Poeta da Forca



Poeta da Forca

Mataram o homem de cor, de versos
Ele tinha poemas décor, diversos.
Balança lado a lado
na balança da morte,
o poeta alado.
Deram-lhe asas. Voa a Deus!
Um dia também vou, adeus!
Nos meus passos nele penso,
agora como um guarda
que aguarda e assina
a sina de seus destinos.
Que com a corda o acorda
de seus pesadelos.
Porque sabe:
a você pesa tê-los.
O faz sentir ser um ser
que a si se atura,
prosaica criatura.
Um ator doado à massa
que se queixa,
o amassa,
atordoado o deixa.
Provoca o duelo do elo
da mente que mente.
Deturpando, blefando.
Causa o choque que gera ação
entre a geração sem causa
A velha mediocridade,
e a imatura medíocre idade,
que combatem sem ter tido
consciência, e nem sentido
de suas podres cumplicidades



Autor: Valmir Barros


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