Inflação na China: fim da Guerra Cambial?



Inflação na China: fim da Guerra Cambial?


O crescimento Chinês irá encontrar obstáculos este ano devido a inflação.
Esta é uma notícia muito boa para o mundo em especial para os EUA.
O moeda chinesa, o Yuan , terá que ser valorizada não por que o Governo Chinês quer, mas porque a alta nos preços da commodities obrigará esta valorização.
A inflação na China já superou os 5 %. Há ameaças de aceleração do índice este ano fruto do aumento da renda e da urbanização chinesa. A urbanização na China é crescente e o aumento da renda vem pressionando fortemente os preços dos alimentos no mundo.
Como se sabe o aumento da renda leva grande contingente da população da China para o mercado de proteína animal.
Para se produzir um quilo de carne bovina são necessários 8 quilos de grãos e para se produzir quilo de carne suína são necessários 5 quilos de grãos.
Não é por outra razão que os preços dos alimentos e das commodities agrícolas superaram em 2010 níveis históricos nunca antes vistos e muito superiores ao nível pré-crise de 2008.
Como a China é a draga de commodities do mundo deve, para reduzir a pressão sobre preços, valorizar sua moeda neste ano de 2011.
Esta é uma notícia muito boa pois resolverá em parte os desequilíbrios existentes na desvalorização artificial do Yuan dos últimos anos que vem criando uma série de desequilíbrios mundo afora.
A competitividade dos produtos chineses no mundo se deve a uma moeda extremamente desvalorizada e agora , por força das pressões inflacionárias, Pequim deve permitir uma valorização do YUAN.
Pela primeira vez parece que os EUA e a China tem um interesse comum e menores serão as pressões para continuar a Guerra Cambial. Acredito que a China deverá deixar sua moeda apreciar, não porque tem preocupações com equilíbrio econômico mundial, mas porque se não fizer isto terá forte impacto sobre sua inflação interna.
Os desdobramentos possíveis são um menor crescimento chinês, uma recuperação mais rápida da economia americana e ,por conseqüência, do dólar americano.
Ganha com isso o Brasil que terá com uma taxa de câmbio mais favorável possibilidades de competir na arena Global. Veremos para crer.


Autor: Vitor Bellizia


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