FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL



NÚBIA SOARES NOVAES









FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL
























Feira de Santana
2009

A formação econômica brasileira é uma etapa da expansão comercial da Europa. A partir do século XI a Europa passa por um intenso crescimento comercial que culminará com a acumulação primitiva de capital ponto inicial para o desenvolvimento capitalista. O mercantilismo, política econômica adotada nesta fase do capitalismo requer uma expansão das fronteiras que resultará nas expansões marítimas.
Portugal e Espanha as primeiras potências a lançarem-se nesta empreitada dividem entre si as terras "descobertas". O Brasil passa a pertencer a Portugal devido ao tratado de Tordesilhas. A expansão marítima teve grande influência do pensamento fisiocrata em que as terras eram as principais fontes riqueza de um país.
Um dos principais objetivos desta expansão era à procura de metais preciosos grande fonte de riqueza de uma nação, além do comércio de especiarias Orientais. No Brasil não foram encontradas estes metais o que resultou em certo esquecimento do mesmo por Portugal resultando então em uma exploração localizada, pontual e extrativa do pau-brasil.
A exploração efetiva do Brasil vai ocorrer trinta anos mais adiante como conseqüência das pressões políticas exercidas sobre Portugal pelas demais potências onde invasões as coloniais não ocupadas serão constantes. Para preservar o Brasil Portugal inicia a colonização efetiva através da produção do açúcar e da divisão política em capitanias hereditárias.
A formação econômica brasileira é uma extensão da economia portuguesa em que o capital mercantil visa à produção de produtos tropicais em larga escala para serem exportados para a metrópole. Não existia uma economia colonial propriamente nacional, ou seja, um sistema organizado de distribuição e recursos visando o mercado interno, a subsistência material da população. Todas as atividades giravam em torno de fornecer produtos tropicais ao comércio internacional inserindo-se desta forma na política mercantilista de canalização de riquezas da colônia para a metrópole.
As artes e as manufaturas no período colonial são insignificantes devidos em grande parte pela falta de mão de obra especilizada e de um mercado consumidor, pois a sociedade colonial brasileira era formada basicamente por senhores de engenho (que importavam grande parte do que necessitavam) e de escravos que não eram consumidores.
Desta forma, percebe-se que o capitalismo comercial sempre esteve presente desde a descoberta, porém irá se acentuar no período colonial que visará o lucro através da exploração agrícola, latifundiária, monocultora e escravista do açúcar.

Autor: Nubia Soares Novaes


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