Psicologia da Personalidade - Aspectos, Conteúdo, Estrutura e Desenvolvimento Psicossexual (0 a 12 anos), Controvérsias e Correlações.



Síntese - Psicologia da Personalidade - Aspectos, Conteúdo, Estrutura e Desenvolvimento Psicossexual (0 a 12 anos), Controvérsias e Correlações.

1. Psicologia da Personalidade - Aspectos, Conteúdo, Estrutura.

Personalidade é um termo que apresenta muitas variações de significado. Em geral dá uma noção da unidade que integra o ser humano. No senso comum é usada para se referir a uma característica marcante da pessoa, como timidez ou extroversão, por exemplo, ou ainda para se referir a alguém importante ou ilustre: "uma personalidade".

Popularmente, a personalidade atribuída a uma pessoa pode definir, para o senso comum, se esta pessoa é boa ou má. A psicologia evita este juízo de valor. A personalidade seria um conjunto de características que diferenciam os indivíduos. Estes atributos seriam permanentes e diz respeito à constituição, temperamento, inteligência, caráter, um jeito específico de se comportar. Para a teoria, o conceito de personalidade, significa a organização dinâmica, isto é, em constante mudança, dos seguintes aspectos: habilidades, atitudes, crenças, emoções, desejos, e ao modo constante e particular do indivíduo perceber, pensar, sentir e agir. Refere-se também uma "personalidade básica", que seriam as atitudes, tendências, valores e sentimentos dos membros de uma sociedade ou comunidade, o que existe em comum em todas as personalidades, independente das diferenças entre os indivíduos e dos fatores culturais, códigos e regras sociais ou consenso de comportamento.

A personalidade pressupõe a possibilidade de um indivíduo se diferenciar, ser original e ter particularidades. É estruturada tendo como base as diferentes condutas e regras ou códigos definidos e aceitos como disposições dos indivíduos (organizados de maneira global e dando uma consistência e unidade estrutural). Os conteúdos desta estruturação são relacionados com as experiências e vivências concretas das pessoas no meio onde vivem seus aspectos culturais, educacionais, religiosos, hábitos, crenças e heranças fisiológicas, raça, cor, etc. Através desta Idéia pode-se predizer o que a pessoa fará em determinada situação, pode-se ter Idéia de como ela reagiria. Podemos interpretar que o indivíduo formado fisiologicamente é repetitivo, isto é, responde mais ou menos da mesma maneira e reage da mesma forma aos mesmos estímulos, transparecendo a sua personalidade.

Nem todas as teorias trabalham com este conceito porque ele tem uma noção implícita de estrutura, de estabilidade e, portanto de características que não mudam. No entanto, ela é fruto de uma organização progressiva do ser humano e não apenas entendida como um fenômeno em si. Ela evolui de acordo com a organização interna do indivíduo. A psicanálise afirma que a estrutura da personalidade já está formada aos quatro ou cinco anos de Idade, entretanto para Piaget, ela começa a se formar entre os oito e doze anos. O caráter, temperamento e os traços de personalidade são termos que se referem a esta noção. Observa-se que alguns distúrbios podem se relacionar à personalidade, gerando conceitos patológicos, como é o caso da personalidade múltipla.

Conceitualmente, podemos entender o caráter como sendo os aspectos morais, as reações afetivas, a aceitação, a renúncia, a tolerância ou o repúdio as leis impostas pelo convívio em sociedade, regras de comportamento, modelos educacionais, isto para o que se refere ao senso comum, como também, sendo o que diferencia um indivíduo do outro. O temperamento, sendo o que sinaliza a emotividade, advindo de aspectos hereditários e da fisiologia do indivíduo. Os traços de personalidade são os referidos as características duradouras, consolidadas e mais perenes da personalidade da pessoa.

Podemos entender de uma maneira mais abrangente, que personalidade diz respeito ao modo mais constante e peculiar de se perceber, sentir, pensar, agir, comportar, reagir, optar, de cada indivíduo, aí, incluindo as suas crenças, habilidades, desejos, sentimentos, bem como os aspectos de aparência física, raça, cor, de forma integrada em todos estes aspectos, o que confere ao indivíduo a sua peculiaridade e singularidade.

2. Consciente, Inconsciente, Id, Ego e Superego.

A postulação do ID, Ego e Superego como sistemas que fazem parte e constituem, ao final, a estrutura da personalidade como característica universal da raça humana, vem do conceito do que existe em comum em todas as personalidades do ser humano, estabelecendo leis e regras gerais do seu funcionamento, independente de fatores culturais, de convívio em sociedade ou circunstanciais. Freud enfatizou o inconsciente como cerne da questão da conduta no cotidiano do indivíduo, e não somente os aspectos fisiológicos e patológicos. O indivíduo é então a fonte dos seus atos.

Pretendendo agrupar e diferenciar os aspectos da personalidade, podemos dizer que os determinantes inconscientes do comportamento de encontro aos determinantes conscientes são fatores centrais na diferença entre as várias teorias sobre a personalidade. Considera-se também, a hereditariedade e a base biológica do organismo humano, como aspecto relevante para a determinação da personalidade do indivíduo.

O consciente foi considerado por Freud, como sendo um nível da vida psíquica, pequeno em relação ao inconsciente, com conteúdo transitório e em constante mutação, sendo o processo do qual tomamos conhecimento em um determinado momento; e o indivíduo reconhece a existência de um particular e não do todo psíquico.

O inconsciente é o responsável pela organização do psiquismo humano como um todo, sendo à base de toda a vida psíquica. Para as abordagens da psicologia, os fenômenos conscientes são apenas uma manifestação do inconsciente. Outras manifestações do inconsciente são: o sonho, a histeria, atos falhos, lapsos de memória e outras. O termo inconsciente pode ser usado para se referir a coisas que não estão conscientes. Entretanto num sentido psicanalítico, o inconsciente designa um dos sistemas do aparelho psíquico definido por Freud, que se constitui de conteúdos, aos quais foi negado o acesso ao plano da consciência, por se tratarem sempre de algo penoso para o indivíduo. É um dos níveis do psiquismo onde se alojam as Idéias, os impulsos, as paixões, os desejos e sentimentos reprimidos.

O inconsciente pode representar o ponto mais importante da descoberta de Freud. A noção de inconsciente surgiu das experiências de tratamento realizadas por Freud, que demonstrou que o mundo psíquico não pode ser reduzido aos conteúdos conscientes e que certos conteúdos só se tornam acessíveis depois que superamos algumas resistências ou repressões. Considerava a existência do inconsciente como um "lugar psíquico", especial, que deve ser concebido como um sistema que possui conteúdos, mecanismos e provavelmente uma "energia" específica. Para o inconsciente, não existem as noções de passado e presente e os conteúdos podem já ter sido conscientes ou podem ser genuinamente inconscientes.

Para Freud, a estrutura da personalidade é formada por três sistemas, o Id, o Ego e o Superego. O comportamento é quase sempre o resultado da interação desses três sistemas, e raramente funcionam isoladamente. De acordo com a teoria estrutural da mente, o Id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro. O Id é o reservatório inconsciente das pulsões, as quais estão sempre ativas. Regido pelo princípio do prazer, o Id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis. O Ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do Id. Regido pelo princípio da realidade, o Ego cuida dos impulsos do Id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Apenas parcialmente consciente, o Superego serve como um censor das funções do ego (contendo os Ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.

O Id, ("isso" em latim), é inato e dele deriva a energia necessária à formação do ego e do superego. Tudo que é herdado psicologicamente e também os instintos existem no Id no momento do nascimento. O Id representa o mundo interno, ou seja, a experiência subjetiva, não tendo conhecimento da realidade, que é a experiência objetiva. As necessidades do Id são atendidas pelos processos primários e pelas ações ou atos reflexos, inatas ao organismo como sugar, chorar, bocejar, piscar e espirrar, por exemplo. O melhor exemplo do processo primário em pessoas é o sonho. O Id opera com um princípio denominado princípio do prazer, descarregando as tensões e retornado a um nível de conforto, utilizando-se das reações automáticas e inatas do organismo e dos processos primários, formando imagem mental do desejo, o qual por não poder ser traduzido em realidade concreta interliga-se a um segundo sistema da personalidade, o Ego. À medida que a criança entra em interação com o ambiente, atos reflexos e processos primários não são mais suficientes para reduzir a tensão psicológica provocada por agentes internos ou externos, e o ego se estrutura para estabelecer contato com a realidade e os objetos adequados à reestruturação do equilíbrio desestabilizado por tensões psíquicas.

O Ego, ("eu" em latim), por sua vez, possibilita a interação consciente com o mundo exterior. Existe devido ao fato de que o organismo precisa de transações com o mundo real e concreto. Uma vez feita à diferenciação entre a imagem mental do desejo e a tradução em realidade concreta, com a percepção real que se tem da imagem, é necessário que ocorra a localização dela no ambiente. O ego obedece ao princípio de realidade e opera por meio do processo secundário que é o pensamento realista. Medi as exigências feitas pelo Superego e Id. O Ego se manifesta através da memória, sentimentos, pensamentos, ou seja, é o executivo e monta a personalidade da pessoa. A continuação das interações com o meio conduz à formação do Superego, ou seja, a internalização do julgamento moral, e se manifesta através de injunções acerca de como a pessoa deve ser em termos de suas aspirações, e a consciência estabelece o que ela não pode fazer.

O Superego são as percepções das normas e valores sociais e morais, que nos foram transmitidos quando crianças. São nossos conceitos do certo e errado. O Superego é a arma moral da personalidade; representa mais o Ideal do que o real e luta mais pela perfeição do que pelo prazer. Ele nos controla e nos pune através de sentimentos de culpa, por exemplo, quando fazemos algo errado, e também nos recompensa com satisfação, orgulho, saciedade, alegria, quando fazemos algo que consideramos plausíveis. As principais funções do superego são:

?Inibir os impulsos do Id, principalmente os de natureza sexual ou agressiva, pois a expressão de tais impulsos é severamente condenada pela sociedade;

?Persuadir o Ego a substituir objetivos realistas, objetivos morais, e;

?Lutar pela perfeição.

O ID, o Ego e o Superego, não operam com propósitos diferentes. Trabalham juntos e interagindo entre si, sob a liderança do Ego. Assim, a personalidade funciona, geralmente, como uma unidade e não em três segmentos separados e distintos. Enfim, podemos considerar o Id como sendo o componente biológico, o Ego como o psicológico e o Superego como o social da personalidade.

3. Desenvolvimento Psicossexual - (0 a 12 anos de Idade).

A sexualidade é reconhecida como um instinto com o qual as pessoas nascem e que se expressa de formas distintas de acordo com as fases do desenvolvimento, que são: Fase Oral, Fase Anal, Fase Fálica, Período de Latência e Adolescência. Segundo Freud, de acordo com etapas de desenvolvimento que ele denominou de fase oral, anal, uretral ou fálica, latência e genital, o seu encadeamento é progressivo e nenhuma das fases é pura e ultrapassada, mas sucedem-se deixando traços que marcarão a estrutura da personalidade do indivíduo.

Fase Oral (0 a 2 anos de Idade)

Na fase oral, o bebê busca o prazer sugando e pondo coisas na boca. Os psicanalistas explicam a formação das relações entre a mãe e o bebê com base na redução da fome, na gratificação oral do bebê. Para Freud, o primeiro objeto de amor da criança e principal objeto de desejo nesta fase é o seio materno, que além de alimentar proporciona satisfação ao bebê. Assim, a região do corpo que proporciona maior prazer à criança e a boca. É pela boca que a criança entra em contato com o mundo, é por esta razão que a criança pequena tende a levar tudo o que pega à boca.

Fase Anal (2 a 4 anos de Idade)

Na fase anal, o bebê aprende o controle da bexiga e dos intestinos. Neste período a criança passa a adquirir o controle dos esfíncteres a zona de maior satisfação é a região do ânus. Ambivalência (impulsos contraditórios). A criança descobre que pode controlar as fezes que sai de seu interior, oferecendo-o à mãe ora como um presente, ora como algo agressivo. É nesta etapa que a criança começa a ter noção de higiene. Fases de birras.

Fase Fálica (4 a 7 anos de Idade)

Nesta etapa do desenvolvimento a atenção da criança volta-se para a região genital. Inicialmente a criança imagina que tanto os meninos quanto as meninas possuem um pênis. Ao serem defrontadas com as diferenças anatômicas entre os sexos, as crianças criam as chamadas "teorias sexuais infantis", imaginando que as meninas não têm pênis porque este órgão lhe foi arrancado (complexo de castração). É neste momento que a menina tem medo de perder o seu pênis. Neste período surge também o complexo de Édipo, no qual o menino passa a apresentar uma atração pela mãe e se rivalizar com o pai, e na menina ocorre o inverso.

Descobre a existência das diferenças anatômicas entre os sexos e viverá o conflito emocional denominado Complexo de Édipo, nome sugerido pela lenda grega do jovem Édipo que, sem saber, matou o pai e casou-se com a mãe. Ocorre que num primeiro momento a criança começa a ter grande afeição pelo genitor do sexo oposto, num segundo momento a criança vive emoções intensas de inveja, ciúme e raiva do genitor do mesmo sexo e essas emoções entram em conflito com a admiração, o amor e o sentimento de dependência em relação ao mesmo genitor.

Aparecem sentimentos de culpa e de medo. A criança teme que seus desejos ciumentos sejam castigados. Tanto a perda do amor quanto a vingança por parte do genitor hostilizado constituem para ela uma séria ameaça, acompanhada de grande ansiedade. O conflito entre suas emoções (desejos, amor e admiração, contra ciúme, inveja, raiva e medo) levará ao repúdio dos desejos edipianos, que em parte são abandonados e em parte reprimidos, isto é, banidos para o inconsciente da criança. Com o passar do tempo, toda essa tempestade emocional é "esquecida" pela criança, ou seja, reprimida e barrada pela consciência. Nisso consiste a chamada amnésia infantil.

Fase de Latência (7 a 12 anos de Idade)

Na Fase de latência, as emoções e os impulsos sexuais parecem aquietar-se por influência da educação, e a criança se dedica à aquisição de habilidades aceitas pelo grupo. Este período tem por característica principal um deslocamento da libido da sexualidade para atividades socialmente aceitas, ou seja, a criança passa a gastar sua energia em atividades sociais e escolares.

Fase Genital, Puberdade e Adolescência a partir de 12 anos.

Neste período, que tem início com a adolescência, há uma retomada dos impulsos sexuais, o adolescente passa a buscar, em pessoas fora de seu grupo familiar, um objeto de amor.

A adolescência é um período de mudanças no qual o jovem tem que elaborar a perda da Identidade infantil e dos pais da infância para que pouco a pouco possa assumir uma Identidade adulta.

4. A teoria de Erich From

Cabe citar a teoria de personalidade estabelecida por Erich From, que vê a personalidade como produto de condições culturais, desenvolvendo-se de acordo com as oportunidades que a sociedade e o convívio oferecem. Basicamente são postuladas cinco necessidades específicas originarias da existência humana:

A necessidade de relacionamento, definindo que o homem, não é um ser isolado na natureza, precisando de inter-relações que assegurem o cuidado mútuo e a compreensão.

A necessidade de transcendência, como sendo a de que o homem necessita superar a sua natureza animal, exercendo a capacidade de imaginar, raciocinar e criar.

A necessidade de segurança, sendo o desejo de estar parte do mundo e do grupo onde vive, onde a satisfação e felicidade se relacionam à solidariedade e fraternidade que sente dos outros indivíduos onde convive.

A necessidade de identidade, tendo a sua própria individualidade, sendo original e único, e não conseguindo isto, acaba por satisfazer, reproduzindo o comportamento de outra pessoa do grupo onde vive, a qual se espelha e admira.

A necessidade de orientação, tendo como busca, um quadro de referências e postulados de comportamento, parte que, de maneira consciente e estável, compreenda a si próprio e aos demais.

Assim, pela sua teoria, a personalidade de cada pessoa desenvolve-se a partir de oportunidades e condições que a sociedade oferece. Afirma que as comunidades estão adoecidas, não satisfazendo as necessidades básicas do indivíduo, mas por outro lado o homem acaba se adaptando às suas exigências interiores provendo um ajustamento natural, escapando da solidão que o separa de outros homens e da Natureza.

5. MÚSICAS

Me Revelar (Zélia Duncan)

Tudo aqui quer me revelar
Minha letra, minha roupa, meu paladar.
O que eu não digo, o que eu afirmo,
Onde eu gosto de ficar
Quando amanheço, quando me esqueço,
Quando morro de medo do mar
Tudo aqui
Quer me revelar
Unhas roídas
Ausências, visitas,
Cores na sala de estar
O que eu procuro
O que eu rejeito
O que eu nunca vou recusar
Tudo em mim quer me revelar
Tudo em mim quer me revelar
Meu grito, meu beijo,
Meu jeito de desejar
O que me preocupa, o que me ajuda,
O que eu escolho pra amar
Quando amanheço, quando me esqueço...

Interpretação

A letra explora a questão da personalidade como sendo expressão dos sinais comportamentais, reforçando a idéia de que, ao nos expressamos com a linguagem corporal, as nossas escolhas e preferências transparecem o que somos.

Ao enfatizar que "tudo em mim quer se revelar", instiga-se a uma observação, pelo outro, de que descobrirão a nossa personalidade, pelo fato de se perceber os sinais da revelação das nossas opções, desejos, rejeições, recusas, ausência, busca, e um infinito rol de códigos comportamentais, que demonstram em suma a nossa personalidade.

Alma (Zélia Duncan / Arnaldo Antunes)

Alma, deixa eu ver sua alma
A epiderme da alma, superfície.
Alma, deixa eu tocar sua alma
Com a superfície da palma da minha mão, superfície
Easy, fique bem easy, fique sem nem razão
Da superfície livre
Fique sim, livre
Fique bem com razão ou não, aterrize
Alma, isso do medo se acalma
Isso de sede se aplaca
Todo pesar não existe
Alma, como um reflexo na água
Sobre a última camada
Que fica na superfície, crise
Já acabou, livre

Já passou o meu temor do seu medo
Sem motivo, riso, de manhã, riso de neném
A água já molhou a superfície
Alma, daqui do lado de fora
Nenhuma forma de trauma sobrevive
Abra a sua válvula agora
A sua cápsula alma
Flutua na superfície lisa, que me alisa, seu suor
O sal que sai do sol, da superfície
Simples, devagar, simples, bem de leve
A alma já pousou na superfície

Interpretação

Diferentemente, nesta letra, há uma constatação da existência de algo oculto e intangível, chamado de alma, a que, se apela pela possibilidade de torná-la concreta e tangível, se revelando em uma superfície que toma forma e a flora. "Epiderme da alma, superfície".

"Easy, sem nem razão, livre, atrerrise". Assim, dá um tom de inconsciente, do ID, do desconhecido poder simplesmente aflorar em pele, tato dos sentidos, tocar e perceber.

Trazer a tona, para fora o lado de dentro, fazer o fluído virtual se transformar em real, para o mundo dos sentidos, poderem ser visto, cheirado, degustado, tocado, ouvido e entendido.

Este trabalho pretende fazer uma Síntese da Psicologia da Personalidade estudando os seus Aspectos, Conteúdo, Estrutura e Desenvolvimento Psicossexual para a faixa etária dos 0 a 12 anos, estabelecendo Controvérsias e Correlações sobre o tema.

Simone Pinto Reis, SUESC - Sociedade Unificada de Ensino Superior e Cultura, Rio de Janeiro/RJ, 2009




Autor: Simone Pinto Reis


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