Lu-anda
Ninguém ouviu o seu gemido
Abafado, censurado, até ousado...
Sofreu, banzou, morreu...
Reviveu!
Veio a semente
Que prolifera no ventre
Para cantar liberdade e dor
O tempo não tira máculas
De Lu-anda, tão censata
Pois ainda restam lágrimas
Das coisas que Lu-anda viveu
Lu-anda caminha quase só
No deserto, só brancura
Cheio barreias e agruras
Anda, Lu-anda,
Seu caminho é duro!
Tire esse entulho
Que não a deixou passar!...
Anda, Lu-anda, caminha,
Você não está sozinha,
Quero crer!
Autor: Mércia Maria Da Silva
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