CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA REVISITADA



Todos se lembram. O Rio de Janeiro sediou a Eco-92, Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento. Buscavam-se meios de conciliar o desenvolvimento sócio-econômico com a conservação e proteção dos ecossistemas da Terra. E alguns documentos importantes foram produzidos.
? A Carta da Terra, baseada nos princípios de que devemos respeitar e cuidar da comunidade de vida, manter a integridade ecológica, promover justiça social e econômica, democracia, não-violência e paz.
? As convenções da Biodiversidade, da Desertificação e das Mudanças Climáticas;
? A declaração de princípios sobre florestas.
? A Declaração do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento, ressaltando o princípio da sustentabilidade.
? A Agenda 21, uma base para que cada país pudesse elaborar seu plano de preservação do meio ambiente.
Milhares de filmes, anúncios e reportagens foram feitos depois disso, valorizando principalmente a natureza. A lição que ficou foi incompleta: pesquisa do Ministério do Meio Ambiente, realizada em 2003, mostrou que 67% da população brasileira não incluíam o ser humano em suas noções sobre ecologia.
E pouca gente sabe, até hoje, que "ecologia" é o estudo do lugar onde se vive. Nas regiões povoadas, onde "alguém" vive.

Mas um conhecimento mais abrangente foi expresso de forma impactante. O Copenhagen Consensus (2004), que reuniu nove economistas mundiais de grande prestígio, concluiu que os principais problemas ambientais deste planeta eram, pela ordem, a AIDS, a má nutrição, as barreiras comerciais e a malária.
Mais recentemente, em 2008, Jeffrey Sachs, conselheiro especial do Secretário Especial das Nações Unidas nas Metas de Desenvolvimento do Milênio, publicou "A riqueza de todos" (Nova Fronteira). Desenvolvimento sustentável, segundo ele, "significa prosperidade globalmente compartilhada e ambientalmente sustentável". Para alcançá-lo, precisamos de tecnologias que permitam combinar altos níveis de prosperidade com impactos ambientais mais baixos, devemos estabilizar a população global, especialmente nos países mais pobres e é mandatório ajudar os países mais pobres a escapar da armadilha da pobreza com políticas globais.
A ONU prepara agora a Rio+20, que oferecerá uma chance ao mundo na luta contra a pobreza, segundo o subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Sociais, Sha Zukang, que complementa: o encontro tentará fechar um acordo de transição para a "economia verde", que deverá ajudar a reduzir o número de pobres no mundo.
Finalmente, colocamos o ser humano no centro das atenções. Não há nada que degrade mais a natureza do que a miséria e a doença.

Autor: Marcelo Diniz


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