RUÍNAS
Esse meu corpo cansado
É uma casa antiga,
Uma casa velha e podre
Com suas janelas escancaradas
Quase a não se abrirem mais
Para receberem de fora
A luz da vida
Nos meus últimos dias.
Uma casa em ruínas
Na qual minha alma
Por um pouco mais de tempo
Nessa morada habita
Com as malas prontas
E as chaves na mão.
E depois de fechadas
As portas e janelas
Por fim desabará
Caindo por terra,
Mas, com certeza,
Outra morada
Um dia se erguerá
Para tomar seu lugar
Até que o tempo
Em ruínas também
Venha transformá-la.
Autor: Abner Bueno Ribeiro
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