GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMÁTICA NO AMBIENTE



Faculdade de Ciências Humanas de Pernambuco
Curso de Administração


Nota Geral: 8,5


GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMÁTICA NO AMBIENTE
HOSPITALAR PÚBLICO



ROMULO BANDEIRA DE VASCONCELOS FILHO


MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO



RECIFE ? 2004


Faculdade de Ciências Humanas de Pernambuco
Curso de Administração





GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMÁTICA NO AMBIENTE
HOSPITALAR PÚBLICO





Romulo Bandeira de Vasconcelos Filho






Monografia apresentada à Faculdade de Ciências Humanas de Pernambuco, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração.




Orientador: Prof. Francisco de Melo Granata.



RECIFE ? 2004


Faculdade de Ciências Humanas de Pernambuco
Curso de Administração




GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMÁTICA NO AMBIENTE
HOSPITALAR PÚBLICO



Romulo Bandeira de Vasconcelos Filho



BANCA EXAMINADORA



_______________________________
Prof. Francisco de Melo Granata




_______________________________
Prof. José Filgueira Forte




_______________________________
Prof. Acácio Francisco Cruz de Oliveira






RECIFE ? 2004


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 04

CAPÍTULO 1. A AUTOMAÇÃO HOSPITALAR E O SISTEMA INTEGRADO HOSPITALAR PÚBLICO 06
1.1 A Tecnologia da Informação no Sistema Integrado Hospitalar 08
1.2 Telemedicina 09
1.3 Sistema Integrado Hospitalar para a Área Laboratorial 18
1.4 Sistemas de informação em saúde 19

CAPÍTULO 2. O SISTEMA INTEGRADO HOSPITALAR (SIH) CONTROLA OS SETORES DE UM HOSPITAL 23
2.1 Sistema de Informações Ambulatórias 23
2.2 Sistema de Informação da Atenção Básica 24
2.3 Sistema de Compras 25

CAPÍTULO 3. O PRONTUÁRIO ELETRÔNICO ? INTEGRANDO AS INFORMAÇÕES SOBRE O PACIENTE 27
3.1 O Sistema de Internação nos Hospitais, Clínicas e Centros Médicos 29
3.2 Sistema para Área Laboratorial 30
3.3 Sistema de Faturamento integrado aos procedimentos em saúde 31
3.4 A Tecnologia da Informação no Sistema Integrado Hospitalar 32

CONSIDERAÇÕES FINAIS 33

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 34

INTRODUÇÃO

O provimento de acesso à rede de saúde está colocado como meta em alguns anos o atingimento de todos os municípios brasileiros. Esse é um grande desafio. Isso foi colocada há alguns anos atrás. Mas, hoje, a gente vê que não parece tão difícil assim. O crescimento da Internet está sendo muito grande e vocês vão ver que isso começa a ter características de realidade mesmo.
Garantir um conjunto onde há diversidade de informações disponíveis, os recursos são todos vinculados a projetos específicos, é uma coisa que tem que ter base de projetos bem feitos e determinados pelos estados dentro dos hospitais públicos.
Alguns objetivos extremamente importantes estão sendo colocados. O primeiro deles: assegurar a ampla difusão e acesso às informações disponibilizadas pela rede. Quer dizer, ainda há uma certa resistência de um alguns seguimentos de administração de informações, aquela história de que informação é poder, de querer manter informações sob controle, sem disseminação.
O objetivo do projeto é exatamente acabar com isso. A intenção é produzir informações e fazer com que elas cheguem aos usuários, aos agentes do SUS, aos diversos gerentes. E, principalmente, criar o chamado controle social, viabilizar o controle social sobre a saúde.
Visar aumento de cobertura e melhoria na qualidade das informações. Alguns dos sistemas, por exemplo, o sistema de mortalidade, o sistema de nascido vivo, são sistemas fundamentais para percepção da realidade social brasileira.
Eles ainda têm deficiências de cobertura, nem todos os municípios conseguem produzir as informações a tempo e a hora e a qualidade das informações, algumas vezes, deixa a desejar. Então, esse objetivo está colocado também. E, evidentemente, implantação de sistemas gerenciais que possam viabilizar aquele componente de melhoria gerencial do SUS.
Uma coisa que se enfatiza muito nesse contexto é que não basta passar informações numéricas sobre morbidade, mortalidade, é preciso também, passar as informações de caráter normativo, legislativo, administrativo, que a gente não tem o hábito de fazer.

Então, isso é uma coisa importante. É preciso promover treinamento. Isso, a gente tem certeza que é o principal desafio: recursos humanos no SUS. Está bastante difícil, hoje, no País inteiro, nas várias áreas, no setor saúde em particular, a reciclagem e treinamento de recursos humanos, "o que é fundamental".


CAPÍTULO 1. A AUTOMAÇÃO HOSPITALAR E O SISTEMA INTEGRADO HOSPITALAR PÚBLICO

Um sistema médico-hospitalar deve seguir as recomendações e padrões definidos pelos organismos de normalização e qualidade. O SIH (sistema integrado hospitalar) é aderente aos mais importantes padrões da área, devendo-se destacar a parceria Vector com a HAC ? Health Advanced Consult, empresa especializada em desenvolvimento de protocolos clínicos.
A tecnologia de informação, os "standards" internacionais e a regulamentação indicada pela EAN Brasil, são amplamente utilizados no desenvolvimento de projetos para a área médico-¬hospitalar, fortalecendo as questões de qualidade e segurança de software, nos produtos e serviços em informática médica.
Como o Sistema Integrado Hospitalar abrange de forma integrada e completa todos os assuntos que envolvem a Administração Hospitalar, o código de barras pode ser utilizado em setores tão distintos como:
ü controle e automação de todo o processamento de medicamentos, abrangendo o estoque, fragmentação em dose unitárias e utilização, além da correta e ágil inclusão no faturamento.
ü identificação de pacientes e profissionais.
ü controle de documentos e exames.

A substituição da digitação dos dados em teclado pela leitura ótica traz claras vantagens para a instituição, para o profissional e, especialmente, para a segurança e qualidade de atendimento para o paciente.
Segundo Nardon (1988, p. 50):

propiciar o aumento da capacidade de desenvolvimento sócio-econômico [sic] das diversas regiões através do apoio técnico e financeiro a projetos de cunho tecnológico (...) que visem à modernização e melhoria da competitividade dos diversos agentes econômicos voltados à produção de bens e serviços, prioritariamente industrial, bem com à criação de novos agentes.

O Sistema Integrado Hospitalar abrange de forma completa os diversos assuntos que envolvem a Administração Hospitalar em instituições que tenham desde uma dezena de leitos até algumas centenas. O SIH é um sistema de informática completo para Hospitais e outras instituições de saúde, que foi desenvolvido pela Vector a partir da sua experiência em sistemas e serviços de informática para a área da saúde, tendo informatizado nesse processo diversas instituições, apresentadas em seu portfólio de clientes.
SIH é uma solução que compreende todos os processos administrativos e clínicos do paciente, e vem ao encontro das aspirações do Administrador Hospitalar e do Corpo Clínico, pelo incremento proporcionado na eficácia, segurança, qualidade e racionalização de procedimentos. Ponto fundamental do sistema é o prontuário eletrônico, que se interliga com todos os outros módulos do sistema, tanto nas funções de apoio e controle clínico quanto nas funções administrativas. O prontuário eletrônico pode também ser acessado mediante tecnologia Internet, a critério da instituição.
Essa funcionalidade pode ser complementada pela adoção de tecnologias modernas de computação e telecomunicações. Destacam-¬se os computadores de mão wireless, que se comunicam com a rede de dados e com os bancos de dados via rádio freqüência, permitindo que o prontuário eletrônico seja consultado e atualizado pelos profissionais até mesmo à beira do leito do paciente.
Outro item fundamental na segurança e agilidade dos procedimentos é a adoção de código de barras nos computadores móveis e nos coletores de dados. Há aumento na segurança, na agilidade e na qualidade dos procedimentos, uma vez que a tecnologia pode ser aplicada na identificação rápida e confiável dos profissionais que realiza o ato, do paciente, dos medicamentos que estão sendo manuseados e até dos exames realizados.
Segundo Almeida (1998, p. 86):

Até pouco tempo atrás, quando se falava em inovação tecnológica no ambiente hospitalar a referência era a evolução dos equipamentos de medicina. Mas esse não é o único impacto tecnológico que domina as instituições de primeira linha no Brasil. O investimento em TI por parte dessas verdadeiras corporações está cada vez maior, e gira em torno de alguns dogmas como a integração dos procedimentos, melhoria no atendimento e redução de custos.

O sistema atua mediante interface gráficas e de forma on line e real time. Emite relatórios técnicos, gerenciais e administrativos. O SIH é aderente aos principais standards da área da saúde, além de basear-se no melhor da tecnologia da informação.
Vale ressaltar que o SIH é um sistema personalizável, fazendo com que suas funções e relatórios se encaixem perfeitamente com as rotinas dos setores dos clientes.
Após a decisão de compra ou locação do sistema SIH, a implantação de cada módulo do sistema contempla a execução de algumas etapas, tais como estabelecimento da gerência do projeto, levantamento da situação atual do hospital, especificação da funcionalidade do sistema e sua customização. A seguir são efetuadas as etapas de treinamento, testes gerais, implantação em paralelo do sistema e implantação final.

1.1 A Tecnologia da Informação no Sistema Integrado Hospitalar

Todo dia, em hospitais e clínicas, equipes médicas são auxiliadas em seu trabalho vital de salvamento de vidas pelos mais recentes e inovadores serviços e produtos Siemens: de soluções de Tecnologia de Informação (TI) e serviços de gerenciamento até equipamentos de diagnóstico por imagem e terapia intensiva; de arquivamento de imagens até sistemas de registro eletrônico de paciente totalmente integrado.
Utilizando tecnologias avançadas, nós nos esforçamos para aumentar a eficácia e o fluxo de trabalho a fim de melhorar os cuidados com a Saúde.
Segundo Moura (2000, p. 74):

A implementação de projetos de TI dentro dos hospitais brasileiros acompanha a infra-estrutura das corporações, como o upgrade para redes mais velozes rodando em paralelo com sistemas sem fio, mais capacidade de armazenamento e a utilização de aplicativos altamente customizados ? como os prontuários eletrônicos.

A Siemens Medical focaliza seus esforços em valores importantes como o aumento da produtividade do serviço de seus clientes, retorno garantido de seus investimentos por meio de soluções modulares e upgrades constantes, qualidade de imagem reconhecida como a melhor do mercado, e desenvolvimento de produtos que garantem segurança e conforto para pacientes e usuários.
Estamos presentes há 125 anos no mundo e há mais de 90 anos no país, oferecendo atendimento especializado em vendas e suporte técnico em todo o Brasil. Através do UPTIME Service Center, única central de serviços para sistemas médicos localizada no país, a Siemens Medical amplia ao máximo a disponibilidade da base instalada de equipamentos e contribui de forma positiva para os cuidados com pacientes e a lucratividade financeira de seu s clientes.
Segundo Marin (1955, p. 57):

Desde o surgimento dos primeiros computadores, os profissionais de saúde ansiavam o dia em que as máquinas fossem capazes de participar no processo de elaboração de diagnósticos laborais. Essa possibilidade terá surgido por volta dos anos 50; com o aparecimento dos primeiros protótipos experimentais.

1.2 Telemedicina

A palavra Telemedicina foi usada pela primeira vez no início dos anos 90, na tentativa de englobar todas as várias iniciativas envolvendo a prática da Medicina "a distância" pelo uso de tecnologias de comunicação.
Na verdade, o termo Telemedicina é aceito com muitas restrições, dentre as quais as de ordem ética, que anaIisaremos ao final. Quem primeiramente utilizou este serviço foi o Programa Espacial da NASA, a partir do reconhecimento de que os médicos especialistas são encontrados em centros de excelência médica, na maioria das vezes distantes das localidades onde sua participação é requerida.
Tal constatação levou ao desenvolvimento, em alguns países, de uma infra-estrutura piramidal na qual o Hospital-Escola ficava no ápice, suprindo a necessidade de orientação aos médicos generalistas de cidades pequenas, evitando, assim, a remoção desnecessária de pacientes e a correta administração de atendimento médico especializado.
Os projetos iniciais envolveram videoconferências, telerradiologia e as manifestações de uma "segunda opinião". Em 1988, no Massachusetts General Hospital, foi estabelecido, com sucesso, o primeiro protótipo do sistema de telerradiologia. Atualmente, a empresa norte-americana "WorldCare" opera em seis países: EUA, Arábia Saudita, Líbano, Jordânia, Emirados Árabes e França, tendo como base a união entre o Massachusetts General Hospital e The Cleveland Clinic Foundation, atingindo várias áreas da Medicina, incluindo a Educação Médica Continuada.
Segundo Moura (2000, p. 74):

Muitos problemas impediram uma ampla introdução de tais sistemas, desde problemas de suporte científico até problemas de logística, dificultando a integração deste no quotidiano clínico do profissional de saúde.

No Brasil, já existe experiência acumulada em videoconferências (com a participação do próprio Conselho Federal de Medicina) e monitoração de sinais vitais e ECG, como ocorre na Bahia, através de convênios com Santas Casas, postos de saúde e a união de prefeituras, tornando possível a instalação de equipamentos de ECG que transmitem o padrão gráfico por telefone em mais de 400 municípios.
Entretanto, ao lado de tão sofisticada evolução da tecnologia de comunicação, a Medicina, como Ciência, foi a que menos se beneficiou. A Ética e o Direito ainda não nos deram o caminho seguro a ser trilhado, especialmente em relação à privacidade das informações, ao sigilo profissional e à responsabilidade do médico assistente e do plantonista na central de atendimento e transmissão de dados.
Segundo Nardon (1958, p. 58):

O SIH é um sistema voltado às instituições da área de saúde, como Hospitais e Centros Médicos. Proporciona qualidade e rapidez de atendimento para o paciente pois permite utilizar tecnologias atuais como código de barras na identificação de pacientes, medicamentos e exames.

O Conselho Federal de Medicina, por meio do Parecer nº 31/97, a respeito de consulta do setor médico da Petrobrás sobre orientação médica a distância para embarcações e plataformas marítimas, assim se manifestou, concluindo:
Pode o médico que, excepcionalmente por força de lei ou função, por obrigação a exercer plantão telefônico para assessoria a situações de emergência ocorridas em embarcações e plataformas, oferecer integralmente opinião dentro de princípios éticos e técnicos para tratamento de pessoa necessitada, correlacionando-a às informações obtidas, não sendo responsável pelo exame físico e execução do procedimento a ser adotado por terceiros.
Da mesma forma, em relação à Central de Regulação de Atendimento Pré-Hospitalar, através das Resoluções CREMESC N° 28/97 e CFM Nº 1.529/98, tanto o Conselho Regional de Medicina do Estado de Santa Catarina quanto o Conselho Federal de Medicina (CFM) manifestaram-se sobre a responsabilidade profissional na transmissão de informações. O Ministério da Saúde, através da Portaria Nº 824/99, também corroborou o mesmo entendimento.
A revista Bioética, publicada pelo CFM, em seu volume 8, número 1, 2.000, abordou no Simpósio "Tecnologia e Medicina" o assunto "Telemedicina: breves considerações ético-legais", de autoria do Prof. Dr. Genival Veloso de França, de onde extraímos:
Em face destes acontecimentos e como era de se esperar, vêm surgindo alguns problemas, principalmente pela não-existência de normas internacionais e de órgãos mediadores capazes de limitar um ou outro impulso com regras éticas e legais bem definidas. Daí se perguntar: como garantir os níveis mínimos de qualidade do sistema de teleassistência? Qual a melhor forma de garantir a confidencialidade e a segurança dos dados enviados e das recomendações recebidas? Como se criar um padrão de qualidade internacional capaz de atender aos interesses dos pacientes e dos médicos do mundo inteiro?
Segundo Nardon (1998, p. 58):

Quando se fala em uso avançado da TI dentro dos hospitais, no Brasil, na maioria das vezes estamos falando em instituições de primeira linha, privadas, que atendem pacientes de alto poder aquisitivo e geram um faturamento que permite investir na sofisticação do parque tecnológico. Mas o bom uso da TI nos centros de saúde também envolve a criatividade do time de informática, em descobrir como as ferramentas atuais podem ser utilizadas dentro do ambiente hospitalar.

Por tal razão, a Telemedicina traz consigo uma série de posturas que se confrontam com os princípios mais tradicionais da ética médica, principalmente no aspecto da relação médico-paciente, além de alguns problemas de ordem jurídica que podem despontar na utilização deste processo, pois ele suprime o momento mais eloqüente do ato médico: a interação física do exame clínico, entre o profissional e o paciente.
A eliminação da relação pessoal médico-paciente de imediato altera alguns princípios tradicionais que regulam o exercício ético da Medicina. Portanto, há certas normas e princípios éticos que devem se aplicar aos profissionais que utilizam a Telemedicina.
Na mesma revista, o Dr. Genival Veloso de França apresenta a Declaração de Tel Aviv, adotada pela 51ª Assembléia Geral da Associação Médica Mundial, realizada em outubro de 1999, em Israel, sob o título "Responsabilidades e Normas Éticas na Utilização da Telemedicina", que contempla algumas das necessidades sentidas pelos Conselhos Federal e Regionais de Medicina no tocante à regulamentação do assunto.
A utilização da Telemedicina tem muitas vantagens potenciais e sua demanda aumenta cada vez mais. Os pacientes que não têm acesso a especialistas, ou inclusive à atenção básica, podem beneficiar-se muito com esta utilização. Por exemplo, a Telemedicina permite a transmissão de imagens médicas para realizar uma avaliação a distância em especialidades tais como radiologia, patologia, oftalmologia, cardiologia, dermatologia e ortopedia. Isto pode facilitar, muito, os serviços do especialista, ao mesmo tempo em que diminui os possíveis riscos e custos relativos ao transporte do paciente e/ou a imagem de diagnóstico.
Os sistemas de comunicações, como a videoconferência e o correio eletrônico, permitem aos médicos de diversas especialidades consultar colegas e pacientes com maior freqüência, e manter excelentes resultados dessas consultas. A telecirurgia ou a colaboração eletrônica entre locais sobre telecirurgia faz com que cirurgiões com assessoramento e a ajuda de cirurgiões experientes.
Os contínuos avanços da tecnologia criam novos sistemas de assistência a pacientes que ampliarão a margem dos benefícios que oferece a Telemedicina a muito mais do que existe agora. Ademais, a Telemedicina oferece um maior acesso à educação e à pesquisa médica, em especial para os estudantes e os médicos que se encontram em regiões distantes.
A Associação Médica Mundial reconhece que, a despeito das conseqüências positivas da Telemedicina, existem muitos problemas éticos e legais que se apresentam com sua utilização. Em especial, ao eliminar uma consulta em um lugar comum e o intercâmbio pessoal, a Telemedicina altera alguns princípios tradicionais que regulam a relação médico-paciente. Portanto, há certas normas e princípios éticos que devem aplicar os médicos que utilizam a Telemedicina.
Posto que este campo da Medicina está crescendo tão rapidamente, esta Declaração deve ser revisada periodicamente a fim de assegurar que se trate dos problemas mais recentes e mais importantes.
Tipos de Telemedicina: A possibilidade de que os médicos utilizem a Telemedicina depende do acesso à tecnologia e este não é o mesmo em todas as partes do mundo. Sem ser exaustiva, a seguinte lista descreve os usos mais comuns da Telemedicina no mundo de hoje.
Uma interação entre o médico e o paciente geograficamente isolado ou que se encontre em um meio que não tem acesso a um médico local. Chamada às vezes teleassistência, este tipo está em geral restrito a circunstâncias muito específicas (por exemplo, emergências).
Uma interação entre o médico e o paciente, onde se transmite informação médica eletronicamente (pressão arterial, eletrocardiogramas, etc.) ao médico, o que permite vigiar regularmente o estado do paciente. Chamada às vezes televigilância, esta se utiliza com mais freqüência aos pacientes com enfermidades crônicas, como a diabetes, hipertensão, deficiências físicas ou gestações difíceis.
Segundo Lee (2000, p. 78):

SIH é um sistema hospitalar que usa intensivamente a Tecnologia. Além de sólidos princípios da Tecnologia da Informação, SIH traz a possibilidade de adotar códigos de barra na identificação de pacientes, medicamentos e exames, proporcionando segurança, agilidade e racionalização. Os profissionais poderão usar computadores de mão e coletores de dados sem fios, para consultar prontuários e registrar procedimentos e resultados, mesmo à beira do leito do paciente.

Em alguns casos, pode-se proporcionar uma formação ao paciente ou a um familiar para que receba e transmita a informação necessária. Em outros, uma enfermeira, tecnólogo médico ou outra pessoa especialmente qualificada pode fazê-lo para obter resultados seguros.
Uma interação onde o paciente consulta diretamente o médico, utilizando qualquer forma de telecomunicação, incluindo a Internet. A teleconsulta ou consulta em conexão direta, onde não há uma presente relação médico-paciente nem exames clínicos, e onde não há um segundo médico no mesmo lugar, cria certos riscos. Por exemplo, incerteza relativa à confiança, confidencialidade e segurança da informação intercambiada, assim como a identidade e credenciais do médico.
Uma interação entre dois médicos: um fisicamente presente com o paciente e outro reconhecido por ser muito competente naquele problema médico. A informação médica se transmite eletronicamente ao médico que consulta, que deve decidir se pode oferecer de forma segura sua opinião, baseada na qualidade e quantidade de informação recebida.
Independente do sistema de Telemedicina que utiliza o médico, os princípios da ética médica, a que está sujeita mundialmente a profissão médica, nunca devem ser comprometidos.
A Telemedicina não deve afetar adversamente a relação individual médico-paciente. Quando é utilizada de maneira correta, a Telemedicina tem o potencial de melhorar esta relação através de mais oportunidades para comunicar-se e um acesso mais fácil de ambas as partes.
Como em todos os campos da Medicina, a relação médico-¬paciente deve basear-se no respeito mútuo, na independência de opinião do médico, na autonomia do paciente e na confidencialidade profissional. É essencial que o médico e o paciente possam se identificar com confiança quando se utiliza a Telemedicina.
A principal aplicação da Telemedicina é na situação onde o médico assistente necessita da opinião ou do conselho de outro colega, desde que tenha a permissão do paciente. Sem dúvida em alguns casos, o único contato do paciente com o médico é através da Telemedicina. Idealmente, todos os pacientes que necessitam ajuda médica devem ver seu médico na consulta pessoal e a Telemedicina deve limitar-se a situações onde o médico não pode estar fisicamente presente num tempo aceitável e seguro.
Quando o paciente pede uma consulta direta de orientação esta só deve ocorrer quando o médico já tenha uma relação com o paciente ou conhecimento adequado do problema que se apresenta, de modo que possa ter uma idéia clara e justificável. Sem dúvida, deve-se reconhecer que muitos serviços de saúde que não contam com relações preexistentes (como centros de orientação por telefone) e certos tipos de serviços em regiões afastadas são considerados como serviços valiosos e, em geral, funcionam bem dentro de suas estruturas próprias.
Numa emergência em que se utilize a Telemedicina, a opinião do médico pode se basear em informação incompleta, porém, nesses casos, a urgência clínica da situação será o fator determinante para se empregar uma opinião ou um tratamento. Nesta situação excepcional, o médico é legalmente responsável por suas decisões.
O médico tem liberdade e completa independência de decidir se utiliza ou recomenda a Telemedicina para seu paciente. A decisão de utilizar ou recusar a Telemedicina deve basear-se somente no benefício do paciente.
Quando utilizar a Telemedicina diretamente com o paciente, o médico assume a responsabilidade do caso em questão. Isto inclui o diagnóstico, opinião, tratamento e intervenções médicas diretas.
O médico que pede a opinião de outro colega é responsável pelo tratamento e por outras decisões e recomendações dadas ao paciente. Sem dúvida, o teleconsultado é responsável ante o médico que trata pela qualidade da opinião que dê e deve especificar as condições em que a mesma é válida. Não está obrigado a participar se não tem o conhecimento, competência ou suficiente informação do paciente para dar uma opinião bem fundamentada.
É essencial que o médico que não tem contato direto com o paciente (como o teleespecialista ou um médico que participa na televigilância) possa participar em procedimentos de seguimento, se for necessário.
Quando pessoas que não são médicas participam da Telemedicina, por exemplo, na recepção ou transmissão de dados, vigilância ou qualquer outro propósito, o médico deve assegurar-se que a formação e a competência destes outros profissionais de saúde seja adequada, a fim de garantir uma utilização apropriada e ética da Telemedicina.
Em algumas situações, o paciente assume a responsabilidade da coleta e transmissão de dados ao médico, como nos casos de televigilância. É obrigação do médico assegurar que o paciente tenha uma formação apropriada dos procedimentos necessários, que é fisicamente capaz e que entende bem a importância de sua responsabilidade no processo. O mesmo princípio se deve aplicar a um membro da família ou a outra pessoa que ajude o paciente a utilizar a Telemedicina.
As regras correntes do consentimento e confidencialidade do paciente também se aplicam às situações da Telemedicina. A informação sobre o paciente só pode ser transmitida ao médico ou a outro profissional de saúde se isso for permitido pelo paciente com seu consentimento esclarecido.
A informação transmitida deve ser pertinente ao problema em questão. Devido aos riscos de filtração de informações inerentes a certos tipos de comunicação eletrônica, o médico tem a obrigação de assegurar que sejam aplicadas todas as normas de medidas de segurança estabelecidas para proteger a confidencialidade do paciente.
O médico que utiliza a Telemedicina é responsável pela qualidade da atenção que recebe o paciente e não deve optar pela consulta de Telemedicina, a menos que considere que é a melhor opção disponível. Para esta decisão o médico deve levar em conta a qualidade, o acesso e o custo.
Deve-se usar regularmente medidas de avaliação da qualidade, a fim de assegurar o melhor diagnóstico e tratamento possíveis na Telemedicina. O médico não deve utilizar a Telemedicina sem assegurar-se de que a equipe encarregada do procedimento seja de um nível de qualidade suficientemente alto, que funcione de forma adequada e que cumpra com as normas recomendadas. Deve-se dispor de sistemas de suporte em casos de emergência.
Deve-se utilizar controles de qualidade e procedimentos de avaliação para vigiar a precisão e a qualidade da informação coletada e transmitida. Para todas as comunicações da Telemedicina deve-se contar com um protocolo estabelecido que inclua os assuntos relacionados com as medidas apropriadas que se devem tomar em casos de falta da equipe ou se um paciente tem problemas durante.a utilização da Telemedicina.
Qualidade da informação: O médico que exerce a Medicina a distância sem ver o paciente deve avaliar cuidadosamente a informação que recebe. O médico só pode dar opiniões e recomendações ou tomar decisões médicas se a qualidade da informação recebida é suficiente e pertinente para o cerne da questão.
Autorização e competência para utilizar a Telemedicina. A Telemedicina oferece a oportunidade de aumentar o uso eficaz dos recursos humanos médicos no mundo inteiro e deve estar aberta a todos os médicos, inclusive através das fronteiras nacionais.
O médico que utiliza a Telemedicina deve estar autorizado a exercer a Medicina no país ou estado onde reside e deve ser competente na sua especialidade. Quando utilizar a Telemedicina diretamente a um paciente localizado em outro país ou estado, o médico deve estar autorizado a exercer no referido estado ou país, ou deve ser um serviço aprovado internacionalmente.
História clínica do paciente: Todos os médicos que utilizam a Telemedicina devem manter prontuários clínicos adequados dos pacientes e todos os aspectos de cada caso devem estar documentados devidamente. Deve-se registrar o método de identificação do paciente e também a quantidade e qualidade da informação recebida.
Deve-se registrar adequadamente os achados, recomendações e serviços de Telemedicina utilizados e se deve fazer todo o possível para assegurar a durabilidade e a exatidão da informação arquivada.
O especialista que é consultado através da Telemedicina também deve manter um prontuário clínico detalhado das opiniões que oferece e também da informação que se baseou. Os métodos eletrônicos de arquivamento e transmissão da informação do paciente só podem ser utilizados quando se tenham tomado medidas suficientes para proteger a confidencialidade e a segurança da informação registrada ou intercambiada. Formação em Telemedicina.
A Telemedicina é um campo promissor para o exercício da Medicina e a formação neste campo deve ser parte da educação médica básica e continuada. Deve-se oferecer oportunidades a todos os médicos e outros profissionais de saúde interessados na Telemedicina.
A Associação Médica Mundial recomenda que as Associações Médicas Nacionais:
ü Adotem a Declaração da Associação Médica Mundial sobre as Responsabilidades e Normas Éticas na Utilização da Telemedicina;
ü Promovam programas de formação e de avaliação das técnicas de Telemedicina, no que concerne à qualidade da atenção, relação médico-paciente e eficácia quanto a custos;
ü Elaborem e implementem, junto com as organizações especializadas, normas de exercício que devem ser usadas como um instrumento na formação de médicos e outros profissionais de saúde que possam utilizar a Telemedicina;
ü Fomentem a criação de protocolos padronizados para aplicação nacional e internacional que incluam os problemas médicos e legais, como a inscrição e responsabilidade do médico, e o estado legal dos prontuários médicos eletrônicos; e
ü Estabeleçam normas para o funcionamento adequado das teleconsultas e que incluam também os problemas da comercialização e da exploração generalizadas.
ü A Associação Médica Mundial segue observando a utilização da Telemedicina em suas distintas formas".
ü O CFM tem o mesmo entendimento da Associação Médica Mundial e da Associação Médica Brasileira acerca das "Responsabilidades e Normas Éticas na Utilização da Telemedicina", devendo, apenas, serem adaptadas à realidade médica brasileira. Além disso, toda empresa voltada para ativi2ades na área da Telemedicina deverá ter inscrição obrigatória no Cadastro de Pessoa Jurídica do CRM da jurisdição, com a indicação do respectivo responsável técnico.

1.3 Sistema Integrado Hospitalar para a Área Laboratorial

Sistemas integrados são aplicações (softwares) que permitem que todas as áreas do hospital operem de forma única, gerando uma integração de processos, recursos e informações.
A implantação de um sistema integrado de gestão hospitalar (ou laboratorial) promove um redirecionamento dos procedimentos existentes, de forma a substituir a departamentalização das atividades por uma visão orientada a processos, tornando a organização mais ágil e eficiente. Ele monitora toda a produção da unidade e estabelece um equilíbrio de ações que elege o processo como o grande condutor da excelência.
O ERP (Enterprise Resource Planning, ou Planejamento de Recursos Empresariais) é uma aplicação voltada a integrar todos os departamentos e funções de uma organização, em um único sistema de informação. Em uma grande empresa, é uma tarefa verdadeiramente grande. O sistema deve ser profundamente versátil, já que irá servir necessidades tão distintas como as do departamento financeiro, dos recursos humanos ou do estoque.
Devido as características extremamente atípicas do universo hospitalar e laboratorial, as ERPs têm enorme dificuldade de controlar a produção dos serviços prestados pela Organização de saúde. Elas atuam bem naquilo que se denomina usualmente de backoffice, ou seja, todas as áreas que envolvem o suporte a operação da empresa (contas a pagar, contas a receber, contabilidade, recursos humanos, e outros).
Já o HIS ? Hospital Information System ? responde pela gestão do chamado "chão de fábrica do hospital". Ou seja, todas as informações da produção em saúde, em qualquer nível de complexidade, de um consultório a um grande complexo hospitalar. Todos os dados geradores de fatos financeiros, contábeis, gerenciais e clínicos são registrados a partir do atendimento do paciente, cujo o registro compõe o prontuário eletrônico do paciente.

1.4 Sistemas de informação em saúde

O conhecimento atualizado das condições de saúde da população decorre da realização de estudos e análises das informações disponíveis, especialmente as referentes ao conjunto de indicadores básicos selecionados para acompanhamento periódico. A precisão desse conhecimento, por sua vez, depende, em grande parte, da qualidade dos dados gerados nos sistemas de informação de saúde, o que pode estar influenciado por múltiplos fatores, técnicos e operacionais. O uso regular desses dados, por serviços e instituições acadêmicas da área de saúde, contribui decisivamente para o progressivo aprimoramento dos sistemas e bases de dados e, conseqüentemente, para a consistência das análises realizadas.
Em relação à Vigilância Epidemiológica nada se faz sem a obtenção de informações. Por outro lado, um bom sistema de informações depende da periodicidade do fluxo de fornecimento dos dados e do criterioso preenchimento dos instrumentos de coleta (fichas de notificação e investigação, declaração de óbito, declaração de nascido vivo, boletins de atendimento, autorizações de internação, relatórios etc). A transformação desses dados (valor quantitativo obtido para caracterizar um fato ou circunstância) em informações (análise descritiva dos dados) pode ser feita em todos os níveis do sistema de saúde. Para isso, faz-se necessário organizá-los em tabelas e gráficos, que, dependendo do grau de complexidade das análises, podem ser realizados por todos os profissionais, ou por alguns com capacitação específica.
A Lei Orgânica da Saúde ? Lei 8080/90 prevê, em seu artigo 47, a organização pelo Ministério da Saúde, em articulação com os níveis estaduais e municipais do SUS, de um Sistema Nacional de Informações em Saúde ? SIS, integrado em todo o território nacional, abrangendo questões epidemiológicas e de prestação de serviços.
Denomina-se Sistema de informações ao conjunto de unidades de produção, análise e divulgação de dados, que atuam com a finalidade de atender às necessidades de informações de instituições, programas, serviços. Podem ser informatizados ou manuais.
Os Sistemas de Informações em Saúde (SIS) são aqueles desenvolvidos e implantados com o objetivo de facilitar a formulação e avaliação das políticas, planos e programas de saúde, subsidiando o processo de tomada de decisões, a fim de contribuir para melhorar a situação de saúde individual e coletiva. São funções dos SIS: planejamento; coordenação; supervisão dos processos de seleção, coleta, aquisição, registro, armazenamento, processamento, recuperação, análise e difusão de dados e geração de informações.
É importante salientar que, para a área de saúde, também são de interesse dados produzidos fora do setor (demográficos, de saneamento, documentais e administrativos). Dados não rotineiros e que são coletados esporadicamente, obtidos através de inquéritos, levantamentos e estudos especiais, também são muito úteis às análises da situação de saúde e da vigilância epidemiológica. A coleta de dados deve ser racional e objetiva, visando a construção de indicadores epidemiológicos ou operacionais que atendam aos objetivos de cada programa ou instituição, evitando-se descrédito do sistema e desperdício de tempo e recursos.
Denominam-se Indicadores as informações produzidas com periodicidade definida e critérios constantes, que revelam o comportamento de um fenômeno em um dado espaço de tempo. Para isso, faz-se necessário a disponibilidade do dado, bem como, uniformidade e sinteticidade na coleta, simplicidade técnica na elaboração e bom poder discriminatório do indicador.
Os principais Sistemas de Informação em Saúde para a operacionalização do SUS, sendo que os principais são: Sistema de Informação de Agravos de Notificação ? SINAN.
Em 1975, a lei que instituiu o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica também criou a obrigatoriedade da notificação compulsória de algumas doenças, que era feita pelas Unidades de Saúde semanalmente, através do preenchimento do Boletim Semanal de Doenças. As Secretarias Estaduais faziam um consolidado mensal e o enviavam por aerograma para o Ministério da Saúde. Esse Sistema de Notificação Compulsória de Doenças (SNCD) sempre apresentou problemas de sub-notificação e supria limitadamente as necessidades mínimas de informação de morbidade do país.
Como conseqüência disso e visando melhorar a geração de informação, diversos sistemas paralelos foram criados nos diferentes níveis, incluindo o nacional. O Sistema de Informações de Agravos de Notificação ? SINAN foi idealizado para racionalizar o processo de coleta e transferência de dados relacionados às doenças e agravos de notificação compulsória, embora o número de doenças e agravos por ele contemplados venha aumentando, sem relação direta com a compulsoriedade de sua notificação.
O formulário padrão contém duas partes: a Ficha Individual de Notificação (FIN), que deve ser preenchida por profissionais das unidades assistenciais da rede privada, conveniada e pública; e a Ficha Individual de Investigação (FII), que, em geral, é preenchida pelo responsável da investigação. Os principais indicadores gerados pelo SINAN e SNCD são: taxa ou coeficiente de incidência, taxa ou coeficiente de prevalência, taxa ou coeficiente de letalidade. Com as fichas de investigação, muitas outras informações podem ser obtidas, como percentual de seqüelas, impacto das medidas de controle, percentual de casos suspeitos e confirmados, entre outras.

Sistema de Informação de Mortalidade ? SIM

Este sistema oferece informações da maior relevância para a definição de prioridades nos programas de prevenção e controle de doenças, a partir das declarações de óbito coletadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde. Sua Base de Dados é nacional, gerada e administrada pelo Centro Nacional de Epidemiologia ? CENEPI em cooperação com o Departamento de Informática do SUS ? DATASUS.
Sua operacionalização é feita a partir de um único documento padrão ? a Declaração de Óbito (DO), sendo ele o documento de entrada do sistema nos estados e municípios. Os dados coletados são de grande importância para a vigilância sanitária e análise epidemiológica, além de estatísticas de saúde e demografia.
O SIM foi criado pelo Ministério da Saúde em 1975 e, até recentemente, só era operado na administração central das Secretarias Estaduais de Saúde (SES). Com o desenvolvimento de um sistema informatizado de seleção de causa básica de óbito, está sendo iniciada a sua descentralização para as Secretarias Municipais de Saúde (SMS). O formulário de entrada de dados é a Declaração de Óbito (DO).
Os dados do SIM permitem calcular importantes indicadores para a VE, como: taxa ou coeficiente de mortalidade e mortalidade proporcional por grandes grupos de causas, por causas específicas, faixa etária, sexo, escolaridade, ocupação, e outras características do falecido constantes nas declarações de óbitos.
Sistema de Nascidos Vivos ? SINASC: Este sistema, implantado oficialmente em 1990, concebido e montado à semelhança do SIM, propicia um aporte significativo de dados sobre nascidos vivos, com suas características mais importantes, como sexo, local onde ocorreu o nascimento, tipo de parto e peso ao nascer, entre outras. Sua Base de Dados é nacional, gerada e administrada pelo Centro Nacional de Epidemiologia ? CENEPI em cooperação com o Departamento de Informática do SUS ? DATASUS.
Sua operacionalização é feita a partir de um único documento padrão ? a Declaração de Nascimento (DN) e o programa para operação em microcomputadores, em todos os Estados. Os dados, coletados a partir de 1992, são de grande importância para análise epidemiológica, estatística e demográfica.



CAPÍTULO 2. O SISTEMA INTEGRADO HOSPITALAR (SIH) CONTROLA OS SETORES DE UM HOSPITAL

O SIH-SUS representa importante fonte de informação por registrar em torno de 70% (setenta por cento) das internações hospitalares realizadas no Brasil e por gerar diversos indicadores: mortalidade hospitalar geral (segundo alguma causa ou segundo algum procedimento específico); taxa de utilização por faixa etária e/ou sexo, geral ou por causa; índice de hospitalização por faixa etária e/ou sexo, geral ou por causa; índice de gasto com hospitalização por faixa etária e/ou sexo, geral ou por causa; tempo médio de permanência geral ou por alguma causa específica; valor médio da internação, geral ou por alguma causa específica; proporção de internação por causa ou procedimento selecionado; utilização de UTI e outros.

2.1 Sistema de Informações Ambulatórias

Oferece à sociedade em geral e, particularmente, aos gestores, gerentes, trabalhadores e usuários do Sistema Único de Saúde ? SUS, em conformidade com as normas do Ministério da Saúde, instrumentos para a operacionalização das funções de cadastramento, controle orçamentário, controle e cálculo da produção, assim como para a geração de informações relativas à Rede Ambulatorial e à Produção Ambulatorial do SUS. Estas informações, por sua vez, são necessárias, respectivamente, ao gerenciamento da oferta de serviços e da capacidade instalada, visando o orçamento e repasse de recursos financeiros pelo governo federal ao Distrito Federal, estados e municípios, e aos demais prestadores de serviços do SUS, para o custeio e pagamento das ações de caráter ambulatorial.
Este sistema não registra os códigos da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas relacionados à Saúde ? CID, do(s) diagnóstico(s) dos pacientes, o que torna difícil a sua utilização como fonte de informação epidemiológica. Entretanto, é capaz de gerar indicadores operacionais que podem ser importantes como complemento das análises epidemiológicas, por exemplo: número de consultas médicas por habitante ao ano, número de consultas médicas por consultório, número de exames/terapias realizados pelo quantitativo de consultas médicas.

2.2 Sistema de Informação da Atenção Básica

Este sistema de informação, implantado em 1998 em substituição ao Sistema de Informação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde ? SIPACS, pela então Coordenação da Saúde da Comunidade/Secretaria de Assistência à Saúde, hoje Departamento de Atenção Básica/Secretaria de Atenção à Saúde, em conjunto com o Departamento de Informação e Informática do SUS/Datasus/SE, tem por objetivo o acompanhamento das ações e dos resultados das atividades realizadas pelas equipes do Programa Saúde da Família ? PSF.
Os dados que os Agentes Comunitários de Saúde ? ACS e a Equipe de Saúde da Família ? ESF coletam regularmente sobre é que alimentam esse sistema, permitindo acompanhar os casos de doenças, a vacinação, a gestação, o crescimento e desenvolvimento das crianças e os óbitos.
As informações fornecidas por esse sistema são bastante abrangentes e, quando alimentado corretamente (fichas preenchidas e digitadas corretamente), é possível acompanhar somente através dele os principais indicadores de saúde da população.
Desenvolvido como instrumento gerencial dos Sistemas Locais de Saúde, incorporou em sua formulação conceitos como território, problema e responsabilidade sanitária completamente inserido no contexto de reorganização do SUS no país, o que fez com que assumisse características distintas dos demais sistemas existentes. Tais características significaram avanços concretos no campo da informação em saúde. Dentre elas, destacamos:
ü micro-espacialização de problemas de saúde e de avaliação de intervenções;
ü utilização mais ágil e oportuna da informação;
ü produção de indicadores capazes de cobrir todo o ciclo de organização das ações de saúde a partir da identificação de problemas;
ü consolidação progressiva da informação, partindo de níveis menos agregados para mais agregados.
Por meio dele obtêm-se informações sobre cadastros de famílias, condições de moradia e saneamento, situação de saúde, produção e composição das equipes de saúde. Principal instrumento de monitoramento das ações do Saúde da Família, tem sua gestão na Coordenação de Acompanhamento e Avaliação/DAB/SAS (CAA/DAB/SAS), cuja missão é monitorar e avaliar a atenção básica, instrumentalizando a gestão e fomentar / consolidar a cultura avaliativa nas três instâncias de gestão do SUS.
A disponibilização da base de dados do SIAB na internet, faz parte das ações estratégicas da política definida pelo Ministério da Saúde com o objetivo de fornecer informações que subsidiem a tomada de decisão pelos gestores do SUS, e a instrumentalização pelas instâncias de Controle Social, publicizando, assim, os dados para o uso de todos os atores envolvidos na consolidação do SUS.
Atualmente, para que o sistema se transforme, de fato, num sistema que permita o monitoramento e favoreça a avaliação da atenção básica, o Departamento de Atenção Básica/SAS em conjunto com o Departamento de Informação e Informática do SUS/Datasus/SE vem investindo em sua reformulação, articulada com os demais sistemas de informação dos outros níveis de atenção.
Este processo está envolvendo todas as áreas técnicas do MS que implementam ações básicas de saúde e, posteriormente, será discutido nas instâncias de deliberação do SUS. A conclusão do desenvolvimento do sistema está prevista para o 1º semestre de 2004.

2.3 Sistema de Compras

O Sistema de Compras, integrado ao SIH, atende um departamento muito controlado dentro de um hospital, fornece recursos que proporcionam velocidade e segurança no Processo de Compra.
Mantendo um histórico de negociações com os fornecedores, o sistema torna disponível ao comprador informações e ferramentas tanto para compras de urgência como para compras em grande quantidade com entrega programada.
O sistema, além de receber as requisições dos setores via terminal, pode também ser integrado com as requisições automáticas do Sistema de Estoque e Farmácia.
ü Cadastro de produtos, marcas e fornecedores;
ü Cadastro de serviços;
ü Requisição nos setores;
ü Geração de planilha de compra automática, por requisição ou por grupo;
ü Impressão de orçamentos e ordem de compras;
ü Entradas de notas fiscais;
ü Cadastros dos fornecedores de cada produto/serviço, classificando-os por escalão;
ü Integração com os Sistemas de Estoque e Farmácia e Custos;
ü Requisição automática dos produtos controlados pelo Sistema de Estoque;
ü Follow-up;
ü Relatórios e Estatísticas por departamento/setor/produto etc.

CAPÍTULO 3. O PRONTUÁRIO ELETRÔNICO ? INTEGRANDO AS INFORMAÇÕES SOBRE O PACIENTE

Todas as informações sobre pacientes podem ser acessadas via terminal eletrônico, de forma rápida e eficiente. É possível também o acesso via Internet. O Prontuário Eletrônico integra as informações sobre pacientes com relação a todos os módulos do sistema SIH.
ü Cadastro de Paciente com único número de identificação;
ü Cadastro de Paciente com Foto;
ü Geração de Histórico por tipo de atendimento;
ü Geração de Histórico por Conta Faturada;
ü Detalhamento por atendimento e tipo de procedimento;
ü Impressão de Ficha para arquivamento no SAME/SPP padronizada;
ü Possível acesso via Internet;
ü Opção de Consultas de prontuário por nível de acesso (senhas);
ü Prescrição eletrônica via terminal;
ü Impressão de relatórios e estatísticas diversas;
ü Possível arquivamento de Imagens;
ü Acompanhamento com dados clínicos (anamnese);
ü Possível utilização de Coletor de Dados.

Destaque da solução MV 2000i e que mais vem chamando atenção de médicos e pacientes é o Prontuário Eletrônico. De forma operacional simples e eficaz, o sistema visa registrar e controlar todas as informações assistenciais ao paciente.
O produto permite que os médicos façam todas as anotações clínicas diretamente em computadores ligados em rede ou em PDAs (computadores de mão), diferentemente dos habituais registros em pranchetas, freqüentes ainda na maioria dos hospitais.
Também são inseridos no sistema, pelo médico ou enfermeiro, todos os cuidados, prescrições de medicamentos, solicitações de exames, raio-x, tipo de sangue, etc, gerando requisições automáticas aos setores responsáveis, além de registrar o consumo e seus respectivos valores diretamente na conta hospitalar.
No momento da internação, os pacientes recebem uma pulseira de identificação com código de barras. Esse acessório é utilizado, por exemplo, toda vez que o auxiliar de enfermagem administra qualquer medicamento.
Antes da aplicação, através de um leitor ótico acoplado no PDA, é realizada a conferência da pulseira do paciente e dos códigos de barras presentes nas caixas e kits de medicamentos. Além disso, são registrados automaticamente a data, a hora e o profissional responsável pela checagem.
Como o prontuário eletrônico reúne todas as informações do paciente e medicamentos prescritos e proibidos pelos médicos, a possibilidade de erro diminui drasticamente.
O uso de PDAs também facilita o registro de dados vitais e balanço hídrico dos pacientes internados. Quando anotados em prontuários em papel, essas informações, depois de utilizadas, geralmente não servem para nada. No sistema, é possível obter estatísticas desses dados.
O Prontuário Eletrônico dispõe ainda de um recurso prático e útil chamado "Documentos do Prontuário", que tem como principal função a formatação de formulários padrão que podem ser utilizados para coletar dados essenciais à assistência ao paciente, entre os quais, evoluções médicas, evoluções de enfermagem, registro de dados anestésicos, folha de parada, admissão e anamnese.
Para o cirurgião Carlos Rubens Maciel, diretor de Provimento de Saúde da Unimed-BH, a aceitação do sistema por parte da equipe foi tranqüila. "As poucas resistências que ocorreram logo se arrefeceram, pela rápida percepção da agilidade e segurança que o software oferece", destaca. O médico explica que a equipe do hospital passou por treinamento rigoroso, sob o acompanhamento direto da consultoria da MV Sistemas.
Além disso, a Unimed-BH investiu na formação de multiplicadores de informações permanentes dentro do Hospital. "Embora o sistema seja simples, era necessário que todos médicos, enfermeiros e auxiliares se familiarizassem com o software", acrescenta. Em dois meses, foram treinados 770 médicos, sob a supervisão da MV Sistemas.



3.1 O Sistema de Internação nos Hospitais, Clínicas e Centros Médicos

O sistema propicia facilidade, segurança e rapidez, uma vez que a planta física (layout) do hospital é trazida para a tela do computador, permitindo que toda a movimentação de paciente seja feita de forma visual, com um simples clicar e arrastar do mouse.
Outra vantagem é o gerenciamento visual da ocupação do hospital, permitindo ao administrador saber, em tempo real, qual é a ocupação efetiva do hospital, quais leitos estão em manutenção ou em limpeza.
Desenvolvido totalmente integrado com os módulos de SADT, farmácia e faturamento, o programa permite fazer prescrições médicas e faturamento automático de diversos procedimentos.
ü Cadastro único de paciente (em todos os módulos) com dispositivos que alertam sobre a duplicidade da informação, com buscas rápidas por nome, data de nascimento etc;
ü Cadastramento conta de pacientes;
ü Controle de guia de internação;
ü Controle de leitos por procedência;
ü Movimentação de pacientes ON LINE;
ü Controle de altas e óbitos / transferências;
ü Controle de média de permanência;
ü Consultas sobre posição de ocupação;
ü Emissão de relatórios administrativos;
ü Reserva de Leitos;
ü Controle da Situação dos Leitos (bloqueado, limpeza, manutenção);
ü Controle do Censo Hospitalar;
ü Controle Internação por Médico, Especialidade, Convênio, Centro de Custo etc;
ü Pesquisa do check-list dos convênios (requisitos para internação);
ü Criação de formulários personalizáveis para anamnese e evolução clínica;
ü Pesquisas de Prescrições, Dados Clínicos e Laudos;
ü Estatísticas diversas: por procedência de pacientes, por incidência de morbidade, por atendimento das especialidades/procedimento;
ü Integração com os Sistemas de Estoque, Raio X, Sistema de apoio laboratorial, Faturamento e Custos;
ü Possível utilização de código de barras;
ü Ferramentas para criação/alteração das fichas.

3.2 Sistema para Área Laboratorial

O Sistema foi desenvolvido com o objetivo de agilizar e aumentar a qualidade dos procedimentos. O pedido é controlado desde a solicitação até a emissão do laudo que é feita utilizando modelos pré¬-determinados pelo usuário e consistindo os resultados através de valores de referência. O faturamento dos pedidos é automático, gerando os procedimentos na conta do paciente.
ü Cadastramento de exames, setores internos, materiais, tubos, departamentos, pacientes;
ü Agendamento por tipo de exame;
ü Controle por procedência, como Ambulatório, Pronto Socorro, Enfermaria, Externo;
ü Emissão de recomendação para o paciente;
ü Geração e emissão de laudos padronizados pelo cliente;
ü Consistência dos resultados através de valores de referência;
ü Relatórios técnicos, científicos e administrativos;
ü Controle de faturamento para qualquer tipo de convênio;
ü Estatísticas de exames por médico, procedência, especialidade, convênio, setor interno, material;
ü Controle do histórico do paciente, como consulta e relatórios;
ü Integração com o sistema de Internação, Ambulatório, Faturamento;
ü Emissão de etiquetas (personalizáveis) para identificação das amostras (opção para códigos de barras);
ü Faturamento automático por Diversas Tabelas;
ü Disponibilização dos resultados para pesquisa em tela/impressora (controlado por senhas);
ü Ferramentas para criação/alteração das fichas de atendimento;
ü Planejamento de Coletas;
ü Registro de doador e doação;
ü Produção, estoque e distribuição;
ü Transfusão de componentes.

3.3 Sistema de Faturamento integrado aos procedimentos em saúde

O Sistema de Faturamento proporciona facilidade e agilidade para tratamento das faturas, com base em tabela de taxas e serviços do hospital relacionada com as diversas tabelas de fatura utilizadas pelos convênios. Como características agregadas, há a facilidade para o treinamento de novos faturistas e intensa redução o eliminação do retrabalho em todos os procedimentos.
Outra característica importante é o controle das contas em cada fase em que ela se encontra: digitação, fechamento, auditoria, envio e recebimento, fornecendo um controle completo sobre as contas e reduzindo as perdas.
ü Tabelas de convênios;
ü Digitação "on line" de taxas e serviços;
ü Posição diária do Faturamento;
ü Verificação automática da Guia de Internação e de atendimento ambulatorial;
ü Emissão de Faturas via meio magnético de acordo com os convênios existentes;
ü Controle de repasse de pagamentos a terceiros e aos médicos que utilizam esse serviço, emitindo extratos e recibos se necessário;
ü Controle sobre recebimento dos convênios;
ü Controle das glosas ocorridas em cada convênio Relatórios gerenciais;
ü Faturamento por convênio, médicos, centro custo etc;
ü Faturamento de pacientes internados por especialidade;
ü Análise de gastos de medicamentos e materiais por convênio;
ü Estatísticas em Geral;
ü Total integração com sistema de Internação, Ambulatório e Pronto Socorro utilizando a mesma base de dados dos pacientes;
ü Acesso a várias tabelas de preços por diárias, taxas, serviços ambulatoriais, medicamentos, materiais e coeficientes de honorários (CH);
ü Relatório de Repasse Médico (faturado e recebido).
3.4 A Tecnologia da Informação no Sistema Integrado Hospitalar

A Tecnologia da Informação (TI) usada no SIH proporciona confiabilidade, agilidade e racionalização de procedimentos, ou seja, resultados efetivos para instituições da área da saúde:
ü Metodologia Vector de desenvolvimento de sistemas, uma empresa que nasceu e cresceu no exigente ambiente de sistemas hospitalares, e fala o idioma dos profissionais da saúde e da automação hospitalar;
ü Abrange e integra todos os assuntos que envolvem a administração hospitalar;
ü Moderna arquitetura de sistema, estrutura cliente-servidor, linguagem Delphi e sólido ambiente de dados Oracle;
ü Conectividade com os principais bancos de dados, como SQL Server, DB2, Informix, Access e outros como Progress/Dataflex via ODBC;
ü Plataformas de servidor Windows NT, Novell ou Unix;
ü Eficiência no uso de recursos computacionais, proporcionando economia e velocidade;
ü Geração de Executável de execução rápida e com pouco consumo de recursos da máquina que pode ser executado em plataformas de rede Windows NT, Novell ou UNIX;
ü Recursos e funções adequadas e amigáveis para o usuário final em ambiente médico-hospitalar;
ü Recursos modernos de produtividade, agilidade e segurança (opcionais) abrangendo Coletores de Dados, Computadores de Mão, Sistemas da Radio freqüência e Recursos de Código de Barras;
ü Sistema implantado em importantes Instituições da Saúde;
ü Considerável leque de serviços e consultoria para as Instituições de Saúde e técnicos de informática.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O hospital é uma das organizações mais complexas que existem e o universo das informações que precisam ser gerenciadas é imenso, cobrindo desde informações sobre os pacientes até os aspectos administrativos propriamente ditos. A informatização de um hospital não é uma tarefa fácil, principalmente quando o seu objetivo principal é integrar, através de computadores, todos os aspectos referentes às suas atividades-meio e às atividades-fim.
Um dos aspectos fundamentais para o sucesso dessa operação é o estabelecimento de uma estrutura gerencial e operacional adequada, o Centro de Informática Hospitalar (CIH), idealizado de modo a se adequar ao organograma já existente no hospital público, mas ao mesmo tempo, buscando modernizá-lo com o objetivo de integrar a Informática da maneira mais completa e eficiente possível.
No presente trabalho, delinearemos uma proposta que consideramos concreta, objetiva, moderna e viável de estruturação e implementação de um CIH ideal. Assim, alguns dos níveis propostos podem ser fundidos, omitidos ou contratados fora da organização. Nossa intenção com esta pesquisa, é ter uma idéia sobre a forma mais profissional de realizar a informatização das unidades de saúde públicas.
Este trabalho apresentou as etapas do processo de aplicação de tecnologia no ambiente hospitalar. Novas aplicações, mais aprofundadas, sobre fontes de informação mais ricas contas hospitalares e marcação de salas etc, estão sendo iniciadas, evidenciando desde já o grande potencial desta tecnologia como fonte de informação para apoiar decisões bem informadas no ambiente hospitalar.
A partir de um conjunto de dados, foram descobertas diversas regras que representam situações com alto índice de transferência hospitalar, o que pode evidenciar necessidades da instituição.
Também foram descobertas muitas centenas de regras relacionando diagnóstico principal, diagnóstico secundário e procedimentos com o tempo de internação do paciente. Tais regras poderiam ser úteis na implementação de sistemas de alertas inteligentes, que avisariam um especialista sempre que fosse observada uma situação "atípica".

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Autor: Romulo Bandeira


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