A INFLUÊNCIA DAS RELAÇÕES FAMILIARES PARA FORMAÇÃO DO INDIVÍDUO NA OBRA GRANDES ESPERANÇAS
Marta Maria de Sousa Matos
(Graduanda ? Curso de Letras ? UVA)
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo analisar como se dá as relações familiares na obra Grandes Esperanças de Charles Dickens. Obra escrita durante a era vitoriana, século XIX, em que a família era muito importante para sociedade, geralmente numerosas, onde o papel da mãe, do pai e das crianças era muito bem resolvido. Todos sabiam os seus lugares, seus deveres e seus direitos. No caso das mulheres e crianças os direitos eram bem limitados. Discutiremos através desse estudo o quanto as relações familiares podem influenciar na formação do indivíduo.
PALAVRAS-CHAVES: Personalidade. Relações Familiares. Grandes Esperanças.
1. INTRODUÇÃO
A era vitoriana foi assim denominada devido a Rainha Vitória, que sucedeu Guilherme IV no trono inglês, em 1837. Segundo MENDES (1983) foi uma "época de grandes profundas manifestações, de ordem material e espiritual. Não apenas uma época de expansão política do Império Britânico, mas de progresso real em todos os setores da vida inglesa, inclusive no literário" (p. 08).
O comércio colonial e o desenvolvimento industrial (fruto da revolução industrial inglesa) proporcionaram um período de desenvolvimento e enriquecimento da classe média, em contraste com as péssimas condições de vida da massa de trabalhadores.
A rainha Vitória ajudou a Inglaterra a se tornar um poderoso império, o progresso era rápido e constante, isso nos vários setores, como cultura, religião, política e literatura.
A era vitoriana marcou a história da sociedade britânica, pelo desenvolvimento rápido, as grandes transformações sociais, o destaque da literatura, do trabalho infantil, da miséria nas favelas que se formaram devido o êxodo do campo para cidade em busca de emprego. Segundo MENDES (1983),
"era um mundo de contrastes tão impressionantes, de fausto e de miséria, de grandeza e de vileza, de arte e de decadência estética, de injustiças gritantes e de reivindicações, de lirismo e de realismo, de idéias gastas e de novos surtos de pensamento, de egoísmo e devotamento, de sentimentalismo e de espírito prático, de materialismo e de espiritualidade, [?] apesar de sua limitações, de seus erros, de seus altos e baixos, mereceu por tudo quanto nela existiu de esplêndido e de grande, denominar uma época, marcar um estilo de vida, enriquecer sobre posse uma literatura e afirmar perante o mundo, aturdido pelas grandes conquistas de suas máquinas, de seus homens de comércio e de política, a elevada espiritualidade de um povo". (p. 16).
2. AS RELAÇÕES FAMILIARES NA ERA VITORIANA
As famílias eram muito importantes para os vitorianos. Elas eram geralmente grandes. Em 1870, uma família média era composta por cinco ou seis filhos. Famílias de classe média viviam em grandes casas confortáveis. Cada membro da família tinha o seu próprio lugar e
O pai era o chefe da família. Ele era freqüentemente rigoroso e todos o obedeciam. As crianças eram ensinadas a respeitar seu pai e sempre tratar-lhe com respeito, principalmente ao dirigir-se a ele, chamando-o de "Sir". À mãe eram atribuídas atividades como planejar jantares, visitar sua costureira ou convidar amigos. Elas jamais faziam qualquer tipo de trabalho doméstico, como lavar roupas, cozinhar ou limpar.
Os pais da sociedade vitoriana viam a educação dos seus filhos como uma responsabilidade muito importante. Acreditavam que uma criança deve ser ensinada sobre a diferença entre certo e errado para se tornarem adultos bondosos e dignos. Quando uma criança fazia algo errado era punido pelos pais porque eles acreditavam que era para o próprio bem do filho. Uma frase ficou muito popular na época, dizia "Poupe o bastão e estrague a criança".
As crianças da classe média viam seus pais apenas uma vez ao dia, eles passavam a maior parte do tempo no 'infantário', sendo criados por babás. A função de uma babá era lavar, vestir, vigiá-los, entretê-los e ensiná-los a se comportar. Algumas mães ensinavam aos seus filhos a ler e escrever e, por vezes, os pais ensinavam latim a eles. Quando cresciam, apenas os rapazes poderiam trabalhar, as filhas ficavam em casa com sua mãe. Sua única função era se casar, e isso o mais breve possível.
Já as famílias mais pobres tinham um único medo, acabarem no hospício. Onde milhares de famílias ?sem-teto? e sem dinheiro eram forçadas a viver. Caso uma família fosse levada ao hospício, eles deveriam trajar uniformes e ter o cabelo cortado bem curto. Muitas das crianças de famílias pobres morriam de doenças como a escarlatina, sarampo, poliomielite e tuberculose que não eram curáveis na época. Essas doenças eram causadas pela falta de água potável, pelos esgotos abertos e a falta de banheiros adequados.
3. A EDUCAÇÃO NA ÉPOCA DA RAINHA VITÓRIA
Apesar de sua grande importância, a educação desempenhou um papel muito pequeno na vida das crianças na sociedade vitoriana. Nesta época existia a crença de que a educação não era necessária. As crianças pobres não tinham educação. Educação era apenas para os filhos de banqueiros, comerciantes, industriais ou de funcionários públicos. Então, em 1870, a Lei da Educação foi aprovada afirmando que todas as crianças, com idades entre cinco a dez anos, deveriam frequentar a escola.
Aqueles que foram ensinados nas escolas públicas eram ensinados em pequenos grupos. Os meninos receberam uma educação bem sólida, enquanto as mulheres eram ensinadas muito pouco, somente a ler e escrever3. Assim eram as regras na sociedade vitoriana. Se a mulher pertencesse a uma família bem importante ela receberia uma educação melhor que as demais. Mas na maioria, os homens sempre eram melhor educados, pois cabia e eles dar continuidade ao negócio da família.
Antes da lei de 1870 havia algumas escolas, mas somente destinadas as famílias ricas. Havia também escolas secundárias, geralmente em vilas e
cidades, que ofereciam educação a alguns alunos mais pobres, mas as vagas eram limitadas e eram acessíveis apenas para os meninos.
Havia escolas de ensino fundamental, muitas vezes criadas pela Igreja ou seitas não-conformista. Os sindicatos e outras organizações também criaram vários tipos de estabelecimentos de ensino, visando a melhoria da educação dos membros adultos das classes trabalhadoras4.
O interesse que Dickens demonstra pela educação é evidente em suas obras. Seu trabalho reflete um conjunto de questões e instituições. Sua visão geral sobre o assunto é encapsulado em um discurso que ele deu em Birmingham em 1844, ele disse: "Se você recompensa honestidade, se você daria incentivo para o bem, se você estimular a marcha lenta, erradicar o mal, ou corrigir o que está ruim, a educação - a educação liberal global - é a única coisa necessária, e o final será eficaz" (Discursos 63).
Os primeiros anos de Dickens coincidiram com o crescente senso de responsabilidade do estado para a instrução dos seus cidadãos. O acesso à educação era bem variado, de acordo com a localização, gênero e classe5. Aqueles que podiam pagar por sua educação tiveram acesso a várias instituições de ensino, mas os que não possuíam bens, tinham como opção escolas em vilas e cidades, e a qualidade da educação não tinha garantia nenhuma.
4. AS RELAÇÕES FAMILIARES NA OBRA GRANDES ESPERANÇAS
Desde os primeiros anos de vida, Pip fora humilhado, maltratado, e privado da sua infância por sua irmã. E sempre que tinha oportunidade fazia questão de dizer a Pip o quanto ele era um desconforto para a vida dela. "Mas qualquer dia destes eu te abandonarei; eu, sim, que não sou tua mãe, mas que depois que vieste ao mundo, nunca mais pude tirar este avental" (Cap. 02, p. 22).
Pip relata posteriormente o quanto os maus tratos sofridos pela irmã influenciaram na sua vida adulta.
"A forma como minha irmã me educou tornou-me demasiadamente sensível. Dentro de mim eu havia suportado, desde a mais tenra idade, um perpetuo conflito com a injustiça. Sempre soube, que minha irmã era injusta comigo. Me criar sozinha não dava a ela o direto de viver me maltratando. Através de castigos, humilhações, jejuns, vigílias, e outras formas de
penitências, eu nutri essa convicção. E tudo isso, de um modo solitário e desprotegido, resultou, em eu ser moralmente tímido e muito sensível". (Cap. 08, p. 84)
Já a relação entre Estella e Miss Havisham era aparentemente carinhosa. No entanto, em certos momentos da obra, Estella demonstra certo desconforto devido as cobranças da mãe adotiva. Miss Havisham percebe o novo comportamento de Estella. "Pareces feita de pedra! Como teu coração é frio!" (p. 336. Cap. 38).
Miss Havisham muito influenciou na formação da personalidade de Estella, e esta tem conhecimento disto.
"A senhora deve saber se sou ou não sou. Sou o que a senhora me fez. Se todos os méritos são seus, a culpa também é; se todos os sucessos são seus, os fracassos também são. Em uma palavra, eu sou isso. Não participei deste contrato, porque quando ele foi acertado eu mal sabia andar e falar. Mas e a senhora? O que a senhora ofereceu? A senhora tem sido muito generosa comigo e devo tudo à senhora, mas o que a senhora ofereceu?" (Cap. 38, p. 336).
Estella fora educada sem emoções, então ela será incapaz de demonstrar algo que não aprendeu. "A senhora me pede para dar-lhe o que jamais me deu, meu dever e gratidão não conseguirão realizar coisas impossíveis". (Cap. 38, p. 336).
No entanto, Miss Havisham faz questão de mostrar que educou Estella com boas intenções, oferecendo-lhe amor e carinho. "E provar que eu não sou de pedra. Mas talvez não seja capaz de acreditar que exista algo de humano em meu coração, não é?" (Cap. 49, p. 430).
Estella não demonstra de forma alguma ingratidão a Miss Havisham, ao contrário, a garota é muito agradecida pela oportunidade que sua mãe lhe deu de receber uma boa educação, trajar roupas de qualidade, torná-la uma menina de alta classe. O que seria impossível a ela se não tivesse sido adotada por Miss Havisham.
"Minha mãe adotiva, eu já disse que devo tudo à senhora. Tudo o que tenho é seu, de livre e espontânea vontade. Tudo o que a senhora me deu, basta que a senhora ordene e terá de volta. Além disso, não tenho mais nada". (Cap. 38, p. 336).
O personagem Pip foi educado em um contexto social bem oposto de Estella. Pip tinha como exemplos Joe, um ferreiro, e sua Irmã, que o educou "com as próprias mãos". Sendo assim, seria impossível Pip tornar-se outra coisa além de um ferreiro.
Joe foi muito influente para formação da personalidade de Pip. Ele era para Pip o conceito de homem bom e honesto, o exemplo de Pai amoroso e companheiro.
"É a Joe que deve ser atribuído todo o mérito por eu ter persistido. Não foi porque eu tivesse um forte senso virtuoso da industria, mas porque Joe o tinha, que trabalhei com um zelo, embora a contragosto. É impossível saber o quanto a influencia de um homem amável, franco e cumpridor dos deveres pode mover o mundo, porém é possível saber o quanto ela, ao passar, toca o íntimo das pessoas. E sei muito bem que, o que de bom veio se misturar com o meu aprendizado com Joe, veio do contentamento e da pureza de Joe, e não das minhas inquietas aspirações e insatisfações. (Cap. 14, p. 132).
Somente quando Pip foi inserido em outro contexto social, é que ele passa a apresentar mudanças em seus conceitos. Quando ele visita a casa de Miss Havisham e é humilhado por Estella, é que ele se dá conta que é um garoto pobre e comum. Essas coisas jamais incomodaram o garoto. E ele não entendia os motivos pelas quais incomodavam Estella. "Eles nunca haviam me incomodado antes. Desejei que Joe tivesse sido educado de um modo mais cultivado, pois, assim, eu também o teria sido." (Cap. 08, p. 84).
Dickens nos mostra em Grandes Esperanças que a sociedade é capaz de influenciar na formação do indivíduo. Ao conviver com Miss Havisham e Estella, Pip passa a considerar sua vida, sua casa, sua família muito comuns. "Miss Havisham e Estella [...] estavam em um nível muito acima desses hábitos comuns" (Cap. 09, p. 94). Pip passa então a sentir vergonha de Joe, seu amigo e companheiro de todas as horas. "Queria fazer de Joe uma pessoa menos ignorante e comum, para que estivesse à altura de minha convivência e menos exposto à reprovação de Estella" (Cap. 15, p. 135).
Todas essas mudanças na personalidade de Pip foram ocasionadas pela convivência com Miss Havisham e Estella. E o garoto percebe que não é mais o mesmo. Pip tem consciência da mudança ocorrida e culpa o meio em que está inserido por essas transformações.
"O que eu me tornaria vivendo em um ambiente assim? Como seria possível que meu caráter não ficasse influenciado por ele? Seria de espantar que meus pensamentos ficassem ofuscados, ad mesma forma Omo meus olhos, ao deixar aqueles quartos amarelecidos e sombrios e voltar á luz do dia?" (Cap. 12, p. 119).
Ao mesmo tempo em que tem consciência da aquisição de seus novos conceitos de vida, Pip aparenta certa perturbação diante das transformações ocorridas. "É uma coisa muito dolorosa sentir vergonha da própria casa. Deve haver nisso uma infame ingratidão, e a punição deve chegar e é bem merecida. Mas que em si só é um sofrimento, posso asseverar" (Cap. 14, p. 131).
Dickens nos mostra o quanto as relações familiares são importantes para formação do indivíduo. E o quanto a sociedade pode influenciar na vida de uma pessoa caso essas relações não tenham sido formadas em base sólida, em um ambiente com amor, respeito, paz.
5. A INFLUÊNCIA DE JOE PARA FORMAÇÃO DO CARÁTER DE PIP
A figura que mais se fará presente nas lembranças de Pip após a aquisição do dinheiro é a de Joe Gargery. Era por meio da afetuosa amizade entre os dois e da solidariedade entre eles perante Mrs. Joe que o garoto podia sentir-se amado.
Segundo SANTOS,
"As características simplórias de Joe encobrem a nobreza de seus sentimentos, a estabilidade de seu afeto por Pip, a serena e resoluta aderência a princípios de verdade e respeito que, mesmo quando o protagonista era criança já o impressionavam pela sabedoria daquele homem tão simples como na fala do menino começando a entender o senso de justiça de Joe."
A figura exemplar de Joe era o ideal masculino para Pip. Um ser dócil, de temperamento afetuoso e natureza generosa. Era o exemplo de paternidade para o garoto.
Para SANTOS,
"a combinação de características de ingenuidade e autocontrole, coragem e compaixão, gentileza e força constituía um modelo de atitude masculina em desenvolvimento no imaginário da sociedade vitoriana do período pré- imperialista (após esse período, um novo modelo ganhará forças: o do homem que não demonstra suas emoções em público e mantém um comportamento impassível diante da vida). A sensibilidade de Joe, além de iluminar esse aspecto do ethos social, demonstra principalmente a conexão mantida com traços da criança que ele não eliminou ? geralmente aqueles tido como "femininos" também. A infância de Pip, nesse contexto, pode aproveitar do natural amparo e compreensão ad personalidade de Joe ? fortalecida emocionalmente pela presença de forças aparentemente contraditórias em equilíbrio".
Embora Pip tenha de perseguir seus próprios ideais, a estatura moral e a riqueza afetiva de Joe se tornam pontos de referência cada vez mais fortes para Pip, à medida que ele amadurece. As qualidades que ele também pretende desenvolver em si mesmo se espelham no exemplo de Joe. Mesmo tendo sentido vergonha de Joe no início da convivência com Miss Havisham e Estella, Pip sempre o teve como ponto de referência de caráter, companheirismo, fidelidade e amizade verdadeira.
É somente Joe que está ao lado de Pip sempre que o garoto tem necessidade de atenção, carinho e amor. Quando Pip está doente, Joe é que está ao lado dele para confortá-lo. Ao perder sua fortuna, é para casa de Joe que Pip vai para sentir-se acolhido. Joe é mais que um referencial de paternidade para Pip, é o porto seguro do rapaz, é o conforto, a palavra acolhedora, a amizade eterna.
Mesmo no final de obra, ao deparar-se com Joe casado com Biddy, Pip não sente inveja ou fica infeliz. Ele sente-se confortado pelo amigo ter uma mulher amorosa ao seu lado. E por Joe ter constituído uma nova família ao lado de Biddy, aparentemente mais amorosa e feliz do que quando Pip era apenas uma criança, sendo criado "pelas próprias mãos" de Mrs. Joe e sempre amparado pelo amigo Joe Gargery.
6. CONCLUSÃO
Conclui-se com esta análise que as relações familiares são de extrema importância para formação da personalidade do indivíduo. Dickens nos mostra em Grandes Esperanças que se as relações familiares não tiverem sido constituídas em bases sólidas, o indivíduo será corrompido facilmente pela sociedade. E se deixará induzir pelo caminho da ganância, egoísmo e a busca insana pelo poder aquisitivo, chegando até esquecer-se das pessoas simples que sempre lhe foram solidárias e companheiras na infância. Pip nos mostra que mesmo diante de uma sociedade preconceituosa, capitalista, é possível se sobressair, desde que nossas bases tenham sido construídas com exemplos de dignidade, companheirismo e generosidade. Joe, mesmo sendo um homem simples, repassou toda sua sabedoria a Pip e o ajudou a crescer de forma digna mesmo diante das tentações da sociedade vitoriana. Diante dos deslizes cometidos por Pip, este sempre teve em mente o exemplo de vida do amigo Joe. Vemos, então, o quanto a família é responsável pela formação do indivíduo e o quanto as relações de amor, companheirismo e fidelidade contribuem para formação de um indivíduo digno e feliz.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DICKENS, Charles. Grandes Esperanças: texto integral / Charles Dickens: tradução Daniel R. Lehman. São Paulo: Martin Claret, 2006. Coleção a obra-prima de casa autor; 49. Série ouro.
MENDES, Oscar. 1983. "A era vitoriana". In: Id. Estética literária inglesa. São Paulo; Brasília: Itatiaia; INL, (Col. Ensaios, v.10), p. 8-17.
SANTOS, Ricardo. AS TRANSFORMAÇÕES DO CONCEITO DE INFÂNCIA EM "GRANDES ESPERANÇAS", DE CHARLES DICKENS. Disponível em www.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article. Acesso em 01 de junho de 2010.
http://www.nettlesworth.durham.sch.uk/time/victorian/vfam. Acesso em 01 de Junho de 2010.
http://www.jorwiki.usp.br/gdnot08/index.php/Era_Vitoriana. Acesso em 03 de Junho de 2010.
http://wiki.answers.com/WhatwastheeducationofVictorianera. Acesso em 03 de junho de 2010.
http://www.crossref-it.info/articles/Education-in-Victorian-England. Acesso de 13 de junho de 2010.
http://dickens.ucsc.edu/OMF/litvack. Acesso em 13 de junho de 2010.
Autor: Marta Matos
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