Por que o NADA existe? É?



Por que o NADA existe? É?


O nada existe? Dizem os indivíduos do senso comum, que nada, é nada. Pautado nesta afirmativa, iremos demonstrar o que realmente é o nada e, quais as precipitações de tal negação.
‘Quando se comete um crime passional, por exemplo, muitas vezes acaba em nada. Ao verificar que seu (ª) parceiro lhe traiu há anos, isso não é nada. Um sujeito estuprou uma jovem, é algo? Não, não é nada. Por vezes o consumidor é enganado, mas, não é nada. A vida está difícil sem emprego. Será? É nada! Inventaram mais uma crise que facilita despedir funcionários, é alguma coisa? Nada’.
Notem que a sociedade está entupida de ‘Nadas’! A falta de vontade Política, Educação, Cultura e Consciência cidadã, nadifica os homens e a sociedade em que vivemos. Perde-se a noção do que pode ser algo. Exemplo: lei, justiça, direitos, valores, vida boa. O que deveria ser alguma coisa acaba-se virando Nada, perdendo a credibilidade, se banalizando. Pergunte ao povo se eles acreditam em justiça? A maioria dirá: ‘que nada! Só na divina’. Vai esperar bastante…
Os homens de política devem ter a noção de que a negação de possíveis problemas será um erro que poderá afetar toda uma sociedade. Para eles, não deve ser permitido à gíria muito utilizada por vários ‘cidadãos’: ‘não dá nada não!’. O que não dá nada? Por que não dá?
Saibam que as guerras e várias atrocidades surgiram do nada, inventadas por nada. Muitas leis foram aprovadas por nada. Sabe no que deu? Nada. Quando os professores não lutam pelos seus direitos, sabe no que dá? Nada. Quando indivíduos deixam-se serem tratados como escravos por seus empregadores, sabe no que dá? Nada.
A maioria das corrupções no Brasil termina em uma das mais nobres ‘comida italiana’, ou seja, nada. A comida? Não, a corrupção. Ao morrer um ente querido é mais importante o chá, a bolacha e, o café e as piadas, que o Ser em si. Este é um nada perto do que se come e bebe. Por que morreu? Não, fazia parte da cidade dos nada e, vai para um ‘buraco nada haver’ diz um adolescente tomando ‘chá’. O que é um buraco tudo haver para um morto?
É visível a não noção, da consciência, da Consciência, do que possa ser o nada? Estamos a perder ou nunca tivemos em si, a visão correta do Nada em meio à sociedade. Quem nada ‘enxerga’ (com a mente) nada vê nada sabe nada discute, nada tem direito. O nada não existe, ou, nós não somos capazes de buscarmos saber quem é ele?
Pode-se considerar que o nada, é mais um artifício da consciência para ministrar o que não se consegue ou, não quer explicar. A consciência do nada, já é em si, uma consciência. O que procuramos salientar é o risco de ficarmos a todo o momento negando as necessidades do meio em que habitamos. E, se ficou a impressão de que nada, não há de ser nada, deve ser porque, “… é pau é pedra é o fim do caminho…” (Tom Jobim. Águas de março). Talvez não seja nada mesmo.

 

“Seres estranhos que somos! Caminhamos em direção ao Nada,… em vista dos resultados que o Nada determina. Tudo calculado: os dias, as horas, os meses, os anos… apressa-te!” (Henning, Leoni M. Padilha. Poema: Nada)


Autor: Bessani, Dinaldo


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