Despertar
Dezessete anos de sonhos,
Depois veio a ressaca.
Tinha vendas nos olhos
Dormência no espírito,
Olhares oblíquos.
A santa paz da infância prolongada
Via a calma acima das nuvens
E não a lama conquistando as ruas
Nem o rio aumentando a turbulência
Com as pedras mais visíveis.
As quedas mais frequentes
Hoje corro para recuperar o desperdício
Com os olhos bem abertos e a vontade de aprender mais aguçada
Mas as selvas em que penetro
Estão cada vez mais fechadas,
Com árvores enormes e resolutas
Cerrando meu caminho à calma acima das nuvens.
E a noite que se aproxima promete uivos, sussurros e armadilhas
Ivan Henrique Roberto
8 de abril de 1988
Autor: Ivan Henrique
Artigos Relacionados
Nos Sonhos Morrerei Sorrindo
O Jardim
Sentimentos De Uma Fã
O Céu Está Macio
Zarak, O Monstrinho - Prólogo: Ideias: Nenhuma
Nuvens Brancas
Janela Azul