Barbie Cultura: O mundo Cor de Rosa



Barbie Cultura : O Mundo cor de rosa

Criada por Ruth "falecida" e seu primeiro marido Eliot em 1959. Ruth ao ver sua filha Bárbara brincando com bonecas de papel que trocavam de roupa. Veio à idéia de criar uma boneca com a feição adulta, diferente das bonecas da época. Segundo Ruth a boneca com feição adulta é para dar inspiração quando a criança crescer e tornar-se uma adulta, símbolo de beleza e refinada juventude.
A primeira boneca vestia uma roupa bem simples: um maiô listrado branco e preto, um traje usado na época.Nos anos 60 ela foi à primeira boneca a ser maquiada e cheia de acessórios.
O nome Barbie que foi colocado na boneca, pois era o apelido de sua filha.
Mas artigos atribuem à criação da Barbie a Ruth Handler, a dona da Mattel, porém ela atribui 99% do crédito Ryan (2º marido da mesma), visto que Ryan "Era obcecado por pernas longas, cintura fina e seios fartos e exigia isso nas mulheres com quem se relacionava", foi casado 5 vezes. Daí, a origem dos olhos azuis, cabelos loiros e as formas do corpo da Barbie.
Em 1967, surge a primeira boneca afro-americana da Série Barbie. No entanto, a boneca foi feita usando os moldes da cabeça da Barbie branca e não tinha as características faciais das pessoas negras. Mas só em 1968 que surge a primeira boneca afro-americana. A Mattel produziu uma boneca branca e uma negra, os críticos comentaram que para a comunidade afro-americana é um termo pejorativo, que significa que a pessoas é negra por fora e branca por dentro. A boneca teve pouco sucesso e a Mattel recolheu-a tornando artigo para colecionadores. A Barbie negra, Hispânica foram ambas lanças em 1980.
Já em 1968, seu rosto é modificado ganhando um aspecto mais jovem com longos cílios e olhos azuis.
Só agora, 2009 que a Barbie Negra tem os traços mais definidos de sua origem feições realmente negras, com lábios mais cheios, nariz mais grosso e bochechas mais pronunciadas.
Nos anos 70, a Barbie inspirada pela juventude e influenciada pela época, adotou um visual hippie. Os anos 80 foram marcados pelo glamour e misturas de proporções das roupas, a Barbie aparece com muito glitter e lábios vermelhos. E retrata anos anteriores.
Barbie, um ícone que sempre esta na moda acompanhando as tendências de cada época e também sendo extraordinariamente versátil.
Em meados dos anos 80 começaram a aparecer modelos limitados da boneca, verdadeiras relíquias para colecionadores. São Barbies de todas as épocas produzidas com riquezas e detalhes. São modelos que de alguma forma prestam uma homenagem, lembrando alguém ou alguma época.
A influência da Barbie hoje é visível e sem dúvida marcante. Sempre existem comparações e citações da boneca mais vendida do mundo o tempo todo, costuma-se chamar alguém de Barbie por estar vestida de rosa, ou por ser loira. Isso prova que a Barbie valorizou uma linha de preocupação com estética, beleza e ajudou a criar um padrão de beleza.
A moda da boneca influencia a sociedade, pois ela sempre procura simbolizar uma garota bonita, inteligente, amiga, companheira, meiga, e politicamente correta. Marcou gerações inteiras e continua a marcar essas gerações devido à personalidade que lhe foi associada. Não é raro muitas meninas e adolescentes quererem se parecer com a Barbie ou for como ela em algum momento de sua vida. Criou uma nova identidade social, não importando a idade, classe social, raça, credo, convicção política. A Barbie chega a ser cruel! Com rosto perfeitamente simétrico e lindo, louro, esbeltas, cintura fina e peitão e nenhuma celulite. A boneca mais famosa do mundo, sua beleza exótica é fonte de inspiração. Todas as interpretações concordam que, com sua enorme gama de acessórios de estilo de vida, Barbie existe para consumir. Seu corpo infinitamente plástico que ressoa com nações pós-modernas da fluidez, a multiplicidade e significados localizados. Algumas veriam Barbie como etnia e gênero na reprodução de uma forma particularmente grosseira e prejudicial, um ícone cultural do racismo e sexismo. Ela têm influenciado artistas e designers dos mais diferentes países a criar trajes e penteados inéditos, que retratam seus costumes locais.
A Mattel, empresa que produz a boneca Barbie tem sido acusada nos últimos anos de ignorar a diversidade étnica, criando Barbie africano-americanos, hispânicos e asiáticos versões que tinha tons de pele mais escura, mas manteve características brancas da boneca tradicional. Mary Rogers, uma socióloga da Universidade do Oeste da Flórida e autora do livro Barbie da Cultura, segundo ela "A Mattel pode manipular imagens racial e de classe é o que faz a Barbie como comentarista de uma poderosa sobre quem nós somos e as contradições culturais que temos. Barbie passou as últimas cinco décadas, estabelecendo um padrão para o bem e para o mal como algumas meninas se vêem. Partes deste apelo da Barbie sociólogos dizem, que ela sempre teve um pé em dois mundos. Apesar de elogiado por representar uma mulher independente, aventureira, as feministas que dizem que ela retrata as mulheres como objetos sexuais a muito tempo.
Em Setembro de 2003, a Arábia Saudita proibiu a venda das bonecas Barbie por considerar que não se coadunam com os ideais do Islão. Nos países do Médio Oriente existe uma boneca alternativa chamada Fulla, semelhante á Barbie, mas desenhada para ser mais aceitável no mercado islâmico, especialmente feita para meninas mulçumanas. A Fulla não é produzida pela Mattel. A palavra Barbie acabou por se tornar um termo de calão pejorativo, para uma rapariga ou mulher considerada fútil, tal como na canção pop "Barbie Girl". Há diferença das duas bonecas é marcante, pois a Barbie tem olhos azuis, cabelos loiros e Fulla tem olhos pretos, cabelos castanhos, e usa uma cobertura da cabeça e um abaiah quando sair de casa. Fulla não tem namorado e segue somente as profissões de médica ou professora.
Com o seu aniversário de 50 anos, teve a exposição Barbie pelo mundo em Porto Alegre em abril, que reúne 102 bonecas de culturas diferentes exibindo roupas tradicionais e penteados típicos de diversos países. E lança no seu aniversário a Boneca Barbie mais cara do mundo, avaliada em 165 mil reais que ostenta 318 diamantes em um luxuoso traje de festa. Coincidência ou não, nunca se falou tanto em vaidade humana quanto nos últimos tempos. A ultima noticia vem da Inglaterra, onde uma mulher gastou cerca de R$ 2 milhões em cirurgias plásticas para transformar-se numa boneca Barbie de carne e osso. A dona de casa Sara Burge, de 49 anos. Para ter uma idéia, ela foi submetida a mais de 100 tratamento cirúrgicos e cosméticos. Segundo ela, infelizmente, ou felizmente, as mulheres tem corpos diferentes, com uma genética diferente e a partir do instante que se deseja transformar-se em alguém que não somos, acabamos nos transformando em ninguém. Hoje é complicado se encaixar em um mundo no qual as mulheres têm que ser bonitas e magras.
Concluindo depois de muitas pesquisas, Barbie esclarece o poder que a Indústria da Cultura exerce sobre a massa, e sendo cada vez mais popular, é fácil identificar o poder que a boneca hoje influencia mulheres do mundo todo com seu corpo esbelto e tornando também a mulher como símbolo sexual. Ela causa certa polêmica na sociedade, entretanto com várias controversas sobre a boneca, outros já defendem a mesma.

Autor: Daniella Rodrigues Fernandes


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