NAÇÃO HUMANA



Quando olhamos a nossa volta nos deparamos com uma sociedade que ainda vive aprisionado por uma censura camuflada. Sabemos que os processos de mudanças da mentalidade é algo lento que pode durar anos para se transformar.

Mas quando analisamos as estruturas das sociedades do século XXI nos deparamos com um mundo fechado para o novo, o diferente e com tudo aquilo que extravasa dos ditos padrões sociais.

A censura se camufla em meio aos comportamentos individuais e coletivos de diferentes nações e povos. A tal sociedade que se diz progressista não deixa de regressar as origens, se preocupado constantemente com os padrões, formas e comportamentos.

Até quando uma pessoa portadora de deficiência física ou mental será vista com indiferença na escola, na sociedade, no trabalho; um ser circundado por olhares de compaixão e pena, onde na verdade deveria ser vistos como exemplo de acessibilidade e igualdade a todos.

Em que momento vamos ligar a TV e veremos filmes, novelas que representem a realidade do cotidiano na íntegra, sem censura, visando detalhar a verdade nua e crua. Queremos ver aquilo que a sociedade esconde debaixo dos tapetes.

Os gays têm que sair do armário nas dramaturgias e os atores devem imitar e interpretar de forma clara a condição dos gays da vida real, os seus direitos e sua liberdade de expressão. A mídia tem este poder, no entanto quando trabalham a temática gay nas telonas, na cena em que acontece um beijo gay entre homens a cena é cortada e nada se vê.

Precisamos que os personagens das ficções trabalhem sem censura as variáveis temáticas as quais formulam esta nação como: os políticos corruptos, os pedófilos, as pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza, o preconceito, o descaso das autoridades, os movimentos sociais que estão presentes no século XXI, é preciso que os autores destaquem os inúmeros fatos isolados pela a mídia, no entanto de grande importância para o progresso da nossa nação.

No desenrolar do discurso não poderia de falar das mulheres que conseguiram romper com a opressão da sociedade machista, no entanto grande parte destas ainda vivem sobre o ranço ou até mesmo carregam a bandeira machista dentro de si.

Será que um dia os heróis vão falar? A educação tornará o caminho para o progresso, e os professores vão ter o verdadeiro reconhecimento profissional? Um dia a verdade fará parte da nossa base política? O poder judiciário utilizará como lema a justiça e a veracidade dos fatos?

Em fim até quando viveremos a era dos poderosos, dos grandes proprietários que controlam os grandes continentes e países.

Somos culpados de tudo? Logo podemos lutar, confrontar o inimigo conquistando a liberdade uma liberdade que parte da nossa individualidade seguindo rumo à coletividade, uma coletividade que se encontra com munições fortemente poderosas que colocará em colapso todas as estruturas de um passado presente que nós aprisiona há séculos.

Em suma, o grito de basta será entoado pela nação humana.

 

 


Autor: Dhiogo José Caetano


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