Conhecimento.



Conhecimento.
O conhecimento é indiscutivelmente um fato. Em qualquer sociedade é uma constante. A história do conhecimento é um permanente processo de retificação e superação de conceitos, explicações, teorias, técnicas e modos de pensar, agir e fazer. As características do conhecimento, suas raízes e seu processo de elaboração e aprimoramento são estudados sob perspectivas bem diferentes, pelos diversos pensadores que se têm ocupado deste assunto.
Para o idealista, o conhecimento nasce e esgota no sujeito, como idéia pura. Criticando radicalismo das posições idealistas, LEFERBVRE observa que "muitos metafísicos racionam do seguinte modo:" O sujeito do conhecimento, o ser humano, é um indivíduo consciente, um eu; quem é um eu? É um ser consciente de si e, portanto, fechado em si mesmo, Nele, não pode haver senão estados subjetivos, estados de consciência. Como poderia sair de si mesmo, transportar-se para fora de si a fim de conhecer uma coisa diversa de si? O objeto, caso exista, está fora do alcance. O pretenso conhecimento dos objetos, a própria existências destes, não são mais que uma ilusão (...).
O conhecimento é definido como apreensão de um objeto pelo sujeito, isto é, o sujeito cognoscitivo, a consciência, tem como função apreensão do objeto. Esta apreensão realiza-se mediante um processo em que o sujeito sai de sua esfera para captar as propriedades do objeto, sendo que estas propriedades surgem como imagem no sujeito. É importante frisar que um sujeito só é sujeito para um objeto e um objeto só é objeto para um sujeito, portanto estes permanecem separados.
O objeto de conhecimento tende a identificar-se com objeto real, sem nunca atingi-lo, todavia, em sua plenitude. A objetividade é um processo infinito de aproximação, tal como ocorre no paralelismo assintótico de LOBATSCHEWSKY (1793-1856).Todo conhecimento,por ser retificável,é essencialmente provisório,porque, "sendo sempre limitado, parcial,o conhecimento é necessariamente menos rico e complexo do que a realidade a que se refere (...)"
Para GASTON BACHELARD, o conhecimento é a ação, mas a ação teórica. "Não é contemplando,mas construindo,criando,produzindo , retificando que o espírito chega à verdade. É por retificações contínuas, por críticas, por polêmicas, que a razão descobre e faz a verdade". O conhecimento evolui por meio de cortes e rupturas; descontinuamente, portanto, para BACHELARD é o pai da dialética do não: o conhecimento, sobretudo o de caráter científico, se constitui e se desenvolve contra as verdades estabelecidas, negando-as ou limitando-as, num processo permanente de retificação. É, pois, um conhecimento aproximado, e não absoluto.
Com base nos estudos e pesquisas feitas no livro de Metodologia Científica, 5ª edição de Domingos Parra Filho e João Almeida Santos os conhecimentos se dividem em: Conhecimento Intuitivo, Conhecimento Racional, Conhecimento Intelectual e Conhecimento Científico.
Conhecimento Intuitivo: A percepção imediata, ou seja, aquela percepção cujo o objeto passa para mente sem necessidade de conhecimento prévio, também chamado de conhecimento imediato, é o conhecimento intuitivo cujo a origem está na experimentação e no sentir mediante as sensações transmitidas pelos órgãos dos sentidos.
Conhecimento Racional: Opondo-se a experiência como fonte de conhecimento, existe o chamado racionalismo (de razão), que só admite o conhecimento racional, afirmando que a razão é a verdadeira fonte de conhecimento. Descarte, o pai da filosofia, defendia a existência das idéias inatas, ou seja, conceitos fundamentais do conhecimento. O conhecimento matemático é um exemplo desse racionalismo, porque trata de um conhecimento conceitual e dedutivo. Descartes e seu seguidor Leibniz admitiam a existência de certo número de conceitos fundamentais do conhecimento.
Conhecimento Intelectual: Separando-se desse antagonismo entre razão experiência, surge o intelectualismo ( intelligere, intus + legere = ler no interior), admitindo ambos como fonte de conhecimento, ou seja, a razão e a experiência na produção do conhecimento.Enquanto para o racionalismo conceitos são inatos e para o empirismo estes são adquiridos mediantes experiências, intelectualismo os deriva da experiência, ou seja, a consciência cognoscitiva retira os conceitos fundamentais da experiência, tendo como axioma fundamental a frase : Nil prius est in intellectu quod pris non fuerit prius in sensu ( Nada existe na mente que não tenha passado pelo sensível.
Conhecimento Científico: Segundo Kant, existe conhecimento de natureza formal, priori, recebendo estes o conteúdo dado pela experiência. Esse conhecimento formal que obtém na experiência o seu conteúdo é o conhecimento científico. É universalmente aceita idéia de que o conhecimento humano não se limita ao mundo fenomênico, mas avança até a esfera metafísica, na busca de uma visão filosófica do universo.
A fé e a religiosa também dá sua interpretação do universo e da sua existência, alguns admitem uma identidade entre religião e filosofia, ou seja, não há diferença entre uma e outra: a religião é filosofia e a filosofia é religião. O objetivo de ambas á busca do saber. Na Idade Moderna, a filosofia buscava os seus conhecimentos na tradição religiosa.
Sócrates, considerado o pai da filosofia ocidental, encarna a atitude teórica do espírito grego. Essa atitude teórica se concentra na reflexão sobre o saber; com a afirmação "conhece-te a ti mesmo", procura fazer com que os indivíduos percebam que toda atitude consciente é um saber.
Platão, discípulo de Sócrates, entende-se a outros valores que não somente os objetos práticos, os valores e as virtudes, mas também o conhecimento científico relativo às outras atividades, tais como as do estadista, do filósofo, do poeta, que possuem conhecimento prático.
Além do que já foi discutido, convém relatar que o texto em si vem dá um impulso para o leitor ao afirmar que o conhecimento tem varias linhas de pensamento partindo do interno e do externo caracterizando um lado positivo da estética do texto, mas partindo de como foram expostas a relação de filosofia e religião na qual o autor poderia utilizar-se de um maior discernimento para expor idéias que podem causar grandes discussões.

Autor: Gerbson Frank Caldas Carvalho Aguiar


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