Mudanças Economicas no ABC Paulista



No ABC nasceu o sindicalismo combativo, que integrou-se a esse processo e foi responsável pelos bons salários que a indústria ainda paga a uma parte de seus empregados, principalmente os que obtiveram qualificação profissional financiada pelo próprio modelo fordista. Aposentadorias, pensões ou capitais disponíveis decorrentes de demissões permitiram a parcelas do contingente populacional da Região abrirem negócios próprios.
Estes dados, no referencial brasileiro, podem ser considerados invejáveis. Porém, apesar deles, mesmo considerando os sinais animadores na economia regional nos últimos meses, bolsões de pobreza e de baixos índices de qualidade de vida podem-se observar no ABC paulista, gerados, principalmente, por grandes fluxos migratórios, descontrolados, associados a períodos de flagrante aumento no número dos desempregados.
Em geral, o desempregado da Região, excetuando-se os antes referidos, que criaram negócios próprios, diferentemente de outras localidades no país, espera conquistar um novo emprego, um trabalho de "carteira assinada", ao invés de lançar-se ao micro ou pequeno empreendedorismo.
Generalizando, há, indiscutivelmente, problemas sociais que demandam solução, mesmo porque a inclusão e a ascensão sociais são imprescindíveis e característico básico do verdadeiro desenvolvimento.
O crescimento econômico tem que ser entendido apenas como um meio, aliás muito relevante, para se atingirem os reais propósitos de uma boa gestão regional, quais sejam, mudanças sociais positivas, saltos de qualidade em todos os setores que identificam o padrão médio da qualidade de vida da população.
A infra-estrutura regional, embora em constante processo de evolução, ainda deixa a desejar, relativamente a um patamar ideal. O cenário concernente a segurança, saúde, educação, cultura e transportes, dentre outros setores, necessita e pode ser melhorado.
As zonas urbanizadas dos municípios estão "conurbadas", ou seja, praticamente todas ligadas entre si. Da mesma forma, áreas a serem preservadas, para proteção a mananciais de água e manutenção da flora e da fauna, estendem-se continuamente, não se restringindo a limites intermunicipais.
Assim, grande parte dos problemas mencionados atingem, simultaneamente, diferentes cidades, o que levou suas prefeituras a se associarem, desde dezembro de 1990, para equacionar, discutir e adotar medidas em conjunto, através do Consórcio Intermunicipal das Bacias do Alto Tamanduateí e Billings, ou, como é mais conhecido, Consórcio Intermunicipal Grande ABC.

Autor: Adriel Batista Dos Santos


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