BIOPIRATARIA



"Patrimônio genético é toda informação de origem genética, contida em amostras do todo ou de parte de espécie vegetal, fúngico, microbiano ou animal, na forma de moléculas e substâncias provenientes do metabolismo destes seres vivos e de extratos obtidos destes organismos vivos ou mortos."

O que fazer após a captura de um patrimônio genético:
? Perfumes
? bases para medicamentos
? Produtos para a indústria farmacêutica
? Produtos de beleza
? Alimentos
A Amazônia é um dos principais alvos de piratas ambientais do mundo todo.
O Pantanal sofre com uma grande perda a cada dia. Sua variedade é grande também, pois possui em seu território 3 regiões distintas (amazônica, cerrado e Chaco,parte paraguaia) o que dá ao pantanal um caráter de grande biodiversidade.
a Mata Atlântica e a Caatinga, embora estejam com uma área reduzida também estão na mira de piratas.
Não somente o indivíduo capturado fará falta ao ambiente mas, também, os descendentes que ele deixará de ter. Assim, pode-se perceber o tamanho do impacto que a retirada de animais causa ao meio ambiente. Outro detalhe, muitas vezes esquecido, é que o impacto não se restringe à extinção da espécie capturada. Na natureza as espécies estão interligadas no que chamamos de teia alimentar, ou seja, os animais comem e são comidos por outros animais além de, também, se alimentarem de plantas, realizarem a polinização das mesmas e, muitas vezes, dispersarem suas sementes.
Se retirada do ambiente uma espécie que dispersa a semente de determinada árvore é provável que esta árvore não mais consiga se reproduzir e, se suas folhas servem de alimento para determinado tipo de inseto, dentro de alguns anos este também poderá se extinguir. Este inseto podia ser o principal alimento de determinado pássaro que agora também será afetado pela retirada daquela primeira espécie que não possuía uma relação direta com ele. Estas são as implicações do tráfico na teia ecológica e muitas vezes pode afetar espécies que, a princípio se imaginaria não ter nenhuma relação com a espécie traficada. Outra causa importante que leva espécies à extinção é a introdução de espécies exóticas, ou seja, aquelas que são levadas para além dos limites de sua área de ocorrência original. Estas espécies, por suas vantagens competitivas e favorecidas pela ausência de predadores e pela degradação dos ambientes naturais, dominam os nichos ocupados pelas espécies nativas. Com o aumento do comércio internacional, muitas vezes indivíduos são translocados para áreas onde não encontram predadores naturais, ou ainda são mais eficientes que as espécies nativas no uso dos recursos. Dessa forma, multiplicam-se rapidamente, ocasionando o empobrecimento dos ambientes, a simplificação dos ecossistemas e a extinção de espécies nativas.
Quando se retira um exemplar da natureza, é como se quebrássemos ou, ao menos, enfraquecêssemos o elo de uma corrente. Lógico que somente um exemplar não faria falta mas, não apenas um e sim, centenas, milhares de animais e vegetais são retirados por ano de nossas matas. Em vários lugares do país, em especial na Amazônia, pesquisadores estrangeiros desembarcam com vistos de turista, entram na floresta, infiltrando-se em comunidades tradicionais ou em áreas indígenas. Tomam assim conhecimento de diferentes espécies vegetais ou animais, coletam exemplares e descobrem, com o auxílio dos povos habitantes da floresta, seus usos a aplicações para as indústrias de remédios ou de cosméticos. Após obterem informações valiosas, voltam para seus países contrabandeando as espécies e os conhecimentos das populações nativas para isolarem os princípios ativos.
A biodiversidade passa de um bem comum local para uma propriedade privada. Torna-se negócio de multinacionais, com patentes que protegem e legalizam o roubo, a apropriação indevida.
"Cada indivíduo capturado faz falta ao ambiente e também os descendentes que ele deixa de ter."
Ainda existe uma grande dificuldade quanto ao controle da biopirataria em geral por parte das autoridades devido ao fato de que a conscientização dos compradores não é abordada de forma específica através de um trabalho perseverante utilizado pela mídia, que hoje é sem dúvida o maior meio de se alcançar a percepção real dos fatos procedentes no país e no mundo. Através da tecnologia pode-se levar as mais diversas informações nesse sentido, o que não está sendo feito, á menos que se comemore o dia internacional da água, ou faça-se um apelo pela paz, entre outros comerciais de tv.O que quero esclarescer é que quanto maior o uso desses meios em favor dessa mudança melhores serão os resultados, somados é claro a educação ambiental desenvolvida nas escolas, centros comunitários,regiões rurais,colônias de pesca,onde possam ser expostas idéias e imagens do que acontece realmente com a fauna e a flora quando são removidas de seu ambiente de origem.
Acredito que atitudes como essas de traçar metas,encorajar o boicote á compra e venda das espécies, introduzir á comunidade em geral uma realidade extremamente chocante do que acontece com a natureza podem judar bastante .
"Somente a conscientização da população poderá desestimular este comércio ilegal e proteger o direito à vida e liberdade dos animais."
È preciso que todas as pessoas reconheçam a utilização de bens retirados da natureza como sendo crime, não apenas como uma leve infração de consciência.
Esse é um trabalho difícil, que exige a permanência da persistência e da coragem de enfrentar novos desafios, por isso a responsabilidade de se priorizar a fiscalização de uma maneira complexa, utilizando meios diversos de cercar os infratores obtendo o auxílio da população em geral, a fim de que possamos obter resultados positivos á cada nova tentativa.







Vejamos algumas situações relacionadas de http://www.ibama.gov.br/fauna/trafico/procedimentos.htm .


Todos estes pássaros foram apreendidos de um caminhão fechado que saiu da Bahia e se dirigia para São Paulo. Dos 749 apreendidos, mais de 400 morreram devido ao transporte sem água e comida. Este é o tráfico que você não vê. Esta é a real face do tráfico de animais silvestres.

O dedo do pássaro foi quebrado pelo passarinheiro que tentou anilhar o animal adulto. Este procedimento é realizado buscando burlar a fiscalização fazendo parecer que o animal nasceu em cativeiro e foi anilhado quando filhote.

"Importante ressaltar que a fiscalização se dá também nas reservas e parques a fim de proteger a flora retirada ilegalmente."





Essas são algumas das situações criadas pelo mau uso do patrimônio natural do meio ambiente.
A maioria não chega ao destino traçado pelo traficante devido ás más condições de transporte, alimentação e espaço físico.







Animais retirados de seus ninhos muitas vezes não conseguem se adaptar ao cativeiro.




Autor: Débora Machado Coelho


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