NÓS E ELES: ETNIA, ETNICIDADE, ETNOCENTRISMO.



UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB - CCAE - DED - GEPeeeS - PESQUISA PRÁTICAS EDUCATIVAS E ETNIAS

NÓS E ELES: ETNIA, ETNICIDADE, ETNOCENTRISMO.

Autor: Elio Chaves Flores. Direitos Humanos. Vol. 2. Fundamentos

Culturais e educacionais da Educação em direitos humanos. Editora

Universitária da UFPB. João Pessoa/2008.


Faremos um esquema para compreendermos melhor como funcionam etnias, etnicidade e etnocentrismo:
Conhecimentos que raça: cor da pele discriminados até os
podemos ter dos outros etnia: afinidade lingüística e dias de hoje.
Culturais, semelhanças
Genéticas.

Caracterização para Diferença através da naturalidade, envolvimentos com índios, negros nós brasileiros na realidade não nos podemos
adaptarmo-nos nacionalidade e cor da pele. europeus. definir se existe esta diversidade pelos
à outras culturas nossos ancestrais.



Política que divide Poder econômico; Ascensão, classificação a Prevalece quem estar no
Os grupos sociais em estão que grupo pertence independente poder;
inseridos; da etnia. Poder aquisitivo maior.
Produtores de bens matérias e culturais.



Como o Brasil, os brasileiros e os políticos discriminam, classifica se pertencemos a nós a eles e a todos que nos traduzimos.
Na introdução do texto, Mia Couto dá seu recado através da ancestralidade, tradição oral e escrita, intimidade que temos com a família e que se confunde com a política. Em pesquisa queremos dar exemplos na realidade do que significa etnia, etnicidade e etnocentrismo que vivenciamos não apenas através de contos, porém da nossa própria realidade e vivência em busca do ter e poder. Vamos definir cada um dando exemplos real de cada palavra:

RAÇA E ETNIA: embora não possam ser considerados como iguais, o conceito de raça é associado ao de etnia. A diferença reside no fato de que etnia também compreende os fatores culturais, como a nacionalidade, a afiliação tribal, a Religião, a língua e as tradições, enquanto raça compreende apenas os fatores morfológicos, como cor de pele, constituição física, estatura, traço facial, etc.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.




ETNICIDADE: é o conjunto de características comuns a um grupo de pessoas, que as diferenciem de outro grupo. Normalmente essas características incluem a língua, a cultura e também a noção de uma origem comum.
pt.wikipedia.org/wiki/Etnicidade
Trecho retirado do "Diário de um Sociólogo"
Racismo e etnicidade são exercícios de inclusão/exclusão sociais que, interiorizados e assumidos, funcionam como os semáforos (o verde para os nossos, o vermelho para os outros). Ambos erigem sistemas acabados de verdades do dia-a-dia em referenciais de conduta e atribuição instintiva de significado social, cuja característica é de comportarem como tropismos sociais, federando atitudes, unindo comportamentos e estabelecendo fronteiras intolerantes entre os seres humanos.
Adaptado de Serra, Carlos (dir), Racismo, etnicidade e poder. Um estudo em cinco cidades de Moçambique. Maputo: Livraria Universitária, 2000, pp. 20-22.

ETNOCENTRISMO: é a tendência de considerar as normas e valores da própria sociedade ou cultural como critério de avaliação de todas as demais.
pt.wikipedia.org/wiki/Etnocentrismo
A tendência do ser humano nas sociedades é de repudiar ou negar tudo que lhe é diferente ou não está de acordo com suas tendências, costumes e hábitos. Na civilização grega, o bárbaro, era o que "transgredia" toda a lei e costumes da época; este termo é, portanto, etimologicamente semelhante ao selvagem na sociedade ocidental.
O costume de discriminar os que são diferentes, porque pertencem a outro grupo, pode ser encontrado dentro de uma sociedade. Agressões verbais, e até físicas, praticadas contra os estranhos que se arriscam em determinados bairros periféricos de nossas grandes cidades é um dos exemplo.Incluem-se aqui as pessoas que observam as outras culturas em função da sua propria cultura, tomando-a como padrão para valorizar e hierarquizar as restantes.




Comportamentos etnocêntricos resultam também em apreciações negativas dos padrões culturais de povos diferentes. Práticas de outros sistemas culturais são catalogadas como absurdas, deprimentes e imorais.
Exemplos: Em 20 de abril de 1997, Dia do Índio, alguns rapazes de boa família de Brasília assassinaram o índio Pataxó Galdino Jesus dos Santos enquanto ele dormia. ("Foi brincadeira", alegaram os assassinos.) Destaque para a covardia dos assassinos: o índio dormia quando foi queimado. Os assassinos não teriam sido julgados nem condenados se não tivesse havido pressão da opinião pública brasileira e de organismos internacionais. Regalias para os quatro assassinos: veja em Assassinato do índio Galdino completa 10 anos

Assim que foram encaminhados à prisão, os criminosos não ficaram 24 horas detidos em cela comum, junto com outros presos. Eles foram transferidos para uma biblioteca desativada, onde tiveram dezenas de regalias, segundo a promotora Maria José Miranda. Ela acompanhou o processo nos primeiros cinco anos, mas, por causa desconhecida, pediu afastamento do caso pouco tempo antes do julgamento.

Os pais de Galdino com as fotos dos dois filhos mortos.







Terra de ninguém
Corrupção generalizada e falta de regulamentação para extração de diamantes em áreas indígenas só favorecem o crime organizado. Até o governo de Rondônia contratou contrabandista para se beneficiar da ilegalidade
Amaury Ribeiro Jr. e André Dusek (fotos) - Espigão d'Oeste (RO).


O governador de Rondônia, Ivo Cassol (PSDB), mantém disparada sua metralhadora giratória desde que foi anunciado, no fim da semana passada, o massacre de pelo menos 29 garimpeiros pelos índios Cinta Larga na reserva Roosevelt, que faz divisa com os Estados de Rondônia e de Mato Grosso.
Cassol responsabiliza, tanto pelo massacre quanto pelo contrabando de diamantes, o chefe da Fundação Nacional do Índio (Funai) na reserva, Walter Blós, além de outros servidores públicos. O governador, que acaba de solicitar a intervenção federal na reserva, é também autor do requerimento que resultou na megaoperação Mamoré. Desde terça-feira 20, 480 soldados do Exército, da Força Aérea Brasileira (FAB); funcionários do Ibama, da Funai e da Polícia Federal foram mobilizados para o combate ao contrabando de pedras e ao crime organizado em Rondônia.







De crachá: Gonzales (acima), que responde na PF por contrabando e lavagem de dinheiro, foi contratado para ser procurador da estatal CMR e negociar gemas com os índios







Corrupção: Nazareno, da Funai, observa o cacique Piu (ao telefone). Ele foi preso pela PF por negociar com criminosos como Glikas (destaque)
Com base no que dizem os sobreviventes do massacre, acredita-se que há pelo menos 100 outros mortos. Não há, no entanto, o que comprove essas suspeitas. Eles acusam a Funai de ter comandado a chacina. "Os índios chegaram atirando. Tive sorte de conseguir fugir pela mata, mas deu para ver gente com uniforme da Funai entre os índios, afirma Raimundo de Jesus Diniz. Os garimpeiros acusam também Blós de intermediar a venda de pedras dos índios para um comprador de Minas Gerais, Gilmar Campos, que foi denunciado por ISTOÉ. Sob proteção da PF, Blós se defendeu das acusações. "Os garimpeiros me odeiam porque foram expulsos da reserva, por isso estão me denunciando", afirmou.
Fontes ligadas aos índios apresentaram outra versão para o assassinato. Revoltados com os caciques que não estariam repassando os recursos para a reserva, os guerreiros, também aborrecidos com as bravatas de Baiano Doido, teriam resolvido matar os garimpeiros para moralizar os índios. O fato é que sem a regulamentação da extração de gemas em reservas indígenas, Roosevelt, como inúmeras outras áreas, é terra de ninguém.






GENOCÍDIO NA SELVA
O Massacre a Nações Indígenas
POR FELIPE MILANEZ
FOTOS POR ARAQUEM ALCÂNTARA


Rita, uma índia Piripkura, é sobrevivente do crime de genocídio. Nós a conhecemos em uma fazenda que fica entre os estados do Mato Grosso e Amazonas. Ela fala português com dificuldade, e eu não falo nada de sua língua, o tupí-kawahíb. Conversamos por pouco mais de uma hora. Ela alterava sorrisos e olhares de profunda tristeza. Suas expressões não pareciam estar diretamente ligadas ao significado de suas palavras, como se essas tivessem um sentido diferente para ela. Rita me contou sobre o massacre sofrido por sua tribo há cerca de 30 anos. Homens armados invadiram sua aldeia de madrugada. Sua tia foi morta a tiros enquanto dormia na rede. Seu pai foi decapitado, assim como várias crianças, homens e mulheres da tribo.


A aldeia foi incendiada. Rita conseguiu fugir, mas depois de um tempo vagando pela floresta acabou sendo forçada a conviver com a nossa sociedade. E teve a pior recepção possível. Foi escrava de peões de uma fazenda madeireira, onde prestava serviços sexuais e domésticos até ser resgatada pela Funai (Fundação Nacional do Índio) em 1984.

Por mais de 20 anos Rita foi considerada a única sobrevivente de sua tribo. Até que em 2007 dois índios Piripkura?Tucan e Monde-í?foram encontrados na floresta graças a expedições organizadas pela Funai chefiadas pelo experiente sertanista Jair Candor.
Como podemos observar Nós e Eles: Etnia, Etnicidade e Etnocentrismo fazem parte de nós mesmos que desconstruímos e construímos nossa própria história através dos nossos próprios interesses e dos interesses dos outros e a partir dessa desconstrução surge à discriminação, a corrupção as desigualdades. Afinal "Somos irmãos de quem?" O que ampara nós, eles e todos nós? Abriremos mais uma lacuna para pesquisarmos argumentos que nos faça refletirmos como falamos no início deste resumo o que procuramos dividir com nós, eles e todos nós, se somos seres humanos independente da etnia.
Mamanguape, 27 de janeiro de 2011.


Autor: Rosineide Sousa


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