Sadhana



Ornei-me com jóias e cores,
Brilhantes como mil sóis...
Fiz-me tão vivo quanto as estrelas
E mais doce que o mel;
Pus na fronte um diadema,
Feito dos mais raros corais...
Tornei-me, enfim, Poeta com os rouxinóis
E mais vaidoso que as rosas.

Eu era a Ilusão,
O Sonho das Fadas...
Porém, isto não te bastava!

Assim, busquei me instruir
Nos mais requintados prazeres,
A fim de ganhar-te os mimos -
Para tanto, aprendi dos sátiros e bacantes
Sua arte.

Mas, tudo se desfez
Na irreal natureza do Instante.

Infeliz,
O corpo cansado,
A alma doída,
Sentei-me à sombra da Árvore da Vida
E, às margens dos rios eternos da Existência,
Fiz-me amigo dos cisnes,
Dos quais aprendi,
Observando-lhes os hábitos,
Que a essência de todas as coisas
É o Amor,
Que transforma e machuca.

Fiz-me, também, amigo dos pássaros e dos peixes,
E deles aprendi o Ser-Pobre.

Por fim, feito irmão dos homens,
Revesti-me de Esperança e,
Transbordante de Luz e Coragem,
Despi-me dos grilhões macios
Das sedas e neons,
Sendo um com o Amor -
O Sonho dos Homens.

E tu me quiseste,
E tu me amaste...

E somos felizes!

Autor: Mahanagahari Nam'Das


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