Pingo de Gente



Há um tanto de gente que se resume a um pingo de gente
Que não vale nem um dente
Um tanto de gente que fala tanto
Que faz alguns cair em prantos
Um tanto de pingo de gente que forma um furioso mar
Que não sabe se calar
Gente que vai sempre cultivar a hipocresia
Falando sempre e lendo menos poesia
Há tanto de pingo de gente que me perco nessa imensidão que se compara ao o grande mar
Me faz marejar os olhos ao olhar, que se me deixar molhar ao me olhar, logo como estes vou parar de cantar
Há quem se deixa levar na correntesa desse furioso falar
De quem não tem quem dê, não tem o que dar
Só quer naquilo e naquele falar
Não há o que fazer com tanto pingo de gente
Que fala até do doente
Essa gente nem tenta
Só lamenta
Sorte que há quem não se importa
E bate a porta
Há quem olha pela janela
Para ter o que falar dela
Essa gente que não vale um dente, fala do doente, aceita até um pente
E fala que não é carente
Quando fala com minúcias só pode ter malícias
Quando o viu passar, correu a falar para as Patricias
Esse tal pingo de gente
Quer crescer pela corrente
Sem nunca parar e pensar
Só as ruas molhar
Sorri de quem tem dor
E quase sempre perde o pudor
Fala agarrada
Completamente errada
Com palavras arranhadas
Essa gente que nunca esteve em harmonia
Não sabe o que é a democracia
Um tanto de gente que tem o olhar consumido pela tela de vidro
Não quer nem ir e vir
Só quer aquilo consumir
Essa gente que não sorri antes de dormir
Chora ao ver gente que é gente ser feliz.
Autor: Mariana Taborda


Artigos Relacionados


Ano De Eleição

Ouvir... O Outro...

Página Virada

O Vento Que Vira Gente

Apresento-te A Vida

Tem Gente

Caricatura Humana