na Igreja Matriz e um percurso de 5 km, ida e volta. Encontramos em seu percurso a história da cidade incluindo parte do casario, Campus III da UFPB, abatedouro e criação de porcos, coelhos, peixes.



TRILHA DO CRUZEIRO DE ROMA
Ponto zero na Igreja Matriz com percurso de 24 km pela Lagoa de Matias ? estradão (ida e volta) e 32 km por Roma ? asfalto (de carro ou a pé). Em seu percurso encontramos história da cidade incluindo parte do casario, mata atlântica (Goiamunduba), Engenho da Cachaça Rainha, canaviais, Rio Goiamunduba, plantações de flores tropicais, Lagoa de Matias, piscicultura (tilápia), Piscinão de Roma, frutas da época, rapel ? 30m.

TRILHA DA BICA DO GATO
Ponto zero na Igreja Matriz com um percurso de 5km de ida e volta (a pé). Podemos encontrar como atrativo de percurso a historia da cidade incluindo parte do casario, plantações, paisagens, cacimbas de água potável, rapel ? 15m, banho de bica e frutas da época (manga, banana, laranja, caju, cajá).

TRILHA DO MOURA
Ponto zero na Igreja Matriz com um percurso de 25 km ida e volta (de carro ou a pé). Como atrativo de percurso temos paisagens, historia da cidade incluindo parte do casario, plantações e frutas da época (manga, banana, cajá).

TRILHA DA CAVERNA
Ponto zero na Igreja Matriz com percurso de 10 km ida e volta (a pé ou de carro). Como atrativos do percurso temos a historia da cidade com parte do casario, fragmentos de Mata Atlântica, paisagens e história do local.
TRILHA DA GRUTA DOS MORCEGOS (PINTURAS RUPESTRES)
Ponto zero na Igreja Matriz com percurso de 30 km ida e volta (de carro ou a pé). Como atrativos do percurso temos história da cidade incluindo parte do casario, plantações de cultura regional, casarão Sólon de Lucena, Capela do Sagrado Coração de Jesus, frutas da época (manga, caju, cajá), rapel ? 20m e pinturas rupestres.

TRILHADA BICA DOS COCOS
Ponto zero na Igreja Matriz com percurso de 8 km de ida e volta (a pé ou de carro). Como atrativo de percurso essa trilha possui história da cidade com parte do casario, Antiga Estação, paisagem do Túnel da Viração, frutas da época, pode ser feita pela antiga Trilha do Trem, Túnel da Viração, banho de bica, bar e restaurante.

TRILHA DO SÍTIO MIJONIA
Ponto zero na Igreja Matriz com percurso de 20 km de ida e volta (de carro ou a pé). Essa trilha possui histórias da cidade incluindo parte do casario, paisagem no caminho, plantações e frutas de época (manga, caju, banana, jaca), pesque-pague e banho de açude, banho de bica, passeio de canoa, trilha ecológica, bar e restaurante.

RESIDÊNCIA DAS IRMÂS CARMELITAS (Antigo Colégio das Irmãs Dorotéias)
O Colégio Sagrado Coração de Jesus foi fundado em 02 de fevereiro de 1918 e entregue às Irmãs Dorotéias, destinado ao sexo feminino. Iniciou o Curso Normal em 1931, o Ginasial em 1947 e posteriormente o Curso Pedagógico. O Colégio Sagrado Coração de Jesus tem prestado inestimáveis serviços à família paraibana, notadamente à bananeirense.

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA
Desativada em 1973 pelo governo militar, com a justificativa de melhorar os transportes, a rota do trem que passava por Bananeiras, apenas deixou lembranças de bons tempos do município, construções, como a estação hoje serve de hotel, e o túnel.
CRUZEIRO DE ROMA

Indo a Bananeiras não se pode deixar de visitar um dos pontos mais importantes do município. Localizado na zona rural, o Cruzeiro de Roma, que é objeto de romarias e um belo local para apreciar a natureza. Ele fica no alto de uma montanha, abrigando apenas a capela e uma pequena casa, de onde pode-se ter uma visão bastante ampla e bonita das redondezas.
Hoje, o Cruzeiro de Roma também serve de abrigo para os peregrinos que segem os passos do Padre Ibiapina. Esse caminho, de Guarabira à Santa Fé, é feito a pé pelas pessoas que admiram a vocação do Padre que nasceu em 1806 e durante a sua vida, fez esse caminho, pregando às pessoas dessa região. (ver figuras 4 e 5)



















A CACHOEIRA
O Roncador é sem dúvida nenhuma a mais bela queda d?água da Paraíba. Com mais ou menos trinta metros de altura, a cachoeira é hoje um destino certo para quem curte natureza. Além do banho, pode-se ainda apreciar a maravilhosa vegetação do lugar, formada principalmente por espécies da mata atlântica. Árvores centenárias e, é claro, centenas de bananeiras, compõem a paisagem nesse verdadeiro oásis incrustado no limite de Planalto da Borborema.
Para quem gosta de aventura, a Cachoeira do Roncador é perfeita. Como o lugar ainda não oferece muita estrutura, o melhor é que você leve seu próprio equipamento. Se o seu lance é relaxar, então se prepare para deliciosos banhos em piscinas naturais que se formam com as quedas. Pássaros e sagüis completam o visual e garantem o sossego nesse que é, com certeza, um dos mais interessantes roteiros rurais do Estado.






















8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao término deste trabalho chegamos a conclusão de que o município de Bananeiras vem crescendo consideravelmente no que diz respeito ao turismo. Nos últimos oito anos a prefeitura municipal, junto com a Secretaria de turismo e eventos, vem fazendo um trabalho visando a melhoria do acesso aos pontos turísticos mais importantes e mesmo melhorias nos próprios lugares de visitação.
Está acontecendo, nesta época, a construção de muitas residências, de pessoas estrangeiras, que vieram para cá embelezados pelo clima e pela paisagem belíssima que possui o município.
É importante lembrar que muitos bananeirenses estão sobrevivendo graças ao turismo e que esta área está crescendo dia após dia.
Bananeiras está sendo reconhecida turisticamente em quase todos os recantos do território nacional, e isso vem acontecendo pelo fato de que o próprio município vem investindo na divulgação dos seus potenciais turísticos a mais de dez anos.
O povo bananeirense vem se orgulhando e participando bastante do turismo de seu município, por isso é que a tendência é o crescimento e desenvolvimento da região, ganhando assim, reconhecimento dos turistas e das empresas que desejam investir neste município.
Ainda como considerações da pesquisa feita, levantamos algumas propostas relevantes para um uso racional do meio ambiente. Assim destacamos a importância de se respeitar as leis que amparam os cuidados referentes ao meio ambiente.
A capacitação de profissionais para repassar informações a outras pessoas, ensinando-lhes os princípios básicos do desenvolvimento sustentável, com ênfase no associativismo, controle comunitário e uso prioritário de recursos locais.
Outra preocupação é com a conscientização das pessoas através de placas colocadas nos pontos turísticos mais importantes e mais visitados. Assim como a vigilância dos principais pontos turísticos pela comunidade que reside nas proximidades.
É de fundamental importância o Tombamento de alguns casarios antigos para que sejam preservadas as características originais do lugar.
Devem-se nomear os ?delegados do turismo? para que os mesmos acompanhem os turistas para a caminhada dos Passos do Padre Ibiapina. E, por fim, a visitação semanal dos integrantes da secretaria do meio ambiente aos pontos turísticos a fim de obter controle sobre o lixo depositado e aos danos causados aos recursos naturais.
Com essas medidas adotadas podemos desenvolver um turismo sustentável, sem prejuízos ao meio ambiente, além de auxiliar economicamente a população local.















9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



Atlas Escola da Paraíba/Coordenador: Janete Lins Rodrigues ? João Pessoa, GRAFSET, ©.2002. 3ª edição


BAUDRILLARD, Jean A Societé de Consoniniation. D. Partzsch.(1991).


DUMAZEDÍER, Jofre. Vers Une Civilisation du Loisir,1962.


FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Mini Aurélio Século XXI escolar. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 2001.


MAIA, Ana Maria Montalvão ? Turismo Cultural: Um desafio. Brasília, 1(1): 91 ? 102, Dezembro ? 1996.


MASLOW, Abrahan. Artigo: A Theory of Human Motivation, publicado na Psychological Revieiv (1943).


MOREIRA, Igor Antônio Gomes ? Construindo o Espaço/ Igor Antônio Gomes Moreira ? São Paulo: Ática, 2002. 5ª Série ? Construindo o espaço humano. Pág. 10 ? 13.


Revista Comércio Exterior ? Número 21


Revista Era Nova ? 2000 ? Edição Especial ? Órgão de Divulgação do Centro Cultural "Isabel Burity" ? Bananeiras/PB ? Ano V ? 2000/Junho.


Revista A Mudança Continua ? Bananeiras ? Paraíba ? Março de 2002.


RODRIGUES, Adyr A. B. Águas de São Pedro ? Estância Paulista. Uma contribuição à geografia da recreação. São Paulo: FFLCH ? USP, 1985. Tese de doutorado.


Secretaria de Divulgação e Turismo do município de Bananeiras ? PB. Pesquisa de campo.


SANTOS, Milton. Metamorfoses do Espaço Habitado. São Paulo, Hucitec, 1997.


http://www.bananeiras.com.br/turismohp.htm.htm .


























Autor: Sérgio Reis Neves Da Silva


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