SEMÂNTICA, FILOSOFIA E A TEORIA DO SIGNIFICADO



O código de comunicação verbal chama-se língua e este é o objeto de estudo da Linguística e alvo de interesse da Filosofia, que, por sua vez, possui diversas subáreas que lhe servem de apoio, dada a sua abrangência. Dentre as ramificações linguístico-filosófica, dár-se-á destaque à Semântica, pois é a área que norteia o estudo dos significados, além da Filosofia Analítica, tida como a primeira corrente filosófica responsável pelo estudo mais detalhado da Filosofia da Linguagem. Fundamentado em autores como Celso Pedro Luft, Miguel Duclós, Valteir Martins, dentre outros, o presente trabalho tem como principal objetivo abordar sobre o pensamento lingüístico-filosófico acerca da linguagem humana, sobretudo em uma questão intrigante que já perdura desde a época de Cristo: o "significado de significado". Em suma, o presente trabalho pretende fazer um estudo voltado à compreensão daquilo que os principais pensadores da Filosofia elucidaram a respeito da Teoria do Significado.

Palavras-chave: Linguagem, Significado, Filosofia Analítica.

Introdução

A linguagem, mediante o conceito de código de comunicação, é utilizada pelo ser humano como meio de expressão. As palavras (em seu sentido mais amplo, representam muito mais que conjuntos de segmentos sonoros utilizados na hora de falar, visto que se fosse desta maneira ? isto é, se a palavra não fosse dotada de um "plano de contéudo" ? seriam apenas meros ruídos sem valor algum.

A palavra, também chamada de vocábulo, possui uma bifurcação que auxilia em seu entendimento: plano da expressão (ou significante) e plano do conteúdo (ou significado). À relação entre as categorias da bifurcação das palavras, dá-se o nome de signo linguístico, visto que é por intermédio deste que se pode organizar o funcionamento de uma língua.

Significante e significado possuem uma relação estreita e mútua, posto que não haverá signo linguístico caso não houver algum deles. Entretanto, um deles move tudo aquilo que se entende por compreensão: trata-se do significado, pelo qual se pode saber o que o significante representa.

Partindo do pressuposto de que a linguagem é o meio de comunicação que o homem utiliza para manter-se ligado ao mundo que o cerca, a área incumbida de estudar a significação dos lexemas chama-se Semântica, auxiliando não somente a Linguística, como também a Filosofia Analítica a compreender a maneira como a comunicação humana se apresenta.

Portanto, o presente trabalho abordará acerca do pensamento lingüístico-filosófico acerca da linguagem humana, sobretudo em uma questão intrigante que já perdura desde a época de Cristo: o "significado de significado", fazendo um estudo voltado à compreensão daquilo que os principais pensadores da Filosofia elucidaram a respeito da Teoria do Significado.


A Comunicação e o Pensamento Humano

A comunicação é um dom natural do homem, mediante o qual se podem expressar pensamentos e emoções, e sem a qual a sobrevivência é impossível. Há dois tipos de comunicação, mas uma delas diferencia o ser humano dos outros animais, tornando-o ser social e criativo: trata-se da comunicação verbal, pela qual o homem se utiliza do verbum (termo latino equivalente à palavra) para pôr em prática seu dom de se comunicar.

Todo sistema de comunicação se executa através de um código utilizador de um meio para enviar mensagens que devem ser compreendidas entre o receptor e o emissor. Em outras palavras, o código de comunicação verbal chama-se língua, que se torna exequível por intermédio da fala, possibilitando o entendimento entre ouvinte e falante. Por ser algo complexo e, ao mesmo tempo, dinâmico, a língua é o objeto de estudo de uma área do conhecimento responsável pela análise do ato de comunicar inerente ao homem: a Linguística.

O ser humano, através da língua, expressa pensamentos e sentimentos por intermédio da palavra. A palavra, em seu sentido mais abrangente, representa muito mais do que um conjunto fônico organizado a fim de estabelecer comunicação. Todo vocábulo (nome científico atribuído à palavra), juntamente com as regras estruturais que regem uma língua, quando internalizada na mente dos falantes, compõe o que se conhece como léxico. Todos esses detalhes servem de apoio à afirmação de que o homem é um ser que utiliza criativamente a comunicação.

"Toda língua é um sistema de sons vocais previstos para facultar a comunicação entre as pessoas" (LUFT, 2002, p. 16). Da mesma forma, toda língua é um sistema flexível, pois apresenta variabilidade em relação ao tempo, ao espaço e à necessidade de seus falantes, além de ser bifurcada em: âmbito abstrato (esquema) e âmbito concreto (norma). O esquema é o conjunto de regras que norteiam o funcionamento de uma língua, e a norma é a maneira como esta língua é executada pelo falante e por seu grupo social. Em outras palavras, a língua é um esquema de normas.

Os argumentos anteriormente elucidados servem de alicerce ao entendimento daquilo que Ferdinand de Saussure, pai da Linguística Moderna, em seu Cours de Linguistique Générale, chama de Signo Linguístico. A Linguística, embasada nos fundamentos elaborados pelas teorias saussurianas, vê a língua como um sistema de signos pelos quais é possível manter comunicação. Para deixar evidente toda essa questão, Martins (2005, p. 21) frisa que:

"Saussure define a língua como um sistema de signos. Os sons valem como linguagem apenas quando servem para expressar ou comunicar ideias: de outra maneira, são apenas ruídos. E para comunicar ideias, devem fazer parte de um sistema de convenções. O signo é a união de uma forma que significa, à qual Saussure chama significante, e de uma ideia significada, ou significado".

Apesar de o significante (imagem de origem fônica) e o significado (ideia de origem psicológica) serem vistos de maneira separada, só haverá signo se ambos mantiverem uma relação de interdependência.

Outra questão abordada por Saussure diz respeito à arbitrariedade do signo. Em outras palavras, não há um elo natural ou inevitável que ligue um significado a um significante, visto que se a língua fosse uma nomenclatura de objetos e coisas, seria extremamente fácil traduzir de uma língua para a outra, assim reforçando a ideia de que a língua influencia o pensamento de seus falantes.


A Semântica e a Teoria do Significado

A Semântica é a área do conhecimento linguístico-filosófico responsável pelo estudo dos significados; e estes, por sua vez, geram inúmeros conflitos ideológicos entre filósofos e estudiosos da linguagem acerca de sua real definição. A discussão acerca do "significado de significado", segundo Lyons (1987) já perdura desde a época de Cristo, mas até agora não se chega ao consenso de uma resposta conclusiva a esta intrigante questão. A visão tradicional que se tem acerca dos significados é bastante controversa, visto que esta não possui argumentos suficientemente plausíveis para sustentar a ideia de que os significados são apenas "conceitos".

Miguel Duclós (2009) afirma que o termo Semântica foi criado pelo francês Michael Bréal, em 1883, em um artigo intitulado As Leis Intelectuais da Linguagem; e, após a sua publicação, percebeu-se o surgimento tardio de uma disciplina que pudesse auxiliar de fato os estudos do significado dentro da história da Filosofia, pois a linguagem é o principal instrumento de um filósofo.

Desde a Antiguidade Clássica, a natureza do significado, por ser amplo e de difícil conceituação, é o objeto crucial de estudo filosófico, sobre o qual Duclós (idem, p. 1) elucida que:

"Sócrates, por meio de indagações constantes e analogias, obrigava seus interlocutores a admitirem a falha de suas definições de conceitos (como, por exemplo, a virtude ou a sabedoria) e a partir disto, a investigação partia rumo à busca do significado do conceito em si, de forma a abranger todos seus exemplos. Os velhos gregos costumavam se utilizar das palavras sem saberem ao certo a que elas se referiam, como mostram as diferentes acepções que os convivas de O Banquete tinham do deus Eros e da deusa Afrodite".

A Semântica, por estudar algo tão complexo e de conceituação difícil, foi considerada por alguns teóricos como uma área desnecessária aos estudos linguísticos. Todavia, os estudos semânticos, sobretudo os feitos a partir do século XX, modificaram tal concepção, posto que agora inúmeros estudiosos, linguistas e/ou filósofos, veem tal ciência como o estudo das significações, englobando "todos os elementos significativos necessários à comunicação, aí, segundo Borba (2003, p. 229), incluindo-se o contexto, a situação e até mesmo as atitudes e disposições do falante/ ouvinte", pois o significado vai além do conteúdo das palavras, tanto isolados quanto em frases.

Acerca da teoria da significação, é importante elucidar que:

"Most philosophers of language [?] think that the meaning of an expression is a certain sort of entity, and that the job of semantics is to pair expressions with the entities which are their meanings. For these philosophers, the central question about the right form for a semantic theory concerns the nature of these entities. Because the entity corresponding to a sentence is called proposition [...] However, not all philosophers of language think that the meanings of sentences are propositions, or even believe that there are such things".

Embora haja uma área do conhecimento inteiramente responsável pelo estudo dos diversos aspectos significacionais, a questão referente ao "significado de significado" ainda intriga linguistas e filósofos. Diversos pensadores, instigados pela necessidade de estabelecer respostas a questões inerentes à natureza da comunicação humana, classificam a linguagem como "imprecisa" ou "limitada" demais para expressar o que realmente se apresenta dentro da realidade daquilo que se quer dizer.

Dessa forma, no século XIX, os filósofos analíticos passaram a se destacar no estudo da linguagem no âmbito filosófico, pois coadunavam com o pressuposto de que a lógica e a teoria do significado são as partes às quais a filosofia deveria dar maior ênfase, haja vista que a análise lógica de sentenças é fundamental à solução de problemas filosóficos.

Dentre os pensadores da Filosofia Analítica, podem-se destacar Bottlob Frege que, por desenvolver reflexões lógico-matemáticas acerca da linguagem, abriu caminho para que filósofos como Bertrand Russel e Ludwig Wittgenstein pudessem elaborar os seus estudos. Outro importante estudioso que se pode destacar é William Alston, que, receber influências dos pensadores anteriormente elucidados, elaborou pareceres acerca da teoria do significado trifurcada em: ideacional, referencial e comportamental.

Conforme elucida o autor, a teoria de Russel atrai diversos filósofos da linguagem, pois nela é possível encontrar respostas simples às mais diversas problemáticas sobre o significado. Entretanto, o próprio Alston frisa que essa teoria é rudimentar, pois, segundo Duclós (idem, p. 2):

"Um mesmo objeto pode ter diversos significados. Brasília e a capital do Brasil são o mesmo referente, mas possuem significados distintos. Outro ponto é que, se o significado é o referente, se ele desaparecesse, desapareceria também o significado? Por exemplo, pelo fato de Cartago ter sido destruída por Roma, a palavra Cartago deixou de significar algo? E palavras como "e", "se", "enquanto", se referem a alguma coisa?"

Em outras palavras, a teoria referencial possui a concepção de que as palavras servem para designar coisas, mas nem todas as palavras fazem referência a coisas, e nem todas as coisas são expressas através de palavras. Utlizando-se de seus estudos para interpretar pensamentos antigos, Alston coloca Locke como o pai da Teoria de Significado Ideacional.

Mantendo os argumentos elucidados, Duclós (idem, p. 3) assevera que, para Locke, as palavras são marcas sensíveis de ideias, e as ideias expressas por elas são o significado, pois ele define a ideia como "tudo o que o espírito percebe em si mesmo e que é objeto imediato de percepção e pensamento". A teoria ideacional e comportamental tem a concepção de que as palavras têm a significação apenas em decorrência da utilização da linguagem quando usadas pelo ser humano, acreditando que o limite da percepção que se tem de determinado objeto será a sensação que ele causará no instante em que for percebido.

A teoria proposta por Locke elucida que, mediante dados empíricos, o ser humano é capaz de formular ideias simples (como o "frio") para alcançar ideias complexas (como um "corpo gelado"), tornando assim a mente humana passiva em relação à mecânica deste processo de perceber, formar ideias e representar, isto é, trazer à tona algo que não está presente no ato do discurso.

Locke, em sua teoria, faz a seguinte questão: o "transmissor" consegue imprimir na mente de um "receptor" o seu real parecer acerca de um determinado fato ou objeto? Segundo o autor, para isso se concretizar, seria necessário que cada enunciado viesse de uma ideia que o represente. O papel do transmissor é excitar no receptor a mesma ideia, pois a excitação mental da comunicação humana advém da memória, sendo então transportada para um discurso mental, o qual é exteriorizado em forma de impulso sonoro pela linguagem para, enfim, ser codificada pelo receptor.

Embora os autores elucidados anteriormente apresentem diversas teorias que buscam explicar como a mente humana concebe o significado, Hacking, em seus estudos, observou que os filósofos não definem com clareza o que vem a ser esta "identidade de ideias", pois, para o autor, Locke aborda a respeito desse assunto, mas sem qualquer correlação com a linguagem.

Conforme elucida Pereira (2009, p. 2), Hacking afirma que "nossas sentenças exprimem idéias que significam de modos diferentes, conforme um uso, a aplicação que lhes damos; uma vez que não podemos admitir a hipótese da compreensão absoluta da mente e da linguagem alheia, tampouco de nossa parte".

Para Hacking, toda ideia é independente da linguagem, haja vista que a linguagem é apenas um meio de transmissão delas. Não obstante, uma palavra tem um significado imposto, considerando o fato de que a maior parte do léxico de um ser humano lhe foi transmitida pela vivência. É importante lembrar que, para o autor, novas palavras surgem a toda instante, mas estas não vêm do nada, pois, para expressarem uma ideia, é necessário que se tenha uma correlação empírica entre a vivência do transmissor e do receptor da mensagem em questão.

Em noções gerais, a teoria de Hacking elucida que o caráter receptivo da linguagem é expresso através da aceitação de uma palavra no seu uso comum à sociedade, transmitindo exatamente a ideia que a acompanha. Em outras palavras, para que haja o mínimo de entendimento entre falantes, é necessário que exista um determinado conjunto de experiências correspondentes e uma identificação de sentimentos de todas as partes que se comunicam.

Ainda abordando a questão linguístico-filosófica acerca do "significado de significado", destaca-se, além dos demais já elucidados, Quine. Conforme as palavras de Carneiro (2009, p. 1):

"Em Philosphy of Logic (1970), Quine expõe e problematiza alguns pontos essenciais concernentes à filosofia da lógica e da linguagem. Entre outros, vemos nele abordados assuntos como, por exemplo, a relação entre gramática e lógica, entre a teoria dos conjuntos e lógica, assim como a definibilidade de verdade, isto para referir apenas três aspectos desta sucinta, mas vigorosa introdução à filosofia da lógica".

Para Quine, a palavra "significado" deveria ser substituída por "sinonímia". Segundo o autor, muitos estudiosos da linguagem supõem que o significado seja uma "coisa", porém não se pode "coisificar" o significado. Quine elucida que uma palavra pode ter diferentes significados, dependendo do contexto conceitual ao qual pertence, aludindo assim a teoria comportamental, onde a significação se dá na situação onde o locutor profere determinada sentença (estímulo) e o ouvinte a compreende (resposta).

Para Wittgenstein, outro pensador dessa corrente filosófica, o significado não é uma "coisa", mas sim o uso que as pessoas fazem da linguagem. Considerando Stigar (2008, p. 2):

"Segundo Wittgenstein, tanto a lógica como a linguagem possuem características universais. A linguagem como tal possui também uma estrutura para assim ser designada. A universalidade presinde (sic) de sua inefabilidade, isto é, ter presente em todos os seus momentos a sua inefabilidade semântica. Esta inefabilidade é fundamentada na crença da linguagem como algo não só preciso, como também de outros inúmeros contextos".

Wittgenstein zombava dos filósofos que pretendiam uma relação real entre as palavras e as coisas, pois seu Tratactus Logico-Philosophicus frisa que o significado se dá não pela associação entre palavras e imagens, mas sim pela perfeita simetria que há entre o mundo e a linguagem do ser humano.


Considerações Finais

Com o presente estudo, fica evidente o quanto a linguagem humana é diversificada e ampla, posto que esta é considerada como fruto da necessidade de comunicação inato ao homem. Quando se faz uso da comunicação verbal, usa-se a palavra para expressar aquilo que se deseja. Dependendo da situação em que o discurso está inserido, será interpretado de maneira diferente. Entretanto, tudo isso somente é possível graças à possibilidade inerentemente humana de usar a linguagem verbal.

O presente estudo sobre diversos pontos de vista acerca do "significado de significado" e da visão lógico-filosófica da linguagem mostra de maneira óbvia que, para se entender melhor a respeito da comunicação através da linguagem falada, não basta apenas supor que a linguagem é inata ao homem. É necessário haver certos pressupostos, como a admissão da convenção social na linguagem, além de um consenso na representação fonológica com o mundo físico e uma correspondência na estrutura mental das partes envolvidas na comunicação.

Enfim, é através das regras da linguagem que o mundo, seja ele físico ou ideacional, poderá ser percebido, mediante os signos criados para estabelecer comunicação entre os seres humanos. Portanto, a linguagem é um objeto de constante estudo e interesse da Filosofia, pois é por intermédio dessa habilidade natural que o ser humano poderá expressar aquilo que mais há de precioso à compreensão de mundo: o ato de pensar.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BORBA, Francisco da Silva. Introdução aos estudos linguísticos / Francisco da Silva Borba. 13. ed. ? Campinas, SP: Pontes Editora, 2003.
CARNEIRO, Romina. A gramática lógica de Quine em Philosophy of Logic. Artigo disponível em , acessado em 07/11/2010.
DUCLÓS, Miguel. As teorias da significação segundo Alston e a crítica de Hacking. Artigo disponível em , acessado em 07/11/2010.
LUFT, Celso Pedro. Moderna gramática brasileira / Celso Pedro Luft, Lya Luft; organização: Marcelo Módulo. São Paulo: Globo, 2002.
LYONS, John. Lingua(gem) e Linguística: uma introdução ? Traduzido para o Português do original em Inglês: Language and Linguistics, por Marilda Winkler Averburg e Clarisse Sieckenius de Souza. Rio de Janeiro: LTC, 1987.
MARTINS, Valteir (org). Morfologia do Dialeto Parintinense. Parintins-AM: UEA, 2007.
PEREIRA, Rosane da Conceição. Comunicação, filosofia e linguagem. Artigo disponível em: , acessado em 08/11/2010.
STIGAR, Robson. A filosofia da linguagem em Wittgenstein. Disponível em: , acessado em 07/11/2010.
UNIVERSITY OF STANFORD. Theories of Meaning. Artigo disponível em: , acessado

Autor: David Yoshii


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