Sul Real



Sul real

Os olhos grudados no teto
Olham o meu corpo posto
Na cama.
Jogado, atirado,
Decomposto...
Os pés vagam pela cozinha
A busca de um trago,
A boca sofre seca e calada.
Sequidão e solidão.
Os braços flutuam
A busca de um corpo que abraçar,
E as mãos um copo que beber.
O coração no guarda roupa
Bate aquecido do frio.
As pernas inebriadas
Desandam, andam loucas.
A cabeça acompanha
a dança das mãos.
A vida transformada
em poesias insólitas, inversas...
molhada de romantismo e álcool
Os versos todos desmembrados
São sentimentos vomitados
A porra é que a vida é um porre...
Orgia e poesia!!!
Vai Dali
Que eu fico aqui!!!

Autor: Valmir Barros


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