O Pior Inimigo Está Dentro De Nós



A auto-estima é bastante estudada nos últimos tempos e não é sem razão. Com variação de baixa a alta, ela faz enorme diferença na forma pela qual nos relacionamos com as pessoas, baseados na imagem que fazemos de nós mesmos. Existem alguns fatores que nos leva a ter um autoconceito favorável ou não. É possível compreendê-los a partir de algumas experiências de vida. Um exemplo é o jeito como a criança é tratada na sua infância. Com desprezo ou arrogância, estimula-se o desenvolvimento de uma auto-imagem de inferioridade. Por outro lado, quando há valorização e justiça, é possível formar um bom autoconceito. Posteriormente, cada uma destas manifestações leva o adulto a se comportar de um jeito ou de outro nas relações amorosas, profissionais etc.

O que deve ser considerado a partir desta compreensão é que a auto-estima está dentro de cada um, e não fora, na visão alheia. Conforme o autoconceito aceitamos ou não as impressões que as pessoas têm a nosso respeito. Podemos ser chamados de inteligentes ou simpáticos, porém, dificilmente fará sentido em nosso íntimo, se já tivermos formado uma imagem contrária. Há distorção entre o que cremos e o que mundo diz a nosso respeito. Já passou por isso?

É ai que mora o perigo, convivemos com um inimigo: o autoconceito desfavorável. Ele pode dificultar o nosso progresso por causa do medo de errar e sofrer com a humilhação causada pelas experiências de fracasso ou pela falta delas. É ruim, e assim deixamos de fazer muitas coisas por causa da insegurança. Tentamos pouco e não persistimos. Perdemos a chance de avançar e conseguir. Às vezes, a crença limitadora é tão enraizada, que depositamos os nossos sonhos nas mãos dos outros, impedindo-nos de tomar atitudes que dependem exclusivamente de nós. Ficamos a disposição da sorte pela acomodação. O pior inimigo está dentro de nós.

Porém, tranqüilize-se, mudar é possível. O fato é que dá trabalho. Pensar, superar, crescer e desenvolver gasta energia. Puxa, por quê então investimos tão pouco nesta mudança importante? A resposta está no ganho existente por trás deste tipo de comportamento limitador. Trata-se da lei do menor esforço. Menos trabalho, menor gasto de energia. Parece valer a pena, mas cuidado! O custo não compensa.

É penoso modificar a si próprio e evoluir e, por tal razão, a crença na própria incapacidade causa a falsa sensação de que não podemos e, portanto, nem vale a pena empreender. A questão é que agimos assim sem ter consciência. Se a gente soubesse mesmo, ficaria incomodado e, quem sabe, mudaria a situação. Quem não gostaria de tomar conhecimento sobre a armadilha que é construída por si próprio? Mas, além de saber a respeito é preciso querer. Alguns estudiosos da psicologia definiram a vontade como uma energia disponível por meio dos pensamentos e da ação consciente. Ela pode ser uma combinação entre atenção e superação de medos, preguiça ou distração.

Sem conhecimento e vontade permanecemos presos a esta condição e não mudamos o autoconceito, além de dificultar o crescimento. Com o passar do tempo desenvolvemos a sensação de que produzimos pouco e não somos úteis como gostaríamos. Ficamos tristes e mais acomodados. Nos frustramos e permanecemos desmotivados. É um processo que se alimenta dos próprios resultados. Em outras palavras, conforme o fracasso vence pelo medo que temos de tentar, mantemos a crença na incapacidade e nos acomodamos por esta razão. É um círculo vicioso mantido pela falta de conhecimento a seu respeito e da necessária modificação.

Verdade seja dita, se conhecer é essencial, e quanto mais investigamos o processo que desmotiva e nos prende ao círculo vicioso da crença na incompetência, maior se torna a chance de romper com ele. Mãos a obra! Podemos mudar e oferecer consciência no lugar da falta de conhecimento, vontade ao invés de acomodação, e motivação inspiradora em troca da desmotivação que limita. É possível construir uma auto-estima equilibrada e favorecedora de acordo com o adequado autoconceito. Troque dentro de você o inimigo por um amigo e desfrute do amor próprio. Lute a seu favor.
Autor: Armando Correa de Siqueira Neto



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