NÓS OS CONTEMPORÂNEOS



NÓS OS CONTEMPORÂNEOS

Como o mundo é composto, tem gente que é chegada aos dejetos do cavalo do bandido. Os tempos estão mudando e os valores sociais, morais e filosóficos passam a ser relativos. Tudo fica sujeito à subjetividade de quem aprecia.
Nos anos 50 e 60, para fazer uma analogia, a obra literária que nos identificava era Dom Camilo e Seu Pequeno Mundo. Os que nascem em berço de ouro, e por extensão os que os rodeiam, costumam adotar a cultura local somente pela hereditariedade. Não se atêm ao axioma que garante que, quase sempre, toda fortuna é resultado de ação espúria.
Os bafejados pelo destino, vivem carteando marra e admirando o colorido das penas do pavão. Boca aberta, sorriso boçal, dentes rilhando, coração inflado e a pobre alma cheia de angústias.
Quando cultuam a arte da escrita, dada às suas origens campesinas se tornam bajuladores incorrigíveis. Vivem trocando gentilezas com similares. Pubam de medo em serem contestados e morrem fazendo adulação descarada. Enchem os espaços dos periódicos de xibungagem.
São escritores travestidos de colunistas sociais, massageando o pobre e sofrível ego cambaleante de desavisados colegas. O ofício de quem escreve é tornar universal a história e não babar ovos dos políticos, famosos, colunáveis e idle rich. Alguém disse que a o colunismo social é a história do nada!
O sonho oculto de todo campestre e ser notícia na mídia. Uma autêntica Maria vai com as outras... Ele vê a maioria fazendo e cai dentro da jurãozada! O hábito o faz cultuador do falso brilhante, sofístico, asas abertas e o que parece ser.
Raimunda passa a ser chamada de Beth e a cultura uma simples vitrine de ilusões efêmeras.
A escrita mal aplicada pode lesionar a quem dela faz uso.

Autor: Rafael Freitas Reis


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