Errei e qual é o problema?
Ninguém está imune. Estamos todos fadados ao erro e diante de uma verdade inexorável desta teríamos por obrigação ser menos intolerantes, mais mansos diante dele. Num relacionamento, independente da natureza deste, rapidamente cada qual dará sinais de como irá lidar com o erro e desta forma estaremos condicionando como o outro irá se comportar conosco. Isto é inevitável e numa relação de chefia toma uma proporção muito maior, pois dois sujeitos numa interdependência não simétrica já é por definição tensa quando tudo está bem.
O erro em si não é bom nem ruim o que determinara isso é o que dele será feito pelas pessoas envolvidas. Há aqueles que farão dele degraus para o crescimento de uma equipe, uma amizade, de um casamento etc. Há outros que farão dele um meio de tormento. O erro por conceito jamais será proposital. Se alguém erra de propósito não é erro é sabotagem. Quando um erro acontece a coisa certa a fazer é informar o mais rápido possível todos os afetados e principalmente, num situação institucional, ao seu superior imediato. Mas, neste caso, isso pode não ser uma decisão tão fácil quando sabemos de antemão que a resposta que teremos será o tal tormento. É comum então tentar recorrer a recursos como retardar ao máximo possível a informação do erro ? o que em geral o agrava; a omitir por completo a informação ? pior ainda; tentar corrigir por caminhos outros que não os oficiais ou o recomendado ? costuma nunca dá certo. Quando isso acontece e é descoberto é fácil criticar o sujeito do erro, mas eu vejo, com muita facilidade, a parte de responsabilidade que cabe ao outro, a aquele que deveria ser notificado, pois esta relação foi construída por ambos.
Ninguém está imune. Estamos todos fadados ao erro. Tenhamos sempre isso em mente quando quisermos brincar de juízes.
Autor: Ascendino Roberto Dos Santos
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