Meio esquisito



Meio esquisito

Esqueça o que você viu, esqueça o que você ouviu.
Esqueça o que você pensa quando vê.
Para você ver o que pensa que vê.
Esqueça o que você fala enquanto
ouve o que você fala.

Tudo são os sinais da estrada.

Os desvios às vezes são longos caminhos para se chegar á estrada.
As estradas às vezes são longos desvios da meta.
A meta às vezes pode ser apenas uma meta a mais no longo caminho.
Esqueça que você já caminhou, esqueça que há caminhos.
Esqueça que há de caminhar, esqueça-se no caminho.

A estrada é um reflexo rápido do tempo.
O homem que reflete, prende o tempo.
Um rápido reflexo. Reflete-se do reflexo.
Esqueça o tempo, esqueça o intemporal.
Esqueça o meio tempo, esqueça-se temporariamente.

Todo o tempo pode ser apenas uma curva.
Uma curva, o intemporal.
E o intemporal, temporariamente.

Esqueça o que você ouviu, para ouvir.
Esqueça o que você pensa quando vê
Para você vê o que você pensa.

Esqueça que você já caminhou para caminhos.
Esqueça que há caminhos que você não caminhou.
Esqueça que caminhando você caminha.

Esqueça o tempo, que o tempo te esquece.
Esqueça o intemporal, que o intemporal te repete.
E do meio tempo, nem se fala,
só o temporariamente afirma existir.
Esqueça-te simplesmente.





Autor: Cesar Valerio Machado


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