FLOR DO SAMBA ? MUDANÇAS SEM RUMO



Helio Teixeira Leite
RESUMO: O presente trabalho trata sobre as mudanças que tem ocorrido no Carnaval de São Luís do Maranhão. Das simples turmas de samba às Escolas que são caricaturas das cariocas. A turma do Quinto e sua forma de desfile. O Grêmio Recreativo Escola Flor do Samba, sua importância histórica para o Carnaval Maranhense em relação à estruturação em alas organizadas, seus desafios, suas falhas e seu futuro incerto.
PALAVRAS-CHAVES: Carnaval, Turmas de Samba, Escolas de Samba, Turma do Quinto, Flor do Samba.
RESUMEN: Este artículo trata sobre los cambios que se han producido durante el Carnaval de São Luís do Maranhão. De las clases en las escuelas de samba simples que son caricaturas de los lugareños. La clase de la Quinta y la forma del desfile. Gremio Recreativo Flor Escuela de Samba, su importancia histórica para el Carnaval Maranhense en relación con la estructura organizada en las alas, sus desafíos, sus fracasos y su futuro incierto.

PALABRAS CLAVE: Carnaval, Clases de Samba, Escuela de Samba, Samba de clase de la Quinta Flor.

Turma do Quinto ? antiguamente.

As escolas de samba de São Luis do Maranhão têm acompanhado um processo de transformação nos últimos 15 anos, algumas mais rapidamente e outras pouco e pouco.
Lembro-me, quando criança, na Rua Um, no Bairro da Madre de Deus, a saída da Turma do Quinto. Naquele tempo, na frente da Escola vinham os passistas que eram crianças e alguns adultos, na maioria das vezes do sexo masculino. Vestiam calças compridas e camisas (às vezes de manga comprida) de seda, na cor azul, ou azul e branco. Os passistas tinham lenços de seda nas duas mãos e faziam passes ritmados como se fossem malabares ? muito bonito de ser visto. As crianças eram, normalmente, filhos de outros participantes da Turma.
Depois dos passistas, vinham às portas-bandeiras, eram muitas moças vestidas como se fossem princesas, traziam estandartes coloridos, quanto mais porta-bandeira uma escola tinha maior era o seu destaque no Carnaval. Uma das portas-bandeiras trazia o pavilhão da Escola, esta era a mais importante, como é considerada ate hoje.
A rainha da Escola tinha o mais belo vestido do grupo de samba, trazia um troféu na mão direita que simbolizava as conquistas de títulos da agremiação. No braço esquerdo, descansava o manto real, na cor vermelha; a mesma era acompanhada por duas princesas, também, vestidas a caráter. A figura dessa majestade lembra em muito a Rainha do Maracatu, ate a forma dos movimentos durante a sua apresentação.
Um grupo de meninas e mulheres sucedia a rainha da Escola. As meninas usavam saias bem curtas com blusas com mangas curtas e volumosas e as adultas vestiam-se com saias longas com blusas com mangas curtas simples. Elas traziam, na cabeça, uma cartola em forma de cone que prendiam ao queixo com um elástico que sempre estava arrebentando. Essas pessoas se movimentavam, durante os desfiles - hora para a direita - hora para esquerda, de forma articulada como se estivessem bailando. Atualmente, quase não observamos esse movimento lateral nas alas das escolas de samba. Em alguns blocos organizados ainda se percebe esse movimento.
Não lembro como se vestiam as baianas da Escola. A bateria era a ultima parte da escola, formada essencialmente por homens. Os ritmistas usavam instrumentos cobertos com coro de animal que eram aquecidos em fogueiras, como ocorre nos grupos de bumba-meu-boi de matraca. A tradicional cartola era usada por todos. Os ritmistas que ficavam na primeira fila, às vezes, andando de costa, tocavam os seus instrumentos de frente para os demais ritmistas - era uma grande proeza aos olhos do menino que ficava sentado na janela de sua casa localizada na esquina da Rua Um.
Da Rua Um, a turma de samba ia em direção a Praça da Saudade onde fazia a sua apresentação. Os moradores colocavam cadeiras de macarrão para sentar e assistir o espetáculo. Depois, essa turma cantava a descida para a Praça Deodoro. "...Agora eu vou, agora eu vou descer, eu vou descer par mostrar o meu valor..." era uma estrofe constante nos cânticos que anunciavam a ida a Praça do Centro da Cidade. O samba enredo era bem diferente do que comumente conhecemos. Uma multidão de moradores e admiradores acompanhava a turma e ajudava a cantar as músicas que pareciam mais toadas de bumba-meu-boi do que samba enredo, como, atualmente, é conhecido. É possível que o famoso arrastão do Quinto tenha origem a partir daí.
A Turma de Mangueira do Bairro do João Paulo e a Turma do Quinto eram as agremiações mais esperadas pelo publico nas Praças Deodoro e João Lisboa. Na primeira praça era erguido um pequeno palanque para as autoridades e onde os cantadores das Turmas animavam a todos os presentes. Diante do palanque, no domingo, à tarde, a comissão de julgadores avaliava as apresentações. Depois as agremiações carnavalescas desciam a Rua do Sol em direção a Praça Deodoro onde acontecia nova performance das turmas de samba. Quando a TV Difusora iniciou a transmissão dos desfiles, as Escolas de Samba passaram a si apresentarem, também, no Bairro da Camboa, em frente às câmaras da emissão de televisão
A transmissão ao vivo dos desfiles do Rio de Janeiro influenciou, profundamente, os desfiles de São Luís do Maranhão e deu-se o iniciou de um processo de imitação, tido como inovador.
A primeira Escola de Samba que inovou o carnaval maranhense da Capital foi a Flor do Samba quando ao desfilar na Praça Deodoro não fez a famosa parada frente ao palanque, passou direto em direção a Rua do Sol. Na época foi motivo de muitas criticas negativa essa atitude do Grêmio Recreativo Flor do Samba.
Os instrumentos das baterias passaram a vim do sul do país e eram recoberto com material sintético, consequentemente, ouve uma mudança na qualidade do som das baterias. A Turma do Quinto resistiu durante anos essa tendência, ficou sendo a única Escola de Samba da Capital com um som diferenciado, em nome da tradição, conforme defendia os diretores da agremiação e a comunidade da Madre de Deus.
Surgiu a comissão de frente da escola, o carro abre-alas, os carros alegóricos, os carnavalescos, as alas passaram a ser diferenciadas; desaparecem as figuras da rainha, das princesas, dos passistas que vinham à frente da Escola de Samba, das várias portas-bandeiras - ficando apenas aquela que carregava o estandarte da agremiação e o mestre-sala. Em relação a esse último, Sapo da Flor do Samba tornou-se celebre como mestre-sala. O samba enredo, o enredo, a evolução das alas, adquiriram as características que hoje conhecemos.
O processo de mudança foi assimilado e processado em níveis diferentes. As agremiações com maior poder aquisitivo tiveram facilidade de viabilizarem um carnaval espetáculo, a exemplo da Flor do Samba, Favela do Samba e até a Turma do Quinto. Algumas agremiações desapareceram como a Camboa do Samba, Pirata do Samba, Águia do Samba, Duque do Samba, Terrestre do Samba, Túnel do Sacavem por falta de condições financeira para participarem do carnaval com tantas inovações e, consequentemente, caro. Outras agremiações estão ainda tentando se manter com grandes dificuldades, é o caso do Império Serrano, do Unidos de São José de Ribamar e da Turma de Mangueira. Essa última, ano após ano, vem melhorando seu desempenho, graças, sobretudo, ao esforço de sua presidente Cidália Costa e do ex-presidente Paulo de Tarso.
Entretanto, em vários aspectos, todas as Escolas e Turmas de Samba estão bem distantes de apresentarem ao público maranhense um espetáculo de qualidade, precisam de gerenciamento, financiamento adequado e logística. Alguns elementos precisam ser trabalhados e assimilados pelas comunidades e dirigentes.
A maioria das agremiações distribui, gratuitamente, as fantasias a qualquer interessado em participar do desfile. Algumas pessoas não têm compromisso algum com a Escola ou Turma de Samba. Os que comparecem ao desfile vestem a fantasia de qualquer forma. É comum observamos numa ala muitas pessoas com a vestimenta por baixo da fantasia com cores completamente diferente ? se a indumentária é azul, usam vermelho, verde, descaracterizando completamente a fantasia. A Flor do Samba e Favela do Samba vendem boa parte das fantasias por valores populares. Os principais foliões, dessas Escolas, são da classe A e B.
As fantasias que são distribuídas são de péssima qualidade. Antes mesmo de iniciar o desfile, na área de concentração e armação da escola, as mesmas estão rasgando; isso quando o folião consegue vestir a fantasia, o que acontece, também, com os adereços de cabeça e de mão.
Os carros alegóricos, com raras exceções, são mal confeccionados, improvisos sem valor artístico, sem segurança para os destaques que na sua maioria são homossexuais que somente querem mostrar à bunda e os falsos seios de silicone. A palha, o TNT, o plástico preto são os elementos que predominam nesses carros. É difícil sabermos o que representa cada carro alegórico e as fantasias de seus destaques, tornando-se num show de mal gosto. A exceção fica por conta da Favela do Samba e da Flor do Samba (algumas vezes).
Os mestres-salas e portas bandeiras estão sempre bem vestidos, o pavilhão da Escola bem confeccionado, entretanto, aulas de dança coordenadas por um coreógrafo, fazem-se necessárias.
A tecnologia moderna usada nos desfiles das escolas resume-se a pequenos fogos de luzes utilizados pelas grandes agremiações, sem orientação alguma de um experiente técnico de iluminação.
As baterias são compostas por mais de 70 % de crianças e jovens que precisam de noções básicas de música e harmonia. As baterias da Favela do Samba, Flor do Samba, Turma do Quinto, Marambaia possuem um bom nível musical.
O desenvolvimento dos enredos é outro aspecto ainda na fase iniciar de evolução. Mesmo quando a escola está pronta para dar inicio ao desfile, não conseguimos identificar qual é o seu enredo. Os carros alegóricos, as fantasias, adereços não permitem afirmar com categoria que o enredo do ano é este ou aquele.
O samba-enredo é uma incógnita por parte de todos os foliões. Há dois metros da entrada da passarela é que, em algumas vezes, é possível memoriza algumas palavras do mesmo. A poucos minutos do inicio do desfile, algumas folhas são distribuídas ao público e aos foliões para conhecerem o samba-enredo. Como a iluminação das áreas de concentração, da armação e espaços circunvizinhos é muito precária, ninguém consegue ler o material e o samba-enredo continua desconhecido.

A BELA FLOR DO DESTERRO ? Grêmio Recreativo Escola Flor do Samba

Num dos bairro mais antigo da cidade de São Luís do Maranhão, localizado na parte central da cidade, no Centro Histórico, está a sede da escola de samba Flor do Samba (grifo nosso).
O bairro do Desterro surgiu em torno da Igreja do Desterro, não é precisa a data da edificação dessa que foi a primeira igreja do Maranhão, provavelmente é anterior a 1641, humilde e recoberta de palha, de frente para a praia. Foi profanada em 1641 pelos holandeses de Lichthardt, que aportaram as suas 18 naus na enseada defronte da ermida, atirando-se ao saque da cidade indefesa. Na pilhagem cometeram o sacrilégio de despedaçar a imagem de Nossa Senhora do Desterro, orago da ermida. O bairro possui um rico patrimônio arquitetônico, ora bastante deteriorado. Os prédios em péssimas condições de habitar-se abriga inúmeras famílias de vendedores de peixe e prostitutas. Essa área é considerada como baixo meretrício da cidade de São Luís.
A Escola foi fundada em 1938, tendo como cores oficiais o branco, o vermelho e o azul. Está última cor quase não é mais percebida em suas fantasias e carros alegóricos.
A Escola de Samba convive com um forte contraditório, por um lado está numa comunidade extremamente pobre e com forte exploração do comercio sexual e por outro lado é considerada como uma das mais ricas do Maranhão, sobretudo, devido o apoio da Família Sarney, dito com proprietária da escola, o que não é verdade.
No quadro de compositores destaque para Chico da Ladeira, autor de um samba enredo considerado hino do carnaval maranhense (Haja Deus - 1979) e os compositores Augusto Tampinha e Rose Maranhão. Esta também já foi por várias vezes intérprete da Escola. Piranha é considerado um dos imortais da Escola, foi presidente da mesma vários anos e era conhecido pelas brigas para que a Escola sempre se saísse bem e vencesse os desfiles.
A escola é uma forte concorrente aos titulos e sempre está nas primeiras posições, venceu o certame em 1974 (Primaveras) - 1976 (Aquarela do Brasil) - 1979 (Maranhão, Festas, Lendas e Mistérios) - 1980 (De Daomé à Casa das Minas a Origem) - 1984 (A Arte que vem do Povo) - 1985 (O Domingo é Nosso (tributo ao falecido radialista Lima Júnior)) - 1989 (Nem Tudo que Reluz é Ouro (50 anos da Flor)) - 1990 (O Arquiteto da Ilusão ? Joãozinho Trinta) - 1995 (A Divina Dama ? Apolônia Pinto) - 1997 (No Rabo de uma Estrela).
Em 2006, reeditou o samba enredo de 1980, De Daomé à Casa das Minas a Origem de um Povo. Ficou em 2º lugar.
Em 2007 a Flor não concorreu oficialmente por motivos técnicos. A Escola alegou que não aparecerram empurradores dos carros alegóricos. Dessa forma, a Flor apenas desfilou com a bateria e alguns componentes.
Em 2008, teve como tema Quem canta seus males espantam. Ficou em 3º lugar.
Em 2009, A Escola repetiu o samba enredo de 1979, Maranhão, Festas, Lendas e Mistérios (Haja Deus Ficou em 2º lugar.
Em 2010, a Flor teve como tema O ouro negro na terra das palmeiras ? Refinaria Premium, um prêmio para o Maranhão. Ficou em 2º lugar. (http://pt.wikipedia.org/wiki/GRES_Flor_do_Samba)

Em 2011, a Flor apresentou o tema "Missão Cumprida, nasce mais uma estrela Dijalma Campos". Ficou em 3º lugar
Nos ultimos anos a escola tentar reerguer-se, sair de uma decadência que atravessou os anos 90 e 2000. Essa Escola de Samba já foi uma das maiores da cidade e uma das mais importantes do carnaval maranhense.
Em 1974, foi a primeira escola da cidade a adotar o sistema de desfile carioca; com enredo, samba-enredo, comissão de frente, ala atrás de ala, bateria e baianas. Esse desfile foi um marco para São Luís que queria se considerada uma cidade moderna e manter o titulo de terceiro melhor carnaval do Brasil.
A influência e o interesse político da Família Sarney pela Escola proporcionou-lhe o crescimento. O distanciamento dos investimentos financeiros dos patronos (a partir dos anos 90) e a forte marca de que a escola era domínio de um grupo político que tinha grande oposição na Capital do Estado levaram a Escola a um processo de decadência. Segundo Eugênio Araújo o grupo político que patrocinava a escola perdeu o interesse pela mesma.
...Foram vários os grupos culturais aos quais a família Sarney se ligou ao longo destes últimos 40 anos inclusive as escolas de samba ? era preciso se legitimar perante a sociedade, conquistar "corações e mentes". Enquanto as escolas de samba serviram para isso, tudo bem eram uns investimentos viáveis. Roseana e Fernando desfilavam pela Flor, misturando-se ao povo nos dias de festa ? a ala dos Sarney era um frisson, um acontecimento social!
Mas quando alguns agentes culturais e governantes começaram a fazer campanha contra as escolas de samba, acusando-as de "traidoras da cultura maranhense", os Sarney repensaram sua posição. Para os políticos só interessa o investimento que dá lucro certo. Porque investir numa manifestação mal falada e má afamada?

Entretanto, observa-se ainda o apoio do grupo político em questão a Escola de Samba e a outras manifestações de igual natureza. Os tempos são outros - a forma de fazer política, de participar de maneira mais efetiva nas manifestações culturais, também, mudaram. A agremiação carnavalesca tem que buscar sua sustentabilidade própria, romper a dependência, deixa de ser feudo.
Os desfiles da Flor do Samba sempre são esperados com grande expectativa pelo público e pelas outras agremiações concorrentes. Em 2011, a Escola amargou um terceiro lugar, o segundo lugar foi para Marambaia do Samba que surpreendeu a todos os foliões e as pessoas que gostam de escolas de samba.
O futuro da escola passará por mudanças significativas em sua estrutura de gestão e direção de carnaval. Alguns aspectos devem ser observados, desafios superados com criatividade participativa e artística, como por exemplo:
1. Construção de uma Gestão Administrativa solida que tenha como foco a agremiação, sua reconstrução, sua nova conceituação.
2. Diretores comprometidos com o pavilhão da agremiação que vistam a camisa da Flor do Samba não somente para passarem na passarela do samba - como é muito comum; que sejam pessoas inovadoras, determinadas, proativas, responsáveis.
3. Os carros alegóricos precisam de melhor acabamento lateral, identificação com o enredo, nova concepção artística e visual, uma vez que, são confusos e agregam pouco ao visual da Escola. Melhor definição de cores, um bom estudo da teoria das cores vale à pena. Estruturas vazadas, maior numero de esculturas, belas mulheres e rapazes.
4. Contratação de profissionais especializados em iluminação e bons ferreiros.
5. Formação de um bom time de artistas plásticos, compositores, intelectuais que possam somar e concretizar os objetivos da Escola.
6. Os figurinos dos últimos anos são muito semelhantes. As estampas dos tecidos das alas são parecidas, mudando apenas na cor. Há pouca diferenciação das fantasias de uma ala para outra, ainda que as mesmas sejam bem confeccionadas, com material de primeira qualidade.
7. O vermelho nas fantasias tem sido utilizado de forma indiscriminada, ala após ala com essa cor quente gera uma confusão no visual. A escola parece uma massa compacta na passarela (grifo nosso) e assim não há a valorização dos detalhes das fantasias. É desejado permear o vermelho com o branco, ou com a cor prata, assim como, numa ala deverá predominar uma cor e na ala seguinte outra cor.
8. Utilizar o azul e seus tons com o dourado, ainda que essa última cor não seja a oficial da escola. O azul (dependendo da tonalidade) por ser uma cor fria poderá dar efeitos interessantes se combinado com os vários tons de vermelho.
9. Desenvolver enredos que possibilitem uma profunda pesquisa bibliográfica, antropologia, sociológica e, assim, abrir caminhos para a criação de peças artísticas únicas, criativas, extravagantes no aspecto de concepção e confecção.
10. Abrir a porta para novos compositores, jovens e experientes.
11. Samba enredo de fácil assimilação pelo público, boas rimas, com valor musical, a exemplo do Samba de 2011 que possibilitou a escola fica leve, alegre durante o desfile.
12. Projeto de mídia ostensivo que suscite interesse popular sobre o enredo da escola e popularize o samba enredo.
13. Colocação de carro de som com boa qualidade de sonorização na área de concentração e na área de armação da Escola veiculando o samba enredo, antes do desfile.
14. Boa direção de evolução e harmonia. A escola tem sérios problemas de evolução, como os sambas enredos, na maioria das vezes, são acelerados, a agremiação começa a correr no inicio do desfile, há momentos que as alas ficam tumultuadas no inicio das mesmas e com grande espaços vazios do meio para o fim. Diretores de evolução que estão à frente de uma ala contêm a mesma e os que estão atrás empurram os foliões para frente, compactando a mesma, Essa, depois, é liberada e tem que ocupar grandes espaços à frente, gerando correria que prejudica a evolução do desfile. Acontece, também, alas que em plena passarela têm que voltar para ocupar espaços vazios, uma vez que, a ala seguinte ficou para trás.

Considerações Finais

O futuro da Flor do Samba é incerto, as fontes de recursos que viabilizem uma apresentação espetacular, que inebrie a passarela com o perfume da Negra Fulô do Desterro, também, é problemático. O certo é o hoje, é a vontade de uma comunidade pobre que deseja ser respeitada, que anseia ver-se representar no Carnaval por uma escola graciosa e grandiosa, feita por peixeiros, prostitutas, famílias que morram no Desterro, por admiradores, por ricos e poderosos e por todos aqueles que gostam do carnaval do Maranhão, do Carnaval do Bairro do Desterro.

Referencia Bibliografia
ARAUJO, Eugenio. Flor do Samba: uma escola, duas diretorias e a vontade de renascimento. Disponível em: . Acesso em 13.03.2011.
GRES Flor do Samba. Disponivel em: . Acesso em 13.03.2011.

Autor: Helio Leite


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