QUANDO AINDA NÃO HÁ PAZ




Se o homem não se renasce
Se o espírito não se humilha
Se à alma se nega a ascese
Ainda não há paz

Se não se reconhece o pobre
Se a viúva todo auxílio desmerece
Se ao órfão tecto não se oferece
Ainda não há paz

Se em vez de escolas e hospitais
Prostíbulos e festins existirem à mais,
Intelectos e valores brotarão jamais.
Então, ainda não há paz

Se abortos ainda levam parte da nação,
E nos contentores carpem bebés de pais sem coração
Se às crianças faltam bola, carinho, água e pão
Ainda não há paz

Se ao irmão se nega amor
Se não se louva nem se crê no Criador
Se a beleza e a harmonia não tem fonte
Ainda não há paz


Se nos falta lume nas cozinhas,
Se nos faltam pão e vida nas mesas,
Amor e harmonia nos rostos
Ainda não há paz

Se não se entende um choro de tristeza,
Se não se percebe a ausência dum sorriso de paz
Se imperam o disfarce e a mentira
Ainda não há paz

Se em nós o ódio ergue seu universo
E ao amigo negamos um simpático verso,
Se por ele nada somos capazes
Ainda não há paz

Se o passado nos fere ainda a consciência
E ao amigo se nega tolerância
Perdão, amor e convivência
Ainda não há paz

Nos olhos que o divino não reconhecem
No coração que a Deus nega amor
Na alma que por Deus se nega a caminhar
No espírito soberbo? Ainda não há paz!

Ainda? Ainda? Ainda não há PAZ!

Autor: Pedro Nkosy Samuel


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