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A pergunta da resposta do que é a vida

Nas aulas de Filosofia é comum as perguntas mais importantes serem também as mais ‘estranhas’! As menos comuns e, portanto, as que mais devem ser estimuladas. Devido a inúmeras indagações em minhas míseras exposições, resolvi publicar algumas das possíveis reflexões no que pauta a pergunta, que é a Vida?

Talvez a vida vista de um mote religioso nos dê variadas respostas. Não obstante, todas com fundo de ‘verdades absolutas’ que poucos humanos ousaram contestá-las. Nada Filosófico. Ou, a plasticidade da vida pode ser uma brincadeira de mau gosto por onde a ignorância vence a Razão. E o Mistério arromba as diversas possibilidades Filosóficas.

Como ‘Já dizia o eclesiastes há dois mil anos atrás debaixo do sol não há nada novo não seja bobo meu rapaz... ’ (Do Álbum A Panela do Diabo). Então, a vida sempre foi vida sem ser vivida? Para quê nascer, sendo que a vida existe antes de você vivê-la? Faz diferença tu existires ou não?

Se tivesses certeza do que é a Vida certamente conseguirias viver mesmo sem ela ter Sentido. Faz tanto sentido, ter significado? Ora, Guimarães Rosa disse certa vez ‘que muita coisa importante falta nome’. Muito bem, vamos trocar a palavra “Vida” por algumas acepções ‘insignificantes’.

A vida é o choro do bebê que já sabe que vai sofrer! Que será o único animal que terá a noção da morte. Que não serão perdoados seus erros, suas falhas. A vida irá cobrá-lo centavos por centavos. Ah! Que vida!

É você saber que por mais que aprenda, ainda será pouco e não haverá garantias de nada. É olhar para o passado e ver que ele o logrou. Admirar o futuro e não saber elucidar. Afinal, até mesmo o presente nos ilude. A certeza da incerteza é a Vida!

Diz um autor desconhecido que a sabedoria da vida nos ensina que ‘não se cresce como mulher sem ter ao menos um homem canalha na vida’! Oh! Isso é Vida? Segundo o poeta Vinícius de Moraes, ‘... À hora do sim é apenas um descuido do não... ’ (acontece muito em casamentos). Oh! Vida! Não passas de um grande Engano. As pessoas ou grande parte delas gostam desse. Tu és a orquestra de uma ilusão necessária!

A inocência ou a fúria dos livros de Moisés? Jesus Cristo? Espiritismo? Cristianismo? (vaticano?), Budismo? Islamismo? O Hinduísmo? O Judaísmo? Comunismo? Capitalismo? Sexualismo? Masoquismo? Sadismo? (Marquês de Sade?), os ‘ISMOS da vida ou a vida dos ISMOS’?

A Teoria do ‘Eterno Retorno’ de Friedrich Nietzsche? O Dever voltado para o ‘Imperativo Categórico’ de Immanuel Kant? ‘A Existência precedida da Essência’, segundo Jean-Paul Sartre? ‘O Livre-arbítrio’ descrito por Santo Agostinho? A ‘Antropologia Cultural’ do Alemão Franz Boas? A hipótese da ‘Evolução’ de Charles Darwin? ‘A Infância do Mago’ de Hermann Hesse?  (mesmo autor de: O lobo da Estepe), ‘A Potência de Existir’ de Michel Onfray?

A vida é um labirinto? Se for, pensando com Norberto Bobbio, “O que um labirinto ensina não são as saídas, mas quais são os caminhos que não vão a lugar algum”. Detalhe crucial da existência!

Em suma, eis, A Pergunta da Resposta do que é a Vida: a VIDA é como um fusca velho descontrolado descendo uma enorme ladeira. Dentro, há um humano que pensa que o controla. Ao pensar em frear, não há freios! O que fazer? É o alarme do seu carro, as trancas de sua casa, seu trabalho mal pago, sua vaidade supérflua, sua mediocridade. A vida é isto, tudo que pensamos que nunca fosse. Mas, com um detalhe, já foi, já vai, já era. Quem duvida que ela ao vivo seja muito pior? Mas, fiquem tranqüilos, afinal, nem tudo que inventamos precisa necessariamente existir. Maldita explosão.

“Deixaremos este mundo tão tolo e perverso quanto o encontramos à nossa chegada”. (Voltaire)

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