O Operário E O Trabalhismo



Ao analisar os textos de Ângela de Castro Gomes e Maria Victoria Benevides, constatamos diferentes posições ao que diz respeito ao trabalhismo no Brasil, primeiramente o trabalho tem como objetivo fazer uma possível relação com as duas obras das autoras. Ângela de Castro Gomes com "A Força da "PALAVRA OPERÁRIO" A Invenção do Trabalhismo" e de Maria Victoria Benevides "O PTB e o Trabalhismo".

Ângela de Castro Gomes, cita que com a relação da cidadania dos trabalhadores estes estão exacerbados em dois objetos, a classe trabalhadora e o Estado. A criação da palavra operário está ligada a mesma questão o reconhecimento de classe, também as formas de organização. Dessa forma, é necessário pensar na formação da identidade coletiva, está ligada ao processo dinâmico comportando duas lógicas uma "expressiva" (simbólica), e outra "instrumental" (material).

Para Ângela de Castro Gomes, o Estado Novo comporta no sucesso do trabalhismo, este não é mera concessão de benefícios, também um cuidadoso investimento simbólico, reinventa os trabalhadores do Brasil, os benefícios passam à doação.

Ângela, acredita que a construção da identidade do trabalhador brasileiro, por primeiro, marca o atraso, pela desvalorização que a escravidão deixou no trabalho, deste fato surge à necessidade de redefini-lo tanto como fator de grandeza como de felicidade para o homem, riqueza e progresso para a sociedade. Devido ao desencanto com a República, os trabalhadores são olhados como desgraçados passando a serem reprimidos ostensivamente, dessa maneira policia e patronato acabam unidas.

No Estado pós 30, a um controle do mercado de trabalho, assim um conjunto de leis, não tão eficazes até 40, com Vargas há uma união entre povo e Estado, o Ministério do Trabalho nacionaliza a mão-de-obra, controla a orientação da migração interna, fazendo medidas na área da previdência, da medicina social, alimentação, habitação, educação, cultura, recreação.

Maria Victoria Benevides, falando do PTB, é visto como mão esquerda de Vargas, e articula a volta de Vargas, buscando frear a influência comunista entre sindicatos e trabalhadores. Getulismo e trabalhismo são sinônimos de conquista na legislação trabalhista, com criação de empresas como a da Petrobrás.

Para Maria Victoria Benevides, o PTB depende da mística populista, tira a sua força por ser um partido "palaciano", este favorece seus aliados, através do Ministério do Trabalho e Previdência Social organização que controlava. Sendo um conjunto de feitos para o país, a tutela do Estado sobre os sindicatos, necessidade de proteção para o trabalhador, os movimentos grevistas atuam como porta-vozes do governo do que dos trabalhadores, a mística de Getúlio está ainda impregnada pelo fato da carta-testamento, até hoje como meio de vitória.


Autor: Jéferson Mendes


Artigos Relacionados


Criança Tem Que Estudar,brincar E Também Trabalhar!

Comissão De Conciliação Prévia

As Pontuais Mudanças Trazidas Pela Lei 11.689/08 = Júri

A Função Da Escola E Da Educação

A Meméria Brasileira Na Ação Da Cidadania

O Chão

Para O Dia Das MÃes - Ser MÃe