SANTANA, rio de minha terra



SANTANA, rio de minha terra

Santana,
rio de minha terra.
Viste o meu nascer às margens do teu leito.
Viste-me a andar descalço
E sem roupa a tomar banho
o dia inteiro.

SANTANA,
rio de minha terra.
Tu foste e és o herói,
Nas grandes secas ninguém passou sede.
Depois, vinham as enchentes
o teu leito se expandia
Fertilizando tuas margens
Donde provinha o sustento
dos moradores santanenses.

Lembro-me muito bem
Daquela tarde de inverno
Quando tentaste arrastar-me de tuas margens
para a grande correnteza,
mas a querida vovó sempre atenta
veio em meu socorro e me salvou.

Hoje, eu te relembro
Vejo tuas ondas fracas
não são as de outrora.
Tudo mudou.
Mas tu aí estás no mesmo lugar
enviando tuas águas
para muito longe.

Eu percorri o mundo
Vi coisas novas
Mas sempre pensando em ti.
Porque és tu o único testemunho
da minha infância.

Recordo horas alegres
Que passei junto de ti
Apaguei para sempre
o dia em que tentaste tirar-me a vida.
Tu estarás em minha memória para sempre
SANTANA,
rio de minha terra!

Autor: Cristóvão Miranda Uchôa


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