Qual O Seu Perfil De Admistrador Público ?



Uma das maiores preocupações vividas no cenário nacional é sem dúvidas o impasse do controle da inflação. Sabe-se que para se continuar tendo um nível tolerável de crescimento econômico o país deve evitar a volta da inflação galopante que tanto apunhalou a geração dos anos 80.

Diante dos enormes gastos ocorridos durante os anos de expansão industrial - anos 50 - grande dívida foi auferida pelo país e, que nos anos da Ditadura Militar, medidas recessivas foram aplicadas pelo governo para se tentar frear e segurar a inflação. Porém, esta avalanche não pode mais ser contida e o resultado foi a enorme inflação vivida nos anos 80.

Naquela época a remarcação dos preços era quase que diária. Em dados períodos já ocorria quase que quatro vezes ao dia. A corrida por melhores preços, ou seja, por um melhor índice de reajuste, era frenético. Pessoas faziam estoques em suas casas para tentar fugir deste monstro. A verdadeira corrida era para não se ter os salários se deteriorando pelas mãos – o salário ia se desfazendo em questão de horas. Em um período de nove anos houve seis planos econômicos e quatro moedas. Perdia-se muito, a inflação era diária.

Hoje a corrida é em direção da concorrência, aos melhores preços - é a estabilidade econômica. A geração de hoje não precisa mais sair desesperada; pode pesquisar com calma e executar a melhor compra possível permitida pelo sistema.

Quem sofreu com ela inflação do passado só se recorda do caos. Foram 25 anos sem crescimento econômico. A chamada "década perdida".

Hoje Banco Central tenta balizar a ameaça de inflação através do aumentar das taxas de juros (SELIC), entre medidas de controle do consumo por meio de uma maior restrição ao crédito e a renda, entre outras.

Entende-se hoje que o crescimento real das despesas do governo vem sendo ininterrupto, sendo que uma de suas causas, as eleições municipais e suas despesas de custeio, é um exemplo de como os gastos públicos são fortes e impactantes sobre a poderosa pressão de demanda sobre a economia o que, também, favorece a inflação. O IBGE divulgou que o IPCA subiu no mês passado 0,79%, na maior elevação desde maio de 1996, e acumulou em 12 meses uma variação de 5,58%, mais de um ponto acima do centro da meta fixada para o ano (4,5%). Esse e outros indicadores de preços parecem ter incomodado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas não a ponto de levá-lo a frear a expansão do gasto público. Isso tornaria o combate à inflação menos dependente da velha política monetária do Banco Central dos juros altos como forma de controle dos meios de circulação. Então, de um lado se tem o aumento do consumo estimulado pelo impulso da estabilidade, de outro se tem a conseqüente exploração do PIB em resposta a este consumo e, em contrapartida, o aumento dos gastos do governo.

Diante deste cenário pessimista qual seria a sua melhor linha de ação como administrador público?


Autor: Adalberto Borges de Carvalho


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