Marapanim uma fonte de pesquisa: com proposta educativa para o desevolvimento sustentável.



MARAPANIM UMA FONTE DE PESQUISA: COM PROPOSTA EDUCATIVA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

1. MARILÍA TRINDADE GOMES FERREIRA


RESUMO

Este artigo apresenta o cotidiano de uma cidade do Estado Pará, contendo riquezas fundamentais para o desenvolvimento ambiental com conservação e preservação dos seus rios e mangues onde e evidente a falta de informação para o desenvolvimento da fauna e flora de uma região próxima do oceano.
Palavra-chave: conservação, preservação, participação

ABSTRACT

This article presents the daily life of a city in Pará State, containing riches key development with environmental conservation and preservation of rivers and swamps where and evident lack of information for the development of the fauna and flora of a region near the ocean.
Keyword: conservation, preservation, participation.




1. Pedagoga, cursando pós-graduação em Educação Ambiental e Uso Sustentável dos Recursos Naturais na UFPA.
E-mail: [email protected]


Educação Ambiental é uma forma de passar para futuras gerações tudo sobre a maneira de preservar a natureza onde seus antepassados vivenciaram seu desenvolvimento. Durante anos a Região Norte vem lutando para esta preservação tanto da fauna quanto da flora com divulgações para sua região quanto para outras.
Desde a chegada dos portugueses em 1500, o Brasil vem perdendo o verde que sempre caracterizou as suas terras. Primeiro, houve a exploração do pau-brasil, depois, o desmatamento proveniente dos ciclos da cana-de-açúcar, do ouro, da madeira, do café...
Para se ter uma idéia, só a mata atlântica, área presente tanto na região litorânea como nos planaltos e nas serras do interior, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, mantém atualmente apenas 7,3 % de sua cobertura florestal original. Por isso, mais do que nunca, a sociedade tem colocado em pauta varias discussões sobre o assunto relacionado á preservação da natureza. Essa consciência deve começar na escola, com projetos educacionais que busquem uma participação direta de alunos, professores e familiares, este tema que é interesse de todos.
O relacionamento da humanidade com a natureza, que teve inicio com um mínimo de interferência nos ecossistemas, tem hoje culminado numa forte pressão exercida sobre os recursos naturais.
Enquanto educadora pude sentir a necessidade do município de Marapanim, lugar que me apaixonei no primeiro momento que conheci em 2009 no período de julho, não precisa de tanta sensibilidade para observar logo as necessidades da cidade, um lugar rico em beleza, porém sem cuidados ambientais. Visando esta necessidade proponho-me desenvolver com a comunidade, projetos voltados para o consumo consciente: Repensar, Reduzir, Reutilizar e Reciclar.
Este projeto tem como objetivo geral promover a reflexão e a conscientização sobre a integração das escolas e das comunidades com o meio ambiente. Com uma finalidade em demonstrar a responsabilidade quanto ao bem-estar comum e à seleção adequada do lixo ou de materiais recicláveis para reverter alguns problemas ambientais e sociais existentes na comunidade.
O diálogo, que é base na educação, apresenta-se numa perspectiva transformadora e popular de educação ambiental, porque só nos educamos/aprendemos dialogando em um conjunto de relações pelos quais nos definimos como seres sociais e planetários. Paulo Freire já justificava a visão de educação como um processo dialógico pelo qual nos educamos mutuamente mediados pelo mundo (Loureiro, 2004).
É importante trabalhar valores para a formação da cidadania, podendo desenvolver a curiosidade e a prática investigativa com intuito de formar uma criança eco alfabetizada, com hábitos saudáveis, tornando possível aprender a preservar, sucessivamente reciclar e cuidar, observar o meio natural e social para conhecer o que vem a ser o processo de reciclagem, desenvolvendo na escola atitudes de respeito e despertar a consciência para as implantações da ação dos seres humanos sobre o ambiente.
Informar as escolas e comunidade a importância da coleta de lixo produzido nas escolas e na cidade, e incentivar sua participação nessa atividade, esclarecendo que todo lixo deve ser coletado corretamente (seletivamente), conscientizando a população quanto à preservação do meio ambiente.

... Essa tendência da educação ambiental (...), deixa de ser politicamente neutra, ao ir além das conseqüências da crise ambiental. Consolida uma argumentação que legitima a crítica ao sistema capitalista, evidenciando que a causa da degradação ambiental é a mesma da degradação social. Discute os modos de apropriação e uso privado dos recursos naturais e humanos, aponta os conflitos sócios ambientais daí advindos, e identificando não apenas a degradação ambiental, mas também as críticas dos seus efeitos (Layrargues & Loureiro, 2000, p.6).

Diante da realidade encontrada no cotidiano da população marapaniense torna-se importante o desenvolvimento de atividades que possam estimular crianças e adultos a conservação e preservação dos rios e mangues da região, no qual hoje se encontra totalmente fragilizados e poluídos pelo homem. É evidente que quando jogam lixo no porto onde os pescadores atracam sua canoas e barcos de pesca, irão conseqüentemente poluir esse ambiente, porque esses lixos contêm substâncias tóxicas e perigosas para o meio ambiente e para os que vivem nele. Assim, tornando muito difícil a vida dos seres que lá habitam como as plantas e os peixes.
A coleta do lixo é feita duas ou três vezes por semana de forma bem arcaica, em uma caçamba da prefeitura com todos os lixos misturados, após a coleta, fica sempre na cidade os resíduos no caminho, porém aquele lixo deixado pela comunidade no porto dos pescadores lá continuam até virar uma montanha.
Criar, proporcionar possibilidades para que a comunidade possa sentir pensar e atuar diretamente na preservação ambiental. È preciso usar o conhecimento de forma objetiva, tornando possível educar e transformar novos cidadãos com princípios, ética e pratica no mesmo contexto.

Apesar da complexidade ambiental envolve múltiplos dimensões, verifica-se atualmente que muitos modos de fazer e pensar a Educação Ambiental enfatizam a dimensão ecológica da crise ambiental, como se os problemas ambientas fossem orinados independentemente das praticas sociais(LAYRARGUES apud LOUREIRO, 2004, p.11)


Diante da realidade que o meio ambiente encontra-se é importante evidenciar que Educação Ambiental deve ser teoria e pratica no cotidiano, assim pode ser o começo da reflexão sobre os problemas socioambientais, a escola deve ser vista como um lugar transformador e não somente um espaço de simples transmissão de conhecimento, sabendo que o educador não só transmite conhecimento mais constrói juntos com os alunos.

A Educação Ambiental transformadora, enfim, pode ser apresentada em três eixos explicativos, segundo Carlos loureiro, na edição da publicação realizada pela Diretoria de Educação Ambiental- DEA do ministério do Meio Ambiente- MMA(2004).
? Buscar redefinir o modo como nos relacionamos conosco, com as demais espécies e com o planeta;
? Tem na participação e do exercício da cidadania princípios para a definição da democracia e das relações mais adequadas, com relação a vida planetária.
? Educar para transformar significar romper com a praticas sociais contraria ao bem-estar publica á equidade e a solidariedade, estando articuladas necessariamente as mudanças éticas que se fazem pertinentes.

Portanto a importância de fazer jus a implementação de políticas Ambientais educativas no estado do Pará e em seus municípios tornando-se possível a realização de estudos e pesquisa nas áreas de fundamentos para maior discussão sendo possível produzir métodos com metodologias e matériais educativas. Tendo como objetivo estimular novos formadores de opinião ainda que as práticas em alguns municípios estejam ainda distantes as ações têm que ser desenvolvidas para que possa mudar a realidade e a qualidade de vida da população.

A Educação Ambiente valoriza as diversas formas de conhecimento. Este é diversificado, acumulado e produzido socialmente, não devendo ser patenteando ou monopolizado. (Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, 1992)

Tendo como principio a discussão teórica sobre Educação Ambiente garantindo a articulação das questões locais, regionais, nacionais e globais tornando possível subsidiar novas diretrizes para o desenvolvimento sustentável assim criando sistema de Educação e praticas social.


A educação ambiental deve ter como base o pensamento critico e inovador, em qualquer tempo ou lugar em seu modo formal, não formal e informal, promovendo a transformação e a construção da sociedade. (Tratado de Educação Ambiental para Sociedade Sustentáveis e Responsabilidade Global. 1992)


Será importante estimular e formentar a realização de diferentes segmentos para formulação de projetos, pesquisas, métodos e fundamentos para pratica da Educação Ambiental articulando ações que desenvolva e incentivem a Educação Ambiental nas áreas de pesca e agricultura familiar viabilizando o exercício da cidadania no processo educativo formal e não-formal, respeitando valores e tradições culturais regionais.

Processo por meio do qual o individuo e a coletividade constrói valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências, voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo essencial a sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (Lei nº 9.795/99, art. 4º)

Será importante o papel do pedagogo para nortear a teoria/ prática da Educação Ambiental, tornando o processo produtivo, respeitando as peculiaridades de cada região ou comunidade.


















REFERÊNCIAS

BARCELOS. Valdo Educação Ambiental: sobre princípios, metodológicos e atitudes. Petrópolis, RJ: Vozes,2008.

BRASIL, Política Nacional de Educação Ambiental- PNEA- Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999.

CAMARGO, Aspásia Et alie. Meio Ambiente: avanços e obstáculos pós-Rio 92. Estação Liberdade: Instituto Socioambiental: Rio de Janeiro; Fundação Getúlio Vargas.

CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. A Formação do Sujeito Ecológico. São Paulo, Cortez, 2006.

CASCINO, Fabio: Educação Ambiental: princípio, historia, formação de professores. 3º.ed. São Paulo: Editora SENAC, 2003.

LAYARGUES, Philippe. (RE) conhecendo a Educação Ambiental Brasileira. In: MMA. Identidade da Educação Ambiental Brasileira. Brasília: EdiçõesMMa,2004.

LAYARGUES, Philippe; LOUREIRO, Carlos F. Educação ambiental nos anos 90. Mudou, mas nem tanto. in: Políticas Ambientais. V.9; n. 25. Rio de Janeiro, 2000.

LOUREIRO, Carlos F. Trajetórias e Fundamentos da Educação Ambiental. São Paulo: Cortez, 2004.

PARÀ. Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Programa de Educação Ambiental: diretrizes e políticas. 2 ed./ Secretaria de Estado de Meio Ambiente- Belém: SEMA,2008.










Autor: Marília Trindade Gomes Ferreiram


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