AS DUAS NATUREZAS



Vez por outra a aflição vem sobre nós com intensidade tal, que nos deixa completamente sem ação.
No coração ela parece um bichinho correndo-o de continuo, e nem para orar temos força.
Tudo o que conseguimos fazer é suspirar.
A esperança e a confiança tornam-se nulas, e jogar-se num cantinho quaisquer, e não mais existir, não mais sentir, não mais pensar é o que passamos a desejar.
Contudo Romanos (8/26), nos diz que o Espírito ajuda as nossas fraquezas, e que o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis, ou seja, mesmo não havendo alento em nós para clamarmos por socorro, o Espírito Santo nos auxilia, fazendo frente diante do Pai ao nosso favor.
O apóstolo Paulo, em 2 Coríntios (12/10), afirmou que sentia prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições...porque, quando era fraco, então é que era forte.
Na teoria até acho bonita esta afirmação do apóstolo.
Agora, vivê-la na prática eu não gosto nenhum pouco, e sei que os caros amigos também não gostam.
Só que o ser que somos exteriormente não tem a mínina chance de fugir deste incômodo, uma vez que o ser que somos interiormente é valente, e regozija-se com a aflição.
Tem momentos que a vontade é gritar, chutar as paredes. Mas quando o que somos exteriormente se dá conta que nem para isso tem forças, acaba se redendo, e o que prevalece é a vontade de chorar, e não importa a idade, nem o sexo, nem o dito que " homem não chora", as lágrimas descem em nossos rostos copiosamente, porque o homem que somos naturalmente não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente 1 Coríntios (2/14).
Como compreender um intenso ataque de aflição, capaz de fazer o homem natural contorcer-se de dor, ao passo que isso resulta em alegria ao Espírito!?
2 Coríntios (4/16-18):" Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia.
Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda a comparação, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas."
Tiago (½):" Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações..."
Isso não parece loucura? Ao homem natural, não parece apologia ao masoquismo?








Autor: Juarez Fragata


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