Pneumonia associada à ventilação mecânica: A assistência de enfermagem na prevenção desta complicação.



UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

Curso de Enfermagem








Fernanda Trubat Domingues
Suellen Cristina Romano Carvalho
Thaís Coelho Pinto











Pneumonia associada à ventilação mecânica: A assistência de enfermagem na prevenção desta complicação.




















Campos dos Goytacazes
2009


UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Curso de Enfermagem








Fernanda Trubat Domingues
Suellen Cristina Romano Carvalho
Thaís Coelho Pinto








Pneumonia associada à ventilação mecânica: A assistência de enfermagem na prevenção desta complicação.










Trabalho de Conclusão de Curso de Enfermagem, apresentado como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de bacharel em enfermagem.



Orientador: Me. Rodrigo Leite Hipólito






Campos dos Goytacazes
2009

















































PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA: A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DESTA COMPLICAÇÃO.



FERNANDA TRUBAT DOMINGUES
SUELLEN CRISTINA ROMANO CARVALHO
THAÍS COELHO PINTO



Trabalho de Conclusão de Curso submetida à comissão avaliadora da Universidade Estácio de Sá, como parte dos requisitos necessários para obtenção do título de bacharel em enfermagem.

Aprovada em:
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Comissão Avaliadora:
Ms. Rodrigo Leite Hipólito (Presidente ? Universidade Estácio de Sá)

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Ms. Bruno Lessa Saldanha Xavier (1º Avaliador ? Universidade Estácio de Sá)

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Ms. Martha Tinoco Amaral Gomes Barreto (2º Avaliador ? Universidade Estácio de Sá)

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Campos dos Goytacazes - RJ
2009




























Dedicamos esse trabalho a Deus, pois sem Ele não teríamos ao menos iniciado esssa jornada e a todos os nosssos amigos, companheiros e familiares que não mediram esforços para nos incentivar na realização dessa conquista.


AGRADECIMENTOS


Primeiramente à DEUS, que foi nosso maior porto seguro, com a ajuda Dele tivemos forças para chegar ao final dessa pequena jornada. Aos nossos pais, pois eles serão responsáveis por cada sucesso obtido e cada degrau avançado para o resto de nossas vidas. Durante todos esses anos vocês foram um grande exemplo de força, de coragem, perseverança e energia infinita para nunca desistir diante do primeiro obstáculo encontrado. Agradecemos também ao nosso orientador Rodrigo Leite Hipólito e a todos os nossos professores pelo incentivo e atenção. Aos nossos colegas de classe que em todos os momentos, felizes e difíceis, estiveram sempre ao nosso lado, o que serviu de apoio para o desenvolvimento deste trabalho.



















































"A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original." Albert Einstein
RESUMO


A pneumonia associada à ventilação mecânica é uma complicação muito comum dentro de uma unidade de terapia intensiva que pode ser evitada ou controlada a partir de adoção de medidas profiláticas por toda a equipe multidisciplinar atuante neste setor. Diante das conseqüências visíveis ocasionadas em pacientes que adquirem pneumonia em decorrência do uso impróprio da ventilação mecânica, estimulou-se a realização de um estudo baseado nas ações de enfermagem que possam de alguma forma impedir ou, pelo menos, reduzir os níveis de pneumonia associada à ventilação mecânica. O estudo tem como objetivo geral levantar as intervenções de enfermagem no controle da pneumonia associada à ventilação mecânica e como objetivos específicos descrever os cuidados de enfermagem na prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica e levantar dados de como a enfermagem pode interferir na redução das complicações que o uso inadequado da ventilação mecânica leva ao paciente crítico. O estudo possui metodologia bibliográfica, que de acordo com Manzo (1991, p.32) "esse tipo de pesquisa permite oferecer meios para definir, resolver; não somente problemas já conhecidos, como também explorar novas áreas onde os problemas não se cristalizaram o suficientemente". Pode-se concluir que a pneumonia associada à ventilação mecânica pode ser atribuída por uso de técnicas de instalação e/ou manutenção do equipamento de formas inadequadas, levando a conseqüências para o doente crítico e para o hospital de um modo geral, pois acarreta em internações prolongadas e aumento dos custos com o tratamento desta complicação. Deve-se realizar um treinamento adequado da equipe multiprofissional atuante em terapia intensiva, pois estes profissionais possuem convivência diária com pacientes críticos, que em sua maioria, estão submetidos à ventilação mecânica. Um conhecimento mais amplo deve ser obtido também pela equipe de enfermagem, pois estes profissionais são responsáveis pelo atendimento integral ao paciente, facilitando a percepção de complicações decorrentes do uso da ventilação mecânica.


Palavras chaves: Ventilador Mecânico. Pneumonia; Equipe Multidisciplinar; Enfermagem.













ABSTRACT


Pneumonia associated with mechanical ventilation is a very common complication in an intensive care unit that can be prevented or controlled from prophylactic measures by the entire multidisciplinary team active in this sector. Faced with the visible consequences arising in patients who acquire pneumonia due to improper use of mechanical ventilation are encouraged to conduct a study based on the nursing actions that may in any way prevent or at least reduce the levels of associated pneumonia ventilation. The study aims to raise general nursing interventions in the control of pneumonia associated with mechanical ventilation and specific objectives describe nursing care in preventing pneumonia associated with mechanical ventilation and to assess how nursing can interfere with the reduction of complications improper use of mechanical ventilation leads to critical patient. The study methodology literature has, according to Manzo (1991, p.32) "this type of research can provide a means to define, solve, not only known issues, as well as explore new areas where the problems were not sufficiently crystallized . It can be concluded that the pneumonia associated with mechanical ventilation may be assigned by using the techniques of installation and / or maintenance of equipment using inadequate, leading to consequences for the critically ill and the hospital in general, as it causes in hospital prolonged and increased cost of the treatment of this complication. We must perform an adequate training of multidisciplinary teams acting in intensive care, because these professionals are living together with critically ill patients, most of which are undergoing mechanical ventilation. A broader knowledge must also be obtained by the nursing staff, because these professionals are responsible for the care delivered to patients, facilitating the perception of complications arising from the use of mechanical ventilation.


Key words: Mechanical Ventilator; Pneumonia Multidisciplinary; Nursing.














SUMÁRIO


1 INTRODUÇÃO 09
1.1 JUSTIFICATIVA 11
1.2 RELEVÂNCIA ACADÊMICA 11
1.3 RELEVÂNCIA SOCIAL 12

2METODOLOGIA 13

3REFERENCIAL TEÓRICO 14
3.1 O VENTILADOR MECÂNICO 14
3.2 PNEUMONIA ASSOCIADA AO VENTILADOR MECÂNICO 18
3.3 PREVENÇÃO DA PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA 22

4CONSIDERAÇÕES FINAIS 27

REFERÊNCIAS 29




1 INTRODUÇÃO


O estudo está inserido na linha de pesquisa o cuidar no processo saúde e doença, e área predominante Enfermagem no cuidado ao cliente crítico adulto.
A busca de respostas relacionadas às conseqüências e distúrbios apresentados por pacientes que adquirem pneumonia quando submetidos à ventilação mecânica e sabendo que esses distúrbios podem ocorrer em face de uma série de condições que estão submetidos durante a exposição ao ventilador mecânico, serviu de base para a temática pneumonia associada à ventilação mecânica: A assistência de enfermagem na prevenção desta complicação.
O objeto do estudo consiste na atuação de enfermagem para prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica, no qual é possível observar a importância desses profissionais durante o cuidado ao paciente submetido à ventilação mecânica, podendo assim reduzir os níveis de complicações por tal procedimento, dentre elas a pneumonia.
A motivação para realização deste, enquanto acadêmicos de enfermagem, decorreu do interesse do tema escolhido, por ser a pneumonia uma complicação muito presente durante internação de pacientes submetidos à ventilação mecânica, levando a um agravo na condição destes pacientes críticos.
A problemática consiste nas seguintes interrogativas: Como a atuação de enfermagem pode prevenir ocorrência de pneumonia associada à ventilação mecânica? Quais são as possíveis complicações decorrentes do uso inadequado da ventilação mecânica em pacientes críticos e como a enfermagem pode interferir a fim de reduzir essas complicações?
O objetivo geral do estudo é levantar as intervenções de enfermagem no controle da pneumonia associada à ventilação mecânica; os objetivos específicos são descrever os cuidados de enfermagem na prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica e levantar dados de como a enfermagem pode interferir na redução das complicações que o uso inadequado da ventilação mecânica leva ao paciente crítico.

A decisão de iniciar a ventilação mecânica é baseada em parâmetros clínicos e de avaliação funcional respiratória. As manifestações clínicas constituem muitas vezes o fator decisivo, especialmente em pacientes crônicos, onde os parâmetros numéricos não refletem adequadamente o grau de comprometimento da função respiratória. (CINTRA, NISHIDE e NUNES, 2003, P.351)

É importante para toda a equipe multiprofissional o aperfeiçoamento de suas técnicas e conhecimentos sobre a instalação e a manutenção da ventilação mecânica, pois uma equipe bem treinada e com propósito de estabelecer medidas para redução de infecções freqüentes dentro de uma unidade de terapia intensiva é o fator desencadeante para a redução dos altos níveis de mortalidade dentro deste setor.

À vista dos conhecimentos atuais, muito mais importantes do que os princípios operacionais do ventilador são suas potencialidades e capacidades em atender às diferentes necessidades do sistema respiratório do paciente. Em termos físicos, um verdadeiro "casamento" de impedâncias entre as duas partes (paciente e ventilador) deveria ser a meta de todo suporte ventilatório moderno. (KNOBEL, 2002, p. 344)

A prevenção deve fazer parte de estratégias de manejo da pneumonia associada à ventilação mecânica. A mortalidade desta patologia pode ser reduzida pela identificação dos fatores de risco e da prevenção.

1.1 JUSTIFICATIVA


Este trabalho tem o objetivo de contribuir com informações importantes para abordagem do tema em futuras pesquisas, fornecendo intervenções que são capazes de amenizar relatos de ocorrência de pneumonia associada à ventilação mecânica e assim promover uma melhoria no cuidado ao cliente crítico, o que irá trazer benefícios para a instituição de saúde, os profissionais de saúde e principalmente para o bem estar do paciente/cliente crítico.


1.2 RELEVÊNCIA ACADÊMICA


Pretende-se que para a academia, venha servir de fontes de conhecimento e pesquisa para outros acadêmicos, futuros profissionais que se interessam pela temática no esclarecimento de dúvidas e aprimoramento científico para minimizar ocorrências de pneumonia associada à ventilação mecânica.







1.3 RELEVÊNCIA SOCIAL


Perante a sociedade, este trabalho visa contribuir para a prevenção de agravos relacionados à pneumonia adquirida durante exposição à ventilação mecânica, visando melhoria no cuidado ao paciente crítico.















2 METODOLOGIA


O presente estudo está inserido na linha de pesquisa o cuidar no processo saúde e doença, e área predominante Enfermagem no cuidado ao cliente crítico adulto.
O delineamento da pesquisa é do tipo bibliográfico que de acordo com Manzo (1971, p.32) citado por Lakatos (2005, p.185) "esse tipo de pesquisa permite oferecer meios para definir, resolver; não somente problemas já conhecidos, como também explorar novas áreas onde os problemas não se cristalizaram o suficientemente", ou seja, através desse tipo de pesquisa teremos uma fonte segura de informações e sempre encontraremos um enfoque novo do assunto com conclusões inovadoras.
A pesquisa tem o método descritivo, que segundo Gil (1999, p.43) "tem como finalidades desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias. Tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores". Assim tem o intuito de esclarecer as formas de prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica.
Como o tema do estudo propõe alcançar uma melhor forma de atuação do enfermeiro na prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica, o mesmo tem uma abordagem do tipo qualitativa, que para Richardson (1999, p.79) "um problema do investigador, justifica-se sobre tudo por ser uma forma adequada para entender a natureza de um fenômeno. Preocupe-se em descrever as experiências da vida e dar-lhe significado". Sendo assim, torna-se possível através desta, buscar respostas para o objetivo do estudo.
O cenário será em bibliotecas públicas e privadas do município de Campos dos Goytacazes, na qual houve acesso a fontes de pesquisa. As fontes do estudo constituem-se em livros e materiais publicados na internet.
3 REFERENCIAL TEÓRICO


3.1 O VENTILADOR MECÂNICO


É cada vez mais evidente o grande desenvolvimento que o avanço da ciência tem trazido para a medicina. Dentre vários avanços, podemos considerar de grande destaque os avanços tecnológicos que propõem a substituição das funções orgânicas do nosso corpo por métodos artificiais, sendo estes cada vez mais presentes em nosso cotidiano, aumentando ainda mais a necessidade de novas descobertas científicas que têm por finalidade alongar o processo de morte.
Através desta tecnologia que a cada dia está mais avançada, foram criados os ventiladores mecânicos que tem como finalidade bombear ar aos pulmões, na tentativa de fornecer uma melhoria no padrão ventilatório do paciente.
Os ventiladores mecânicos são classificados de acordo com o método pelo qual eles sustentam a ventilação. As duas categorias gerais são os ventiladores de pressão negativa e os ventiladores de pressão positiva. A categoria mais comum em uso atualmente é o ventilador de pressão positiva. (BRUNNER & SUDDARTH, 2009, p.626)

A ventilação mecânica foi criada em época de epidemia da poliomelite, sendo criados primeiramente os ventiladores de pressão negativa, como por exemplo o pulmão de aço, o que poderia trazer junto deste, uma sensação de angústia e pavor em relação ao uso do ventilador, pois o paciente era envolvido por um tubo de aço, sendo todo o seu corpo coberto por este.
Com o passar do tempo, foram criados os ventiladores de pressão positiva, sendo estes responsáveis pelo desuso do ventilador de pressão negativa. Os ventiladores de pressão positiva são mais compactos e menos agressivos aos pacientes, oferecendo assim um maior conforto e flexibilidade em sua instalação e manutenção. A técnica ventilatória com pressão positiva se torna mais vantajosa pelo fato de permitir uma sobrecarga inferior de trabalho aos músculos respiratórios e promover uma sincronia adequada entre paciente e ventilador.
Inúmeras modalidades de tratamento são empregadas quando se cuida de pacientes com várias condições respiratórias. A escolha da modalidade baseia-se no distúrbio da oxigenação e na existência de um problema com a ventilação e/ou difusão do gás. As terapias variam desde simples e não-invasivas (terapia com oxigênio e nebulizador, fisioterapia torácica, reeducação respiratória) até tratamentos complexos e altamente invasivos (intubação, ventilação mecânica, cirurgia). O histórico e o tratamento do paciente com distúrbios respiratórios são mais bem executados quando a conduta é muito disciplinar e colaborativa. (BRUNNER & SUDDARTH, 2009, p.608).

Diante do desenvolvimento na utilização do ventilador mecânico, torna-se necessário para toda a equipe de saúde, um aprimoramento durante a atuação de suas técnicas essenciais com o paciente, no manuseio do ventilador e na sua manutenção adequada, além de promover a preservação da interação entre paciente e o ventilador mecânico.
A ventilação mecânica não-invasiva, como o próprio nome já sugere, é um método de ventilação bem menos agressivo, proporcionando a preservação da fisiologia das vias aéreas superiores além de ser bastante flexível em sua instalação, manutenção e se necessário na interrupção da terapia, porém esta técnica de ventilação oferece um risco aumentado de aspiração de conteúdo gástrico, o que envolve a necessidade de um conhecimento técnico adequado e bem preparado para a sua administração.
Deve-se destacar a importância de um treinamento para capacitação e atualização dos profissionais atuantes em uma unidade de terapia intensiva, sendo este um setor no qual o uso de ventiladores mecânicos está sempre sendo aplicados, com o propósito de fornecer uma melhor assistência ao indivíduo que está submetido ao uso do ventilador e prevenindo assim qualquer tipo de lesão pulmonar e/ou suas complicações.
O paciente submetido à ventilação mecânica requer uma monitorização contínua dos seus sinais vitais, estando estes pacientes sujeitos a desestabilização de sua homeostase. O método ventilatório adotado deve estar adequado às precariedades respiratórias do paciente.

O ventilador deve trazer conforto ao paciente e possibilitar que este mantenha um padrão respiratório e um estado geral adequado ou com pouco comprometimento. Quanto melhor o ajuste do ventilador ao paciente, menor será o comprometimento das funções cardiovasculares e pulmonares.
Os pacientes submetidos à ventilação mecânica podem obter melhora da oxigenação através da escolha adequada dos modos ventilatórios e do uso de técnicas apropriadas para a manutenção destes.
Com base nas possíveis alterações de modalidades que podem ocorrer durante a terapia com ventilação mecânica, torna-se primordial que a equipe multiprofissional atuante em uma unidade de terapia intensiva tenha capacidade para adotar um modo ventilatório que melhor se adéqüe às necessidades reais do paciente e suspender ou substituir este mesmo modo quando necessário.
Vários diferentes modos de controle ventilatório podem ser encontrados em ventiladores. Estes modos podem ser mostradores separados ou podem ser incorporados na função de outro botão como o de sensibilidade. Alguns destes modos são: assistido, controlado, assistido-controlado, ventilação mandatória intermitente e suporte de pressão. (HUDAK; GALLO, 1997, p.418)

Utilizando-se um dos tipos de suportes ventilatórios existentes, deve-se verificar a necessidade individual de cada paciente, a fim de proporcionar uma melhora em seu quadro clínico. Sendo assim, um melhor entendimento da fisiopatologia de insuficiência respiratória, reduz o índice de lesões pulmonares relacionadas ao uso inadequado da ventilação mecânica, ofertando níveis de oxigênio abaixo ou acima da exigência respiratória do paciente.
Um dos primeiros passos na escolha de um ventilador está em entender as características da UTI em que será utilizado o equipamento e como a equipe desta UTI pretende ventilar seus pacientes, baseando-se na necessidade do paciente e visando sempre a sua saúde.
Atualmente, as demandas respiratórias do paciente têm se transformado numa das preocupações prioritárias do suporte ventilatório, considerando-se que a minimização da sobrecarga de trabalho imposto à musculatura respiratória pode ser uma das peças chave no tratamento da insuficiência respiratória. (KNOBEL, 2002, p. 322)

A ventilação mecânica deve ser utilizada somente a pacientes com descompensação na sua hemodinâmica e com sua saturação baixa ou entrando em uma insuficiência respiratória, a fim de evitar a exposição desnecessária do paciente a infecções. Por isso a importância de capacitação dos profissionais de saúde que devem estar preparados para prestar o atendimento correto ao paciente, verificando se realmente existe a necessidade do uso de ventilador mecânico.
O paciente submetido à ventilação mecânica deve ser constantemente monitorados e observados clinicamente a fim de obter informações que permitem a identificação de alterações em seu estado de saúde, cabendo à equipe de enfermagem a vigilância constante destes pacientes, pois estes profissionais permanecem próximos ao paciente vinte e quatro horas por dia.
Pacientes acoplados a esse dispositivo podem apresentar sinais de alterações em suas funções orgânicas corporais, devendo ser estes sinais identificados o mais precoce possível, a fim de impedir complicações mais severas em seu quadro clínico.
Qualquer tipo de alteração observada, seja no paciente ou no funcionamento do equipamento, deverá receber intervenções severas e próprias para que possa proceder ao seu funcionamento normal. A equipe multiprofissional atuante em unidade de terapia intensiva deve acompanhar a evolução do paciente e a avaliar as intervenções adequadas.
É necessário que o paciente seja observado continuamente com relação ao aparecimento de sinais de ventilação inadequada, e isto implica na avaliação periódica do respirador. As eventuais variações do respirador e suas causas devem ser identificadas, comunicadas e corrigidas. (GOMES, 2003, p.132)

Caso o modo ou a técnica de ventilação adotada para o paciente esteja inadequado ao seu estado clínico, pode acarretar danos que retardam a sua recuperação, sendo eles gerados por erros a partir de uma hipoventilação ou uma hiperventilação, dentre outros.
À vista dos conhecimentos atuais, muito mais importantes do que os princípios operacionais do ventilador são suas potencialidades e capacidades em atender às diferentes necessidades do sistema respiratório do paciente. Em termos físicos, um verdadeiro "casamento" de impedâncias entre as duas partes (paciente e ventilador) deveria ser a meta de todo suporte ventilatório moderno. (KNOBEL, 2002, p.344)

Quando o paciente em uso de ventilação mecânica evolui com alterações em seu quadro de saúde, demonstrando por algumas vezes sinais de desconforto respiratório, pode-se sugerir que a necessidade individual deste paciente não esteja sendo atendida pelo modo ventilatório adotado. A ventilação mecânica adotada de forma adequada deve atender às inúmeras necessidades respiratórias do paciente.
Pode-se realizar um plano individual a todos os pacientes que estão em uso de ventilação artificial, o que permite uma abordagem e acompanhamento mais específicos de cada paciente, além de facilitar a identificação de possíveis mudanças no estado geral do paciente, aplicando assim os devidos cuidados de enfermagem seguindo as normas adequadas.


3.2 PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO


Os avanços tecnológicos relacionados a procedimentos invasivos, como os ventiladores mecânicos, que para diagnóstico e tratamento de patologias têm como finalidade bombear ar aos pulmões facilitando a sua saída, podem apresentar também complicações como, por exemplo, o aparecimento de microorganismos multirresistentes a antimicrobianos que tornam as infecções hospitalares um problema de saúde pública.
O uso de ventilador mecânico ao mesmo tempo em que é benéfico pode trazer consigo alguns malefícios também, simplesmente pela possibilidade de futuramente, se não acompanhado corretamente, ocasionar doenças respiratórias ao usuário, por isso a importância de uma equipe unida e responsável para atender as necessidades do paciente prevenindo possíveis complicações com o uso de ventilador mecânico.
Pacientes intubados têm risco alto de infecção respiratória. A colonização da orofaringe é um percussor importante da pneumonia; a colonização gástrica, o refluxo e a aspiração aumentam o risco para paciente em ventilação mecânica. A prevenção da infecção respiratória deve ser preocupação constante da equipe multidisciplinar. A elevação da cabeceira do leito do paciente submetido à ventilação mecânica é uma medida profilática simples de aspiração do conteúdo gástrico. O emprego de técnicas corretas no manuseio dos equipamentos de ventilação mecânica é fator de prevenção, pois a contaminação bacteriana destes pode predispor ao desenvolvimento de pneumonia. Orientar e educar os membros da equipe multidisciplinar também é função do profissional de enfermagem. (Craven, 1993; Torres, 1994 apud CINTRA; NISHIDE; NUNES, 2003, P.362)
Infelizmente, o uso do ventilador mecânico ao mesmo tempo em que favorece o bombeamento de ar para os pulmões, também pode trazer grandes complicações como a pneumonia, que tem em maior índice em pacientes que seguem em uso deste suporte.
A pneumonia associada ao uso do ventilador mecânico pode ser caracterizada como pneumonia bacteriana que ocorre em pacientes com insuficiência respiratória aguda onde estes estão fazendo uso do suporte ventilatório por um período mínimo de 48 horas.
A pneumonia adquirida no hospital, especialmente quando associada à ventilação mecânica representa um grande desafio diagnóstico e terapêutico, assim deve-se assegurar o melhor tratamento para pacientes que por algum motivo adquiriram a pneumonia.
Sabendo que o diagnóstico e tratamento da pneumonia associada à ventilação mecânica proporcionam um custo maior do que seria investido em sua prevenção, é necessário então que a equipe esteja capacitada para identificar os sinais e sintomas aparentes no paciente internado e assim precocemente obter o diagnóstico correto já que existem causas não infecciosas destes sintomas podendo confundir o diagnóstico e em seqüência não alcançar hesito em seu tratamento.
A pneumonia associada à ventilação mecânica é considerada causa importante de sepse no paciente que apresenta insuficiência respiratória, podendo ser bastante difícil distingui-la de outras condições patológicas no paciente em ventilação mecânica. Devido à alta mortalidade da pneumonia associada à ventilação mecânica seu diagnóstico e tratamento devem ser precoces, o que reduz a severidade da doença e melhora seu prognóstico. (David, 2000 apud LIMA; PACE; MEDEIROS; VIRGÍNIO, 2007)

A pneumonia associada à ventilação mecânica é uma infecção freqüente nas Unidades de Terapia Intensiva, e a suspeita desta ocorre quando um paciente sob procedimento respiratório desenvolve um novo ou progressivo influído pulmonar associado à febre e secreção traqueobrônquica purulenta acarretando aumento no período de hospitalização, nos índices de morbimortalidade e com repercussão significativa nos custos.
A equipe multidisciplinar atuante em unidade de terapia intensiva precisa estar atenta para os fatores de risco da pneumonia associada à ventilação mecânica, podendo desta forma, realizar a introdução de terapêutica adequada que possibilite resultados clínicos melhores.
Segundo David (2001 apud LIMA; PACE; MEDEIROS; VIRGÍNIO, 2007), a pneumonia associada à ventilação mecânica é conseqüência da falta de equilíbrio entre os mecanismos de defesa do indivíduo e o agente microbiano, devido ao tamanho do inoculo ou virulência do microorganismo.
A equipe de enfermagem deve ter preocupação constante quanto aos fatores que aumentam a colonização de bactérias em pacientes no uso de ventilação mecânica, a fim de diminuir os riscos de infecções ao usuário desta.
A equipe multiprofissional responsável por uma unidade de terapia intensiva deve zelar pela integridade de seus pacientes, sabendo que estes se encontram em um grau avançado de dependência e vulnerabilidade, principalmente quando esse paciente se encontra acoplado a um sistema de ventilação mecânica, tornando-os ainda mais susceptíveis a infecções respiratórias como a pneumonia, que pode agravar ainda mais o quadro de saúde desse paciente, o que dificulta o seu tratamento e prolonga a sua recuperação.
Os pacientes submetidos à ventilação mecânica, geralmente, se encontram imunocomprometidos, seja por uma doença pré-existente, seja pela agressão causada nas vias aéreas durante a instalação e uso do ventilador mecânico que acaba prejudicando os mecanismos de defesa das vias aéreas, além de outros fatores.
Esses pacientes submetidos à ventilação mecânica estão sujeitos a infecções diversas, o que exige de toda a equipe multiprofissional, principalmente a equipe de enfermagem, que oferece cuidado integral ao paciente, uma dedicação máxima, visando sempre o conforto e o bem-estar do paciente, propondo a substituição de métodos adotados que não estejam trazendo benefícios ao paciente e adotando em conjunto com toda a equipe multiprofissional estratégias que visam reduzir o tempo de exposição do paciente ao ventilador mecânico.
O conforto do paciente, mesmo em estado crítico, submetido ao ventilador mecânico, também deve ser levado em conta, visto que um bem-estar corporal colabora para que o paciente supere os obstáculos impostos pela sua capacidade respiratória deprimida. Paciente e ventilador devem ter uma relação em "sincronia" e não de "luta" com o ventilador a fim de diminuir o esforço na expansão torácica.
Quando o paciente não manifesta uma boa interação com o ventilador, desencadeia várias alterações não fisiológicas, por isso, a importância de manter o paciente sempre calmo, com uma boa oxigenação, livre de secreções e volume-minuto adequado, dentre outros fatores.
O paciente está "sincronizado" com o ventilador quando a expansão torácica coincide com a fase inspiratória do aparelho e a expiração acontece de forma passiva. Diz-se que o paciente está brigando com o ventilador quando ele está defasado com o aparelho. Isso se manifesta quando o paciente tenta expirar durante a fase inspiratória mecânica do ventilador, ou quando existe esforço da musculatura abdominal aumentado e com contratura. Os seguintes fatores contribuem para o problema: ansiedade, hipóxia, secreções aumentadas, hipercapnia, volume-minuto inadequado e edema pulmonar. (BRUNNER & SUDDARTH, 2009, p.629)

Níveis reduzidos de infecções em pacientes acometidos a tratamento com ventilação mecânica representam uma qualidade na prestação de serviços realizados pela equipe multiprofissional atuante no manuseio da ventilação mecânica.


3.3 PREVENÇÕES DA PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA


Como visto anteriormente, a pneumonia associada à ventilação mecânica pode ser desencadeada a partir de uma série de atividades realizadas no paciente com técnicas inadequadas, mas se usadas de maneira correta, favorecem para a minimização da ocorrência desta patologia.
Torna-se fundamental a adoção de técnicas assépticas por toda a equipe multidisciplinar atuante em uma unidade de terapia intensiva durante a manipulação dos ventiladores mecânicos, bem como a adoção de medidas diárias que visam colaborar na redução de riscos para a pneumonia em paciente com uso da ventilação mecânica.
A prevenção de qualquer tipo de complicação em pacientes críticos deve ser uma das metas principais da atuação de enfermagem dentro de uma unidade de terapia intensiva, por isso, deve-se destacar a importância da conscientização e preparação de toda equipe de enfermagem em favor da redução de ocorrências de pneumonia associada à ventilação mecânica.
A prevenção da pneumonia, especificamente associada à ventilação mecânica pode ser iniciada através de treinamento da equipe multidisciplinar que atua durante a instalação, manutenção e monitorização da ventilação mecânica, além do treinamento desta equipe quanto às técnicas assépticas de manuseio das vias aéreas, pois o mau exercício de alguma destas atividades pode levar ao crescimento da freqüência de microorganismos resistentes, o que representa um sério problema para a saúde.
A equipe responsável pelos cuidados prestados aos pacientes dentro da unidade de terapia intensiva deve proporcionar qualidade em seus serviços, colocando em prática as técnicas simples e muitas vezes esquecidas e que visam diminuir fatores que agridam ou agravam o estado do paciente, são elas: mudanças de decúbito, visando com isto diminuir risco de atelectasia; observar a elevação do tórax do paciente, avaliando se este encontra em condições normais/desejáveis e observar se o paciente consegue tossir e se há eliminação de secreção.
Mudanças de decúbito propiciam uma melhor ventilação alveolar e facilitam as trocas gasosas. Períodos prolongados em determinada posição determinam o aparecimento de atelectasias hipostáticas e processos pneumônicos subseqüentes. A elevação do tórax do paciente, em condições hemodinâmicas estáveis, acentua a ação da gravidade sobre as secreções das periferias pulmonares, drenando-as para a árvore brônquica, nos ramos mais calibrosos, de onde podem ser aspiradas ou eliminadas pela tosse. (GOMES, 2003, p.135)

Os profissionais da área de saúde podem contribuir para a redução de ocorrências da pneumonia associada à ventilação mecânica e promover qualidade de vida, através de um bom exercício de suas atividades e também através de um entendimento maior sobre a fisiopatologia, fatores de risco, agentes etiológicos, prognósticos e diagnósticos desta pneumonia que pode trazer grandes danos para a saúde de um indivíduo.
O surgimento da pneumonia está relacionado à pacientes com alguns tipos de características, sendo elas: pacientes hospitalizados em uso de ventilador mecânico, que segue em uso de antimicrobianos por via endovenosa; pacientes em quimioterapia; residentes em asilo ou internação domiciliar.
O enfermeiro deve ter um preparo técnico adequado para estabelecer normas para a implementação de atividades realizadas ao paciente em uso de ventilador mecânico, pois desta forma o enfermeiro poderá cobrar da sua equipe um atendimento mais eficaz com menos riscos, colaborando para prevenção da proliferação de bactérias e complicações posteriores.
A seleção de intervenções para um programa de prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica depende da avaliação dos pacientes, dos recursos disponíveis e da habilidade da equipe de saúde de agir em concordância com o programa, para prevenir a ocorrência de colonização do trato aerodigestivo e a aspiração de secreções contaminadas para as vias aéreas inferiores, que são os dois fatores principais para a patogênese da pneumonia associada à ventilação mecânica (Girou, 2003; Iregui, 2002 apud LIMA; PACE; MEDEIROS; VIRGÍNIO, 2007).

É importante a integração de toda equipe de enfermagem para a prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica, pois o não tratamento adequado e a não assistência necessária ao paciente ocasionará futuramente em grandes danos a saúde.
Os danos ocorridos por falta de assistência apropriada ao paciente crítico, não se resumem somente em complicações em seu estado de saúde, mas resultam também em aumento nos gastos para o tratamento das complicações adquiridas, além de exigir também aumento da assistência prestada ao paciente, a fim de evitar maiores complicações. Pode ser necessário também mudanças nas estratégias adotadas para a terapêutica do paciente além de aumentar o tempo de internação devido ao retardo de sua recuperação.
Não existe dúvida de que a maneira mais eficaz de reduzir ou atenuar a pneumonia associada à ventilação mecânica é envidar esforços no sentido de fortalecer Comissões de Controle de Infecções Hospitalares e suas extensões dentro das Unidades de Terapia Intensiva para a implementação das medidas de prevenção, muitas delas simples e que dependem apenas de um papel ativo de equipe multidisciplinar. Qualquer atividade preventiva será certamente custo-efetiva, levando-se em conta o alto custo e a letalidade das pneumonias associadas à ventilação mecânica. (CAMARGO, 2004)

A ausência de um diagnóstico adequado pode favorecer a um tratamento ineficaz colaborando assim para que o índice de complicações no paciente que segue em uso de ventilação mecânica aumente, agravando o quadro clínico deste e estendendo-se o tempo de permanência hospitalar. Devido à falha no diagnóstico, pode-se ter como conseqüências alterações inesperadas para o paciente, desestabilizando a equipe e ocasionando assim um estresse equipe x paciente.
O diagnóstico e tratamento, assim como a prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica devem ser precoces, pois esta patologia é bastante incidente e apresenta uma alta taxa de mortalidade em pacientes submetidos à ventilação mecânica, além de aumentar os custos hospitalares.
Atualmente o diagnóstico da PAVM é feito através de três componentes principais que são: sinais sistêmicos de infecção, com febre, taquicardia, leucocitose ou leucopenia, secreção traqueal purulenta, novo infiltrado ao raio X ou piora do anterior e parênquima pulmonar apresentando evidência microbiológica de infecção. Os sinais sistêmicos e os aspectos radiológicos são inespecíficos e inconclusivos, necessitando-se de uma coleta e cultura quantitativa de secreções do trato respiratório inferior. Os métodos complementares mínimos para o diagnóstico da PAVM são: radiografia de tórax; hemocultura; oximetria de pulso ou hemogasometria e piora da função pulmonar; punção e microbiologia do líquido pleural se houver. (David, 2001 apud LIMA, PACE, MEDEIROS e VIRGÍNIO, 2007).

Quanto mais cedo ocorrer o diagnostico de pneumonia associada à ventilação mecânica, melhor será a eficácia do tratamento, assim se torna fundamental a participação integral da equipe de enfermagem para a realização deste diagnóstico. A enfermagem pode colaborar para a determinação precoce do diagnóstico de pneumonia associada à ventilação mecânica através do registro de qualquer alteração encontrada no estado geral do paciente, bem como em seus sinais vitais.
Níveis significativos de pneumonia associada à ventilação mecânica podem ser reduzidos se cada profissional atuante em uma Unidade de Terapia Intensiva realizar suas atividades de forma segura e conforme protocolada em cada instituição. A prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica pode ser realizada através da iniciação de medidas simples, como por exemplo, a realização da higiene oral adequada do paciente crítico, visando o crescimento diminuído de bactérias respiratórias orais.
Todos os profissionais da área de saúde que têm contato direto com pacientes de unidade de terapia intensiva, devem programar em seu cotidiano medidas de prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica, visando reduzir os riscos para a ocorrência desta pneumonia, com o propósito de prevenir a colonização de patógenos nas vias aéreas, contribuindo assim, para um melhor prognóstico e tratamento do paciente.
Por causa da gravidade da condição do paciente e da natureza altamente complexa e técnica da ventilação mecânica, podem ocorrer inúmeros problemas. Essas situações caem em duas categorias: problema do ventilador e problema do paciente. Em ambos os casos, o paciente deve ser ventilado em quanto o problema é identificado e corrigido. (SMELTZER et al, 2009, p.629)

O paciente com o uso do ventilador mecânico deve se sentir confortável de forma que seus músculos respiratórios trabalhem em parâmetros normais, com uma ventilação e uma expansão adequadas. Deste modo, pode-se dizer que não há estresse respiratório e/ou má adaptação entre o paciente e o ventilador. Quando o sistema de ventilação trabalha em ritmo diferenciado do paciente ou funciona mal, posteriormente acarretará danos ao estado geral deste paciente, o que torna primordial a prevenção de patologias associadas ao uso inadequado da ventilação mecânica.





























4 CONSIDERAÇÕES FINAIS


Diante do exposto, podemos concluir que a ventilação mecânica é um método de substituição da função vital, bastante útil no tratamento de insuficiência respiratória aguda, porém este dispositivo pode desencadear uma série de complicações, dentre elas, a pneumonia. Sendo assim, torna-se evidente a importância de programas que visem promover um treinamento e/ou aperfeiçoamento constante de toda a equipe multidisciplinar atuante em uma unidade de terapia intensiva para atuar na prevenção dessas patologias.
A pneumonia associada à ventilação mecânica pode ser considerada uma conseqüência do desenvolvimento tecnológico cada vez mais crescente de máquinas que têm o propósito de prolongar o tempo de vida. O diagnóstico da pneumonia associada à ventilação mecânica deve ser realizado o mais precocemente possível, possibilitando assim a implementação de uma terapêutica eficaz e que minimize os danos ao estado de saúde do paciente crítico. Quanto mais precoce ocorrer o diagnóstico, a terapêutica adotada será mais eficaz e menores serão os danos ao de estado de saúde do paciente
Como visto em todos os autores pesquisados nesta pesquisa, a pneumonia associada à ventilação mecânica pode ser evitada a partir de uma melhor interação entre toda a equipe multidisciplinar, o que permitirá a adoção de medidas gerais que visem a redução dos riscos à pneumonia, bem como, oferecer um conforto e bem-estar ao paciente crítico.
Pode-se observar que a interação entre a equipe de saúde atuante em uma unidade de tarapia intensiva é um fator primordial para a prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica, o que oferecerá a esta equipe um resultado positivo sobre os serviços e cuidados prestados.
No entanto, a enfermagem diante de toda a equipe multiprofissional, exerce uma função de grande importância dentro de uma unidade de terapia intensiva, estando estes profissionais responsáveis pelo cuidado integral ao paciente crítico, estabelecendo assim uma relação de confiança e completa interação humana.
A enfermagem, em seu cuidado integral ao paciente, deve estar apta a realizar a técnicas adequadas no manejo dos paciente críticos, bem como empregar a adoção de técnicas assépticas e que melhor se adeque às necessidades individuais de cada paciente.
A equipe de enfermagem deve estar preparada para o reconhecimento de fatores agravantes que põem em risco o estado de saúde dos pacientes em uma unidade de terapia intensiva. Uma equipe de enfermagem bem estruturada e treinada torna-se capaz de oferecer um maior conforto ao paciente crítico e reduzir os riscos de complicações que estes pacientes estão submetidos, dentre elas a pneumonia associada à ventilação mecânica.
Conclui-se que a pneumonia associada à ventilação mecânica pode ter seus níveis de ocorrência reduzidos atrvés da interação de toda a equipe multidisciplinar atuante na unidade de terapia intensiva, onde cada membro desta equipe será responsável por administrar todo o seu conhecimento científico em prol de oferecer um maior conforto e estabilização do quadro de saúde do paciente, e evitando desta forma a ocorrência de complicações relacionadas com o uso do ventilador mecânico, bem como a pneumonia.







REFERÊNCIAS


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Autor: Thais Coelho Pinto


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