Buzuzeiros nas ruas de Aracaju
Roberta Carine Stos Trindade ([email protected])
Buzuzeiros nas ruas de Ará.
Peraê motô ,grita um buzuzeiro estendendo seu braço pedindo clemência ,para não chegar atrasado a seu local de destino .É essa a realidade vivida todos os dias das pessoas que fazem o uso do buzu para se locomover ,uma vida que se repete em terminais e pontos de ônibus das ruas de Ará ,que possui uma considerável frota para atender sua população.
O ponto de ônibus é o local onde tudo começa ,estafantes esperas ,um verdadeiro teste de paciência ,aff....as vezes passam ?se dez,vinte,trinta minutos até o buzu que queremos pegar passe ,atrasando compromissos e isso é terrível .Ao entrarmos no buzu se prestarmos bem atenção é como se estivéssemos entrado em uma outra atmosfera , encontros e despedidas acontecem e das janelas do buzu a realidade das ruas de Ará ,o buzu que vai é o buzu que vem ,mostrando a vida nas ruas de Ará ,a vida nas ruas de Ará.Chegam e partem em busca de algo, esses são os buzuzeiros de Ará ,o trabalhador em busca do pão de cada dia, o estudante em busca de um futuro melhor ,o doente em busca da saúde e aquele de férias em busca de lazer .Chegando e partindo ,o buzu que chega é o que buzu que vai mostrando a vida nas ruas de Ará ,mostrando a vida nas ruas de Ará.
Partir sem saber o destino, sem planos ou com um destino certo ,o bom é saber que o buzu nos dá o poder ir e vir ,voltar quando bem entender ,chegando partindo ,o buzu que vai é o buzu que vem,encontros e despedidas ,histórias de vida e a beleza das ruas de Ará ,e a beleza das ruas de Ará. Movimentos repentinos proporcionados pelo buzu ,que sem saber carrega um pouco de cultura ,de aprendizagem ,de conhecimento,de cansaço ,de alegrias ,de tristezas e outros aspectos que o vai vem dos buzus concretizam, mostrando a vida nas ruas de Ará ,mostram a vida nas ruas de Ará.
Não pensem que a vida de buzuzeiro é fácil ,pois não é.E o que é ser buzuzeiro?Ser buzuzeiro é só ter o ônibus como opção de transporte,é pegar um buzu cheio e ficar pendurado como uma carne abatida no frigorífico,é bater papo com amigos naquele buzu cheio mesmo assim se sentir feliz por estar em companhia de amigos,é estar sentado e levantar ? se para dar lugar a um idoso ,é escutar a história da pessoa que está a seu lado e quem sabe usar como exemplo de vida,é ser assaltado e ficar por isso mesmo... Em fim ser buzuzeiro é ter paciência ,é suportar ,é aprender a viver e sobreviver adquirindo conhecimento ,mesmo passando por desconfortos ,atrasos ,encontro e desencontros, nos buzus que levam que trazem ,que nos possibilitam o poder de ir e vir e ver da janela toda a beleza das ruas de Ará ,toda a beleza das ruas de Ará.
Por vezes reclamamos ,por vezes agradecemos o vai e vem desse meio de transporte que serve a todos os buzuzeiros de plantão ,mostrando as vida nas ruas de Ará ,mostrando a vida nas ruas de Ará .Fica ai uma proposta a todos os buzuzeiros :Ao entrar no buzu não só reclame dos atrasos ,e da má estrutura dos buzus ,analise o universo que se constrói a seu redor,tenha certeza que muito da vida de nosso lugar está ali em seu companheiro de buzu , dê uma olhada na janela e veja o espaço urbano de nossa bela cidade você verá o quanto é construtivo ser buzuzeiro ,chegando partindo ,o buzu que vai é o buzu que vem ,encontramos ,nos despedimos ,saímos ,chegamos ,e vemos a vida nas ruas de Ará ,e vemos e vivemos a vida nas ruas de Ará.
Autor: Roberta Carine Santos Trindade
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