Escola não é circo professor não é palhaço



Universidade Estadual do Maranhão-UEMA
Programa Darcy Ribeiro
Disciplina: Praticas Curriculares
Curso: Licenciatura em Letras

Orientadora: Joseylza Felipe






Nilo dos Santos da Silva









Escola não é circo professor não palhaço





















Barra do Corda-MA
2011
Resenha
Lima, Lilian
Escola não é circo, professor não palhaço: intencionalidade e educação./Lilian Lima. - 2. ed.Rio de Janeiro: wak Ed.,2008.
100p.:21cm

A autora apresenta sua contribuição para os professores e vários profissionais da educação, de forma pratica e precisa na formação docente.
Ressalta que o ser humano desde o seu surgimento vem procurando acertar seu caminho e descobrir sua função no universo, frisando que a educação possibilita a descoberta de horizontes e permite a socialização, afirma também que nos últimos tempos,a educação sistematizada pela escola, tem dificuldades para permitir ao individuo um encontro consigo mesmo e com seus valores.
Como fugir dessa realidade na era da globalização, da tecnologia e da comunicação?
Os sofistas foram os primeiros professores da historia acusados de corromper o conhecimento, porque recebiam pelos seus ensinamentos, abusavam da retórica e tentavam persuadir os seus discípulos e os ouvintes, a todo custo, da veracidade de suas argumentações. O problema é que os sofistas não competiam com a tecnologia da qual dispomos: o computador, a internet, a televisão as bandas musicais, portanto os professores já não são mais os maiores influenciadores dos alunos. a mídia substituiu os sofistas e faz acreditar em tudo que afirma.
Durante séculos, a escola, como instituição sistematizadora do conhecimento, busca transmitir o conteúdo formal exigido pela educação em uma perspectiva tradicional. O aluno fora percebido como uma tabula rasa, expressão utilizada por lucke, filosofo inglês, tal qual uma vasilha que precisa ser preenchida. Desse modo percebe-se que os conteúdos eram somente trabalhados nas salas de aula, jamais em outro ambiente, como se fosse imutáveis ou absolutos, em que o aspecto cognitivo sobrepunha-se aos demais: o que valia mesmo era memorizar, decorar evidenciar o quem foi transmitido mecanicamente.
A escola deve construir um currículo vivo que abarque saberes, conteúdo desperte a utilização das habilidades e aprimore as competências, de modo que o aluno possa partir do saber à consciência critica, pois, contrariamente, leva-o à alienação. Afirma ainda que a educação busca a eqüidade, os professores passam a desejar uma escola igualitária, mas, às, vezes, esquecem que ela abarca sujeitos distintos. O conflito entre a igualdade aí se instala e serve ideologicamente a grupos distintos.
O principio norteador das ações educativas deve ser a busca das expectativas coletivas que perpassam por todos os segmentos: professor, aluno família, governo, comunidade. Para tanto, os profissionais da educação devem atentar para dois aspectos: o primeiro refere-se a confiar no potencial do educando, visando a estimular os dons, a criatividade, e a vivenciar as dificuldades, possibilitando desenvolvimentos das capacidades do aluno. A segunda é acreditar na intuição relacional, isto é, investir no desenvolvimento das relações interpessoais. Contudo, não é possível negar que, hoje, a cobrança aos profissionais da educação é imensa, chega a ser absurda.
O professor precisa ser autogestor, isto é conduzir sua carreira eficazmente, sem medo de errar. O professor que não se aventura a construir possibilidades para fazer diferente apenas por temer enfrentar o novo, limita seu campo de atuação e o seu crescimento. É preciso haver disciplina por parte do professor, que se traduz em sacrifícios necessários para atingir o sucesso, dispor de algumas horas de lazer, substituídas por estudos para aprofundar o conhecimento. A teoria, destituída da pratica, é vazia, porém a pratica sem teoria é ativismo, é ação sem sentido, já enunciava Paulo Freire. É preciso exercer um senso de aplicação do ideal na realidade. Pouco adianta estudar, participar de congressos, seminários, jornadas pedagógicas e não se busca aplicar o que se aprende na escola, ou melhor, na sala de aula.
A autora também nos apresenta os três "A" da avaliação: apreciar e não depreciar; ajuizar e não constranger; agregar e não separar.
O ato de avaliar pressupõe apreciar o estagio em que o sujeito se encontra. Não se pode confundir com mera contemplação, pois é uma observação cuidadosa de como ele está, de como se comporta e rege sozinho e no grupo.
Apreciar não é depreciar, é constatar apenas deficiência ou o que falta no aluno e quais são suas potencialidades para que sejam estimuladas.
Ajuizar nada tem de ver com apontar inocentes ou culpados por aprender ou não aprender.
No capitulo 8 observa-se que o professor é autoridade sim quando conquista seus alunos e os faz perceber o sentido do que aprendem e do e do compromisso e das metas que coletivamente elaboram. Está ultrapassado o estigma do professor ? sol, a mais potente estrela a iluminar os planetas. O professor quando age assim, desperta antipatia e constrangimento, é mais fácil aprender quando se gosta de quem ensina.
Capitulo 9
Neste capitulo observa-se que saímos de um mundo teocêntrico, que tinha a divindade como centro do mundo, tanto para os antigos quanto para os medievais, para um mundo antropocêntrico em que o homem passa a ser figura primordial e, a partir daí, as ações humanas tornaram- se mais ágeis e autônomas.
Se antes a escola podia se contentar com a função de transmissora do conhecimento, responsável pelos saberes universais, hoje não é mais assim. Os alunos das mais distintas classes sociais acessam um computador, e tem o contato com informações de todo mundo, obtêm o prazer por meio de imagens jogos, conversas e viagens que antes, só acessariam por meios de livros.
O que importa, de fato, é o sujeito e, em conseqüência, o que ele aprende. Os modos de avaliar, normalmente, consideram, além das fases, a idade, as necessidades do aluno. O trabalho do educador é fruto de suas crenças e percepções sobre o homem e sobre o mundo e traduz a sua concepção educacional, a sua noção o que é urgente.
O capitulo que nomeia este livro pretende demonstrar que o professor é um profissional com mais nobre função que é de preparar os sujeitos para conviver, servirem à sociedade, e, quando necessário, transformá-la.
A utopia, o lugar do "ainda não", a escola de qualidade que ainda não está consolidada pode ser e será a mola- mestra para a ressignificação da dignidade perdida.
Por fim a autora faz uma abordagem sobre a ética, afim de contribuir no desenvolvimento ético dos educadores e educandos.
Para promover atitudes éticas, é preciso valorizar a comunidade na qual o sujeito está inserido e faze-lo valorizar também. O maior de todos os valores terá de ser a fé. Mesmo que pareça piegas, devemos falar, enunciar, porque os filhos, os alunos, mesmo que reclamem dos "sermões", ouvem e podem assimilar.
Acima de tudo, amar, amar o ser, o fazer, porque educar nada mais é do que vivenciar um elevado apreço, um emocionar-se constante pela instigante tarefa que é o educador, como a fabulosa ação de aceitar e, por vezes transformar pessoas.
Portanto a autora explicita em sua obra que o profissional da educação desempenha a nobre função de preparar sujeitos para conviverem e servirem á sociedade e com essa concepção podemo refletir com a seguinte pergunta: por que então que essa mesma sociedade não da credibilidade a esse profissional que ajudou a ser transformada ao longo de sua historia? Podemos Perceber também, que é feita uma alerta para professores que tem dificuldades com a leitura, ou seja, não posso cobrar dos meus alunos aquilo que não consigo fazer, Lilia Lima da ênfase à leitura devido as cobranças laçadas sobre o aluno, tanto da escola quanto do professor, pois ambos cobram constantemente dos educandos, mas de forma alguma incentivam os mesmos a terem prazer pela leitura.


Autor: Nilo Santos


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