O Mito da Neurose Jornalística



Um Homem que acorda, curado de longo, amargo e doce desatino?

Jean-Paul Sartre


Sou um nostálgico, sinto saudades dos grandes jornalistas de uma época mítica das grandes reportagens e materias que sacudiam as covardias adormecidas, despertavam consciências superficialmente tranqüilas e remexiam feridas abertas.
Sinto saudades de jornalistas como: Samuel Wainer, David Nasser, Sérgio Porto, Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos, Nelson Rodrigues e tantos outros extraordinários homens de letras da nossa imprensa e literatura.
Admirava a postura e a relação com a linguagem, o idealismo, a posição ética de suas idéias. Alguns perseguidos pelas raposas do poder, mas mantinham-se firmes em sua dignidade e honestidade profissional. Acreditavam na imprensa livre, isenta de velhos sonhos de glória, mobilizados pelo absoluto da verdade, o ato de escrever era um ato de fé.
Hoje, o que lemos e vemos na grande mídia nacional, regional e local, um jogo de tiro ao alvo, monopólios, grandes manobras subterrâneas, na grande superação radical de interesses individuais e bajulação do poder.
Assumindo uma postura de reizinho pequeno-burguês, um menino desatinado, diante do seu brinquedo imaginário, com a tentação de provocar terrorismo, através de matérias, realizadas no transe de sua filosofia paradoxal, e perniciosa nos seus interesses incontidos.
Grande Imprensa Volte! Volte! aos dias de glória, com o testemunho dos fatos, fazendo do contexto contemporâneo, nossa história.
Vocês são formidáveis!


Camus dos Santos


Autor: Camus Dos Santos


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