Da Corrupção



O histórico da corrupção evidencia-se nos primórdios da civilização e organização político-social humana. Seu conceito não se restringe somente às adversidades político-administrativas, todavia está intimamente ligado com as várias formas de desrespeito ao cidadão.

De um modo geral, apontam-se as manifestações de práticas desleais ao exercício político em nações cujo estado econômico encontra-se em estado de desenvolvimento, onde desequilíbrio financeiro e os grandes índices de desigualdades sociais refletem resultados exponenciais e dependem da aliança financeira com demais países desenvolvidos.

Os atos fraudulentos de desvio de recursos público, lavagem de dinheiro, abuso de poder, superfaturamento, falsificação e tráfico de drogas acabam por denegrir o semblante de uma nação, além de acarretar efeitos drásticos à economia, conferindo a uma desordem na estrutura da cidadania da mesma. Em suma, a corrupção entrelaça-se ao despotismo uma vez que democracia tenha falhado, mediante a ausência de informação e transparência concomitantes ao sujeito no qual delegou-se o voto ou mesmo a confiança.

Diante desse cenário a Justiça tem papel esplêndido em verificar, analisar, processar e julgar os autuados envolvidos em tais fraudes e, portanto, impor o progresso e a ordem dentre diversos âmbitos componentes das esferas estatais, estaduais e municipais. Caso esta não surtir cifras contra os infratores, mais uma vez estará impune os culpados estando a sociedade lesada novamente, levando a crer que a Justiça abriga a corrupção em meio aos seus pilares.

É imprescindível que o cidadão analise, busque e investigue o passado e as informações do candidato representante ou daquele o qual deseja-se delegar o poder, pois utilizando-se deste procedimento será viável melhor relação de transparência entre os setores que regem a soberania da democracia popular. Entretanto a inadimplência, em termos gerais, alastra-se entre os eixos de uma organização social ou mesmo na divisão do Poder em Legislativo, Executivo e Judiciário. Estes que se responsabilizam em impor o dever de ordenar e contribuir para o desenvolvimento inerente à qualidade de vida da população almejam casos banais de corrupção para com o recurso financeiro público, vital à satisfação e condições estruturais ao cidadão. Para tanto, extinguir a corrupção nos Estados, de maneira geral, torna-se ainda mais difícil quando há desequilíbrio notável na relação político-socioeconômico.

Em tese, é preponderante que a sociedade em conjunto se empenhe em amenizar todas as causas condizentes à corrupção. È a partir daí que se estabelecerá o crescimento da economia e erradicação da pobreza principalmente nos países emergentes.


Autor: Clisostenes Barbosa


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