HPV ? PAPILOMAVÍRUS HUMANO



HPV ? PAPILOMAVÍRUS HUMANO

ARLINDINA GUIMARÃES¹
EUNI DE OLIVEIRA CAVALCANTI¹
JOICE ALINE FOLLMANN¹
MAIANE MARTINS¹
MARIA APARECIDA FERNANDES MONTEIRO¹
MARIA PARANAGUÁ¹
SARA FIGUEIREDO¹
LEANDRO DOBRANCHINSKI²

RESUMO
O HPV é uma doença sexualmente transmissível, em que nós profissionais da saúde temos uma preocupação de orientar a população, para que com isso a porcentagem da doença diminua significativamente. Sendo que a transmissão pode ocorrer do contato de pessoa a pessoa e ocasionar se não tratada após 10 anos um câncer de colo de útero. O período de incubação pode levar semanas, o que é unicamente na forma clínica da infecção que é o condiloma. Não tem o período exato entre o intervalo mínimo entre a contaminação e a detecção de DNA viral ou o começo da lesão subclínica. As manifestações clínicas do HPV são divididas em forma Clínica, Subclínica e latente. A infecção clínica pelo HPV caracteriza-se por lesões aparentes, vegetativas, vascularizadas, sésseis e com múltiplasprojeções papilares, denominadas condilomas acuminados ou verrugas genitais. Vulgarmente são conhecidos como "crista de galo". Ocorrem, mais comumente, em pacientes jovens, entre 16 e 25 anos, e estão localizados em regiões úmidas, como o vestíbulo e a pele vulvar na mulher. Os tratamentos das verrugas podem diminuir ou não a sua capacidade de infecção, se não tratados os condilomas podem desaparecer, ser inalterados, ou evoluir em tamanho e quantidade e que futuramente pode desenvolver um câncer de colo de útero.
PALAVRAS ? CHAVE: Infecção, Transmissão, Vírus, Tratamento, Manifestações.

HPV - HUMAN PAPILLOMAVIRUS

ABSTRACT
HPV is a sexually transmitted disease, in which we health professionals have a need to orient the population, so that therefore the percentage of disease decreases significantly. Since transmission can occur from contact from person to person and cause if not treated 10 years after a cancer of the cervix. The incubation period can take weeks, which is only in clinical infection is condyloma. You do not have the exact period between the minimum interval between contamination and detection of viral DNA or the beginning of subclinical lesions. Clinical manifestations of HPV are divided into so clinical, subclinical and latent. The clinical HPV infection is characterized by visible lesions, vegetative vascularized, and with sessile papillary múltiplasprojeções, called condylomata acuminata or genital warts. Commonly are known as "cockscomb". They occur most commonly in young patients, between 16 and 25 years, and are located in humid regions such as the vestibule and vulvar skin in women. The treatment of warts may decrease or not the capacity of infection if not treated the warts can disappear, be unchanged or evolve in size and quantity and that the future may develop a cancer of the cervix.
KEY - WORDS: Infection, Transmission, Virus, Treatment Demonstrations.

INTRODUÇÃO
O HPV é um dos vírus que mais atinge a população feminina, sendo um dos causadores do câncer do colo de útero ocasionando assim um elevado número de pacientes imunodeprimidos. A infecção se dá através de microtraumas no epitélio. A sua transmissão é preferencialmente sexual, sendo que o vírus penetra nas mucosas perianais, e intra - anal, ou seja, considerando assim uma Doença Sexualmente Transmissível (DST), também pode ter a contaminação pelo meio de superfícies contaminadas com o vírus, pois o vírus é resistente à água. Além de câncer do útero, também podemos notar cânceres de ânus, pênis, vagina e vulva. Lembrando que o diagnostico e através de exames das lesões, exame de imagem de alta resolução do trato anogenital.

REFERENCIAL TEÓRICO

O HPV ou papilomavírus é um vírus DNA não ? envelopado, pertencente à família do Papovaviridae, se baseia em uma sequência de DNA, tem uma classificação de mais de 100 tipos (ABBAS;FAUSTO; KUMAR,2005).
Segundo Abbas, Fausto e Kumar (2005 pg 387): "o vírus do papiloma infectam inicialmente as células basais no epitélio, mas há uma expressão limitada dos genes desta célula".
O papilomavírus pode induzir tumores epiteliais e fibroepiteliais em seus hospedeiros naturais, também apresentam um tropismo específico em células epiteliais escamosas. As lesões acarretadas por este vírus contêm características histológicas como infecções cutâneas queratinizadas ? no qual ocorre um aumento da epiderme, com presença de papilomatose; Grânulos de queratohialina - que são dominantes na camada do epitélio queratinizado e predominante nas inclusões basofílicas intranucleares detectados na camada superior da epiderme (ROSENBLATT, 2009).
A infecção do papilomavírus acontece pelo meio de microtraumas ocorridos no epitélio, no qual expõe às células basais a entrada do vírus. Quando o DNA viral entra na célula do hospedeiro assume formas como epissomal e integrado. Na epissomal, o DNA viral penetra na célula e fica no núcleo, mas não se liga no DNA da célula hospedeira, isso acontecerá somente na forma integrado (FOCACCIA; VERONESI, 2005).
A sua transmissão é preferencialmente sexual, onde o vírus penetra nas mucosas perianais, e intra - anal, por este motivo consideramos o HPV como uma Doença Sexualmente Transmissível (DST), também podemos ter a contaminação pelo meio de superfícies contaminadas com o vírus, pois o vírus é resistente à água. Os condilomas genitais externos têm a capacidade de serem adquiridos por auto ou heteroinoculação de vírions do HPV das verrugas comuns que estão na pele, além das verrugas genitais e dos partos, no qual o feto entra em contato com o trato genital da mãe, ou até mesmo no anteparto através da placenta (FOCACCIA; VERONESI, 2005).
O período de incubação pode levar semanas, o que é unicamente na forma clínica da infecção que é o condiloma. Não tem o período exato entre o intervalo mínimo entre a contaminação e a detecção de DNA viral ou o começo da lesão subclínica. Não podemos deixar de lembrar que há possibilidade do vírus permanecer em estado latente por longos períodos sem nenhuma manifestação, no qual é dificílimo estabelecer o período provável da contaminação (ROSENBLATT, 2009).
As verrugas anogenitais são geralmente assintomáticas, podendo ser seguidas de prurido, ardência e umidade. Podem ser múltiplas e coalescentes, aspecto queratinizado, pigmentado ou não. Ocorre disseminação rapidamente, onde estende ao clitóris e monte de Vênus, além de regiões perineal, perianal e canal anal. Nos homens, pode observar quadro de balanospotite arrastados ou de repetição, mas não esquecendo que devemos examinar também a fossa navicular que pode estar entreaberta com digitopressão ou com o uso de espéculo infantil e sempre inspecionar a área perianal mesmos em pacientes homens heterossexuais (FOCACCIA; VERONESI, 2005).
As manifestações clínicas do HPV são divididas em forma Clínica, Subclínica e latente. A forma Clínica é o condiloma acuminado no qual se manifesta como lesão verrucosa, com superfície granulosa, pode ser múltipla, da cor da pele, eritematosa ou hiperpigmentada, as lesões grandes têm uma aparência de "couve-flor" e os menores com aparência de pápula, placa ou ainda filiformes. No homem, os locais mais acometidos são na glande, frênulo, corona e prepúcio já nas mulheres, na parte posterior do intróito vaginal, lábio menor, clitóris e lábio maior, no qual são áreas mais susceptíveis a microtraumas durante o ato sexual. Podem ser evidenciadas ainda lesões no meato uretral e na região perianal. Nas lesões uretrais, pode ocorrer prurido, queimação, sangramento e obstrução. Já na forma Subclínica temos lesões ligeiramente elevadas, com borda irregular, acetobrancas, com superfície áspera, puntiformes ou em modelo de mosaico, nomeadas de condiloma plano. Nesta forma de infecção, o HPV produz um condiloma clássico evidente, em que se caracteriza por áreas longas de hiperplasia epitelial não-papilífera. Apesar das diferenças entre o condiloma e esta forma da infecção, as duas têm características pelo desenvolvimento da camada germinativa basal. A forma latente representa a fase durante o período de incubação do vírus, que pode se distender vagamente, assim como a fase final da regressão da lesão (ROSENBLATT, 2009).
A presença de HPV não é suficiente para produzir uma carcinogênese genital, mas é um fator significante, outros fatores são importantes como, HPV de alto risco, idade que pode ser evidenciada após o inicio da vida sexual que fica em torno dos 18 a 28 anos, carga viral alta, infecção persistente, imunossupressão, tabagismo, gravidez em que terá uma maior replicação do vírus e o número de cópias do mesmo no colo do útero também será maior, DSTs e além de fatores genéticos, que impedem a eliminação do vírus pelo sistema imunológico. Embora a maioria das neoplasias do colo do útero contenha DNA do HPV, apenas uma pequena parte de mulheres infectadas apresenta risco de ter um câncer. Além de câncer do útero, também podemos notar cânceres de ânus, pênis, vagina e vulva. O HPV pode ser um fator para causar cânceres pelo fato de codificar proteínas maiores, no qual promove o processo maligno (FOCACCIA; VERONESI, 2005).
Podemos diagnosticar o HPV através de exames das lesões, que no qual é fundamentado pela identificação de alterações celulares que são típicas da replicação do vírus e abrange a citologia oncológica, exame clínico, exame de imagem de alta resolução do trato anogenital, histológico e, para a identificação do vírus e a carga viral é utilizado à biologia molecular. Colposcopia, Vulvocospia, Peniscopia e Anuscopia de alta resolução são todos exames de métodos de imagem utilizados para analisar as variações fisiológicas ou patológicas da mucosa e do tecido conjuntivo do trato anogenital por meio de lentes de aumento que é o coloscópio, e com aplicação de corantes específicos. È um utensílio importante para o estudo topográfico, diagnostico e tratamento das lesões malignas e pré ? malignas. Podemos comprovar o resultado empregando outros testes como, por detecção direta do DNA do HPV, em que incluem hibridização Southerm Blot, hibridização dot slot blot e hibridização in situ do DNA do HPV. O exame ELISA também pode ser utilizado, pois o mesmo é muito sensível (FOCACCIA; VERONESI, 2005).
A Neoplasia Intra ? Epitelial da Vulva e Pênis são lesões perianais largas que se alastram lateralmente, divididas em NIV indiferenciada e NIV diferenciada. A NIV indiferenciada (Clássica / Papulose Bowenóide ) ? HPV Positiva é na maioria das vezes pertinente em mulheres jovens, está associada ao HPV de alto risco, faz parte de uma síndrome de alterações epiteliais multifocais do trato anogenital, repetidamente multifocal e multicêntrica. A NIV diferenciada (Doença de Boqen, Carcinoma Simplex) HPV Negativa é rara tem uma agregação com carcinoma queratinizante, é característica da idade avançada e não esta associada ao HPV. O local mais acometido é nas regiões com pêlos. Nos homens a neoplasia intra ? epitelial peniana tem a capacidade de assumir formas morfológicas, como placas eritematosas largas, máculas eritematosas brilhantes limitadas à glande peniana, sulco coronal e pápulas pigmentadas. Um dos sintomas mais comum e o prurido e queimação vulvar, dispareunia superficial, verrugas, leucorréias, sensação de inchaço vulvar e descoloração da pele. Sua aparência pode variar, com lesões esbranquiçadas, avermelhadas ou pigmentadas, maculares ou papulares, em relevo ou plana. O se diagnostico é difícil, pois tem portadores assintomáticos, mas também podem ser evidenciado por exames de rotina, rastreamento de DST ou até mesmo durante investigação de citologia anormal da mulher, mas o diagnostico final solicita confirmação histológica (FOCACCIA; VERONESI, 2005).
Neoplasia Intra ? Epitelial Vaginal (NIVA) ocorre na cúpula vaginal, que no qual é de difícil a localização e acesso. O NIC de Baixo Grau é mais ocorrido em mulheres jovens, logo após o inicio da vida sexual que regride espontaneamente em dois a três anos, mas deve ser seguir o tratamento, pois o NIC de Alto Grau pode estar mascarado, em que o mesmo tem a maior incidência em mulheres portadoras de HIV, tem o envolvimento do canal (FOCACCIA; VERONESI, 2005).
O uso de preservativo é aconselhado, especialmente na presença de lesões clínicas, avaliadas altamente infectantes. As lesões subclíncas são consideradas pouco infectantes e o uso do preservativo é questionável, mas somente quando houver um parceiro sexual. É hoje em dia acredita ? se que a infecção latente não e transmissível (FOCACCIA; VERONESI, 2005).
Então é fundamental conservar a confiança e a vida sexual com parceiro, pois e imprescindível no seu tratamento e consequentemente em sua recuperação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que este artigo demonstra que o HPV se não tratado adequadamente pode ter consequências sérias, e ressaltando as manifestações e a sua principal causa, em vista que muitas pessoas não têm o conhecimento a cerca da patologia. E diante disto a prevenção é necessária e essencial para uma vida sexual saudável.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABBAS; FAUSTO; KUMAR. Robbins e Cotran, Bases Patológicas, 7º edição, editora Elsevier LTDA, Rio de Janeiro, 2005
FOCACCIA; VERONESI. Tratado de infectologia. 3º Ed. Editora Científico. Editora Atheneu. 2005
ROSENBLATT, Charles. Patogênese e a Importância do Homem como Transmissor. Disponível em: http://www.hpvinfo.com.br/hpv-3.htm. Acesso em: 15 de Maio às 09:00, 2009.


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