Desenvolvimento ambiental sustentável e crescimento econômico: Como conciliar interesses tão contrários?



Este pode ser considerado como o grande desafio do século 21, por não se tratar de uma decisão fácil para as nações, de um lado o crescimento econômico vital para sua sobrevivência, definindo de uma forma simples como a soma dos bens e serviços per capita ali gerados.
Enquanto que desenvolvimento sustentável pode ser definido como aquele capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as gerações vindouras, estimulando um consumo consciente de produtos, através da conscientização de que os recursos naturais são finitos, ou seja, que um dia eles irão acabar.
Só para ter uma ideia se os países em desenvolvimento resolverem adotar o modelo de crescimento econômico adotado pelos países desenvolvidos, aquele que surgiu junto com a revolução industrial de produção em grande escala para redução dos custos, incentivando o consumo desenfreado de produtos e serviços e acrescentando o total descaso com os recursos naturais, teríamos um cenário catastrófico, uma vez que os recursos naturais não suportariam tamanha demanda, nesse cenário teríamos um aumento no consumo de combustíveis fósseis equivalente a dez vezes e de duzentas vezes os dos recursos naturais comparado ao padrão de consumo atual.
É compreensível, todavia que os países pobres necessitam abrir seus mercados para capitação de recursos financeiros internacionais para daí começarem a se desenvolver, porém como vimos terão de recorrer a outros mecanismos e não aos métodos aplicados pelos países ricos.
Para tratar de uma questão díspar, podemos utilizar conceitos distintos, o Estruturalismo (Amitai Etzioni) para aqueles que gostam de uma visão mais técnica, na qual defende que o melhor método de solução de conflitos seja adotado de acordo no qual se está inserido. Em contrapartida se recorrermos aos ensinamentos do budismo, doutrina de maior aceitação no ocidente, e nesse caso condizente com o conteúdo abordado, ressalta que diante de caminhos extremos, deve-se seguir o caminho do meio, ou seja, aquele que melhor harmoniza as divergências se acrescentarmos alguns princípios da administração japonesa como o MUDA de combate aos desperdícios e o KAIZEN da melhoria continua, aplicados de forma gradativa, estipulando metas e benefícios para as nações que as cumprirem quem sabe assim não chegaríamos a uma solução para esse conflito, por enquanto cabe as empresas encarar a sustentabilidade não mais como um diferencial competitivo e sim como algo essencial para sua sobrevivência em um mercado global e cada vez mais competitivo.

Autor: Ednaldo Rocha


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