RIOS DE LÁGRIMAS
Existe uma cidade, que já teve uma mata, um morro, um rio. Hoje a cidade é castigada por chuvas torrenciais.
Para os povos indígenas, a água é o símbolo da vida e renovação, mais do que um fenômeno climático, é primordial para a sobrevivência.
De forma branda ou abundante, as águas das chuvas jorrarão na terra, é obra Divina, fenômeno físico, assim como a posição geográfica de um lugar explica a incidência maior ou menor das chuvas em determinada região.
Mas a cidade, que já teve uma mata, um morro e um rio, hoje têm casas ,concretos, comércios e dejetos. Cidade e chuva disputam espaços em uma sociedade consumista.
Homens e cidades precisarão mudar, transformar suas ações, alterar sua estrutura, dar espaço para o curso d´água, sem rios de lágrimas ou um minuto de silêncio.
Autor: Maria Estela Ximenes
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