Eles estão lá, e vivem!



Eles estão lá, nas ruas, nos ônibus, no metro tranquilamente.
A diferença entre os idosos brasileiros e os da Espanha é muito notável. Para começar, usarei o exemplo de Sevilha, cidade que vivi durante meu intercâmbio pela Unesp. A prefeitura distribui cartões de passe gratuito para os aposentados maiores de 60 anos, além de distribuir a todos os cidadãos com mais de 65 anos.
Na Espanha, idoso não "fica em casa", como geralmente acontece no Brasil. Tudo é mais facilitado para o cotidiano deles. Além do transporte gratuito, o transito por si só já colabora com a vivência deles. Na faixa de pedestres, os carros param se vêem que alguém do outro lado da rua está vindo cruzá-la. Também em praticamente toda a cidade há ciclovias, as vias de pedestres, as vias de carros e as vias de ônibus e táxis.
Chega a ser engraçado de ver a exaltação da terceira idade espanhola. Às quatro da tarde eles lotam as praças, os bares e restaurantes para a siesta, mesmo que já não trabalhem mais. Especialistas dizem que se não fossem as aposentadorias, os mayores espanhóis viveriam tangenciando a linha da pobreza. Entretanto se pensarmos economicamente, é a saída que o povo tem para equilibrar sua Economia e o consumo, já que a juventude ali é bastante quieta e pouco numerosa.
Eles são a pequena (grande, na verdade) parte da população que ainda conserva simpatia, pois, como reza a lenda verdadeira, o espanhol é um povo de sangue quente, pronto para dar respostas ríspidas caso sejam interrompidos para qualquer tipo de pergunta. Eles são sossegados por que não precisam se preocupar se o governo quer cortar a previdência deles. Na Espanha, os idosos já fizeram a parte deles e passam a bola para as outras gerações, dedicando-se exclusivamente ao descanso.
Os idosos correspondem a uma grande parte da população, pois a Europa passa pela crise da baixa natalidade. Dados da ONU já dizem que a Espanha caminha para ser o país com a maior população idosa. Quando o país sair da atual crise, muitos setores sofrerão com a falta de ativos.
Entretanto, o importante aqui é refletirmos como um país trata a sua gente, aqueles que no pasado, nos anos 60, 70, trabalharam para construir um grande país. E mesmo com tanta crise não deixa de ser o refúgio de muitos europeus do "norte gelado", que vem para a Espanha para se calientar , e além disso, o governo continua firme em dar valor ao lado social, ao lado da Ecologia Humana! Os próprios aposentados espanhóis que vivem no Brasil ganham uma viagem por ano para reencontrar suas raízes na Península Ibérica, me contou um senhor no Consulado Geral da Espanha, em São Paulo.
Digo sobre a terceira idade, mas os jovens também encontram mais "vida", eu diria. Você ingressou na universidade? Então você tem descontos incríveis para alugar um apartamento e começar sua nova vida! Graças as leis inteligentes e não a uma propaganda estúpida de imobiliária, como acontece em Bauru, pólo universitário de especulações imobiliárias, no interior de São Paulo.
Sem dúvida alguma volto diferente desta viagem, pensando em como o brasileiro pode ser capaz de melhorar sua gente com pequenos atos que aos poucos contrói uma nova realidade para servir de exemplo ao governo ao lado, e assim, sucessivamente. Acredito, que o que ocorre aqui é falta de bondade entre governo e população. Não fomos criados em um meio de boa educação e isso, claro, afeta toda nossa sociedade, que embora comemora o sucesso econômico, está longe de dar vida aos seus filhos e avós.
Autor: Heraldo Soares


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