DIABETES; A DOENÇA DO SÉCULO



DIABETES: a doença do século
Elielson Marcos Pastana de Moraes
Gilberto Leonan santo Barbosa
Matuzalém Jordany Chaves de Barros
Resumo

O objetivo deste artigo é proporcionar o maior esclarecimento sobre a diabetes que, por ser, na maioria dos casos, silenciosa, é capaz de levar a óbito o indivíduo. Assim do ponto de vista pesquisa bibliográfica, é de total relevância que busquemos informação a respeito desta, a fim de possibilitar a melhor prevenção e tratamento, uma vez que a diabetes não tenha cura. Para tanto, estudos avançados demonstram um grande avanço em relação à mesma. O diagnóstico precoce é de suma importância, visto que, o agravamento da diabetes torna-se extremamente prejudicial ao paciente. Diante de tais circunstâncias, visam-se a alimentação saudável, com uma dieta balanceada associada à prática de esporte, mantenedores de uma boa qualidade de vida.

Palavras chaves: alimentação, industrialização, sedentarismo, hormônios.

Este artigo faz uma revisão de como a diabetes esta tão incluída da saúde mundial, falando sobre os principais afetados, a prevalência da doença e o impacto das complicações crônicas da mesma; bem como na mortalidade dos pacientes, levando em consideração que os mesmos precisam conviver durante toda a vida com a enfermidade, o que pode trazer como conseqüência outras doenças como, por exemplo, a depressão.
Segue-se a esta introdução, as demais etapas deste artigo, passando pelo advento da insulina e a importância da descoberta desta substância na sobrevida do diabético insulinodependente.
Finalmente para melhor exposição da doença citada, serão descritos os tipos de diabetes, o processo esquemático, os sintomas e o agravamento da doença. Também abordaremos as formas de prevenção e o impacto da diabetes na saúde dos brasileiros.
Falando sobre diabetes:
De acordo com American Diabetes Association a Diabetes é uma disfunção de alguns hormônios do corpo. É uma situação clinica freqüente, acometendo cerca de 7,6% da população adulta entre 30 e 69 anos e 0,3% das gestantes. Alterações da tolerância à glicose são observadas em 12% dos indivíduos adultos e em 7% das grávidas. Cerca de 50% dos portadores de diabetes desconhecem o diagnóstico e cerca de 41 milhões que poderiam ser considerados pré-diabéticos.Tendo vista que, diabetes afeta 12% da população do Brasil (aproximadamente 22 milhões de pessoas) e que está na lista das cinco doenças de maior índice de morte do mundo: a diabetes.
Nos EUA, a diabetes está em terceiro lugar como causa de mortalidade, só perdendo para as doenças cardíacas e as cancerígenas. É o país que tem maior porcentagem de diabéticos por ser a nação com maior porcentagem de pessoas obesas.
Causa e conseqüências
Na maioria das vezes a diabetes esta ligada a obesidade, pois a doença tem como característica a hiperglicemia persistente, que promove alterações drásticas na vida de quem a possui, e uma das alterações drásticas é obesidade. As pessoas afetadas têm que modificar hábitos alimentares e alguns casos aderir a esquemas terapêuticos - restritivos com aplicação de insulina e monitoramento glicêmico diário.
Comumente a diabete é conhecida por seu excesso de glicose (açúcar) no sangue, devido à má formação ou insuficiência de insulina produzida no pâncreas, mais especificamente nas ilhotas de Langehans, cuja mesma é uma célula pancreática, que não apenas produz insulina, como também o glucagon, que também é um hormônio proveniente das ilhotas de Langehans. Como afirma os autores do livro Fisiologia Humana e Mecanismo das Doenças (GUYTON e HALL, 1998).
Com a produção da insulina a redução da concentração de glicose no sangue, ou seja, a hipoglicemia, que é a baixa taxa de açúcar no sangue. Visto que a mesma tem participação fundamental no processo de nutrição celular, isto é, esse hormônio serve como uma "ponte de entrada" da glicose nas células, uma vez que a célula não possui capacidade de retirar essa molécula da corrente sanguínea.
Tendo em vista as informações acima, é importante visar que insulina e o glucagon estão totalmente relacionadas ao processo dessa doença, a diabetes; pois a falta de insulina no sangue e/ou o exagero de glucagon, levam uma taxa elevada de glicose. Portanto a célula não consegue sua principal fonte de energia, o que ocasiona a morte celular. Por conseguinte disto, o local onde há falência celular, entra em colapso, fazendo assim a necrose do tecido e posteriormente a amputação do membro afetado, ou a perda funcional do mesmo, como por exemplo, a cegueira.
Segundo especialistas como GUYTON e HALL, Existem dois tipos de diabetes: o diabetes insípidos e o diabetes mellitus. Que se aproximam muito uma da outra, havendo alguns contrapontos, com suas conseqüências e sintomas. O diabetes insípidos é caracterizado pela alta produção de ADH , com órgão alvo os rins, que por sua vez é responsável pela filtração do sangue para a produção de urina. Tendo em vista isso a DI ocasiona no individuo a diurese, isto é o ato exacerbado de urinar. Para se ter uma noção da gravidade dessa doença, o afetado chega a urinar 20 litros diários, o que pode levar a um quadro de desidratação. Para isso é necessário que o paciente reponha todo liquido perdido na urina, simplesmente hidratando-se com bastante água, sucos, etc.
Guyton & Hall (1998) afirma que o diabetes mellitus é subdividido em três tipos: tipo I (jovem), cuja mesma é a forma mais nociva da doença, onde requer doses diárias de insulina na forma de injetáveis, via oral ou via nasal. O tipo II (adulto), o qual esta inteiramente relacionada com o estilo de vida do individuo e a pré-disposição genética. Em muitos casos a obesidade esta também atrelada à mesma. E por fim o tipo III (gestacional), onde o nível de glicose exagerado da mãe é passado para o feto via cordão umbilical. Ao nascer o RN esta com uma grande quantidade de glicose no sangue, levando a uma marca de um peso de massa corporal acima do padrão natural.
A diabetes, em suma maioria vem associada com outras doenças com a obesidade mórbida, a hipertensão, problemas cardiovasculares e ate mesmo a depressão, pois a pessoa afetada então que viver diariamente com uma doença que ate então não tem cura e isso leva a uma angustia muito grande.
Tratamento e prevenções:
Para saber o diagnóstico da doença, basta fazer regularmente um exame sanguíneo, e o mesmo constará a taxa de glicose no sangue. Por exemplo, se o individuo estiver entre 70-100 ml/dl é considerado normal, entre 100-110 ml/dl é considerado pré-diabético e mais de 120 ml/dl a pessoa encontra-se diabética.
Lembrando que não existe só um tipo de diabetes, mas sim vários, como por exemplo, Diabetes mellitus e Diabetes insípidos. O tratamento deve seguir as especificidades de cada uma das diabetes, com isso levando ao resultado esperado pelo o agente de saúde que ministra o tratamento. Tendo vista que a diabetes é uma doença que não tem cura, mas há tratamentos que se aproximam a este resultado.
Querendo obter como resultado, a manutenção do metabolismo, promover tanto o bem estar físico quanto o psicológico e evitar as complicações crônicas. Com isso, devolvendo a pessoa que desenvolveu a diabetes uma qualidade de vida bem melhor se comparada a pessoas que estão na situação de falta de tratamento.
O diabetes Mellitus subdivide-se em três como já visto e para cada tipo há um tratamento mais adequado de controle da doença.

"A teoria do tratamento do diabetes melito se baseia na administração de insulina suficiente para possibilitar que o metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas fique tão próximo do normal quanto possível. (...) Normalmente, o paciente diabético grave recebe a cada dia uma única dose de uma insulina de ação longa (uma preparação que libera lentamente a insulina); isso aumenta o metabolismo geral dos carboidratos durante todo o dia. Quantidades adicionais de insulina regular (uma preparação de ação curta, durando apenas algumas horas) (...)" (GUYTON & HALL, 1998, p.564)

Já que no caso da diabetes mellitos tipo I o portador da doença não produz insulina ou a produção da mesma é deficiente, compreende-se a aplicação de insulina nos momentos em que o nível sanguíneo de glicose tende a aumentar consideravelmente.
Entende-se que a diabetes do tipo II possui um melhor tratamento e prevenção que é a alimentação balanceada, com acompanhamento de um nutricionista, uma dieta saudável e por fim praticar exercícios regularmente. Porém se os dois métodos mencionados anteriormente não conseguirem controlar a taxa de insulina presente no sangue, cirurgias se fazem necessárias para a manutenção da vida do afetado pela DM. Como por exemplo, a cirurgia bariátrica que promete revolucionar o mundo da medicina em relação à doença, é procedimento adotado pelo médico Áureo Ludovico de Paula , o qual aumenta a probabilidade de "cura" em 95%, informa o hospital Sírio Libanês .
No caso da diabetes tipo III, mais conhecida como gestacional. O tratamento se dá em forma de alimentação, por isso se faz de suma importância diagnosticar prematuramente a diabetes, afirma a Dr. Ellen Simone Paiva , em um endereço eletrônico recomendado para gestantes. Após o parto, geralmente o diabetes desaparece, mas essas as mães que desenvolveram a doença têm grande risco de sofrerem o mesmo transtorno em gestações futuras, e 20 a 40% de chance de se tornarem definitivamente diabéticas nos próximos 10 anos, diz a Mestre em medicina.
Saúde Brasileira
Tendo vista todos os fatos comentados, como esta a saúde dos brasileiros quando o assunto é diabetes?
Devido ao maior aperfeiçoamento tecnológico e a inclusão do mesmo no mercado, a preços acessíveis, com isso o comodismo se faz cada vez mais presentes, por isso que a sair da vida sedentária fica a cada instante mais difícil.
Atualmente vivemos em uma era em que a qualidade de vida está cada vez mais extinta, devida a má alimentação das pessoas, tal fato leva a diversas doenças como, por exemplo, a obesidade mórbida e a diabetes, que afeta grande parte da população brasileira e ate mundial. Empresas como o Mcdonald e Habbib?s contribuem muito para o agravamento dessas doenças.
Por esses fatos mencionados é fácil entender porque o brasileiro não foge a regra do consumo, ou seja, do sedentarismo que leva a outros tipos de problemas.
Mesmo quando afetados com a diabetes o brasileiro revela uma das suas principais características, falta de comprometimento com o tratamento medico, estudos comprovam que cerca de 75% dos brasileiro com diabetes, não tem controle da doença, destaca folha online .
No Brasil, as cidades das regiões Sul e Sudeste, consideradas de maior desenvolvimento econômico do país, apresentam maiores prevalências de diabetes mellitus e de tolerância à glicose diminuída. Os principais fatores associados à maior prevalência do diabetes no Brasil foram a obesidade, o envelhecimento populacional e história familiar de diabetes (Malerbi & Franco, 1992).
Mediante aos fatos mencionados, tornou-se bastante esclarecedor o procedimento dessa doença, como ela atua, como se comporta, a forma de tratamento, seus riscos, a prevenção e as suas conseqüências, visando as contribuições e os alertas que podem trazer a população brasileira e mundial. Também podemos destacar as informações sobre as gestantes, que na nossa sociedade, qualquer tipo de doença torna-se bastante preocupante, ainda mais a diabetes que pode levar ao óbito tanto mãe quanto feto. É de total irrelevância a informação dessa doença vista hoje pela sociedade, uma vez que a diabetes não possui uma total atenção como tem a AIDS por exemplo. Sendo assim, a disponibilidade ao acesso a essa doença é de suma importância para poder minimizar os efeitos que a mesma traz para o homem.























REFERENCIAS
American Diabetes Association. Gestational diabetes mellitus. Clinical Practice Recommendations 2001. Diabetes Care 2001;24 (Suppl 1):S77-9.
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed., 2006.
MALERBI, D. A. & FRANCO, L. J., 1992. Multicenter study of the prevalence of diabetes mellitus and impaired glucose tolerance in the urban Brazilian population aged 30-69 Yr. Diabetes Care, 15:1509-1516.


Autor: Matuzalem Jordany Chaves De Barros


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