A QUESTÃO DO ABORTO RESPONDIDA SOB O PRISMA ESPIRITUAL.



A QUESTÃO DO ABORTO RESPONDIDA SOB O PRISMA ESPIRITUAL.

"Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa. Porventura diria Ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?" (Números 23:19).

"Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade" (João 4:24).

"*E criou Deus o homem à sua imagem e semelhança; à imagem de Deus o homem a e mulher foram criados" (Gênesis 1:27).

Pergunta ? Considerando que tudo, absolutamente tudo se origina em Deus, um indivíduo que vai renascer ou reencarnar pode escolher como missão ser abortado?

Resposta ? Não. Como missão, não. Quando uma pessoa de alguma maneira em outras vivências fez ou incentivou a prática do aborto, está sujeita pela Lei de Causa e Efeito, a receber como conseqüência do seu ato ser abortada também. Isso pode ocorrer, é um risco do qual o Espírito* tem consciência. Mais não é uma missão, ele não é obrigado a ser abortado e nem optou por ser abortado. Veja que livre-arbítrio e determinismo coexistem, e por estar envolvida com a prática do aborto em existências passadas, a pessoa estará sujeito a sofrer o abortamento. Mas aí entra o livre-arbítrio. O pai e a mãe podem decidir por não praticar o aborto. Então esse Espírito* irá viver a sua prova em outras circunstâncias.

Pergunta ? Como são vistos pela espiritualidade superior o médico e todo profissional da saúde que promove e pratica o aborto?

Resposta ? O aborto é um desrespeito a Lei da Vida. O médico tem de ser um servidor da Vida, o profissional da área da saúde igualmente tem de ser um servidor da Vida. Portanto ao contribuir para pôr termo à continuidade da existência de alguém, evidentemente esse "profissional" ? e neste caso não podemos restringir o termo àquele ou àquela que é um bom profissional. É preciso incluir aí o sentido apostolar, porque o médico é um missionário, é um sacerdote a serviço da Vida ? vai desencadear em si mesmo um sentimento de culpa, porque foi preparado ao longo de toda a sua escolaridade, e antes mesmo disso, também na espiritualidade, para cooperar pela defesa da vida. Esse é o seu trabalho: a defesa da Vida.

No momento que entra noutro terreno, que passa a interromper a Vida, evidentemente saiu do seu eixo, perdeu a própria identidade, deixou de ter a utilidade devida para a qual esse "profissional" foi preparado. É óbvio que isso traz conseqüências psicológicas, conseqüências emocionais e conseqüências espirituais, porque a pessoa foi solidária na interrupção da Vida, colocar fim a Vida de alguém. Assim a Lei de Causa e Efeito, Lei de Deus, funcionará; ou seja, a pessoa receberá na justa medida o impacto de ter impedido uma Vida de prosseguir.

Pergunta ? Uma mulher que não tem conhecimento das Leis Espirituais também é julgada por cometer um aborto?

Resposta ? O julgamento é sempre feito antes de tudo pela nossa própria consciência, a nossa consciência é que vai avaliar se realmente nós tínhamos ou não o real conhecimento; porque o conhecimento tem de ser avaliado na sua real significação. E qual o conhecimento? É o conhecimento das conseqüências da infringência da Lei, seja ela dos códigos humanos, seja ela da Constituição Divina.

Agora, se eu não tenho o conhecimento? Então aí, sim, podemos dizer que a pessoa, desconhecendo a Lei, poderia incorrer num aborto e, portanto, ser relativa a sua responsabilidade. Mas ainda assim estará sujeita a reeducação, pois ninguém pode provocar o aborto alegando desconhecimento.

Há outro aspecto. Eu posso não saber das conseqüências diretas por ação e reação; mas por AMOR ? e o AMOR é base da Legislação de Deus ? eu posso defender a Vida. Todo mundo sabe (até mesmo os facínoras) que o AMOR existe e é real, mas mesmo assim se envolve na questão do aborto, é tão responsável quanto qualquer outra pessoa. A responsabilidade na justa medida sempre recai sobre aquele ou aquela que corrompe o Mandamento do AMOR.

Pergunta ? A mulher que sofre a violência sexual e acaba engravidando, tem direito de abortar?

Resposta ? O Código Penal Brasileiro diz que sim, mas a iniciativa de aceitá-lo ou não cabe sempre a mulher que sofreu o ato considerado violento. A lei humana é promulgada obedecendo a interesses de grupos específicos, a mais das vezes dissociados do interesse público da população. Há leis injustas por toda parte, em todo o mundo, e de igual modo em conflito com as Leis de Deus.

Você observa que escravizar seres humanos já foi lei aprovada e sancionada, e nunca um princípio Divino. O racismo nos Estados Unidos e na África do Sul, por exemplo, era lei; os negros não podiam usufruir os mesmos direitos e prerrogativas dos brancos. Ora, o Pai Celestial nunca aprovou isso, Ele não faz acepção de pessoa.

"(...) Pois o Senhor vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e justo, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas; Que faz justiça ao órfão e à viúva, e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e roupa também" (Deuteronômio 10: 17).

Portanto nem tudo o que as Constituições e Códigos dos diversos países do mundo sancionam como legal, é moralmente correto, ou está afinada com a Moral e a Legislação de Deus.

Se olharmos o estupro, a gravidez, e o próprio aborto apenas do ponto de vista material ? sem analisarmos as vidas anteriores de cada pessoa envolvida, sem pensarmos nas conseqüências espirituais que vem após ?, o abortamento em razão de violência contra a mulher seria uma prática natural, porque não haveria conseqüências para a pessoa ofendida, não haveria razão de passado, não haveria nenhum antecedente ou efeito que se passou, não seria fruto de responsabilidades passadas, e também não teria conseqüências futuras.

Agora, para quem tem uma visão iluminada pelo conhecimento e pela vivência das leis divinas, ou seja, que concebe e entende que o Espírito* não foi criado no momento da concepção humana, sabe que a mãe e as pessoas que estão envolvidas nesse caso de estupro, e o próprio Espírito da pessoa que reencarnaria como um bebê, todos terão um futuro, e prestarão contas ao tribunal da própria consciência; é ele que julgará qual sanção ajudará na remissão do agressor e na reabilitação do agredido. Portanto sempre há conseqüências futuras, há responsabilizações compartilhadas entre os envolvidos, há uma Justiça Divina anterior a justiça humana, que funciona automaticamente em todo o Cosmos.

Quem já alcançou essa perspectiva de elevada consciência moral, não tem como ser conivente ou estar de acordo com qualquer texto que apóie o aborto ou sua legitimação. O que as populações de todo o mundo precisam é de um serviço eficaz de prevenção a saúde da mulher e do homem também. Melhorada em qualidade e acessibilidade a saúde pública, ninguém mais será forçado a prática infeliz do aborto.

Por mais justo que se apresente ao olhar da opinião pública qualquer manifestação que instigue a pessoa a trabalhar para a morte do seu próximo, em busca de "conforto pessoal" ou para descarte de "um peso" às suas pretensões de gozo imediato ou futuro, o aborto, o suicídio, o homicídio ou qualquer outra forma de pôr termo a Vida sempre é um ato infeliz de seriíssimas conseqüências para quem o pratica.

Pergunta ? A chamada pílula do dia seguinte é considerada pela Lei de Deus um método abortivo?

Resposta ? Observamos que os cientistas, mesmo aqueles que estão trabalhando com a orientação Espiritual Superior, não terem chegado ainda a uma conclusão, porque o método ainda não foi de todo compreendido. Há uma ala de pesquisadores que entende que a "pílula do dia seguinte" como método provoca o apressamento da menstruação. E se a mulher foi fecundada e concebeu, não haverá efeito; ou seja, a pílula não tem poder de abortar. Há uma outra ala de pesquisadores que acredita que com a "pílula do dia seguinte" pode sim provocar o aborto. Diante disso é preciso aguardar a palavra final da ciência e da Espiritualidade Superior com relação a este método.

Interessante observar que o criador da "pílula do dia seguinte", em entrevista certa vez declarou, respondendo a pergunta: "Quando a vida começa?" e ele disse: "A vida não começa; a vida continua."

Pergunta ? Como é recebida no Mundo Espiritual a mulher que falece em decorrência do aborto?

Resposta ? A gente sempre encontra perguntas como essa, de como uma pessoa que teve na vida material algum tipo de comportamento que fere a Lei de Deus, é recebida no Plano Espiritual? E é sempre importante destacarmos que para Deus, para Jesus Cristo, e para o Espírito Santo há sempre o sentido do apoio e de acolhimento visando oportunizar a recuperação da criatura. Sabemos também que somos aquilo que pensamos, e a criatura que se comprometeu com um ato de violência, ela acaba sendo afetada por esse ato de violência.

Veja que nós não estamos falando aqui de uma fatalidade, dizendo, por exemplo, que a mulher que comeu um aborto, fatalmente está condenada pelos séculos dos séculos, amém. Não, não é isso.

De fato há casos de pessoas que limpam sua biografia espiritual como grandes defensoras da Vida, depois de concluírem que foi um erro promover ou praticar abortos. Se conscientizaram, mudaram seu ponto de vista, trabalharam resolutas em favor da Vida e, obviamente acabaram por superar, por sublimar aquele ato de violência outrora cometido.

Agora vamos adotar uma outra reflexão à pergunta que é feita. A pessoa não sublimou essa violência, repete o mesmo ato, está conivente com o erro, não aceita o benefício que o tempo lhe dá do arrependimento e da correção sincera. Ora, evidentemente isso traz ao Espírito* da criatura o peso de uma responsabilidade, de uma culpa que não cessa senão pela reeducação do Ser, recapitulando todos os passos antes infelizes. Não raro, quando pessoas impedem o renascimento de um Espírito* como bebê, esse Espírito* toma-se de uma profunda revolta e, muitas vezes acontece daqueles que seriam seus pais serem recebidos no Mundo Espiritual com uma truculência tremenda por parte daquele que seria seu filho ou filha; rancores e ódios provocados por sentimentos negativos dos pais. Então neste caso haverá sim um processo difícil para aquele que não muda, para aquele que ainda persevera no erro, para aquele que mesmo diante da Verdade (de Deus) diz que repetiria o mesmo ato se tivesse que passar pela mesma situação. E isso é um ato de violência, é lamentável.

Pergunta ? Quando há um estupro e a mulher descobre que está grávida, geralmente surge um sentimento de rejeição muito forte. Então quando há essa rejeição e a mulher provoca um aborto natural, mesmo com o apoio de entes próximos e da sociedade, quais as conseqüências diante da Lei de Deus: são as mesmas de um aborto provocado?

Resposta ? A responsabilidade nunca deve ser atribuída unicamente a mulher. É covardia lançar sob os ombros de uma mulher prática que não é só dela. Nenhuma mulher engravida sem que um homem contribua para isso, seja pelo relacionamento sexual direto, ou pela medicina especializada na reprodução humana.

Muitas vezes esta rejeição advém de um confronto; não só com relação ao estuprador, mais com relação ao próprio Espírito* do bebê que está sendo concebido; e psicologicamente a mulher rejeita o feto.

Talvez tenhamos que considerar aí que não houve conscientemente, neste plano físico, humano, material, uma intenção manifesta da mulher, ou uma materialização do ato de provocar a expulsão deste pequenino Ser que estava sendo gerado.

Veja que a Lei de Deus sempre promove o Ser, nunca se manifesta como uma forma de castigo. Deus é Pai, não carrasco. Em tudo aquilo que a Lei puder beneficiar a criatura, assim age, leva em consideração.

No entanto, há também aí uma responsabilidade mesmo nesse caso ? a responsabilidade sempre recai de modo infalível sobre aquele(s) ou aquela(s) criatura(s) que a assumem.

Pergunta ? Você considera verdadeira aquela máxima que diz: "A voz do povo é a voz de Deus"?

Resposta ? Nem sempre. Se uma população não está realmente em sintonia com Deus, seus sentidos ficam vulneráveis ao cântico envenenado de interesses criminosos, e acaba sendo arrastada ao erro. Quando um povo abre sua consciência para os Mandamentos Divinos, ilumina sua própria essência, e assim manifesta a voz de Deus. Independente do continente que se tenha nascido e vivido, menosprezar a Palavra de Deus é colocar-se à mercê de interesses menos dignos que destoam do Bem e da Justiça.

Em tudo isso há uma questão pontual: não temos o direito de pôr fim à vida. Este é um dos fundamentos da Lei de Deus: a defesa da Vida.

Independente dos lobbies que se faça para a legitimação do aborto é fundamental que a população esclarecida tome uma posição: é uma questão de saúde pública legitimar um socorro eficaz e de qualidade para as pessoas que clamam por viver sob a proteção de Deus. Pode até virar lei, permitir que a mulher faça abortos, mas que não vai pegar, ninguém vai fazer, cairá no vazio, desaparecerá.

Afinal, quem está obrigando a pessoa, cônscia dos seus deveres espirituais, a abortar? Ninguém, nem mesmo as leis humanas. Há tantas leis no Brasil que não pegam. Então por que aceitarmos essa também? Podem colocar no papel dizendo o que quiserem, mas o povo de consciência esclarecida é livre para não praticar o mal, agir somente no Bem.

Se os brasileiros e as brasileiras ? assim como qualquer povo, de qualquer nação ? desejam ser a voz de Deus, convém lembrar que Deus é Vida e para a Vida nos criou.

As perguntas foram formuladas por internautas interessados em entender a questão da vida após a vida, e do aborto sob o prisma Espiritual Superior. As respostas foram dadas exatamente sob esse mesmo prisma, da espiritualidade superior.

CONTINUA.
Autor: Gelson Dos Santos


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