DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: INCLUSÃO OU EXCLUSÃO?




DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: INCLUSÃO OU EXCLUSÃO?

Antes de tudo gostaria de dizer da profunda admiração por pessoas com deficiência mental, também da importância das mesmas e suas famílias, que se tornam fonte de inspiração e muito aprendizado. Um dos maiores aprendizados obtidos no contato com essas pessoas é que existe, na diversidade uma forma de superar limitações e preconceitos.
A sociedade tem se preocupado com a inclusão do deficiente intelectual (termo mais utilizado, atualmente, para deficiência mental), nos diversos âmbitos da vida social, sendo que, aos poucos, eles tem alcançado uma melhoria progressiva na sua qualidade de vida. Temos que refletir sobre suas verdadeiras capacidades e limitações, para então possibilitar um melhor respeito.
Deficiência mental caracteriza-se por um funcionamento intelectual inferior a média, com limitações associadas a duas ou mais das seguintes áreas de habilidades adaptativa: comunicação, auto cuidado, vida no lar, habilidades sociais, utilização da comunidade, autodireção, saúde e segurança, habilidades acadêmicas funcionais, lazer e trabalho.
Há vários fatores que podem levar o sujeito a uma deficiência intelectual, como por exemplo: alterações cromossômicas, malformação do sistema nervoso, lesões cerebrais adquiridas e problemas relacionados a fatores socioculturais.
Não se usam mais a terminologia deficiência mental leve, moderada, severa e profunda. Atualmente, procura-se fazer uma avaliação detalhada do indivíduo e dar o apoio específico de que ele necessita. Esse apoio é importante para favorecer a independência ou interdepedência, a produtividade e a participação na sociedade, com o intuito de proporcionar ao individuo uma vida pessoal satisfatória. O apoio é classificado dessa forma: intermitente, limitado, extenso e generalizado.
Para que não aconteça uma desestruturação na família, os membros devem tomar consciência da nova realidade. Assim haverá crescimento no ambiente familiar, com a conscientização da responsabilidade sobre o cuidado com essa criança, através da dedicação e do auxilio mútuo.
Também é fundamental a ajuda de uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, psicólogos, professores, fisioterapeutas etc., de acordo com a necessidade. O tratamento ajudará a família a aceitar as limitações do filho e a tentar desenvolver o máximo de suas potencialidades.
Para os que não tem, em suas famílias, pessoas com algum tipo de deficiência é muito importante obter informações sobre a realidade dessas pessoas, para saberem como agir e não cometerem erros.
Frente a uma pessoa com deficiência, as pessoas devem agir de forma natural, tratando-a com respeito e consideração. Ao dirigir-se a uma pessoa com deficiência mental, considere a idade, pois, ao contrário do que muitos pensam , ela não será uma eterna criança.
Nunca ignore alguém com deficiência, julgando que não entenderá, mas trate da mesma forma que faria com outra pessoa qualquer. Ouse aproximar-se para uma eventual conversa; você poderá ter uma agradável surpresa. Considere a importância de não subestimar a inteligência de uma pessoa com deficiência intelectual.
A pessoa com deficiência não é doente, muito menos morrerá cedo, devido a problemas de saúde. Ela pode ter algum problema de saúde como qualquer outra pessoa.
Também não é por ser deficiente que a pessoa será agressiva, ou muito amável. Este é um dos erros mais comuns, ser mais agressivo ou mais amável está relacionado com a personalidade, com as particularidades de cada indivíduo e não com deficiência.
È importante proporcionar aos deficientes intelectuais uma vida social, porque através dessas atividades, as pessoas tem possibilidade de interagir com outras pessoas.

Autor: Iracema Gonçalves Gonçalves Da Silva


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