Eu não enxerguei !
Conheci duas Senhoras, corretas em tudo que faziam. No relacionamento com os maridos , filhos, netos e todas as pessoas. Dedicadas, fiéis, amigas, etc. e com mais de trinta anos de casadas.
A primeira : belo dia foi surpreendida com a separação. Divórcio mesmo. Ele havia encontrado uma Belíssima jovem que transformou a sua cabeça. A diferença de idade era brutal. Mas, infelizmente para
a quase viúva, a identificação do novo casal, não tinha como confrontar. Ele com muito dinheiro e ela com
uma beleza incalculável. E foram viver juntos.
Belo dia, depois de um bom tempo, o cidadão caiu doente e o pouco dinheiro que lhe restara, não dava Para ficar em um bom hospital, uma vez que era uma doença fatal. E a Doce donzela, depois de ter sugado a Grande parte do dinheiro do moribundo, não lhe restava fazer, coitada, se mandar o mais rápido possível.
Deveria pensar: eu tratar daquele babão, que o Único Prazer que me ofereceu foi o dinheiro, e que agora a doença, passando à minha frente, estava levando o resto!
A doença era séria mesma. A idade já avançada. Quem vai Cuidar deste pobre coitado, que da vida só
Tinha um pingo e o dinheiro parco de uma pensão do INSS. Pasmem...Quem foi cuidar dele foi a Esposa, fiel,
Companheira, e que se diga de passagem, o ajudou a ganhar bom dinheiro como empresário qualquer, pois já
sabia, que para o futuro, a mísera pensão não iria servir mesmo para satisfazer seus caprichos. Mal sabia ele
que lhe iria surgir uma bela donzela e uma triste doença.
A segunda: era um Amor de Mãe e Filha. Não há como relatar a afinidade das duas ao ponto de chamar
atenção aonde estavam. Em casa, na rua, na casa de parentes, em festas, ou seja, em qualquer lugar. Estavam sempre juntas, aos afagos, beijos, mas com naturalidade, afeição de Mãe e Filha que se amavam profundamente.
Tinha pessoas que acreditavam que uma das razões, foi a ausência do Pai que logo após o Matrimonio, com
poucos meses, teve que partir para a Guerra, mas já tinha deixado sua semente na esposa. Grande parte da gestação, foi sofrida, angustiante para ambas que viviam das cartas que recebiam do front. É, tem sentido.
Essa teoria, que seja, é uma boa tese.
Mas o tempo foi passando, a guerra acabou, veio outra filha, e a vida continuou naturalmente. Mas havia,
comprovadamente, um ciúme, inveja incrível da segunda pela primeira. Ocorreu também uma doença
grave, ( já sendo as duas irmãs, jovens e maduras) do Pai que ainda durou cerca de dez anos de sofrimento, mas cercado pelas duas filhas e pela Esposa fiel e dedicada. Certo dia, o Pai entrou em agonia e veio a falecer. Com a triste morte, cresceu a inveja, o ciúme e o temperamento autoritário da segunda filha. A diferença de
idade entre as duas não passava de tres anos. Para encurtar a melodia, passou a existir a Dominadora e os
dominados, sim, porque na ausência do Pai, se achava ela. a substituta do Pai. E tantos e tantos problemas
surgiram daí. Ao ponto da segunda filha se colocar entre a irmã e a Mãe. Hoje o relacionamento da Mãe e
a primeira filha, infelizmente, é quase nenhum.
Agora, misturando os dois casos (e do conto anterior) pergunta-se? O que leva as pessoas, até fazerem o bem, como no primeiro caso. Querer que uma Mulher seja Tenra, carinhosa, com um homem estúpido,
Grosseiro, arrogante, pretensioso, e tudo de ruim que, você leitor pode imaginar. (menos a traição do outro conto ? da Sereia e a Pérola Preciosa)
Por mais que a pessoa (vou chamar de vítima) queira ser tudo o que já fora, é humanamente impossível.
Com certeza Ela nem sabe que o que ganhou em troca de sua bondade, paciência, ternura, amizade, lealdade,
Tudo de bom que tinha, (e com certeza ainda tem) foi nada mais e nada menos do que uma coisa chamada
Frieza, para não dizer Asco. Como disse antes, ela nem sabe, nem sente o que sente. Mas àquele Infeliz que
Ainda tem possibilidade de conviver com sua Ex Sereia e que não soube guardar Sua Pedra Preciosa, esse sente, por que é o seu Castigo e merecido Castigo, que a Imbecilidade não deixou enxergar o Tesouro que
Já tinha e deixou escapulir...
"Somos Responsáveis pelo Bem que Cativamos e Criminosos contra Si pelo mal feito a quem Amamos.
Autor: Isaac Tapajós
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