A Pedagogia Tecnicista no ensino e aprendizagem da arte.



Teve suas origens a partir da segunda metade do século XX no mundo, principalmente nos Estados Unidos, a partir das décadas de 60 e 70 no Brasil e encontra-se presente ainda nos dias de hoje nas escolas brasileiras.
Esse movimento visava ampliar a eficiência da escola com o objetivo de preparar indivíduos mais competentes e produtivos, para o atendimento do que necessitava o mercado de trabalho.
O elemento principal na escola de tendência tecnicista é o sistema técnico de organização da aula e do curso, de forma que o aluno e o professor ocupam uma posição secundária. Na prática, os professores, orientados por uma concepção mais mecanicista, organizavam racional e mecanicamente os elementos curriculares essenciais: objetivos, conteúdos, estratégias, procedimentos, avaliação em seus planos de curso e de aula e realizavam seus planejamentos com base exclusivamente nos objetivos, que eram operacionalizados de forma minuciosa. Além disso, recursos tecnológicos e audiovisuais eram usados abundantemente, de forma a sugerir uma perspectiva de modernização do ensino.
A partir da promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 5692, no ano de 1971, a Educação Artística foi introduzida no currículo escolar de 1º e 2º graus, sendo considerada apenas uma atividade educativa e não uma disciplina, com o agravante de que não houve uma preocupação prévia em se trabalhar a formação e a qualificação dos professores. Só em 1973 foram regulamentados os novos cursos superiores de Licenciatura em Arte, o que veio a possibilitar a formação com habilitação em licenciatura curta ou plena, configurando-se nesse período a formação de professores polivalentes em arte.
Na década de 1980, contudo, com a verificação explícita das dificuldades enfrentadas pelos professores, era notória a necessidade de um aprofundamento das discussões sobre a valorização e o aprimoramento do professor. Com isso, objetivando a conscientização e organização dos professores de arte, surge o Movimento Arte-Educação, através do qual associações de arte-educadora se formaram por todas as regiões do país, viabilizando em 1987 a criação da Federação Nacional dos Arte-Educadora (FAEB). Nesse período, inúmeros eventos são promovidos por instituições públicas e provados, com o objetivo de discutir a questão.
É possível observar que na atualidade as aulas de Arte apresentam influências das três pedagogias, ainda que em níveis diferenciados, de forma que efetivo conhecimento dos aspectos pedagógico, ideológico e filosófico podem auxiliar os educadores no entendimento das raízes de suas ações e do seu próprio processo de formação.

Autor: Glésia Pereira Santos Da Cruz


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