MEMÓRIAS DO FUTEBOL EM ALTAMIRA: OS CASOS BAIXA E PORTUGUESA (1971-2010)



Daniele Lopes de Souza
Edna Cristina Gonçalves dos Santos
Maria Polyana da Silva Oliveira
Raquel Jacobson Pereira
Acadêmicas do Curso de Licenciatura Plena em Educação Física. Universidade do Estado do Pará
Emerson Araújo de Campos
Esp. Em Lazer. Universidade do Estado do Pará
GTT 7 ? Memórias da Educação Física e Esporte

Resumo
Esta pesquisa trata da história do futebol em Altamira - PA, de 1970 até meados dos anos 2000, a partir da trajetória e rivalidade de dois times tradicionais deste município, o Baixa e a Portuguesa. Tal investigação utilizou a história oral de membros dos dois times. Foram ouvidos 1 (um) ex-técnico e 4 (quatro) ex-jogadores. Esse caminho nos possibilitou construir um registro histórico sobre a prática deste esporte na região transamazônica, identificando os principais fatos referentes à sua organização, condições para a sua vivência, e histórias que ainda não haviam sido registradas.


Introdução
Esta investigação emerge da necessidade de se registrar os fatos, a memória e a história do esporte no município de Altamira-PA sobre o olhar de pessoas que o constroem em seu cotidiano. Tal demanda foi identificada no Curso de Licenciatura Plena em Educação Física, na Universidade do Estado do Pará, em disciplina intitulada Fundamentos Históricos na Educação Física & Esporte e Lazer no Brasil.
Nesse caminho, aqui nesse estudo, nossa intenção é investigar, inquirir, interrogar e divulgar o acervo de memória oral de ex-jogadores e ex-técnico de dois times rivais da cidade, Baixa e Portuguesa. Sua relevância se concentra justamente no registro e publicação das memórias de quem viveu, e ainda vive o futebol em Altamira, para a valorização dessa prática esportiva e no conhecimento dessas memórias a sociedade.
Para tanto, utilizou-se da História Oral como instrumento de investigação, pois ela permite que pessoas, de qualquer espaço, relatem sobre algo que conhecem de forma livre, de fatos ainda vivos em suas lembranças e cotidiano. Por isso, a escolha da história oral como instrumento de pesquisa, pois é uma ferramenta que propicia liberdade para que os sujeitos possam expressar suas vivências, contar suas histórias.
A História Oral é considerada para alguns uma técnica, para outros uma disciplina e para muitos uma metodologia. De acordo com Moura e Filho (2001) a História Oral é um recurso metodológico que abriga palavras dando sentido social às experiências individuais e coletivas (SILVA, LIMA e SOUZA, s/d).
Segundo Meihy (1996) a História Oral nasceu em 1948 na Universidade de Colúmbia, em Nova York. Surgiu no Brasil nos anos 70, entretanto não se expandiu devido principalmente à falta de instituições não-acadêmicas que desenvolvessem projetos registrando as histórias locais e tradições populares e à ausência de laços entre universitários e a cultura popular e localismos, passando a se expandir na década de 70. E aponta que é fundamental quando não existem documentos sobre o objeto de estudo, ou quando existem versões diferentes da história oficial ou mesmo quando se elabora uma "outra História", explicitada por documentos cartoriais, consagrados e oficiais. A História Oral se fundamenta no direito de participação social e nesse sentido está ligada ao direito de cidadania.
Assim podemos afirmar que a História Oral valoriza as pessoas, acreditando que "dando voz" aos sujeitos, a história pode ser escrita por meio do cotidiano, na perspectiva de produzir conhecimento sobre o social, mantendo um compromisso de registro que se projeta no futuro, para que outros possam vir a usá-la (SILVA, LIMA e SOUZA, s/d).

Metodologia
A metodologia seguiu na identificação dos principais atores dos dois times, em conversa com pessoas que gostam de futebol em Altamira e nossos familiares. A partir desse ponto, foi feito o mapeamento de algumas pessoas prováveis de serem entrevistas e os primeiros contatos. Os contatos iniciais foram determinantes para a escolha dos Times Baixa e Portuguesa, pois até então, a pesquisa iria seguir apenas com o primeiro time.
O método de pesquisa utilizado foi a História Oral, pois "utiliza fontes orais em diferentes modalidades, independente da área de conhecimento na qual essa metodologia é utilizada" (ESTATUTO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HISTÓRIA ORAL, 1998).
Foram ouvidas cinco pessoas que estiveram diretamente envolvidas com os times, 4 (quatro) ex-jogadores e 1 (um) ex-técnico dos times de futebol, pois a "história oral é uma história construída em torno de pessoas [...] traz a história para dentro da comunidade e extraí a história de dentro da comunidade" (THOMPSON, 1992, pag. 44).
Os dados orais foram coletados através de entrevista e registrados por meio de gravação e caderno de campo. Além dos relatos, utilizamos documentos pessoais dos entrevistados, como fotos, imagens e documentos.
Entrevistas, de forma aleatória, o Sr. Raimundo Márcio Santana, de 54 anos, que hoje é presidente da Liga Esportiva de Altamira (LEAL). O Sr. Valdeci castelo Santana, de 48 anos, co-fundador e ex-jogador do Baixa (1979-1989). O Sr. Nilton César Alves de Melo, de 41 anos, ex-jogador (Anos 1990). O Sr. João Neri da Silva, de 71 anos, ex-técnico e atual diretor da Portuguesa. Por fim, o Sr. Edimilson Ferreira Lacerda, de 58 anos, fundador e ex-jogador (1985-1995) da Portuguesa.

MEMÓRIAS E HISTÓRIA DO FUTEBOL
O futebol surgiu à cerca de 3000 a.C na China. Ao longo dos séculos tornou-se um esporte popular e passou a ser praticado em várias partes do mundo. No Japão Antigo existia uma prática similar ao futebol chamado Kemari . Na Antiguidade (Grécia e Roma) existia uma prática semelhante ao futebol chamado Episkiro . Na Idade Média algo que se assemelha ao futebol, no entanto tinha o cunho muito violento, era nomeado de Soule ou Harpastum . A Itália Medieval também praticava um esporte que era parecido com o futebol, e era chamado de gioco del calcio .
No século XVII na Inglaterra, o futebol como conhecemos hoje foi sistematizado e estruturado para que se praticasse em uma área correspondente à 120 metros por 180 metros, passou a ter regras e começou a ser praticado pela nobreza da época.
No ano de 1848 uma Conferência em Cambridge (sistematizou as regras do futebol). Em 1871, cria-se a posição de goleiro. No ano de 1875, o jogo passa a ter 90?. Em meados de 1891, nasce a penalide máxima (pênalti). Em 1904, foi criada a FIFA (Federação Internacional de Futebol) e em 1907, criam a regra do impedimento. No século XXI- O futebol tornou-se um esporte popular e está presente em várias partes do mundo.
Em 1894 o brasileiro Charles Miller retorna da Inglaterra e trás em sua bagagem uma bola de futebol. O primeiro jogo de futebol no Brasil aconteceu em 1895. Em meados de 1898, surge o São Paulo Athletic, primeiro time brasileiro. No Século XX foi realizado a primeira Copa do Mundo e a Seleção Brasileira estava presente.
No Brasil, o futebol ganhou espaço e o coração dos brasileiros. A seleção canarinho é penta campeão. Por ser um dos esportes mais praticados pelos brasileiros, criou-se um dia para homenageá-lo que é o dia 19 de Julho. A sua prática esta presente em todas as regiões do país. Nesta pesquisa focamos precisamente o futebol na cidade de Altamira no Estado do Pará.

Futebol em Altamira-Pa
O Futebol em Altamira era praticado inicialmente as margens do rio Xingu que banha a cidade. Segundo o Sr. Raimundo Márcio Castelo Santana, antes da criação da Liga Esportiva de Altamira (LEAL) o futebol era praticado nos bairros de forma ocasional, isto é, as pessoas se reuniam e jogavam para se divertir. Existiam jogos entre bairros. Foi destacado que os moradores dos bairros Catedral e Centro se reuniam sazonalmente para jogar.
Segundo o Sr. Raimundo, a LEAL foi fundada em 17 de Julho de 1971 pelos seguintes times:
? Altamira Esporte Clube;
? América Esporte Clube;
? Botafogo Esporte Clube;
? Clube do Remo de Altamira;
? Nacional Esporte Clube;
? Paysandu Esporte Clube de Altamira;
? Vitória Esporte Clube;
? Xingu Esporte Clube.
Em 18 de Agosto de 1973 a LEAL é instalada e tempos depois se filia a Federação Paraense de Futebol, e se caracteriza por uma liga independente sem rendimentos.
Os times da LEAL jogavam num campo chamado "Budegão ", localizado na Av. Pedro Gomes esquina com a Avenida Tancredo Neves. Vários times ao longo dos anos filiaram-se a LEAL, e é importante que se destaque alguns fatos apontados por Sr. Raimundo, tais como:
1) Em 1974 é criado o Sporting ,
2) Em 1976, a Federação Paraense de Futebol organiza as disputas intermunicipais de futebol, e a seleção altamirense se classifica e vai disputar em Belém as finais, conseguindo segundo lugar na competição, melhor classificação até os dias atuais.
3) No ano de 1977, O Paysandu Esporte Clube de Altamira modifica o nome e passa a se chamar Paysandu da Transamazônica, tornando-se o primeiro time a participar do campeonato paraense.
4) Na década de 80, o jogador José Umujaci Lins vai para o Time Remo de Belém, e depois para o Atlético Paranaense e Corinthians , tornando-se o primeiro jogador altamirense a jogar em equipes de renome fora do Estado do Pará.
5) Em meados de 1979, nasce o time Baixa (Bons Amigos Integrando o Xingu Altamirense) e um ano depois, nasce o time da Portuguesa.
6) Em 1982 é construído o Estádio José Marino Bandeira de Matos famoso "Bandeirão". No ano de 1984, o estádio é inaugurado, o jogo de abertura foi realizado pela Seleção Altamirense X São Francisco, do município de Santarém ? PA. A partida teve o resultado final 1 X 0 para Altamira com um gol de José Ronaldo .
7) Na década de 90, o time de Veteranos Paulista, participa de um amistoso em Altamira e perde com o placar de 1X0 para a seleção de Veteranos Altamirense. A seleção Veteranos Paulista tinha vários jogadores conhecidos, dentre eles: Edu do Santos, que era ponta esquerda do time do santos, que jogou junto com Pelé.
8) 1990 - Abertura do Campeonato dos Veteranos
9) 1991 - I Campeonato Altamirense
10) 1992 - II Campeonato Altamirense
11) 1993- III Campeonato Altamirense de Veteranos.
12) 1998 - A Tuna-Luso vem disputar um amistoso em Altamira
13) 1999 - Morre o Fundador do Baixa(Vitorino)
14) Do ano 2000 a 2010 Campeonatos amadores organizados pela LEAL


O Time Baixa
O Sr.Valdeci Castelo Santana nos forneceu detalhes sobre a criação do Time do Baixa, o mesmo relata que na década de 70, no bairro Catedral existia um time de nome São Raimundo, criado pelo Sr. Cláudio Vitorino Rodrigues dos Santos . No início de novembro de 79, Vitorino é levado por um amigo ao parque de exposição de Altamira (EXPOALTA) e é apresentado a um pecuarista que o presenteia com uma vaca. Vitorino leiloa-a e compra kit de uniforme para o seu time.
Em 15 de Novembro 1979 Cláudio Vitorino Rodrigues dos Santos e Edgar Macedo (Poeta Altamirense) funda o Baixa, tendo como presidente majoritário o Sr. Vitorino. O time Baixa nasceu da confraternização de três famílias: Santos, Queiroz e Santana que cresceram juntas no Bairro Catedral. Esse nome surge, pois, jogava-se em um campo de baixada que ficava localizado na Av. Ernesto Acyoli, próximo ao rio Xingu e ao Igarapé Altamira. Durante o período das chuvas era impossível jogar no local, pois o mesmo alagava com a subida de água do igarapé, no período de enchentes. Para que o nome do time não fosse difamado, o poeta Edgar Macedo que acompanhava o time contextualizou dando significado a Sigla BAIXA, como sendo Bons Amigos Integrando o Xingu Altamirense.
No fim da década de 70 e meados dos anos 80 Altamira ainda não tinha um estádio, o que existia na época eram campos de terra batida. Os campos que o Baixa jogava dependiam de seu adversário e de acordo com o mando de jogo, podendo jogar em diferentes campos de futebol. O Sr. Valdeci afirma que o time ganhou fama e conquistou torcedores, e ao lado do Time da Portuguesa, formava as maiores torcidas da cidade de Altamira.
O presidente do time Baixa era responsável por selecionar os jogadores. Existiam alguns critérios que a diretoria prezava, como por exemplo: devia morar no bairro, ser um bom filho e estar estudando.
Com o reconhecimento da sociedade altamirense, o Baixa passou a ter apoio e patrocínio de algumas empresas e entidades, tais como, Transbrasiliana e do Exército . O time também se mantinha com uma festa tradicional chamada "baile da águia", que acontecia sempre no mês de Junho. Com os patrocínios e os rendimentos das quermesses, os jogadores recebiam os materiais (camisetas, shorts, meião e caneleira). No entanto, essa renda era insuficiente para pagar os salários dos jogadores.
De acordo com o Sr. Valdeci, mesmo com a dificuldade financeira o Baixa possuía bons jogadores, é tanto que a seleção altamirense na década de 80 era formada em sua maioria por integrantes do time. O Baixa disputou inúmeros campeonatos e torneios dentre eles: campeonato altamirense, torneios de bairro, torneios militares e civis. Destacando-se sempre nas competições em que disputou. O maior rival do Baixa era a Portuguesa, o que repercutiu em várias brigas e discussões.
Os jogadores do Baixa também lutaram por melhores condições para jogar, e em protesto incendiaram as arquibancadas do estádio "Bandeirão", que foram reconstruídas pela prefeitura da época.
O time do Baixa era um celeiro de atletas, alguns jogadores fizeram carreira fora de Altamira destacando-se: Léo conhecido como Pezão que foi jogar no Remo de Belém e o Tenente Coronel Miranda maior artilheiro do Trem Esporte Clube de Macapá.
Segundo o depoente os técnicos do Baixa ao longo dos anos foram: Vitorino (1979 a 1989), Christian (1989 a 1995) e Augusto (1995).
O Sr. Nilton César Alves de Melo integrou o time do Baixa no início da década de 90, o mesmo relata que jogar no Baixa era uma honra, pois o time conquistava muitos títulos. O time tinha como líder o Sr. Vitorino, que mesmo deficiente físico (cadeira de rodas) estava presente em todos os jogos. O presidente tinha sempre em mãos uma ata para anotações sobre os jogadores nas partidas que disputava (melhor jogador, gol mais bonito, quem fez mais gol).
Segundo o Sr. Valdeci Castelo, o time possuía alguns gritos de guerra, que eram cantados pela torcida nas partidas de futebol. O mesmo cantou os seguintes gritos:

Gritos de Guerra do Baixa
Somos de um time, que não entra quem quer!
Só quem pode, já é tradição!
Lá na baixada, quem cai, cai de pé!
E mesmo assim levanta pela vibração!

Se é para lutar!
Se é para vencer!
A nossa baixa vai botar para derreter!
Se é para lutar!
Se é para vencer!
Nossos atletas tem garra e amor!
Nossa torcida, águia fiel!
Que se exalta na hora do gol!
Fazendo brilhar alta estrela no céu!

Pula, pula de alegria, no compasso do tambor!
Que chegou a nossa Baixa para mostrar o seu valor!
No voleibol, basquetebol, futsal e futebol, o nosso time é genial!
Olha! Que felicidade chegou o xodó da cidade!

O Sr. Nilton afirma que o time Baixa se extingui no final da década de 90 por conta de rupturas na diretoria e saída de alguns jogadores, além da falta de investimentos e apoio ao desporto em Altamira. O time Baixa conquistou até a década de 90: 4 campeonatos municipais e 6 vice-campeonato.

O Time Portuguesa
De acordo com o Sr. Edmilson Ferreira de Lacerda, um dos fundadores da Portuguesa, o time foi fundado em 29 de Julho de 1980, por três estudantes (Edmilson Ferreira de Lacerda, Nilson Costa Lima e Elias Nascimento da Silva) do Instituto Maria de Matias, com o intuito de disputar uma copa de futebol promovido pela LEAL, da qual participavam times da cidade e da zona rural. No dia da fundação ficou decido que o presidente seria o Sr. Elias Nascimento da Silva. Atualmente o presidente é o Sr. José Ubirajara.
O nome Portuguesa foi escolhido entre três propostas: Penharou, Portuguesa e Madureira, depois de muita discussão, jogadores e organizadores decidem, e por entenderem que o uniforme da "Portuguesa Famosa" ? Portuguesa Santista - SP, era mais bonito.
Os jogos da Portuguesa eram realizados no campo do Matadouro, campo Sporting e no estádio "Bandeirão". O time participou de inúmeros amistosos intermunicipais, e interestadual no Amapá.
Ao contrário do Baixa, os jogadores eram quem compravam os seus próprios uniformes e chuteiras. Mas hoje, a Portuguesa custeia os uniformes dos jogadores por meio de patrocínio: Bira Contabilidade e Molas Americanas.
O time foi crescendo e passou a ter uma cede provisória que ficava localizada na Rua Magalhães Barata, e se reuniam todos domingos.
O Sr. João Néri da Silva, conta que quando era técnico da Portuguesa, os jogadores disputavam para entrarem jogando em campo. O treinamento era realizado todo dia a partir das 5 horas da manhã ao redor da orla do cais, e terminava com um banho nas águas do rio Xingu.
A rivalidade entre Portuguesa e Baixa foi o auge do futebol altamirense e diferente do Baixa, a Portuguesa ainda disputa campeonatos, com a 1ª divisão altamirense e o sub 20. Atualmente a Portuguesa coleciona 6 campeonatos municipais e 8 vice-campeonatos.

CONCLUSÕES
A pesquisa sobre a história do futebol em Altamira, a partir dos times Baixa e Portuguesa, indicou a importância que o futebol teve para a socialização da comunidade altamirense, com os diferentes significados de sua prática indicados pelas pessoas que construíram sua prática na cidade.
De uma simples confraternização entre amigos, nasceram os times de futebol que são lembrados até os dias atuais. Esses times foram exemplos no que tange a amizade, carisma e união, no jogar por prazer e amor, e sua história emergiu, nas memórias de quem viveu. Esta é a relevância da historia oral, que ao entrar em contato com as lembranças dos sujeitos, faz uma apresentação de fatos que a história dos livros não conta.
Estas memórias que enchem de nostalgia os ex-jogadores e a população daquela época, trazem consigo a euforia para as gerações que desconhecem os fatos vividos naquele tempo, período em que o que se valorizava era o futebol altamirense. De acordo com os relatos dos entrevistados, o futebol perdeu sua essência, o que tempos atrás era uma simples confraternização entre amigos, hoje é um esporte de elite que visa principalmente lucros. Ao questionarmos os entrevistados sobre a decadência do futebol em Altamira, os mesmos afirmam que as principais causas são: a falta de investimento; a desvalorização por parte do governo municipal, haja vista, que o capitalismo está impregnando na sociedade, o que torna difícil encontrar jogadores dispostos a jogar apenas por prazer, sem fins lucrativos.
Nesse sentido, é importante salientar que para continuar a contar essas histórias, ainda é preciso ir ao encontro de vários outros sujeitos. A cada entrevista a lista de pessoas aumenta por indicação dos depoentes. Para tanto, está sendo elaborada uma planilha, que constará de nome, e contatos para novas investigações.

REFERÊNCIAS

Estatuto da Associação Brasileira de História Oral. Revista de História Oral, nº1, 1998.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3ed. São Paulo: Atlas, 1991.

LINHALES, Meily Assbú et al. Eu vou te contar uma história... memórias da peteca em Belo Horizonte (1940-1980). Disponível em: . Acessado em 04 de Nov. de 2010.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração, análise e interpretação de dados. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2001.

MEIHY, J.C. S.B. Manual de História Oral. 4 ed., São Paulo: Loyola, 2002.

SOUZA, Joiciane Aparecida de; LIMA, Lana Ferreira de; SILVA, Rossana Valéria de Souza. A história oral nas teses e dissertações em educação física. Disponível em: . Acessado em 04 de Nov. de 2010.

THOMPSON, Paul. A voz do passado: história oral. 3ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

Disponível em: . Acesso em 25 de Out. de 2010.

Disponível em: . Acesso em 26 de Out. de 2010.

Disponível em: .Acesso em 26 de Out. de 2010.


Daniele Lopes de Souza
End.: Travessa Pedro Gomes, Recreio, Altamira-PA. Tel.: (93)91484576 Email: [email protected]

Edna Cristina Gonçalves dos Santos
End: Rua José Ribeiro Alves, Jardim Oriente, Altamira-PA. Tel: (93)91515157 Email: [email protected]

Maria Polyana da Silva Oliveira
End: Rua Joaquim Acácio, Brasília, Altamira-PA. Tel: (93)91557943 Email: [email protected]

Raquel Jacobson Pereira
End: Travessa Agrário Cavalcante, Recreio, Altamira-PA. Tel: (93)9126167 Email: [email protected]

Emerson Araújo de Campos
End: Rua 7 de Setembro, Centro, Altamira-PA. Tel: (93)91987712/(91)82236031 Email: [email protected].

Recursos audiovisuais a serem utilizados:
? Data show



Autor: Edna Cristina Goncalves Dos Santos


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